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Elite empresarial fala de terceira via, de futuro e renovação com discurso de um século atrás

Bolsonaro não tem como seguir golpeando a democracia, como fizeram os chacais da 3ª via e congêneres contra Dilma e Lula.

Bolsonaro é filho de dois golpes seguidos pelos que hoje se dizem defensores da democracia. E só não tem apoio para dar um golpe militar porque a oligarquia já foi avisada que o primeiro coturno que botar o pé na rua pra dar golpe, o Brasil fica imediatamente isolado no planeta.

Ninguém é suficientemente idiota de acreditar que esse empresariado e a banqueirada que apoiou o golpe em Dilma e a prisão de Lula, sem crime, não apoiariam um golpe militar para manter seus astronômicos ganhos enquanto o povo brasileiro vai pra fila do osso.

Basta ler o cínico e caricato artigo escrito por três pesos pesados do empresariado nativo, Horácio Lafer Piva, Pedro Wongtschowski e Pedro Passos, publicado no Estadão, o mais conservador da mídia conservadora nacional.

O mesmo jornalão que, através de Vera Magalhães, soltou às vésperas da eleição de 2018, o épico editorial “Uma escolha difícil” entre Haddad e Bolsonaro. Artigo esse que até hoje custa caro a Vera Magalhães e ao próprio jornal.

Mas agora é repetida a receita não com Bolsonaro que eles apoiaram junto esse empresariado burlesco, inculto, quatrocentão.

Na verdade, se olharmos o poema “Ode ao Burguês”, de Mário de Andrade, lido durante a Semana de Arte Moderna de 1922, que fará cem anos em 2022, ou seja, no ano da próxima eleição, observamos uma fotografia bastante fidedigna da elite empresarial brasileira que, em cem anos, não mudou um vírgula. Isso nada tem a ver com o PT. Esse anacronismo de pedra que é uma das piores heranças da escravidão no Brasil, foi denunciado nas escadarias do teatro Municipal em São Paulo, quando Mário de Andrade leu o referido poema que é parte do livro “Pauliceia Desvairada”. E prova que um século se passou e essa burguesia brasileira segue marcando passo no mesmo lugar com o pé direito no bumbo.

É impressionante como pode ser lido abaixo:

Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar… – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burgês!…

De Paulicéia desvairada (1922)
Mário de Andrade

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Política

Conselho da PGR dá prosseguimento a pedido para investigar Aras por blindagem a bolsonaristas

Representação foi feita pelo ex-procurador-geral Cláudio Fonteles e subprocuradores aposentados; vice-presidente do conselho determinou sorteio de um relator.

Um grupo de subprocuradores-gerais da República aposentados, dentre eles o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, enviou ao Conselho Superior do Ministério Público Federal um pedido de investigação criminal contra o atual procurador-geral Augusto Aras por suspeitas de prevaricação em sua conduta à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de blindar o presidente Jair Bolsonaro. Procurado, Aras afirmou por meio de nota que possui independência em sua atuação funcional e que essa é uma das garantias da instituição.

A discussão chega ao órgão em um momento de desgastes e cobranças a omissões de Aras em sua atuação. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes apontou que a PGR não respondeu no prazo estipulado a um pedido de prisão contra o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, gerando mais um foco de atrito com a PGR.

Aras foi escolhido por Bolsonaro para o comando da PGR por fora da lista tríplice, formada por votação interna da categoria, e foi indicado no mês passado para um novo período de dois anos à frente do órgão. Sua recondução ainda precisa ser aprovada no Senado.

Essa representação foi apresentada no último dia 9 de agosto e recebida pelo vice-presidente do Conselho Superior, o subprocurador-geral da República José Bonifácio Borges de Andrada. Na sexta-feira, Bonifácio proferiu um despacho determinando o prosseguimento do caso, com o sorteio de um relator para a análise do pedido.

O documento se baseia nas cobranças feitas a Aras pelos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em pedidos de investigações contra bolsonaristas. Citam, por exemplo, o despacho da ministra Rosa Weber com duras críticas à PGR por ter pedido para aguardar a conclusão da CPI da Covid antes de decidir sobre um pedido de investigação contra Bolsonaro. Nesse despacho, a ministra chegou a dizer que o Ministério Público não poderia assumir papel de “espectador” e deveria cumprir seu papel constitucional.

A representação ainda cita uma suposta demora de Aras em adotar providências em uma investigação sobre o uso da estrutura do governo federal para favorecer a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e uma cobrança feita pela ministra Cármen Lúcia à PGR por não ter incluído o nome do então presidente do Ibama Eduardo Bim como investigado em uma abertura de inquérito que mirava o então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

“Eis os fatos claríssimos e bastantes. Indicam que o procurador-geral da República Antônio Augusto Brandão de Aras, por si próprio ou por intermédio de pessoa da sua mais estreita confiança, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, vem, sistematicamente, deixando de praticar ou retardando a prática de atos funcionais para favorecer a pessoa do presidente da República ou de pessoas que lhe estão no entorno”, escrevem na representação.

Assinam o documento, além de Cláudio Fonteles, os subprocuradores-gerais da República aposentados Wagner Gonçalves, Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, Paulo de Tarso Braz Lucas e o desembargador federal aposentado Manoel Lauro Volkemer de Castilho.

A lei complementar que estabelece a organização do Ministério Público prevê que o Conselho Superior do MPF tem competência para analisar pedidos de investigação criminal contra o procurador-geral da República. Com o despacho proferido por Bonifácio, um dos integrantes do conselho tem que ser sorteado relator. Depois, o relator precisa opinar se há elementos para abertura da investigação e levar o assunto para julgamento pelos demais colegas.

Aras tem minoria no Conselho Superior, o que indica que o julgamento desse pedido de investigação pode ter resultado desfavorável ao procurador-geral. O caso vai representar mais um foco de desgaste contra o procurador-geral, em um momento no qual ele se movimenta no Senado para a aprovação de sua recondução ao cargo.

É o primeiro pedido de investigação criminal feito contra Aras ao conselho. No início do ano, um grupo de senadores enviou ao órgão um pedido de apuração da conduta funcional de Aras. O vice-presidente do conselho, José Bonifácio, também havia determinado o sorteio de um relator para a análise do caso, mas um aliado de Aras, o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques, barrou a tramitação.

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro quer ministros na entrega de impeachment de Barroso e Moraes

Está escrito, isso não vai dar em boa coisa.

Bolsonaro pretende descer a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de seus ministros e seguir a pé até o Senado.

O presidente Jair Bolsonaro quer que ministros do governo o acompanhem na entrega dos pedidos de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, no Senado, na próxima semana.

Segundo a coluna apurou, mandatário pretende descer a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de seus ministros e seguir a pé até o Senado, para entregar o processo nas mãos do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Além disso, Bolsonaro tem sido aconselhado por alguns auxiliares a conceder entrevistas para imprensa nacional e internacional explicando os motivos pelos quais decidiu protocolar o impeachment dos ministros do STF. A ideia é reforçar que Moraes e Barroso teriam agido politicamente.

*As informações são de Igor Gadelha/Metrópoles

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Política

Lula sobre Bolsonaro: ‘completamente desequilibrado’

O ex-presidente Lula afirmou em entrevista que o presidente Jair Bolsonaro é “completamente desequilibrado” e que o mandatário vive no “mundo das mentiras”, enquanto governadores e prefeitos tomam as medidas recomendadas para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A declaração foi dada em entrevista à Folha de Pernambuco.

“Nos últimos anos, a política brasileira tem sido marcada pela intolerância, pela falta de diálogo e isso só tem piorado a situação do País e do povo”, disse o petista.

O ex-presidente se encontrará com políticos e autoridades públicas em Pernambuco neste fim de semana. A intenção será estreitar relações com antigos aliados no estado, como o PSB e o PDT. No domingo, terá agenda com o governador Paulo Câmara (PSB).

Na entrevista, Lula também criticou a crise institucional entre o presidente Bolsonaro e os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), mas descartou uma possível ruptura institucional.

“Eu não acredito que há espaço para uma ruptura institucional. O Bolsonaro é um acidente de percurso na nossa democracia”, afirmou.

Segundo Lula, Bolsonaro “passa o dia inteiro espalhando mentiras” por não ter “vocação, equilíbrio ou capacidade” para ser presidente da República.

“É um sujeito que passa o dia inteiro espalhando mentiras. Ele é a própria crise institucional. Mas ele vai passar. O Bolsonaro não será derrotado por um partido ou um outro candidato. Será derrotado pelo povo brasileiro, que vai corrigir esse acidente”, declarou.

Sobre discurso do presidente em favor do voto impresso, projeto derrotado na Câmara do Deputados, o petista chamou Bolsonaro de “covarde” e disse que o mandatário “inventou (esta retórica) porque sabe que não ganhará as eleições.”

“Há 20 anos que tem eleição no Brasil para todos os cargos pela urna eletrônica. Os mesários imprimem o resultado de cada sala, todo mundo fiscaliza. Ele elegeu os filhos todos na urna eletrônica, não? Agora, que ele vai perder, resolveram inventar isso”, afirmou.

*Com informações do Uol

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Política

Bolsonaro vai pedir impeachment dos ministros do STF Moraes e Barroso

Em uma sequência de tweets publicados neste sábado, Bolsonaro afirma que Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso “extrapolam com atos os limites constitucionais”.

Na manhã deste sábado, 14, o presidente Bolsonaro afirmou em sua conta no Twitter que vai pedir o impeachment dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Para Bolsonaro, Moraes e Barroso “extrapolam com atos os limites constitucionais”.

Ruptura institucional

Em uma sequência de tweets, Bolsonaro afirma que não provoca e nem deseja uma “ruptura institucional”, mas que “há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais”.

Em seguida, ele afirma:

“- Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que instaure um processo sobre ambos, de acordo com o art. 52 da Constituição Federal.”

Prisão de Roberto Jefferson

Os tweets de Bolsonaro são uma resposta à prisão de Roberto Jefferson, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira e cumprida pela PF na manhã de ontem. A prisão foi motivada por suposta participação em organização criminosa digital montada para atacar a democracia.

A ordem do ministro incluiu busca e apreensão, bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em redes sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento..

Crise entre Poderes

O agastamento entre Bolsonaro e o STF tem se intensificado nos últimos dias. Na semana passada, durante sessão plenária da Corte, o presidente do Tribunal, ministro Fux, anunciou o cancelamento de reunião entre os Três Poderes e fez um duro discurso contra Bolsonaro.

Na ocasião, Fux afirmou que Bolsonaro tem proferido reiteradas ofensas e ataques de inverdades contra integrantes do STF, em especial, aos ministros Barroso e Alexandre de Moraes: “quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro”.

 

*Migalhas

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Vídeo: É isso que os bolsonaristas chamam de liberdade de expressão, Jefferson ameaçando embaixador chinês

Roberto Jefferson, certamente, é um dos piores troços que surgiram na política brasileira nas últimas décadas. O camarada é apresentado à sociedade como advogado do povo no programa “O povo na TV”, dirigido por Wilton Franco, especialista em mundo cão. Daí para fazer carreira política, foi somente um passo.

Proprietário do PTB, Jefferson é o protagonista da farsa do mensalão, quando o Supremo se deu ao desfrute de se transformar num programa de auditório, sobretudo na performance circense de Joaquim Barbosa que, sem qualquer prova, condenou Zé Dirceu e Genuíno, que eram alvos daquela panaceia moralista da velha mídia tucana, que hoje já prepara terreno para lançar o terceira via, BolsoDória, que encampou o projeto de utilizar o judiciário como ferramenta política para criminalizar a política, mas sobretudo o Partido dos Trabalhadores, em nome dos interesses da oligarquia.

Jefferson ficou conhecido no país por defender a ferro e fogo Fernando Collor de Mello e, pego em grossa corrupção nos Correios, criou uma das fábulas mais grotescas chamada mensalão que serviu como base de uma oposição que não tinha discurso para enfrentar o governo Lula e abraçou a histeria falso moralista que pretendia destruir o PT, mas acabou se transformando numa espécie de bomba do Rio Centro que explodiu no colo dos tucanos que, hoje, não existe mais como representação política, principalmente, depois do país inteiro ver o mesmo Aécio, junto com Cunha e Temer, que patrocinou o golpe em Dilma, sendo pego numa filmagem pedindo propina à JBS.

Jefferson é o lixo tóxico de tudo isso e, vendo que o PTB se encontra na bacia das almas, transforma-se em apoiador de ocasião de Bolsonaro de olho no ministério do Trabalho que está sendo recriado para que o PTB não suma de vez do mapa.

Então, ele grava esse vídeo ameaçando de morte o embaixador chinês, com duas armas de grosso calibre, ao estilo traficante ou miliciano, de forma racista, incitando os bolsonaristas a fazerem o mesmo contra a embaixada da China no Brasil.

Só aí neste vídeo ele comete vários crimes e nada tem a ver com liberdade de expressão.

Por este vídeo e tantos outros com a mesma essência criminosa, Bob Jef, virou vizinho de cela do Dr. Jairinho em Benfica e ali ficará por um bom tempo.

Assista:

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Política

Irmão de ajudante de ordens de Bolsonaro postou inquérito sigiloso a partir de provedor no exterior

O inquérito sigiloso da Polícia Federal divulgado por Jair Bolsonaro em uma entrevista ao programa Pingos nos Is da TV Jovem Pan foi originalmente postado numa rede social alternativa chamada Mastodon pelo desenvolvedor Daniel Cid, irmão do ajudante de ordens do presidente da República, o coronel Mauro Jorge Cid.

O vazamento, tornado público na entrevista, levou o ministro Alexandre de Moraes a determinar a abertura de um inquérito contra o presidente da República.

Os metadados do documento foram acessados pela equipe da coluna sob a orientação do professor Miguel Freitas, pesquisador do Centro de Pesquisa em Tecnologia de Inspeção da PUC do Rio de Janeiro. Eles mostram que o inquérito foi arquivado no servidor brasileiros.social, mantido por Daniel Cid dentro da rede Mastodon, a partir de um provedor fora do Brasil, às 19h30 do dia 4, enquanto Bolsonaro dava entrevista.

Duas horas depois, o próprio Jair Bolsonaro replicou o link com o documento em seus perfis no Telegram, no Instagram, no Twitter e no Facebook. “Conforme prometido em entrevista ao “Pingos nos Is”, segue (sic) os documentos que comprovam, segundo o próprio TSE, que o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável”, escreveu o presidente.

Segundo o TSE, as afirmações de Bolsonaro distorcem o conteúdo do inquérito aberto em 2018 sobre um ataque hacker ao sistema do tribunal, que nem sequer foi concluído.

A investigação foi pedida à PF pelo próprio tribunal, dez dias após o segundo turno das eleições, para apurar denúncias de um ataque aos sistemas da corte, mas não encontrou indícios de que o ataque tenha afetado o resultado das eleições. Segundo se soube lendo o inquérito vazado, o hacker entrou no sistema, mas não conseguiu acessar o módulo sigiloso das urnas.

Depois da live que Bolsonaro realizou no dia 2 de agosto lançando suspeitas sobre a segurança do processo eleitoral, e da entrevista do dia 4, na Jovem Pan, o próprio tribunal enviou ao ministro Alexandre de Moraes uma notícia-crime contra o presidente, o deputado Filipe Barros e o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa, responsável pelo inquérito.

No despacho que determina a abertura de investigação, Moraes afirma que o vazamento do inquérito sigiloso “teria o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta que se estabelece contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso acerca de sua lisura”.

A Mastodon vem sendo usada por Bolsonaro para postar conteúdos que foram depois banidos em outras redes, sempre por meio do brasileiros.social. Além do link para o inquérito sigilo, o presidente também já usou o mesmo expediente para divulgar uma cópia de uma edição do Diário Oficial e um artigo sobre os benefícios do “tratamento precoce” contra a Covid-19.

Conhecida por ser uma rede social “aberta”, ou seja, que não controla os conteúdos postados, a plataforma prevê que os controle seja feito pelos próprios usuários, que podem isolar quem esteja postando conteúdos ofensivos ou considerados mentirosos.

Perfis de Daniel Cid na rede social Mastodon

A rede social de extrema direita Gab, por exemplo, tentou se inserir na Mastodon depois de ser expulsa de outras plataformas, mas não foi aceita.

Para Freitas, da PUC-RJ, o servidor usado para postar, provavelmente foi escolhida para dificultar a retirada do conteúdo do ar. “Utilizar um servidor web como forma de compartilhar arquivos grandes não é uma prática atípica, mas em si. O que não é corriqueiro é utilizar um servidor próprio, hospedado no exterior e com dados de registro de domínio (DNS) ocultos. Isso indica uma tentativa de esconder a origem do material e torna tortuosa a identificação dos responsáveis.”

Além de irmão do coronel que é ajudante de ordens do presidente da República, Daniel Cid é filho do general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, colega de turma de Bolsonaro da Academia de Agulhas Negras (Aman) e ex-chefe do departamento de Comunicação e Cultura do Exército.

Nas redes sociais, Daniel Cid propagandeia a relação com Bolsonaro. “Muito orgulhoso do meu irmão e de seu trabalho ao lado do presidente do Brasil”, ele postou no dia da posse presidencial, em janeiro de 2019. “Ele é o militar sempre ao lado do presidente em todas as fotos”.

Metadados de publicação de Bolsonaro, feita na rede social Mastodon, mostra a hora e o servidor onde foi armazenado documento sigiloso

No início desta tarde, enviamos mensagens pedindo entrevistas a Daniel Cid por meio das redes sociais e procuramos o coronel Mauro Cid por telefone e via Secretaria de Comunicação da Presidência da República, perguntando sobre a postagem do inquérito.

Após receber nosso contato, Daniel Cid apagou os documentos que estavam arquivados no brasileiros.social e que haviam sido postados por Bolsonaro em suas redes. Também retirou sua foto e a identificação no perfil que mantém no Mastodon. No lugar, ele colocou no lugar um avatar de Hommer Simpson.

Atualização às 18h20: Daniel Cid entrou em contato com a equipe da coluna e informou que, assim que soube que a postagem era indevida, retirou o documento do ar.

“Eu já tirei do ar do servidor. Na hora que soube que não poderia estar lá”, afirmou.

*Malu Gaspar e Mariana Carneiro/O Globo

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Vídeo: Roberto Jefferson não está só. Tio do zap, com a cara cheia de fuligem, ameaça guerra civil

Essa figura que não é a única nesse hospício patriótico chamado Brasil de Roberto Jefferson e cia, possivelmente é do exército de Brancaleone ou é o piloto de um tanque fumacê da parada militar de Bolsonaro do último dia 10. Ou ainda pode ser o mecânico da similistronca. O fato é que Bolsonaro conseguiu ridicularizar até o fascismo. Fascismo que pariu um maluco de pedra como este. Uma mistura de cômico com trágico. Agora vai!

Assista:

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Vídeo: No Ceará, Bolsonaro acena para ruas vazias, é vaiado e chamado de assassino e genocida

Jair Bolsonaro visitou nesta sexta-feira (13) a cidade de Juazeiro do Norte (CE), para participar da entrega de residências do programa Casa Verde e Amarela, e foi recebido com desprezo e protestos pela população local.

Depois de circular por ruas esvaziadas de pessoas, Bolsonaro foi chamado de “genocida” e “assassino” por moradores.

Em outro momento em Juazeiro, durante discurso, Bolsonaro foi alvo de vaias e respondeu dizendo que “as manifestações do povo são sempre bem vindas”.

https://twitter.com/SenadorRogerio/status/1426241064772505602?s=20

Em seu discurso, Bolsonaro chegou a comparar suas ações de governo com as praticadas pelo Padre Cícero Romão Batista, patrono de Juazeiro. “Nós continuamos defendendo a bandeira do Padre Cícero, sempre ao lado da família, defendendo a propriedade privada, a liberdade, Deus acima de tudo e combatendo o comunismo”, afirmou.

Bolsonaro também fez uma série de ofensivas contra o governador Camilo Santana (PT), afirmando que o petista atuou de forma “criminosa e maldosa” ao decretar as medidas sanitárias, como lockdown e isolamento social, para evitar a disseminação da Covid-19 no estado. “Essa medida, por alguns governadores, dentre eles deste estado, foram além de impensadas, foram muito mal recebidas pela população, mandar ficar em casa sem prover ganhou para sua subsistência isso é mais do que uma maldade é um ato criminoso”, disse Bolsonaro.

O governador cearense reagiu, dizendo que criminoso é “ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias”.

*Com informações do 247

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Vecina, ex-presidente da Anvisa, desanca Dória por comprar 4 milhões de doses de vacina somente para SP

Atitude deletéria, politiqueira e eleitoreira. Foram esses os termos usados pelo ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina, quando perguntado por Mônica Waldvogel o que ele achava da solução de Dória de comprar, somente para São Paulo, 4 milhões de doses da CoronaVac. Vecina imediatamente respondeu, “essas vacinas deveriam ser entregues aos SUS para pensar nos 211 milhões de brasileiros e não só na república de São Paulo”.

Ele disse o que tinha que ser dito para o espanto de Waldvogel que parecia entusiasmada com a solução dada por Dória para liberar a economia do estado.

Para piorar, Maria Beltrão, que comanda o Estúdio I, imediatamente, para cortar o assunto, despede-se dele. Vecina, percebendo que tinha sido censurado para não continuar criticando Dória, educadamente, despede-se de todos e, ironicamente, exalta o trabalho da GloboNews de informar corretamente tudo sobre a vacinação e, no final, alertando à população para não cair na politicagem de Dória, ele se dirige aos telespectadores e diz, “vocês em casa prestem bem atenção em quem vão votar em 2022”, com aquela sinceridade cortante que lhe é peculiar.

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