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Anistia Internacional aponta ‘agenda negacionista’ de Bolsonaro como agravante da pandemia no Brasil

Em seu novo relatório, a Anistia Internacional afirma que, em 2020, a pandemia de Covid-19 “foi usada com pretexto” para que as violações de direitos humanos aumentassem no Brasil. Essa é uma das principais conclusões do “Informe 2020/21: O estado dos Direitos Humanos no Mundo” divulgado nesta quarta-feira (7) .

“A agenda negacionista do presidente Jair Bolsonaro agravou as consequências da pandemia da Covid-19 sobre a população brasileira, sobretudo nas comunidades mais empobrecidas e historicamente discriminadas, como população negra, povos indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais, moradores de favelas e periferias, mulheres, LGBTQIs”, entre outros, destaca.

Os dados apresentados ressaltam que a crise sanitária aumentou ainda a desigualdade social “estrutural e sistêmica” do país, com cerca de 27 milhões de moradores vivendo na extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 246 por mês.

O Informe não poupa críticas a Bolsonaro, citando o aumento da “retórica autoritária” e a postura negacionista durante a pandemia.

“No Brasil, a lentidão e a recusa do presidente Jair Bolsonaro em cumprir seu dever de liderar as ações capazes de mitigar os impactos da pandemia e proteger da saúde de brasileiras e brasileiros e falta de coordenação nacional no enfrentamento da Covid-19 levaram o país ao triste índice de milhares de vidas perdidas. Desde o início da pandemia temos insistido que mortes evitáveis têm culpas atribuíveis”, ressaltou a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, no documento.

Werneck ainda destaca que “é urgente uma mudança de rumo no enfrentamento” da crise sanitária, e que “o primeiro passo é priorizar as necessidades daqueles que foram deixados para trás por décadas de abandono e políticas excludentes e garantir seu acesso às vacinas contra a Covid-19”. “O poder público precisa garantir vacina para todos, de forma gratuita. Vacinação não é privilégio, é direito”, ressalta a diretora.

Direitos humanos e violência O relatório também aborda os direitos humanos em diversas esferas e pontua que o Brasil “é o terceiro país do mundo que mais mata defensores e defensoras de direitos humanos e do meio ambiente”.

Um dos pontos de destaque é a ameaça à liberdade de expressão tanto de jornalistas como de opositores no Brasil e em outros países da América Latina.

“As ameaças de campanha do presidente Jair Bolsonaro de perseguir opositores, ONGs, movimentos sociais e desqualificar jornalistas foi cumprida em mais um ano de seu mandato. Segundo um relatório da ONG Artigo 19, entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, integrantes do governo federal fizeram declarações agressivas e estigmatizantes contra jornalistas em razão do seu trabalho em 449 ocasiões”, diz o texto.

O documento da AI ainda pontua o aumento da violência no Brasil e ressalta que os homicídios provocados pela polícia tiveram uma alta de 7,1% na comparação com 2019, o que equivale a 17 mortes por dia. “Pelo menos 3.181 pessoas – 79% das quais negras – foram assassinadas pela polícia entre janeiro e junho”, afirma ainda o texto.

A violência doméstica também foi citada, pois o isolamento social acabou provocando um aumento desse tipo de ação.

“Dados consolidados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que a taxa de feminicídio aumentou em 14 dos 26 estados da federação entre os meses de março e maio de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. As medidas para proteger mulheres e meninas foram inadequadas, e as investigações de casos de violência de gênero foram em muitos casos insuficientes”, ressalta.

*Com informações do Uol

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Sarcástico, Bolsonaro zomba da morte de mais de 4 mil brasileiros em 24 horas

Pelo método que adota diante dessa carnificina que somente ontem matou mais de 4.200 brasileiros, Bolsonaro trata essa tragédia como quem se distrai com jogos infantis.

Mais que isso, sua alegre manifestação com gracejos numa zombaria explícita, mostra o nível de escárnio do verme.

Questionado por uma apoiador sobre as mortes, ele respondeu:

“O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista, fascista, torturador. Agora é o quê? Agora eu sou, que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disparou, dando risadas.

Na verdade, Bolsonaro ridiculariza o sofrimento das milhares de famílias dos mortos pela covid, além de caçoar das próprias vítimas fatais para provocar risos e zombarias na horda que ele contrata para lhe servir de auditório em seu chiqueirinho.

Ou seja, não basta matar 4.200 brasileiros em 24 horas, tem que rir com escárnio das vítimas, de seus familiares e de seus amigos para levar todos ao ridículo.

Por isso, Bolsonaro apareceu feliz e hilariante em seu desprezo pela vida, achando divertido e prazeroso se autoproclamar genocida, numa clara expressão de deboche e escárnio com a tragédia porque passam milhões de brasileiros, mostrando que o Brasil está entregue a uma baderna em que reina uma total desordem no combate à pandemia quando a morte de centenas de milhares de brasileiros passa a ser tratada como um divertimento noturno pelo chefe da nação.

Foi esse monstro que a mídia, em parceira com Sergio Moro e sua Lava Jato, colocou na cadeira da presidência.

Esse escárnio não é exclusividade de Bolsonaro, mas sim o que define como pensa e age a classe dominante do Brasil para manter seus privilégios em detrimento dos trabalhadores e de uma legião de pobres que só cresceu depois do golpe em Dilma e Lula, enquanto na lista dos brasileiros mais ricos do mundo da revista Forbes, dois são banqueiros e dois são do mercado da saúde privada.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em dia de recorde de mortes, Bolsonaro diz que resolve “problema do vírus” se pagar imprensa

(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira a apoiadores que resolveria o “problema do vírus” rapidamente caso seu governo aumentasse as despesas com verbas de publicidade a veículos de comunicação, no dia em que o Brasil registrou mais um recorde de mortes por Covid-19, com 4.195 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Na conversa transmitida por redes sociais, um apoiador comenta que não se entendeu que é preciso unir o país para atacar o inimigo comum, e o presidente emenda, com críticas à cobertura jornalística: “Não, é jogo de poder, se vai morrer mais gente não interessa não”, disse.

“Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos, é só pagar o que os governos pagavam no passado de verba de imprensa”, acrescentou.

Segundo Bolsonaro, em outros países do mundo o “pessoal quer destruir o vírus, aqui quer destruir o presidente”.

O presidente também criticou novamente as medidas de restrição de circulação de pessoas decretadas por diversos Estados para tentar conter o avanço da Covid-19, no pior momento da pandemia no país.

*Com informações do Uol

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Vídeo: O mundo desaba na cabeça dos brasileiros e a mídia só pensa em impedir a volta de Lula

O mundo desaba na cabeça dos brasileiros e o planeta assiste estarrecido à tragédia do Brasil. Todos os setores do governo estão em frangalho, o país totalmente desacreditado, assim como o judiciário. A economia que, com Lula e Dilma, ou seja, nos governos do PT chegou à 6ª maior economia do mundo, agora, cai para a 12ª, e é daí pra pior. Alguma coisa urgentemente tem que ser feita antes que a situação fique irreversível.

Assista:

*Da redação

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Urgente: Brasil ultrapassa a trágica marca de 4 mil mortes em 24 horas

“Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou o respeitado cientista Miguel Nicolelis ao repercutir o novo recorde macabro da pandemia no Brasil.

O Brasil registrou nesta terça-feira (6) um novo recorde relacionado à pandemia do coronavírus. Segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), 4.195 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas. Trata-se da primeira vez que o número de óbitos supera a marca de 4 mil de um dia para o outro.

Desde o início da pandemia, já foram contabilizados 336.947 óbitos causados pela doença.

O número de infectados pelo vírus também segue crescendo de maneira descontrolada. Foram, segundo o Conass, 86.979 casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, o que faz o acumulado desde o início da crise sanitária saltar para 13.100.580.

Pelas redes sociais, o respeitado cientista Miguel Nicolelis, que desde o início do ano vem pregando um lockdown nacional para cessar a escalada de mortes, reagiu aos novos números. “Segundo CONASS atingimos 4195 mortos por COVID19 nas últimas 24 horas no Brasil! Quando vamos nos dar conta do tamanho desta hecatombe?”, questionou.

*Com informações da Forum

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Carlos Bolsonaro aciona Ministério Público para impedir restrições de circulação no Rio

Segundo o vereador, as restrições anunciadas por Eduardo Paes tratam de áreas controladas pela União, como praias e faixas de areia.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), nesta terça-feira, para que sejam tomadas medidas para impedir a vigência das restrições de circulação, de abertura de estabelecimentos e de permanência em locais públicos, promulgadas pelo prefeito Eduardo Paes. Os esforços para tentar conter o avanço dos casos de Covid-19 são rebatidos pelo vereador com argumentos como o “direito de ir e vir e a saúde das pessoas”.

Sem citar fontes reconhecidas ou estudos científicos publicados, Carlos apontou o fechamento de praias e a impossibilidade de realizar atividades físicas como fatores que podem ajudar no combate ao coronavírus, e estariam sendo impedidos pelos bloqueios.

“Diante de estudos científicos pelo Brasil e pelo mundo, constatando que pessoas que se exercitam e pegam sol mantendo o bom senso ajudam no combate ao covid, não é plausível que prefeitos e governadores bloqueiem áreas abertas como praias e similares para atividade física e geração de empregos. Acionamos o Ministério Público como fiscal da lei para analisar o que é previsto constitucionalmente, principalmente o direito de ir e vir e da saúde das pessoas”.

Apesar das afirmações, o isolamento faz parte das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus e é recomendado por especialistas e autoridades da saúde, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em várias partes do mundo a estratégia obteve sucesso na redução da disseminação do vírus.

Outra alegação de Carlos Bolsonaro ao MP-RJ é que Paes não poderia intervir nas regras sobre circulação de pessoas em espaços de competência da União, como praias e faixas de areia. No anúncio feito aos seus seguidores no aplicativo de mensagens Telegram, o vereador mencionou o artigo 20 da Constituição Federal que descreve o que são bens da União, entre eles lagos, rios e o mar territorial.

“Sendo competência da União as praias e faixas de areia, solicita este parlamentar que seja permitido o trânsito de ir e vir por pedestres em qualquer área que seja de poder da União e que não tenha restrições impostas pelo ente Federal, haja vista que o Prefeito do Rio de Janeiro, editou um decreto com uma série de restrições que recai sobre direito de ir e vir em áreas da União”, argumenta o “filho 02” do presidente Jair Bolsonaro.

As restrições que sustentam a queixa de Carlos foram anunciadas no dia 24 de março, junto com a criação de um feriadão de 10 dias. Além de impedir o funcionamento de diversos estabelecimentos comerciais, o texto publicado pelo governador em exercício, Cláudio Castro, proíbe o acesso às praias de todo o estado, enquanto o texto publicado pela prefeitura do Rio permite o acesso, desde que seja para exercícios individuais. Na última sexta-feira, Eduardo Paes publicou um novo decreto que estende por mais uma semana as medidas de restrição contra o Covid-19 na cidade.

Apesar da tentativa de reposicionar o discurso do governo federal sobre a importância da vacinação para combater a Covid-19, Jair Bolsonaro e o núcleo duro de aliados que o acompanha ainda se opõem a medidas que impeçam a circulação de pessoas. Na última semana, após a primeira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia, o presidente afirmou que o único caminho é deixar o povo trabalhar.

*Com informações de O Globo

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Gilmar dá 5 dias para Ministério da Justiça explicar uso de lei contra críticos de Bolsonaro

De acordo com o Estadão, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (5) que o Ministério da Justiça apresente esclarecimentos dentro de cinco dias sobre o uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) contra críticos do governo do presidente Jair Bolsonaro. O ministro também cobrou explicações da da Polícia Civil do Rio e da Polícia Militar do Distrito Federal e de Minas Gerais.

Gilmar assinou dois despachos, em habeas corpus movidos pela Defensoria Pública da União (DPU) e por um grupo de advogados. “Com base na causa de pedir e nos pedidos formulados à inicial, determino que sejam solicitadas informações, no prazo de 5 (cinco) dias, às seguintes autoridades coatoras: a) Ministro da Justiça e Segurança Pública; b) Comandante Geral da Polícia Militar do Distrito Federal; c) Secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro”, determinou o ministro.

A DPU pediu ao Supremo a concessão de salvo conduto às pessoas que estiverem promovendo pacificamente manifestação de opinião política, impedindo quaisquer medidas de coerção fundamentadas na Lei de Segurança Nacional. A Defensoria também quer que o STF determine às secretarias de segurança publica que orientem as polícias a não restringir, “de maneira alguma, a liberdade de mera manifestação da opinião política”.

O número de procedimentos abertos pela Polícia Federal para apurar supostos delitos contra a segurança nacional aumentou 285% nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, quando se compara o mesmo período das gestões Dilma Rousseff e Michel Temer, conforme informou o Estadão. Entre 2015 e 2016 houve um total de 20 inquéritos. Na primeira metade da administração Bolsonaro, o número saltou para 77 investigações.

Desgaste.

A estratégia do Palácio do Planalto de recorrer à como instrumento para reprimir opiniões negativas e ácidas contra o governo do presidente Jair Bolsonaro provocou desgastes à imagem do advogado-geral da União, André Mendonça, no Supremo Tribunal Federal (STF). Criticada por integrantes da Corte, a legislação é alvo de quatro ações que tramitam no tribunal. Mendonça deixou o comando do Ministério da Justiça na semana passada e é um dos nomes favoritos para a vaga que será aberta em julho no Supremo, com a aposentadoria compulsória do decano, ministro Marco Aurélio Mello.

Integrantes do Supremo ouvidos sob reserva pelo Estadão têm desaprovado, porém, a forte ofensiva do governo contra críticos de Bolsonaro, como o uso da Lei de Segurança Nacional. Recentemente, Mendonça também se valeu do Código Penal para tentar enquadrar como crime contra a honra os autores de outdoors que divulgaram, em Tocantins, a mensagem de que Bolsonaro “não vale um pequi roído” e que “Palmas quer impeachment já”. O Ministério Público Federal pediu o arquivamento do caso, que tramita na Justiça Federal do DF.

A lei serviu, ainda, para a Polícia Civil do Rio intimar o youtuber Felipe Neto (após o influenciador digital chamar Bolsonaro de “genocida”) e para o Ministério da Justiça pedir a investigação da publicação de uma charge na qual Bolsonaro aparece transformando a cruz vermelha (símbolo de hospitais) na suástica nazista. O Ministério da Justiça também solicitou abertura de inquérito contra o colunista Hélio Schwartsman por ele ter escrito artigo no jornal Folha de S.Paulo intitulado “Por que torço para que Bolsonaro morra”.

O uso da Lei de Segurança, no entanto, não se restringe ao governo. O próprio STF recorreu ao dispositivo para justificar a abertura do chamado ‘inquérito das fake news’, que investiga notícias falsas, ofensas e ameaças contra os ministros do tribunal, e para determinar a prisão do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). Juristas veem ‘instrumento de perseguição’ e têm defendido a reforma na LSN.

*Estadão Conteúdo

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Em documento ao STF, procuradores da Lava Jato pedem anulação da suspeição de Moro

Integrantes da força-tarefa dizem que o caso perdeu o objeto após decisão de Fachin que anulou condenações de Lula.

Sete procuradores da Lava Jato enviaram nesta segunda (5) um documento aos 11 ministros do STF em que defendem a anulação da suspeição do ex-juiz Sergio Moro se o plenário da corte referendar a decisão de Edson Fachin que reconheceu a incompetência da Vara de Curitiba e reverteu as condenações do ex-presidente Lula.

A peça é um “memorial”, instrumento jurídico que apresenta argumentos aos ministros buscando influenciar em sua decisão.

A tese descrita é que a suspeição de Moro não poderia ter sido julgada pela Segunda Turma do STF, no dia 23 de março, antes da apreciação pelo plenário da corte da decisão de Fachin.

Relator da Lava Jato, Fachin surpreendeu os mundos jurídico e político em 8 de março, ao aceitar o argumento da defesa de Lula de que o foro para suas ações na Lava Jato não é Curitiba.

Após recurso da Procuradoria Geral da República, Fachin remeteu sua decisão para o plenário do STF. O presidente da corte, Luiz Fux, marcou o julgamento para 14 de abril.

“Uma vez confirmada (se confirmada) a incompetência do juízo da Vara de Curitiba, entende-se que ficará prejudicada a questão relativa à suspeição do juízo”, diz o memorial, assinado pelos advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti.

Eles representam os procuradores Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Laura Tessler, Orlando Martello, Júlio Carlos Noronha, Paulo Roberto Carvalho e Athayde Costa.

Segundo os advogados dos procuradores, a decisão de Fachin quanto ao foro resulta na perda do objeto relativo à suspeição de Moro. Ou seja, na prática, não teria validade.

Ainda de acordo com o memorial dos procuradores, se o plenário do STF referendar a decisão de Fachin, o processo de Lula retornará à fase de recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Nesse caso, o magistrado de primeiro grau decidirá se aproveita ou não os atos instrutórios do processo.

Após a decisão de Fachin, três casos de Lula foram remetidos à Justiça Federal de Brasília, referentes ao tríplex, reformas no sítio de Atibaia usado pelo ex-presidente e compra de imóvel para o Instituto Lula pela Odebrecht.

Ainda não está claro se os autos dos processos poderão ser aproveitados pelos novos magistrados, ou se terão de ser anulados, como diz a defesa do ex-presidente.

Em um dos julgamentos mais esperados dos últimos anos no STF, a Segunda Turma da corte decidiu em 23 de de março, por um placar de 3 a 2, que Moro foi parcial na ação em que o ex-presidente Lula (PT) foi condenado pelo suposto recebimento de um tríplex como forma de propina.

Ao final, votaram para declarar Moro suspeito os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia —que mudou o voto que havia proferido em dezembro de 2018, quando teve início o julgamento. Os ministros Edson Fachin e Kassio Nunes Marques votaram contra a declaração de suspeição de Moro.

A Segunda Turma, porém, restringiu-se à análise da atuação de Moro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Não foi discutida a situação do processo em que Lula foi condenado referente ao sítio de Atibaia (SP).

Para ser candidato em 2022, o petista depende do julgamento do plenário do STF a respeito da decisão de Fachin, que de forma individual no último dia 8 anulou as condenações do tríplex e do sítio e levou para a Justiça Federal do Distrito Federal os quatro casos em que o ex-presidente havia se tornado réu no Paraná.

Caso a maioria do plenário referende a decisão de Fachin, Lula terá os direitos políticos de volta e poderá disputar o pleito de 2022 —o que neste momento já está valendo pela decisão individual de Fachin.

Se o resultado no plenário for no sentido oposto, porém, ainda remanescerá a condenação em duas instâncias no caso do sítio de Atibaia, e Lula seguirá inelegível.

Segundo Fachin, no Paraná deveriam ser analisados os casos exclusivamente ligados a crimes contra a Petrobras. Para o ministro, os supostos delitos de Lula teriam relações mais amplas e incluiriam também outras empresas e setores públicos federais, por isso as acusações devem tramitar por uma vara federal em Brasília.

*Com informações do Uol

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Orçamento de 2021 favorece programas ligados ao bolsonarismo

Segurança, fortalecimento da família e obras ganharam mais; políticas externa e ambiental perderam.

Apesar de não ter recursos suficientes para despesas obrigatórias e prestação de serviços públicos até o final do ano, o Orçamento de 2021, aprovado pelo Congresso, favoreceu programas ligados ao bolsonarismo, que ganharam mais verba.

Áreas como segurança pública, proteção à vida e fortalecimento da família, defesa nacional e desenvolvimento regional, que cuida de obras, ampliaram o espaço no Orçamento após acordos partidários no Congresso, que também envolveram a ala política do governo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abraçou projetos regionais de infraestrutura numa estratégia que visa a reeleição em 2022. São obras de portes distintos, como irrigação, saneamento, casas populares. São temas que geram ganhos políticos também ao presidente.

A relação dele com essa área mudou principalmente a partir do segundo ano de mandato, quando Rogério Marinho, ex-deputado e que se aproximou de Bolsonaro, foi transferido da secretaria que cuidou da reforma da Previdência no Ministério da Economia para comandar a pasta de Desenvolvimento Regional.

Para 2021, o Orçamento aprovado retirou dinheiro de despesas obrigatórias, inclusive de aposentadorias e demais benefícios previdenciários, para inflar a verba para emendas parlamentares, destinadas principalmente para obras de infraestrutura.

Também foram cortados os recursos para programas antagônicos ao bolsonarismo. É o caso das áreas de política externa, transparência, agricultura sustentável e ações ligadas a mudanças climáticas.

Quando o governo envia a proposta de Orçamento ao Congresso, o que acontece anualmente em agosto, os parlamentares analisam o que pode ser alterado e como podem usar suas emendas —forma que eles têm de destinar mais dinheiro para projetos que consideram prioritários.

Geralmente as mudanças são para acrescentar mais gastos. Por exemplo, a previsão de despesas para 2021 subiu mais de R$ 20 bilhões entre a versão inicial (de agosto do ano passado) e a aprovada em março.

O esperado, portanto, é que a verba aumente ou, pelo menos, seja preservada durante o processo de negociação política no Congresso. Cortes são feitos, por exemplo, para abrir espaço para outros programas.

Entre as áreas mais afetadas pela tesourada também estão projetos de conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais, além de inserção econômica internacional, que visa ampliar as parcerias comerciais do Brasil.

Como exemplo mais específico há a verba para relações e negociações bilaterais e multilaterais, que seria de R$ 450 milhões de acordo com a versão original do Orçamento, mas ficou com R$ 430 milhões. No ano passado, foram mais de R$ 750 milhões. O Itamaraty foi uma das pastas que perdeu recursos nas negociações em torno do Orçamento de 2021.

Foram meses de discussões sobre o projeto no Congresso. Por isso, as alterações foram motivadas por interesses de vários parlamentares e de diferentes campos políticos, inclusive opositores de Bolsonaro que queriam obras em suas bases eleitorais.

No entanto, o personagem com maior poder era o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC), aliado do presidente e que, até a votação do Orçamento, tinha relação muito próxima com a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).

O principal movimento de Bittar foi priorizar a área de desenvolvimento regional. Ele é próximo de Marinho, desafeto de Guedes. Os recursos desse segmento subiram de R$ 1,7 bilhão para quase R$ 13 bilhões na comparação entre o Orçamento original e o aprovado.

No caso do setor de segurança pública, que teve alta de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,5 bilhões, as emendas de aumento de verba partiram principalmente da chamada “bancada da bala”, que reúne representantes de corporações alinhadas ao Palácio do Planalto, como policiais.

Isso também vale para os programas de defesa nacional. Os militares, que receberão reajuste salarial em 2021 apesar do Orçamento apertado, receberam mais dinheiro para investimentos.

Dentro da alçada da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), os projetos englobados na rubrica de fortalecimento da família apresentaram forte expansão. Eram previstos R$ 2,8 milhões, na versão apresentada em agosto do ano passado. Esse valor mais que dobrou, e foi para R$ 6,7 milhões. Também ganharam mais dinheiro os programas listados como de proteção do direito à vida e defesa de direitos para todos.

Há casos em outros ministérios. Na pasta da Cidadania, o orçamento para infraestrutura esportiva de alto rendimento caiu de R$ 16,3 milhões para R$ 9,8 milhões em relação ao proposto originalmente em agosto e a versão aprovada.

No entanto, o dinheiro para projetos de redução de demanda de drogas, que fazem parte das ações do Ministério da Cidadania, saiu de R$ 32,3 milhões para R$ 186,7 milhões.

Procurados, os ministérios que tiveram o orçamento de programas alterados não quiseram se manifestar ou, no caso de forte queda orçamentária, responderam que ainda estão analisando os números finais para calcular o impacto da tesourada.

Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar a proposta orçamentária e tenta resolver um impasse jurídico sobre a proposta.

Diante de uma reserva insuficiente de recursos para pagar despesas obrigatórias, como aposentadorias e pensões, o presidente tem receio de transformar em lei um Orçamento considerado inviável, inclusive pela equipe de Guedes, e assim correr risco de impeachment.

Por isso, ele quer vetar trechos do projeto de Orçamento, como parte da verba para obras —turbinada com o aval de alguns de seus ministros.

*Thiago Rezende/Folha

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Ministros do STF cobram decisão do plenário sobre abertura de igrejas e templos

A decisão do ministro Nunes Marques de liberar o funcionamento de missas e cultos, em decisão individual, gerou cobrança de outros ministros.

A decisão do ministro Nunes Marques de liberar o funcionamento de missas e cultos, em decisão individual, gerou cobrança de outros ministros para que o tema seja levado a plenário. Ministros ouvidos pela CNN afirmaram que a decisão foi na contramão do entendimento firmado pela corte de que prefeitos e governadores podem determinar medidas restritivas durante a pandemia.

Decano da corte, o ministro Marco Aurélio, afirmou que a justiça não pode definir o que abre e fecha. “Isso foge ao Judiciário. É uma questão de administração pública no âmbito do Poder Executivo, as providências tem que ser do Executivo. Nós não temos expertise na matéria. Como vamos nos pronunciar sobre ‘pode abrir isso’, ‘não pode abrir aquilo’. Isso gera uma insegurança muito grande”, disse. Para o ministro, decisões monocráticas caberiam somente se o caso fosse urgente. “Vivendo e desaprendendo”, concluiu em declaração à CNN.

Outros dois ministros, reservadamente, avaliaram que a decisão de Nunes Marques gera confusão e que deve ir imediatamente para o plenário.

Apesar do incômodo interno, o presidente da corte, Luiz Fux, explicou a interlocutores que não pode levar o caso para plenário agora. Falta apresentação de um parecer da Procuradoria-Geral da República antes do caso ser liberado para pauta pelo ministro relator.

Com a liminar concedida por Nunes Marques, a pedido de uma associação de juristas evangélicos, cultos e missas puderam ocorrer neste domingo de Páscoa. A decisão vale para outros dias também. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil afirmou que iria manter a proibição por causa do coronavírus. Mas, horas depois, em Nova decisão, o ministro intimou o prefeito a cumprir a decisão permitindo a reabertura. Além disso, mobilizou a Procuradoria Geral da República contra Kalil.

*Com informações da CNN

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