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Morre o jornalista Paulo Henrique Amorim; último vídeo

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10) aos 77 anos após um infarto no Rio de Janeiro.

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10) aos 77 anos no Rio de Janeiro, após um infarto.

PHA estava na Record TV desde 2003. Também foi afastado do Domingo Espetacular da Record, após pressão do governo Jair Bolsonaro. PHA entrou com ação na Comissão de Direitos Humanos da ONU denunciando cerceamento à sua liberdade de expressão.

O jornalista passou por emissoras como TV Manchete, TV Globo, TV Bandeirantes, onde apresentou o Jornal da Band, e TV Cultura.

No último vídeo em seu canal, PHA denunciou o uso político do futebol por Jair Bolsonaro. PHA deixa uma filha e a mulher, Geórgia Pinheiro.

Assista ao seu último vídeo

 

*Com informações do 247

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Em vídeo, Reinaldo Azevedo é bem didático sobre a relação promíscua entre Dallagnol e Fux

O áudio de Dallagnol publicado pelo Intercep é bastante revelador. Nele há detalhes que Reinaldo Azevedo soube explicar muito bem sobre a gravidade da relação das sombras da Lava Jato com o Ministro Fux.

Vale a pena conferir:

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Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao liberar dinheiro para compra de votos, diz Freixo

Na ânsia de comprar votos dos deputados para aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao liberar o dinheiro sem a aprovação do Congresso. “O Psol está analisando as medidas que serão adotadas”, é o diz o deputado do Psol-RJ Marcelo Freixo.

O governo liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área de saúde às vésperas do início da votação da reforma. O desembolso de R$ 920,3 milhões foi publicado em 34 portarias de uma edição extra do Diário Oficial da União.

Em seu twitter, o deputado Marcelo Freixo informou:

 

*Com informações do 247

 

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Caso Venezuela: a Lava Jato é uma articulação internacional, por Gilberto Maringoni

“A Lava Jato passa a realizar – tacitamente ou não – um trabalho em linha com quem busca desestabilizar o governo venezuelano”, escreve o colunista Gilberto Maringoni; “Trama-se ali uma diplomacia paralela, violando frontalmente a Constituição”, diz ele, acrescentando que a operação é uma “articulação reacionária sem limites”.

Sob vários aspectos, as revelações feitas pelo Intercept neste domingo, 8, são as mais graves entre todas as trocas de mensagens que vieram à luz até aqui. Paradoxalmente, são as de menor impacto público.

O que desvendam tais diálogos virtuais? Que – ao buscar vazar delações sobre a ação da Odebrecht na Venezuela – a Lava Jato transformou-se numa organização de âmbito internacional, capaz de manipular e influenciar cenários políticos além fronteiras. E exibem, pela segunda vez, a cumplicidade de Fernando Henrique Cardoso com o grupo baseado em Curitiba.

A INTERVENÇÃO DE DELTAN DALLAGNOL, em 6 de agosto de 2017, expressa o que estava em jogo:

“Deltan – (…) Não vejo problema de soberania. E há justificativa para fazer qto à Venezuela e não outros pq destituiu a procuradora geral e é ditadura. (…) O propósito de priorizar seria contribuir com a luta de um povo contra a injustiça, revelando fatos e mostrando que se não há responsabilização lá é pq lá há repressão”.

O procurador evangélico demonstra saber dos problemas diplomáticos que tais decisões – vazar as informações – poderiam acarretar. Mas as justifica para “contribuir com a luta de um povo contra a injustiça”. Quem delegou a Dallagnol e seus comparsas a prerrogativa de agir como um templário togado ao arrepio da Constituição Federal? A Carta, como se sabe define o seguinte sobre o tema:

“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

III – autodeterminação dos povos;

IV – não-intervenção”.

Os milicianos das araucárias não desconhecem tais cláusulas, que se originam nas formulações do Barão do Rio Branco, há mais de um século. A evidência está no seguinte diálogo de 5 de agosto de 2017, revelado pelo Intercept:

[procurador] Paulo [Galvão]– (…) Vejam que uma guerra civil lá é possível e qq ação nossa pode levar a mais convulsão social e mais mortes (ainda que justa ou correta a ação). Lá não é Brasil.(…) Não estou dizendo que sim ou que não, apenas que precisa ser refletido

Roberson [Pozzobon] – Caraaaaaca

Orlando [Martello] – (…) Não dá para abrir simplesmente o que temos. (…) Não dá para arriscar um descumprimento de acordo, inclusive com consequências cíveis de nossa parte, bem como da União. (…) A solução que vejo é fazer uma comunicação espontânea para o próprio país. No caminho isso certamente vazará em algum lugar, sem qq participação nossa. Isso posso fazer de imediato”.

A LAVA JATO PASSA a realizar – tacitamente ou não – um trabalho em linha com quem busca desestabilizar o governo venezuelano. Em português claro,soma-se à conduta do departamento de Estado dos EUA e aos serviços de inteligência daquele país. Repetindo: tacitamente ou não.

De forma explícita, trama-se ali uma diplomacia paralela, violando frontalmente a Constituição. A hesitação é tanta, diante da gravidade da iniciativa, que, a dada altura, os membros da força tarefa consultam o ex-presidente FHC. A tarefa cabe a Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil:

“Bruno – Estou num debate sobre Venezuela na Fundação FHC e queria comentar que a TI está defendendo, junto à FTLJ, que se abram processos extraterritoriais contra autoridades venezuelanas. (…) FHC veio conversar comigo no final e disse que é uma boa ideia”.

A TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL é uma espécie de UDN global, criada em 1993, logo após a queda dos regimes do Leste Europeu, em pleno período de unipolaridade estadunidense. A ONG tem como atividade-fim o combate à corrupção, sem levar em conta – aparentemente – contextos e condicionantes políticos. Em seu site, ela cita sua parceira preferencial por aqui:

“O Brasil assistiu nos últimos anos àquela que vem sendo provavelmente a mais impressionante onda de investigações e denúncias envolvendo corrupção na história do país. A operação Lava Jato ganhou manchetes no mundo inteiro e virou até marchinha de Carnaval (o hit de 2016 “Ai, meu Deus, me dei mal / Bateu à minha porta o japonês da Federal”). Bilhões de reais foram recuperados”.

As investigações sobre Sergio Moro devem ganhar, a partir dessas revelações, novos contornos. Não estamos apenas diante de uma ação que trabalhou em linha com setores da direita – mídia e capital financeiro – e da extrema-direita brasileiras. A Lava Jato é uma organização com ramificações internacionais e sem escrúpulo algum em suas iniciativas.

A Lava Jato mostra-se cada vez mais como o porão do bolsonarismo e ferramenta importante na consolidação de uma articulação reacionária sem limites. Não estamos diante de amadores e nem de caipiras deslumbrados.

 

*Por Gilberto Maringoni/247

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Wadih Damous: Fux precisa vir a público esclarecer episódio escabroso

Ex-presidente da OAB-RJ, o ex-deputado federal Wadih Damous destaca que Deltan Dallagnol “tinha informação privilegiada sobre decisão de um ministro do STF, Luiz Fux, que precisa vir a público esclarecer mais esse episódio escabroso”. “E a pergunta que não quer calar: por que Dallagnol ainda não foi afastado?”, questiona Damous.

O ex-deputado federal pelo PT e ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous cobra um posicionamento do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux após a divulgação do áudio do procurador Deltan Dallagnol pelo site The Intercept.

No áudio, Dallagnol celebra uma decisão de Fux que ainda não havia sido divulgada para ninguém e pede segredo aos colegas. Fux impediu, em setembro de 2018, que o ex-presidente Lula concedesse uma entrevista à jornalista Mônica Bergamo durante a campanha presidencial, para o procurador “uma notícia boa depois de tantas coisas ruins”.

 

*Com informações do 247

 

 

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Urgente! Ouça: Intercept publica o áudio em que Dallagnol fala do impedimento por Fux da entrevista de Lula

E agora, Dallagnol, vai dizer que é mentira, que não é sua voz?

Há um mês, o Intercept iniciou uma série de reportagens que mudaram para sempre a história da operação Lava Jato, de seus procuradores e do ex-juiz e atual ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro. Antes vistos como heróis intocáveis, os monopolistas do combate à corrupção (que tentavam silenciar qualquer voz que se levantasse para expor seus erros, abusos e ilegalidades) hoje são vistos de outra maneira pela população: 58% dos brasileiros acreditam que as conversas de Moro com procuradores são inadequadas. A desconfiança é ainda maior entre os jovens: na faixa etária de 16 a 24 anos, 73% não querem um país guiado pelo espírito justiceiro de Moro.

Em seus primeiros capítulos, as histórias dos arquivos secretos da Vaza Jato mostraram Moro atuando como chefe de fato dos procuradores, o que é ilegal; expuseram o coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol apresentando uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da qual ele próprio duvidava; e revelaram os procuradores da Lava Jato (incluindo Deltan) operando secretamente para evitar que Lula desse uma entrevista durante a campanha eleitoral por medo que pudesse ajudar a “eleger o Haddad”.

28 de setembro de 2018 – chat privado

Anna Carolina Resende – 11:24:06 – ando muito preocupada com uma possível volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve
Deltan Dallagnol – 13:34:22 – Valeu Carol!
Dallagnol – 13:34:27 – Reza sim
Dallagnol – 13:34:32 – Precisamos como país

A propósito disso, nós publicamos agora, pela primeira vez, um áudio da conversa entre os membros da força-tarefa a respeito da guerra jurídica em torno da entrevista. Na manhã do dia 28 de setembro de 2018, a imprensa noticiou que o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizara Lula a conceder uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Em um grupo no Telegram, os procuradores imediatamente se movimentaram, debatendo estratégias para evitar que Lula pudesse falar. Para a procuradora Laura Tessler, o direito do ex-presidente era uma “piada” e “revoltante”, o que ela classificou nos chats como “um verdadeiro circo”. Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”

Eram 10h11 da manhã. A angústia do grupo – que, mostram claramente os diálogos, agia politicamente, muito distante da imagem pública de isenção e técnica que sempre tentaram passar – só foi dissolvida mais de doze horas depois, quando Dallagnol enviou as seguintes mensagens, seguidas de um áudio.

28 de setembro de 2018 – grupo Filhos do Januario 3

Deltan Dallagnol – 23:32:22 – URGENTE
Dallagnol – 23:32:28 – E SEGREDO
Dallagnol – 23:32:34 – Sobre a entrevista
Dallagnol – 23:32:39 – Quem quer saber ouve o áudio
Dallagnol – 23:33:36 –

Dallagnol – 23:33:36 – Áudio

A comemoração de Dallagnol expõe mais uma vez sua hipocrisia e sua motivação política: antes de serem alvos de vazamentos, os procuradores da força-tarefa enfatizavam – em chats privados com seus colegas – a importância de uma imprensa livre, o direito de jornalistas de publicar materiais obtidos por vias ilegais e que a publicação desses materiais fortalece a democracia.

No passado, Dallagnol era o maior entusiasta das garantias que foram justamente a base para a decisão de Lewandowski autorizar a entrevista de Lula. Em novembro de 2015, como o Intercept publicou, Deltan alertou seus colegas que investigar jornalistas que publicavam material vazado não seria apenas difícil mas “praticamente impossível”, porque “jornalista que vaza não comete crime”. Naquela época, ele era um dos principais defensores da importância de uma imprensa livre em uma democracia, um princípio que abandonou quando poderia, aos seus olhos, ajudar o PT a vencer a eleição.

Apesar do apelo do procurador para que a informação não fosse compartilhada, a notícia já se espalhava pela internet.

Depois do impacto inicial da Vaza Jato, o Intercept e seus parceiros continuaram a publicação de uma sequência de reportagens que mostraram as entranhas da operação, iluminando as conversas secretas que o público brasileiro e mundial precisavam ver.

Em parceria com Folha de S.Paulo, revista Veja e o jornalista Reinaldo Azevedo, mostramos comportamentos antiéticos e transgressões.

O ex-juiz Sergio Moro pediu aos procuradores da Lava Jato uma nota à imprensa para rebater o que chamou de “showzinho” da defesa de Lula, logo após o depoimento do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá. A Lava Jato seguiu a sugestão como uma ordem.

Enquanto Lula era o alvo central da operação, o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era poupado pelos investigadores por ser considerado por Moro um aliado. Quando viu na TV uma notícia sobre uma investigação contra FHC, Moro chamou Dallagnol no Telegram e, mais uma vez, fez uma de suas sugestões: era melhor não seguir a investigação porque ela “melindra alguém cujo apoio é importante”.

A postura de Moro, escancarada pelas revelações da série, já eram conhecidas entre os procuradores – que o elogiavam em público, mas criticavam no privado. “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”, disse a procuradora Monique Cheker.

A violação do sistema levou a Lava Jato a conspirar, depois de um comentário de Moro, para além das fronteiras do Brasil. Os procuradores se articularam para vazar informações sigilosas da delação da Odebrecht para a oposição venezuelana, mesmo que isso representasse “mais convulsão social e mais mortes”, como ponderou o procurador Paulo Galvão em um grupo. O colega dele, Athayde Ribeiro Costa, advertiu: “Imagina se ajuizamos e o malucomanda prender todos os brasieliros no territorio venezuelano”. Deltan Dallagnol não se comoveu: “é algo que cabe aos cidadãos venezuelanos ponderarem”.

Como dissemos em nosso editorial, logo no primeiro dia das publicações, “esse escândalo generalizado envolve diversos oligarcas, lideranças políticas, os últimos presidentes e até mesmo líderes internacionais acusados de corrupção”. O combate à corrupção é fundamental em qualquer democracia, por isso a importância de todo esse trabalho: para melhorar a conduta dos agentes escalados pela sociedade para liderar a luta contra os desvios éticos e o roubo do dinheiro público. Nosso parágrafo final, publicado em 9 de junho, serve também para fechar esse primeiro mês – e é um farol para o que ainda está por vir.

“Tendo em vista o imenso poder dos envolvidos e o grau de sigilo com que eles operam– até agora –, a transparência é crucial para que o Brasil tenha um entendimento claro do que eles realmente fizeram. A liberdade de imprensa existe para jogar luz sobre aquilo que as figuras mais poderosas de nossa sociedade fazem às sombras.”

 

*Do Intercept Brasil

 

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Na troca de mensagens entre o juiz e procuradores da Lava Jato, sobram provas de crimes contra Moro e faltam contra Lula

É irônico o destino de certas coisas na vida. Com as revelações dos vazamentos feitos pelo Intercept, nos bate papos entre Moro e os procuradores da Lava Jato, o que por si só já é um crime tanto do ex-juiz quanto dos procuradores, nada há contra Lula.

Seria isso um verdadeiro milagre ou obra de picaretagem jurídica que acabou sendo revelada por osmose? Sim, porque as únicas coisas que apareceram sobre provas contra Lula foram no sentido oposto ao que se pode chamar de prova, mais precisamente na forçação de barra confessada por Dallagnol, porque, segundo o próprio, a solução dos carrascos de Lula estava na pressão da opinião pública através da Globo e de outros veículos da mídia na base da pressão publicada.

Dallagnol confessa claramente que o que eles tinha na mão contra Lula é um blefe, o que eles na verdade tinham é o sonho de prender Lula a qualquer custo. Um desrespeito escancarado pela legalidade.

O mesmo pode-se dizer da crueldade do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima que, babando de ódio, falou em utilizar a morte de Marisa Letícia para desestabilizar emocionalmente Lula no depoimento dele a Moro.

O que aparece estampado é o sadismo de Carlos Fernando dizendo que queria ir na jugular de Lula, ou seja, queria plantar uma versão contra a sua vítima num claro estupro à ética para um membro do Ministério Público Federal. Só faltou dizer que queria ver a cabeça de Lula decepada, tal o nível de selvageria do que foi vazado pelo Intercept, uma representação clássica do banditismo estatal e tudo aquilo a que se pode chamar de fascismo.

A coisa é tão séria que não produziu sequer um contraponto de Moro, de Dallagnol sobre esses episódios. Bastaria isso para que Lula obtivesse o habeas corpus instantâneo no STF e esses vigaristas da “lei” fossem imediatamente presos.

Como vimos hoje, há um conluio dentro das instituições de controle do Estado, pois se um chefe da Polícia Federal diz que não vai periciar telefone de nenhum procurador da Lava Jato, o grande xerife está se colocando num único caminho, o de admitir que todos têm culpa no cartório e tudo o que saiu no Intercept é misericordiosamente verdadeiro.

 

*Da Redação

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Dallagnol não entrega seu celular para perícia, não atende à convocação da Câmara, mas Lula é que está preso

Depois que o Brasil descobriu toda a ruindade pagã que o hipócrita religioso, Dallagnol, representa, a lenda do combate à corrupção pela Lava Jato, desabou. Isso é fato consumado.

A selvageria jurídica no Brasil  é tanta e tão autoritária que Dallagnol simplesmente dá de ombros para a opinião pública e para a própria justiça, não entregando seu celular para ser periciado e, muito menos indo ao Congresso dar satisfação sobre a podridão da força-tarefa vazada pelo Intercept.

Isso mostra o tamanho da balbúrdia que tomou conta do aparelho judiciário do Estado brasileiro. Não tem mais constituição, cada um faz o que quer, organiza seu bloquinho e faz seu carnaval particular dentro das trincheiras do Estado.

E é um sujeito desse, como Dallagnol, imbuído do mais puro mau-caratismo, que diz ter apresentado por suas convicções, evidências suficientes para que Lula fosse condenado e preso por “corrupção”.

Só numa monarquia jurídica como a brasileira, o rei Moro e o príncipe Dallagnol se mantêm no trono, mesmo depois de desabado. E são esses dois idiotas que, ao lado do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, o mais frio, desonesto e desumano dos procuradores, armaram essa farsa contra Lula.

Isso não acontecia nem na velha república. O Brasil está de pernas para o ar e a zorra do aparelho judiciário é a principal responsável por esse retrocesso civilizatório.

Cada um nesse faroeste caboclo faz suas próprias leis, atende aos seus próprios interesses e nada acontece. Isso, porque a milícia de Curitiba arrotava combate ao crime e à corrupção. Imagina isso!

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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As ilegalidades de Moro: Ele não pode pedir licença, isso é ilegal, diz Paulo Pimenta

“Sérgio Moro não é servidor público. O cargo de ministro de Estado se encaixa no que a legislação denomina de Agente Político”, afirma o deputado.

O deputado federal Paulo Pimenta, líder da bancada do PT, foi ao Twitter para denunciar a ilegalidade que está sendo cometida pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Pimenta explica: “Sérgio Moro não é servidor público. O cargo de ministro de Estado se encaixa no que a legislação denomina de Agente Político, função que não é regulada pela lei 8.112/1990. A sua licença, portanto, é ilegal. Nenhuma novidade em se tratando de Sérgio Moro”.

Afastamento de Moro

Em meio à divulgação, pelo The Intercept Brasil, de uma série de conversas comprometedoras de Moro com procuradores do Ministério Público, o ministro da Justiça vai se afastar do cargo na próxima semana.

A autorização para o afastamento de Moro foi publicada nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União. Ele vai ficar fora do cargo do dia 15 ao dia 19 de julho, para tratar de assuntos particulares, segundo informações oficiais.

 

*Com informações da Forum

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Cultura

Sobre João Gilberto e o povo brasileiro

O comentário fundamental de tantos que eu li sobre João Gilberto, num festival de paspalhices conceituais, não veio, não foi colocado na cena. Muito se falou do imponderável, mas nada se falou do essencial, daquilo que traduz a alma de um artista. No caso de João Gilberto, a essência de sua batida, de sua harmonia e de toda a estética que o cercava era pelo simples fato de ser um brasileiro e, como tal, captar do cosmos nativo aquilo que era precisou para consagrar sua obra.

No Brasil, sobretudo depois de 1960, exalta-se demais coisas importantes, mas sem qualquer importância na obra de um artista, como é o caso do jazz. Isso é uma espécie de grilagem cultural. Um artista do peso de João Gilberto seria inadmissível se não fosse essencialmente brasileiro, porque este é o fato indivisível, a obra e o meio. O artista retira o novo do que o povo concebe como novo. Não tem como um artista exilar-se do seu meio, pois, sem ele, um conjunto de qualidades e expressões cria-lhe uma alma de pedra, sem lhe dar o verdadeiro mérito que é carregar consigo a força misteriosa de um observador que traduz em sua arte o sentido criativo do seu povo.

Então, fere-se com redondilhas retóricas o caráter essencial de uma cultura. João Gilberto empregou em sua obra toda a escala melódica que caracteriza a obra brasileira. Na realidade, João Gilberto representa a verdadeira vitória daquilo que dá a tônica da música brasileira, não importando ser bossa nova, samba, choro, frevo e tantas linguagens musicais deste Brasil macunaímico que não se impõe por uma característica, mas por uma livre e aguda emancipação de qualquer caráter definitivo.

Há na essência da obra de João Gilberto os terreiros, as bandas de coreto, as orquestras, o maior e mais completo conjunto de sons de geografia genérica. Não interessa se o João Gilberto era baiano, carioca, capixaba, gaúcho e etc., isso é uma leitura que, ao invés de buscar a razão da riqueza de sua obra, busca nomenclaturas.

Ora, em João há a batida do coco, da chula raiada, do partido alto, do jongo, do congo, maracatu, do tambor de mina, de crioula, enfim, há tudo o que está na essência do Choro, naqueles vários formatos de samba que traduzem a natureza de nossa música com um estupendo caráter libertário.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas