Categorias
Política

Deputado do PSOL mobiliza campanha antianistia para golpistas do 8 de janeiro

Pastor Henrique Vieira lançou abaixo-assinado contra proposta que ala bolsonarista busca emplacar na Câmara.

O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) lançou esta semana uma mobilização contra a ideia de anistia para os participantes dos ataques do 8 de janeiro. A iniciativa surge em meio à tentativa da ala bolsonarista de emplacar a proposta por meio de um projeto de lei (PL) na Câmara dos Deputados. O tema esteve em debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no ano passado, quando o PL foi um dos elementos da queda de braço entre a extrema direita e setores do campo progressista.

Após uma série de faíscas ocorridas na CCJ, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retirou o projeto do colegiado e criou uma comissão especia para analisar o texto, que tramita como PL 2858/2022. A medida é assinada pelo ex-deputado e ex-líder do governo Bolsonaro Major Vitor Hugo (PL-GO), que propõe anistia para crimes políticos e eleitorais registrados a partir de 30 de outubro daquele ano, quando Lula (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, até a data em que o PL entrar em vigor, caso seja aprovado. A comissão criada por Lira não chegou a operar e o texto está parado na Câmara, mas é alvo de costuras políticas por parte da bancada bolsonarista. O grupo tenta convencer o novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o texto.

Vieira defende que não cabe anistia para o caso porque os participantes do 8 de janeiro atuaram com o objetivo de golpear o Estado democrático de direito. “O objetivo dessa anistia, no limite, é livrar Bolsonaro a alguns generais, grandes empresários, essa cúpula que organizou uma tentativa de golpe. Eles usam o pretexto de anistia humanitária, o que chega a ser risível, porque eles vivem glorificando a violência, a ditadura, a tortura, sem nenhum princípio ético, nenhum apego à humanidade”, critica o psolista.

A conjuntura política da Câmara é caracterizada pela hegemonia de partidos alinhados à direita. Siglas do campo progressista ocupam pouco mais de 100 entre as 513 cadeiras da Casa. O segmento inclui PT, PSB, PDT, PSOL e Rede. A pauta da anistia é entoada sobretudo por legendas da extrema direita, enquanto no campo da direita liberal não há nitidez sobre o posicionamento dos integrantes a respeito do assunto. Nos bastidores, lideranças avaliam que seria necessário defender uma redução das penas que têm sido aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que chegam a 17 anos de reclusão em alguns casos e não incluem os mandantes dos atentados, abarcando apenas aqueles que atuaram diretamente na depredação dos prédios.

É nesse cenário que a ala bolsonarista vê uma janela de oportunidade e tenta construir uma saída para levar adiante o PL 2858. Uma das abordagens do grupo é a busca por uma negociação naquilo que se refere às penalidades aplicadas. “O que eu estou percebendo é que, se ficar no ritmo da Casa, sem uma pressão externa, é possível e até provável que a anistia seja colocada para votar e seja aprovada”, afirma Vieira.

Ele também critica a postura que Hugo Motta tem assumido diante do tema. A conduta do paraibano tem sido escorregadia: apesar dos acenos críticos à ditadura em seu discurso de posse, Motta afirmou, em entrevista concedida no último dia 7 a uma rádio de João Pessoa (PB), que não teria havido tentativa de golpe no 8 de janeiro.

A declaração gerou reações porque o discurso bate de frente com a leitura professada por diferentes setores políticos e civis, que têm denunciado os atentados como uma ofensiva de caráter golpista. Já nos últimos dias Motta teria dito ao STF que vê a proposta de anistia como uma “pauta tóxica”, segundo apurações divulgadas pelo jornal O Globo. A conduta do presidente em relação ao tema tem chamado a atenção de parlamentares do campo da esquerda. “Como eu percebo que a correlação de forças na Casa é um tanto quanto desfavorável e que o presidente Hugo Mota cada vez mais está flertando com a extrema direita, é preciso, portanto, pressão de fora, pressão popular da nossa sociedade para poder constranger os deputados e impedir [a aprovação da proposta]”, defende Vieira.

O parlamentar sublinha que, apesar da pressão, não cultiva “ilusões” em relação ao novo presidente da Câmara. “Hugo Motta é sucessor do Lira, indicado por Lira e próximo a Eduardo Cunha [ex-presidente da Casa cassado em 2016]. Não acho que a gente deva ter tantas ilusões assim quanto a ele. É buscar o diálogo, mas não se iludir. Ele fala que dia 8 de janeiro não houve tentativa de golpe, ele fala que tem ódio e nojo à ditadura, mas está dialogando e pactuando com os defensores declarados da própria ditadura. Não sei se ele consegue perceber o tamanho do suposto contrassenso ou se é um jogo de cena. Enquanto ele faz sinalizações democráticas para fora, ele está articulando projetos antidemocráticos por dentro”, critica Vieira.

Mobilização
O deputado lançou um abaixo-assinado virtual para pressionar os parlamentares a não pautarem e não aprovarem a proposta bolsonarista. Um outro abaixo-assinado digital com esse mesmo teor foi lançado por entidades civis do campo progressista na última semana e conta atualmente mais de 92 mil assinaturas. Questionado pela reportagem se não seria mais estratégico um somatório de forças com o segmento para massificar a campanha, o deputado Henrique Vieira diz considerar que havia necessidade de uma iniciativa que partisse de dentro da Câmara.

“Nós já sabíamos do abaixo-assinado deles e eu até conversei com algumas lideranças da sociedade civil, mas eu achava importante ter uma iniciativa específica de dentro do parlamento pra fazer um contraponto a esse grupo [da extrema direita], que defende a anistia. Vejo como campanhas complementares, que ampliam o nosso alcance e nos fazem chegar a cada vez mais gente. Vejo mais como um acréscimo de forças e valorizo muito a iniciativa destas organizações.”

O deputado também reconhece que o tema de combate à anistia ainda carece de maior popularização e capilaridade na sociedade. Assim como todos os outros assuntos de ordem política, a pauta disputa as atenções com diversas outras demandas sociais, como, por exemplo, a alta do custo de vida. “Infelizmente, nós temos uma democracia ainda muito frágil, então, o tema ‘democracia’ não tem a importância que deveria ter, mas justamente por isso também uma campanha. Nós estamos lançando vídeos, nós estamos falando no plenário, nós estamos aproveitando cada espaço que a imprensa nos dá porque é um trabalho parlamentar de demonstrar o quanto é grave.”

*BdF

Categorias
Política

PT, Psol e MST pedem fim do PL da anistia por Hugo Motta ter negado tentativa de golpe no 8 de janeiro

Presidente da Câmara foi elogiado por Bolsonaro depois de minimizar ataque a sede dos três poderes: “Orgulho”.

Uma semana após assumir como presidente da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) minimizou os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), na última sexta-feira (7), Motta afirmou ter havido uma “agressão inimaginável” às instituições, mas negou o intuito golpista por trás dos atos de terrorismo.

“Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, afirmou o líder do centrão. “Ali foram vândalos, baderneiros que queriam, com a inconformidade com o resultado da eleição, demonstrar sua revolta”, completou.

Motta foi eleito sucessor de Arthur Lira (PP-AL) com 464 votos, tendo como aliados parlamentares de espectros da esquerda à extrema-direita. A declaração do deputado, porém, gerou reação negativa entre políticos do campo progressista, especialmente do PT e do Psol, e de movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Gilmar Mauro, dirigente nacional do MST, classificou a declaração de “absurda” e disse que a classe trabalhadora está comprometida a combater iniciativas assim. “De nossa parte, combateremos permanentemente esse tipo de tentativa de golpe pela extrema direita”, afirmou, ao Brasil de Fato.

Mauro mencionou ainda que, se tivessem uma visão estratégica, o deputado e os setores das classes dominantes estariam ao lado da democracia. “Se ele tem, junto com setores das classes dominantes brasileiras, vocação para criação de abutres, que amanhã vão comer os olhos dele e deles também, nós não temos nenhuma dúvida que os setores por detrás do golpe no Brasil são setores de milícias extremamente atrasadas e cobrarão um preço imenso do ponto de vista econômico e político no futuro.”

Reação de parlamentares

Segundo a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), as falas de Motta são “gravíssimas” ao ignorarem o inquérito da Polícia Federal que investiga o plano de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder e esconderem o interesse em anistiar os responsáveis.

“É mais uma demonstração grave e preocupante desse casamento de conveniência da extrema direita com o centrão, que busca, nesse caso, minimizar o 8 de janeiro. Mas a gente sabe que o que está no radar da extrema direita é tentar pautar o PL da anistia e a mudança na Ficha Limpa para garantir a elegibilidade com menos de oito anos, unindo corruptos e golpe, afirmou ao Brasil de Fato.

Sem citar diretamente a declaração de Motta, a deputada federal e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, se manifestou nas redes sociais.

“É simplesmente descabido votar essa matéria na Câmara. Não se trata de atender o objetivo político deste ou daquele partido, mas de defender a democracia, respeitar e cumprir a decisão da Justiça sobre os ataques aos Três Poderes. É sem anistia!”, publicou Hoffmann nesta sexta-feira (7).

Já o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) enfatizou que o “8 de janeiro foi uma tentativa de golpe”. Em vídeo divulgado nas redes, o deputado afirmou que a depredação das sedes dos Três Poderes não foi um fato isolado e está interligado com a minuta do golpe e as reuniões de Jair Bolsonaro com chefes militares.

“Tinha um plano de assassinar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin. Era tudo uma tentativa de golpe. O 8 de janeiro foi a última tentativa deles”, colocou. “Os comandantes do Exército e da Aeronáutica não toparam, mas o da Marinha topou”, completou Farias.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro, também se manifestou criticando a posição de Motta.

“Posso atestar categoricamente: após cinco meses de investigação, de receber centenas de documentos e de ouvir dezenas de testemunhas, houve tentativa de golpe e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome. É Jair Messias Bolsonaro”, disse.

Bolsonaro reverencia posição de Hugo Motta

A fala de Motta negando o teor golpista dos atos de 8 de janeiro contradiz sua posição logo após assumir o comando da Câmara, ao dizer que o PL da Anistia seria tratado com “a maior imparcialidade possível” por ser o que “mais divide” a Câmara.

Após a declaração, Jair Bolsonaro (PL) disse estar orgulhoso da decisão do presidente da Câmara de discutir o projeto. O ex-chefe do Executivo disse, em nota, que Motta assumiu o comando em “boa hora” e o chamou de “cabra da peste”.

“Essa pauta humanitária faz alegrar os nossos corações. Tenho conversado com parlamentares de outros partidos e todos comungam do mesmo sentimento. Orgulho ainda do jovem Hugo Motta, cabra da peste, que em boa hora assumiu a presidência da nossa Câmara dos Deputados”, declarou Bolsonaro.

O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) ironizou a declaração do ex-presidente ao classificar a anistia como uma “pauta humanitária”. “Quer enganar quem se fazendo de vítima? Na pandemia, sua “ação humanitária” foi negar vacina e levar milhares de pessoas à morte. Depois roubou joias e tentou golpe de Estado. Vai pra cadeia!”, declarou Valente.

*BdF

Categorias
Política

Psol pede apuração sobre material didático do MBL e Brasil Paralelo no governo Tarcísio

Parlamentares chamam atenção da Procuradoria-Geral de Justiça para o fato de o MBL estar na base de apoio do governo paulista. Material questionado foi produzido em 2023, época em que Tarcísio queria substituir todos os livros do MEC pelo seu próprio.

São Paulo – Parlamentares do Psol pediram nesta segunda-feira (6) à Procuradoria-Geral de Justiça que apure doutrinação ideológica em material didático do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. O ofício ao procurador-geral Paulo Sérgio de Oliveira e Costa é assinado pelo deputado estadual Carlos Giannazi, a deputada federal Luciene Cavalcante e o vereador Celso Giannazi.

Segundo eles, a secretaria de Educação utilizou conteúdos de canais dos grupo político MBL e do Brasil Paralelo como fonte para o material didático digital enviado às escolas estaduais. Este segundo é uma produtora de vídeos que cresceu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), graças à divulgação de seus filhos. Entre o conteúdo produzido está o “Pátria Educadora”, que combate “a influência esquerdista” e o legado do educador Paulo Freire (1921-1997).

“Ao debater a importância (indiscutível!) do grêmio estudantil, o material digital abre uma área de vídeo, para explicar o que é e como funciona o grêmio estudantil, faz propaganda explícita de divulgação do canal do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo político-partidário de extrema direita, base de apoio ao Governo do Estado, inclusive tendo como seu representante na Assembleia Legislativa o Deputado Guto Zacarias, que é vice-líder do governo”, destacam os parlamentares na representação.

Os autores aproveitaram para reforçar as críticas à baixa qualidade do material digital elaborado pela Secretaria de Educação. E lembraram denúncias anteriores sobre terceirizações e mesmo uso da Inteligência Artificial na elaboração de material pedagógico. “O episódio é grave, sério, e desta forma precisa ser tratado e investigado. Para que não se torne uma rotina que tais ‘lapsos’ ou ‘erros’ sejam cometidos com material didático. Que recebam ‘correção’ apenas após denúncias serem feitas aos órgãos oficiais e à imprensa”, acrescentaram.

Material didático criticado pela baixa qualidade pedagógica
A jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, noticiou o caso originalmente. Segundo a reportagem, o governo usou conteúdo do Brasil Paralelo em uma aula de empreendedorismo para alunos do 3º ano do ensino médio. A história de Walt Disney era contada como exemplo de resiliência.

A Folha procurou a Secretaria da Educação para comentar a aula com referência ao Brasil Paralelo, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.Na sexta-feira (3), a Folha mostrou que outra aula produzida pela secretaria trazia um vídeo do MBL para ser usado em aulas de português com alunos do 2º ano do ensino médio.
A aula é uma das produzidas no ano passado. Em agosto passado, Tarcísio e o secretário de Educação, Renato Feder, causaram polêmica. Resolveram abrir mão do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação, sem custos. E queriam produzir o próprio material. A razão era claramente ideológica.

Houve críticas de todos os setores à má qualidade pedagógica do material que produziam e grande repercussão em todo o país. O caso foi parar na Justiça, que mandou o governo pedir os livros do MEC. Tarcísio teve de obedecer, mas decidiu continuar produzindo os slides agora alvo de questionamento.

O secretário Feder, empresário do ramo de informática e afins, testa para o segundo semestre a adoção da Inteligência Artificial na produção de aulas. Muito criticada pelo sindicato dos professores da rede estadual, por sinal. Segundo o governo, os docentes serão responsáveis por editar o material e encaminhá-lo para uma equipe interna da secretaria. E esta fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.

Categorias
Política

PSol pede que PGR investigue Braga Netto por nomear Rivaldo Barbosa

Os deputados do PSol pedem para Gonet investigar porque Braga Netto bancou a nomeação de Rivaldo Barbosa um dia antes da morte de Marielle.

O PSol pediu nesta segunda-feira (25/3) que o Ministério Público Federal investigue o general Walter Braga por nomear o delegado Rivaldo Barbosa como chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle Franco. Barbosa é apontado pela Polícia Federal como o “autor intelectual” da morte da vereadora e foi preso no domingo (24/3).

Em 2018, final do governo Temer, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal na segurança pública. Braga Netto era o interventor, ou seja, tomava todas as decisões da segurança do estado, inclusive na Polícia Civil e Militar. O general, posteriormente, foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro e candidato à vice-presidência na chapa do ex-presidente em 2022.

No pedido enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a bancada do PSol na Câmara dos Deputados apontou que, segundo a PF, Braga Netto foi avisado pela inteligência da Polícia Civil que o nome de Rivaldo não era aconselhado para chefiar a corporação.

Categorias
Justiça

STF nega recurso a Carlos Bolsonaro, que deve ser julgado por difamação contra o Psol

O acórdão deve ser considerado nulo quando há “grave omissão” na decisão em relação a um aspecto determinante do processo — o que viola o dever de fundamentação das decisões judiciais. Dessa forma, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal negou recurso apresentado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) contra uma determinação do ministro Gilmar Mendes.

Em fevereiro, o decano da Corte anulou decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que havia rejeitado uma queixa-crime movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) contra o parlamentar por difamação. A negativa ao recurso foi tomada em plenário virtual, em sessão encerrada neste sábado (27/5).

Em primeira instância, a ação foi movida contra o político por uma publicação feita no Twitter, na qual ele relaciona o partido e o ex-deputado federal Jean Wyllys ao atentado a faca contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em setembro de 2018. Em recurso extraordinário no STF, o Psol afirmou que, tanto na sentença penal condenatória quanto no julgamento da apelação, não foi analisado todo o conteúdo da postagem na rede social que acarretou no crime de difamação.

Em fevereiro, ao decidir favoravelmente pelo recurso, Gilmar compreendeu que, para melhor compreensão da demanda, seria importante observar a linha do tempo dos acontecimentos relacionados ao caso. Para o ministro, a decisão tomada pela 2ª Turma Recursal Criminal do Conselho Recursal dos Juizados Cíveis e Criminais do TJ-RJ foi tomada com base apenas em conteúdo recortado. Retweets feitos pelo vereador com conteúdos produzidos por outros usuários da rede social não foram considerados na decisão.

“De fato, da forma como foi analisado o conteúdo da mensagem pelo Tribunal de origem, subentende-se que o agravante, Carlos Nantes Bolsonaro, postou apenas uma frase solta, sem correspondência com nenhum fato certo e determinado e sem análise de qualquer conteúdo histórico. Entretanto, essa análise não se mostra fidedigna, pois, quando todo o conteúdo é lido em conjunto, fica claro que o agravante tenta relacionar o atentado cometido por Adélio Bispo a Jean Wyllys, ex-deputado do Psol, e ao partido político, com base em acusação certa e determinada, materializada pela acusação de notícia falsa.”

Gilmar Mendes concluiu que a manifestação de Carlos Bolsonaro teria extrapolado mera crítica, podendo caracterizar crime de difamação. Dessa forma, o parlamentar ingressou com agravo regimental contra a decisão do ministro. A defesa do vereador sustentou, entre outros pontos, que: não houve omissão no julgamento em instância inferior; a decisão de Gilmar adentrou o mérito do caso, reexaminando fatos e provas; Carlos só poderia responder por conteúdo produzido por ele próprio; inexistência de justa causa, já que as condutas narradas não se ajustariam ao crime de difamação, aduzindo que afirmações genéricas por meio de rede social não seriam idôneas para autorizar a deflagração de uma ação penal.

No plenário virtual, Gilmar, como relator do caso, apresentou voto reforçando a decisão monocrática tomada em fevereiro. O ministro destacou que o caso “põe em perspectiva a relevante — e atual — discussão sobre os limites da liberdade de expressão no direito brasileiro, especialmente em relação a discursos manifestamente difamatórios”.

“Intentar que a responsabilidade por divulgação de notícias potencialmente lesivas se restrinja apenas a quem cria a notícia, e não a quem a propaga por meio da internet, instrumento que tem o condão de atingir um grande alcance de público, seria incorrer no esvaziamento do combate à desinformação, preocupação atual e transnacional”, diz o ministro.

Segundo Gilmar, a liberdade de expressão, embora seja um direito fundamental que guarda especial proteção da ordem constitucional, “não pode ser vista como absoluta, uma vez que a propagação de notícias com potencial lesivo é suscetível à tutela jurisdicional, podendo gerar responsabilidade na esfera individual e coletiva, civil e criminal”.

O relator explicou que, “examinando todo o contexto já explicitado e, em especial o inteiro teor de todas as mensagens publicadas no Twitter, resta claro que há acontecimento certo e determinado no tempo, sendo possível depreender que, a princípio, a manifestação do agravante teria extrapolado mera crítica, podendo caracterizar crime de difamação”.

O ministro sustentou que, de acordo com a jurisprudência da Corte (Tema 339 da repercussão geral), o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente. “É, portanto, o caso de reconhecer a nulidade do acórdão recorrido, ante a completa ausência de manifestação quanto a pontos essenciais da causa”, concluiu.

O ministro Kassio Nunes Marques abriu divergência. Ele destacou que o acórdão do julgamento no TJ-RJ concluiu que na postagem não restou tipificado o crime de difamação, visto que nela não há fato certo e determinado, delimitado no tempo e no espaço, conforme entendimento pacífico da jurisprudência.

Segundo o ministro, o julgamento indicou que as imputações contra Carlos eram vagas, imprecisas ou indefinidas, não possuindo “condão de caracterizar o delito de difamação, devendo ser ressaltado que fatos ofensivos, mesmo que gravosos, não configuram o crime de difamação, quando não descrevem fato certo e determinado, podendo-se, contudo, eventualmente, restar caracterizado o crime de injúria”.

Assim votou Nunes Marques: “Firmada a conclusão nas instâncias ordinárias de que, na postagem supostamente difamatória, não há qualquer fato certo e determinado atribuído à parte ora recorrida, para se chegar a conclusão distinta daquela adotada pelo acórdão recorrido seria indispensável o reexame do suporte fático-probatório dos autos — com a realização de nova contextualização da postagem em conjunto com outras mensagens também postadas pelo recorrente — providência vedada em sede de recurso extraordinário, conforme orientação sedimentada na Súmula 279/STF”.

Os ministros Luiz Edson Fachin e Dias Toffoli acompanharam o relator Gilmar Mendes. O ministro André Mendonça acompanhou o voto de Nunes Marques.

* 247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

PSOL entra com pedido de prisão preventiva de Bolsonaro no STF

Interlocutores do ex-presidente acreditam que o ministro Alexandre de Moraes deve prender ex-presidente ainda em 2023.

A bancada do PSOL protocolou nesta segunda-feira (2), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma petição com um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em sua justificativa, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados afirma que a prisão é legal, visto que Bolsonaro, na condição de ex-presidente, perde a prerrogativa de foro e a chamada imunidade penal temporária.

Além disso, a petição do PSOL pede a quebra de sigilo telefônico, telemático e busca e apreensão de provas para evitar qualquer tipo de destruição ou ocultamento.

O presidente nacional da legenda, Juliano Medeiros, afirma que o ex-presidente Bolsonaro cometeu crimes em série durante a sua gestão.

“Bolsonaro cometeu crimes em série durante seu governo. Chamá-lo de genocida não é exagero. Infelizmente as instituições não agiram a tempo e tivemos de esperar até as eleições. Mas não aceitaremos nenhum dia de impunidade. Anistia nem pensar! Queremos Bolsonaro na cadeia”, afirma Juliano Medeiros.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) usou as suas redes sociais para se manifestar sobre o pedido de prisão de Bolsonaro.

“Bolsonaro não tem mais foro privilegiado! Por isso, como primeira ação da nossa bancada do PSOL, pedimos ao STF a prisão preventiva deste sujeito. Solicitamos também a quebra de sigilo telefônico, busca e apreensão de provas, documentos e passaporte. Sem anistia!”, declarou Sâmia Bomfim.

*Com Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Vídeo: Quando a voz de uma mulher é implacável contra machões bolsonaristas

Esta mulher é Sâmia Bonfim, deputada do Psol, reeleita por São Paulo.

Uma deputada que verdadeiramente representa a mulher, que cala os machões que, por sua vez, estão afinados com Bolsonaro, o pior presidente que o Brasil já teve, se é que pode ser chamado de presidente.

Na verdade, é um troço que saiu do esgoto do baixo clero, fabricado por sucessivos golpes, o golpe contra Dilma, o golpe contra Lula e a fraude montada por Bolsonaro e o ex-juiz inclassificável, Sergio Moro, para chegar à presidência e abrir caminho para a carreira política de Moro.

Confira a fala perfeita de Sâmia Bomfim contra machões bolsonaristas.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

A justificativa de quem votou contra a PEC 5, de garantir a autonomia do MP, é piada pronta

A emenda de quem votou contra a PEC 5 no campo progressista, está pior do que o soneto.

Dizer que votou ao lado de Eduardo Bolsonaro, em nome da independência, da autonomia do Ministério Público, é chamar o povo de idiota. Pior, isso acontece três ou quatro dias após todos saberem que o procurador federal, que foi chefe da Força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de escrever parte da delação de Pedro Barusco, não se importou com as declarações deste na CPI da Petrobras que afirmou ter operado na estatal durante sete anos do governo Fernando Henrique com um pesado esquema de corrupção.

Então, querem convencer que foi bom para o país ver Dallagnol ser protegido pelo CNMP, pelo espírito de corpo no escabroso caso do powerpoint que os próprios conselheiros admitiram tratar-se de guarda-chuva que custaria caro para a reputação do Ministério Público.

Ou seja, o lavajatismo da mídia, que ainda impregna alguns partidos como o Psol, por exemplo, convenceu parlamentares que é bom para o país, figuras como Dallagnol, entre outros procuradores da Lava Jato, serem contratados a peso de ouro pela XP Investimentos para empenhar a palavra a banqueiros, rentistas, investidores nacionais e internacionais, que Lula ficaria preso e, consequentemente, abriria caminho para a vitória de Bolsonaro.

Esses deputados agora vêm falar em defesa da autonomia do Ministério Público. Quem mais deu autonomia ao MP do que Lula e Dilma? E qual foi o resultado dessa autonomia? A chegada de Temer e Bolsonaro à presidência com dois golpes de Estado, tendo o auxílio luxuoso dos procuradores “independentes” do glorioso MP.

E o que dizer da tabelinha entre Moro e Rodrigo Janot, PGR na época, no esquema do grampo ilegal contra Dilma e a entrega à Globo, ainda mais ilegal, do material colhido por Moro?

Essa gente que votou contra a PEC 5 em nome da autonomia do MP, não leu nada da série Vaza Jato?

Novamente, pergunta-se, Temer e Bolsonaro deram essa independência ao MP na hora da escolha do PGR? Claro que não. Temer não escolheu o primeiro da lista tríplice, e Bolsonaro não escolheu sequer quem estava na lista.

Dizer que votou contra a PEC 5 em nome da autonomia do MP que abriga uma casta servil aos interesses dos donos do dinheiro grosso, é um escracho com a cara de quem tem ao menos um único neurônio.

Fizeram a cagada? Então, assumam a responsabilidade, sem rodeios, porque cada vez que se justifica a lambança, mais melecados ficam os deputados progressistas que, ao fim e ao cabo, votaram de acordo com as redações da grande mídia em defesa do califado de Curitiba comandado por Moro.

Ainda há tempo de rever essa excrescência e reverter a lambança numa nova votação, que está custando muito caro a Freixo, hoje no PSB, e ao Psol como um todo, que votou igualmente à Tábata Amaral, também do PSB, que é cria de Jorge Lemann.

Somente uma mudança de voto para consertar o estrago que fizeram contra a população brasileira, mas contra as próprias imagens dos deputados progressistas que, inacreditavelmente, caíram nessa arapuca moralistóide.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

PSOL negocia aliança inédita com PT para apoiar Lula em 2022

O PSOL discute uma aliança inédita com o PT nas eleições presidenciais de 2022. Se for concretizada, será a primeira vez que a legenda não terá um candidato próprio e apoiará o PT logo no primeiro turno.

A estratégia é patrocinada pela cúpula do PSOL devido à “gravidade do momento político do Brasil”, mas enfrenta resistências internas, conforme o Estadão/Broadcast apurou.

O PSOL discute uma aliança inédita com o PT nas eleições presidenciais de 2022. Se for concretizada, será a primeira vez que a legenda não terá um candidato próprio e apoiará o PT logo no primeiro turno.

A estratégia é patrocinada pela cúpula do PSOL devido à “gravidade do momento político do Brasil”, mas enfrenta resistências internas, conforme o Estadão/Broadcast apurou.

O PSOL foi criado em 2004 após uma dissidência interna do PT no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva.

Agora, a cúpula do partido negocia um apoio à candidatura de Lula no próximo ano na tentativa de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Guilherme Boulos, candidato da legenda ao Planalto em 2018, deve concorrer ao governo de São Paulo.

A tática eleitoral do PSOL será discutida no congresso da legenda, marcado para 25 e 26 de setembro. O atual presidente do partido, Juliano Medeiros, é um dos apoiadores da aliança com o PT e tentará um novo mandato na sigla.

Ele é filiado à Primavera Socialista, corrente majoritária do PSOL. Uma ala minoritária, formada pelo Movimento de Esquerda Socialista (MES), defende candidatura própria e quer lançar o deputado Glauber Braga (RJ) para o Planalto em 2022.

A aliança foi discutida recentemente em uma reunião entre Medeiros e o ex-presidente Lula, em São Paulo. Uma das condições colocadas pelo PSOL para apoiar o PT no primeiro turno é uma defesa enfática a uma proposta econômica mais voltada à esquerda, incluindo a revogação do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.

A derrubada do teto como proposta central não é um consenso no PT e por isso entrou nos debates.

O presidente do PSOL admitiu, em entrevista ao Broadcast Político, a negociação com o PT para apoio no primeiro turno. “É uma possibilidade considerando a gravidade do momento do Brasil e vai levar em conta aspectos programáticos, arco de aliança e possíveis acordos eleitorais nos estados que sejam de interesse do PSOL”, disse Juliano Medeiros.

*Com informações do Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Bolsonaristas fazem ameaças de morte a deputados contrários ao voto impresso; PSOL aciona PF

“E aí, bandida? Com medinho dos tanques? Sua hora vai chegar”, diz uma das mensagens enviadas por bolsonarista a parlamentar.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados enviou à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (10), um ofício em que denuncia ameaças de bolsonaristas a parlamentares e pede ao órgão apuração e providências.

Segundo a denúncia, deputados de diferentes partidos que são contrários à PEC do voto impresso vêm sendo alvo de intimidações, inclusive com ameaças de morte.

Muitas das mensagens, inclusive, fazem referência ao desfile militar com tanques de guerra e que contou com a participação de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira.

“E aí, bandida? Com medinho dos tanques? Sua hora vai chegar”, diz uma das mensagens ameaçadores enviada por um bolsonarista a uma deputada do PSOL.

“As tentativas de intimidação não são fatos isolados. Inflados pelo discurso de ódio e autoritarismo do Presidente Jair Bolsonaro, seus apoiadores se sentem legitimados para instigar todo tipo de violência. Em um contexto de ascensão da extrema-direita, a situação em que se encontra o país é, portanto, de enorme gravidade e demonstra uma escalada de violência que coloca em risco a própria democracia brasileira”, diz um trecho do ofício enviado à PF.

No documento, o PSOL anexou inúmeras imagens que mostram essas ameaças sendo feitas por e-mail e mensagens via redes sociais.

A PEC do voto impresso, que já foi derrotada em comissão especial e é o principal motivo para a intimidação de bolsonaristas, é analisada pelo plenário da Câmara nesta terça-feira.
Deputado do PSL muda voto após ameaças

Nesta segunda-feira (9), o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) relatou pelas redes sociais que vem sendo ameaçado para votar a favor do voto impresso e que, por isso, decidiu se posicionar contra.

“Depois de receber varias ameaças querendo me impor a votar a favor do voto impresso acabei de tomar uma decisão! Voto contra! Essa proposta está contaminada de autoritarismo, tirania e ódio! Se zelassem pela democracia, até poderia avaliar! Brasil acima de todos!”, escreveu em suas redes sociais.

O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM) também fez relato parecido.

“Cada mensagem agressiva e arrogante que recebo para votar pelo tal ‘voto impresso auditável” – seja lá o que isso significa – mais convicção tenho do meu voto contra! Se estou contra essa gente é porque estou ao lado da Democracia. Não gastem energia comigo. Voto contra!”, declarou.

Bolsonaro tem defendido a pauta do voto impresso como forma de tumultuar o processo eleitoral, visto que ele já deu sinalizações de que não aceitará o resultado da eleição de 2022 caso perca o pleito.

Voto impresso deve ser derrotado

De acordo com levantamento feito pelo gabinete da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a PEC do voto impresso deve ser derrotada com ampla maioria dos votos.

Segundo Feghali, serão 329 votos contra, 86 a favor e 57 deputado ainda não decidiram. Os partidos que devem votar em bloco contra a PEC são: PCdoB, PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT, SD, PSOL, AVANTE, CIDADANIA, PV E REDE.

Já os partidos favoráveis são: PSL, PROS, PSC E PTB. O PP, por sua vez, liberou a bancada.

*Com informações da Forum

Participe da vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/o-blog-antropofagista-precisa-de-voce

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição