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Em meio à pandemia, governo Bolsonaro planeja desfile de Sete de Setembro com público de 20 mil pessoas

Programação tocada pelo Ministério das Comunicações prevê instalação de telões e arquibancadas.

Segundo O Globo, após cancelar a parada militar de 7 de Setembro do ano passado devido à pandemia de Covid-19, o governo federal pretende retomar o desfile neste ano e já começou a planejá-lo. A ideia é disponibilizar uma arquibancada para 20 mil pessoas assistirem ao evento, realizado tradicionalmente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. De acordo com estimativas iniciais, a estrutura da solenidade pode custar R$ 1,49 milhão. Em 2019, quando a previsão de público era a mesma, o gasto foi de R$ 971 mil.

Apesar da incerteza sobre a evolução da pandemia, o Ministério das Comunicações começou a planejar o desfile em janeiro, quando enviou pedidos de cotação de preços para dezenas de empresas. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência informou que, até o momento, a realização do desfile não está confirmada: “Trata-se de um processo de planejamento que não implica, necessariamente, execução”, diz trecho da nota.

Daniel Gullino/O Globo

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Delfim Netto: “Lula vai dar um banho. Será eleito no primeiro turno”

O ex-ministro da Fazenda afirmou que “a sociedade já esqueceu o Bolsonaro, um governo morto na ideia”.

O ex-ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, declarou que a eleição presidencial em 2022 está praticamente decidida: “Lula vai dar um banho. Será eleito no primeiro turno”, afirmou o economista, em entrevista ao Radar Econômico, na Veja.

Delfim é dono de uma longa história na política e economia dos governos brasileiros, especialmente na ditadura militar, a quem serviu por muitos anos. Ele foi secretário de Fazenda do governo do estado de São Paulo, de Laudo Natel, em 1966 e 1967; ministro da Fazenda, de 1967 a 1974; embaixador do Brasil na França, entre 1974 e 1978; ministro da Agricultura, em 1979, e do Planejamento, de 1979 a 1985.

Na avaliação de Delfim, o governo decadente de Jair Bolsonaro entregará a presidência novamente a Lula.

“A economia vai se recuperar, apesar do governo. A sociedade já esqueceu o Bolsonaro, um governo morto na ideia. A gestão econômica tinha bons caminhos, mas o ministro Paulo Guedes ocupa, hoje, um papel menos relevante em um governo de preconceitos e caráter quase religioso”, declarou.

*Com informações da Forum

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Alexandre de Moraes rejeita pedido da PGR para deixar relatoria da investigação contra Ricardo Salles

Procuradoria-Geral da República apresentou solicitação ao ministro sob o argumento de que a investigação da Operação Akuanduba deveria tramitar com a ministra Cármen Lúcia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele se afastasse da investigação contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, sob o argumento de que o caso deveria tramitar com a relatoria da ministra Cármen Lúcia. Moraes, entretanto, rejeitou o pedido da PGR.

Na semana passada, a Polícia Federal cumpriu busca e apreensão contra Ricardo Salles após autorização de Alexandre de Moraes, que também determinou as quebras do sigilo bancário e fiscal do ministro, no caso conhecido como Operação Akuanduba.

Em sua petição, a PGR argumentou que a ministra Cármen Lúcia já é relatora de uma notícia-crime apresentada no mês passado pelo delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF do Amazonas, acusando Salles de obstruir as investigações sobre desmatamento ilegal por madeireiras, por isso essa outra investigação deveria ter ficado com a ministra. Passado mais de um mês, o procurador-geral da República Augusto Aras ainda não decidiu se pede abertura de inquérito a partir desse relato.

A Superintendência da PF no Distrito Federal, entretanto, tinha uma investigação mais antiga que investigava o afrouxamento das regras do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente para permitir a exportação de madeira ilegal. Com base nessa investigação, a PF solicitou diretamente a Moraes que desarquivasse um processo que tramitou no ano passado contra Salles, mas acabou arquivado porque a PGR não apontou crimes na conduta do ministro.

Em resposta, Moraes argumentou que o seu caso era mais antigo e não tem nenhuma relação com os fatos sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia. “Não há, portanto, qualquer dúvida sobre a competência desse relator para prosseguir na relatoria (do caso)”, escreveu em sua decisão. A PGR pode recorrer dessa decisão e pedir que os demais ministros discutam o assunto.

A Operação Akuanduba provocou desgaste na PGR porque foi deflagrada por Moraes sem a participação da Procuradoria-Geral da República. Por isso, na semana passada, o procurador-geral Augusto Aras apresentou uma ação no Supremo para obrigar que todas as investigações iniciadas pela PF ou por ordem do Supremo sejam submetidas ao aval prévio da PGR.

*Aguirre Talento/O Globo

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CPI aprova convocação de nove governadores, veja quais são

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (26) a convocação de nove governadores para prestarem depoimento na comissão.

Foram convocados os seguintes governadores:

  • Wilson Lima, do Amazonas
  • Ibaneis Rocha, do Distrito Federal
  • Waldez Góes, do Amapá
  • Helder Barbalho, do Pará
  • Marcos Rocha, de Rondônia
  • Antonio Denarium, de Roraima
  • Carlois Moisés, de Santa Catarina
  • Mauro Carlesse, de Tocantins
  • Wellington Dias, do Piauí

A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido) e o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também foram convocados.

A convocação de governadores é uma reivindicação principalmente dos senadores governistas na CPI. Eles alegam que a CPI deve investigar supostos casos de corrupção nos estados envolvendo recursos para combate à pandemia.

Até aqui, a CPI tem ouvido depoentes ligados ao governo federal, para apurar ações e omissões da União na pandemia.

*Com informações do G1

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O ronco fascista do paciente terminal

Para quem vive no Rio de Janeiro, ouvir o ronco fascistas das milhares de motocicletas atravessando a cidade para apoiar Jair Bolsonaro chegou a ser apavorante, mas é importante saber que o combustível dessas máquinas de ódio tem sido o desespero e a impotência diante do declínio.

Está evidente a tentativa alucinada de demonstrar força e virilidade quando a queda já é inevitável. Alguns destacaram a semelhança com Benito Mussolini, que também fez uso de motos e cavalos. Portanto, uma velha estratégia.

O que surpreendeu nos atos antidemocráticos do último domingo (23/05) foi a presença do general Eduardo Pazuello, da ativa, ladeando o criminoso. E também a forma como surgiu, destemido, desafiando o estamento militar, gesticulando grosseiramente contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que há menos de uma semana o interrogou.

Isso sim é ultrajante. Transforma o passeio de domingo numa imensa provocação às instituições e merece responsabilização, conforme clamaram importantes editoriais que, finalmente, se alinham ao Fora Bolsonaro.

Exige também uma tomada de decisão da própria CPI diante das prerrogativas de investigação e responsabilização e do risco de perder credibilidade.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro estimulou hordas violentas contra os Poderes da República. Ao longo do ano de 2020 foram inúmeros ataques ao Supremo Tribunal Federal, o que levou à instauração de inquéritos e até à prisão de um deputado raivoso. Agora a mira da claque insana é também o Poder Legislativo, mais especialmente os integrantes da CPI que, pouco a pouco, fazem o trabalho de desvendar responsabilidades por quase meio milhão de mortos em decorrência da má gestão da pandemia.

Portanto, não é de todo certo dizer que as instituições estão inertes. Nesse breve recordatório, vê-se a reação de dois Poderes contra o criminoso que ocupa a Presidência da República e seus asseclas: o STF, que tem se mostrado altivo e independente, e o Poder Legislativo, que, na medida do possível, avança para demonstrar o que já sabemos, que o mandante é Jair Bolsonaro.

Mas ainda é pouco. O Exército também está desafiado a dar-se ao respeito. Há os que dizem que a crise interna chegou no máximo ponto e que se aproxima uma ruptura nas Forças Armadas. E há também os que nada esperam da classe, já que os militares em geral são fiadores do pacto de extrema-direita que governa o país, o que poderia ser confirmado no aparente “jeitinho” para aposentar o general boquirroto e, com uma suave advertência, livrá-lo de maior punição.

E o que dizer do Presidente da Câmara dos Deputados e da centena de pedidos de impeachment que trancafiou na gaveta de interesses? E do Procurador Geral da República, aquele que tem uma gaveta parecida, talvez trancada com a mesma chave?

E cabe aqui uma advertência não tão suave. Ainda que seja evidente o declínio do mandante, roncando ódio pelas ruas do país, não podemos subestimar a capacidade de fazer o mal e de atacar a democracia até o fim dos tempos ou enquanto tiver poder. Se não for contido, ou como diz um integrante da Corte Suprema recentemente, referindo-se ao papel da justiça, “se concedermos, não haverá judiciário amanhã” (Ministro Fachin na live do Grupo Prerrogativas). Se o genocida não for contido, não haverá democracia, nem processo eleitoral, sequer amanhã haverá.

*Carol Proner/247

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Devido à crise, Índia impede envio de 8 milhões de doses de vacinas ao Brasil

Por conta de sua crise sanitária, a Índia impediu a entrega ao Brasil de 8 milhões de doses da vacina da Astrazeneca, o equivalente a dois terços de todo o volume que havia sido adquirido pelo Ministério da Saúde em relação ao acordo com a empresa. O imunizante é produzido nos laboratórios do Instituto Serum, em Nova Déli.

O polo farmacêutico indiano é um dos parceiros da AstraZeneca na fabricação das doses e era a grande esperança de abastecimento no mercado internacional. Mas a explosão de contaminações na Índia levou o governo de Narendra Modi e suspender toda a exportação de vacinas.

O resultado foi uma escassez ainda mais dramática no mercado internacional, principalmente no fornecimento de doses para os países mais pobres.

De acordo com o governo brasileiro, um primeiro lote de vacinas indianas foi enviado ao Ministério da Saúde ainda no começo da campanha de imunização, no início do ano. Mas das 12 milhões de doses previstas no acordo, apenas 4 milhões embarcaram para o país. O restante acabou sendo prejudicado pela decisão do governo indiano de priorizar a vacinação local.

Nesta quinta-feira, o chanceler Carlos França teria uma reunião por vídeo conferência com o Ministério das Relações Exteriores da Índia e um dos temas seria a liberação das vacinas que já tinham sido contratadas. Mas o Itamaraty informou à coluna que encontro acabou sendo adiado. Não foi informado qual seria a nova data da reunião.

A avaliação do governo brasileiro é de que a crise indiana precisa ser considerada no debate sobre o acesso às vacinas. Mas as autoridades em Brasília consideram que Nova Déli também precisa dar uma sinalização sobre o destino das 8 milhões de doses bloqueadas.

No início de maio, os indianos indicaram que apenas voltarão a permitir a exportação de doses de vacinas a partir do último trimestre de 2021.

O impacto, porém, não se limita ao Brasil. O Instituto Serum também era um dos principais fornecedores para o mecanismo Covax, criado pela OMS para permitir a vacinação na África, América Latina e Ásia.

Mas, desde a suspensão das exportações, a Covax passou a viver o que negociadores chamam de “pesadelo”. Até o final de maio, a OMS esperava distribuir 140 milhões de doses aos países mais pobres. Mas conseguiu enviar apenas 65 milhões.

O buraco deve se aprofundar ainda mais em junho, chegando a 190 milhões.

No caso da Covax, as vacinas que são destinadas ao Brasil vêm de um laboratório sul-coreano que também fez parceria com a AstraZeneca, o que impediu uma escassez ainda maior.

Em Genebra, os indianos também estão sendo alvo de pressão e a OMS quer garantias de que o abastecimento voltará a ocorrer. “Uma vez que o surto devastador ceda na Índia, também precisamos que o Instituto Serum volte ao cronograma e cumpra os compromissos de entregas para a Covax”, disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

A Unicef também confirmou que a crise na Índia afetou a distribuição de doses pelo mundo. “Entre as consequências globais da situação na Índia está a severa redução de fornecimento de vacinas para a Covax”, admitiu a agência da ONU.

Sob pressão, o governo da Índia abandonou seu discurso triunfante adotado no início do ano de que iria abastecer o mundo com vacinas. Nova Déli esperava usar sua produção de doses para ampliar a influência política na região asiática e frear a hegemonia chinesa. Mas, diante de mais de 2 milhões de novos casos por semana, os indianos passaram a evitar as últimas cúpulas de chefes-de-estado.

Já o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, chegou a alertar que não era possível ampliar a produção da noite para o dia.

*Jamil Chade/Uol

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PF vê ligação de Salles com exportação ilegal de madeira

Em documento enviado ao STF, PF aponta operações financeiras suspeitas e fortes indícios contra ministro.

De acordo com o R7, em documento em que pediu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para abrir a Operação Akuanduba, que na semana passada fez buscas contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a Polícia Federal apontou fortes indícios de envolvimento dele em um possível esquema de corrupção para exportação ilegal de madeira.

A PF também cravou que as provas reunidas na investigação já são suficientes para enquadrar o presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim, pelos crimes de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa.

O acervo de provas enviado ao STF inclui relatos de reuniões com madeireiros, alterações nas regras de fiscalização, trocas de mensagens, depoimentos de testemunhas e operações financeiras suspeitas, que atingem o escritório de advocacia de Ricardo Salles em São Paulo.

“Todos esses pontos mencionados na petição originariamente distribuída à V. Exa. Excelência, encontram-se, hoje, s.m.j., bem melhor definidos no âmbito das presentes investigações e sinalizam, de forma bastante robusta a nosso ver, para a existência de indícios de prática delituosa atribuível ao atual Ministro do Meio Ambiente”, escreveu o delegado Franco Perazzoni, responsável pela investigação, em representação de 92 páginas.

Se, no caso de Salles, a PF se limitou a afirmar que o conjunto de provas aponta para a participação nos crimes, no caso de Eduardo Bim a investigação fala em crimes já configurados de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa e levanta ainda suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A PF também afirma que houve empenho pessoal de Eduardo Bim em atender interesses particulares de madeireiras. Ele foi afastado do cargo, a pedido da Polícia Federal, por determinação de Moraes.

“Para além do óbvio desvio de finalidade do ato administrativo e da exorbitância das próprias atribuições legais, os elementos de convicção até coligidos apontam para a possível prática de diversos delitos contra a Administração Pública e o Meio Ambiente”, escreveu o delegado.

Principal alvo da ação da PF, Salles nega irregularidades e diz que Moraes foi induzido ao erro ao autorizar a operação, classificada por ele como exagerada e desnecessária.

*R7

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Urgente: TSE autoriza quebra de sigilo telefônico em ação que pede cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

5 empresas de tecnologia terão que prestar informações sobre a invasão a uma página que beneficiou a campanha de Jair Bolsonaro em 2018; ações foram protocoladas por Boulos e Marina Silva.

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou nesta terça-feira (25) a quebra de sigilos telefônicos de pessoas apontadas como responsáveis pelo ataque hacker a uma página crítica a Jair Bolsonaro, em 2018, que após a invasão passou a beneficiar o então candidato à presidência.

Em sua decisão, Salomão ainda intimou 5 empresas de tecnologia (Facebook, Twitter, Microsoft e Oi/Vivo) a prestarem informações relacionadas ao ataque hacker, cujas evidências apontam para pessoas ligadas à campanha de Jair Bolsonaro.

A quebra de sigilo e a solicitação de informações correm no âmbito de duas ações protocoladas no TSE pelos então candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede) que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. As investigações têm como base o ocorrido com o grupo no Facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que tinha 2,7 milhões de integrantes.

A página em questão, após o ataque hacker, passou a se chamar “Mulheres com Bolsonaro #17” e foi usada pelo então candidato Jair Bolsonaro em sua página oficial. “Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil”, escreveu o ex-capitão, à época. Para os autores dos processos, isso seria um indício de participação de Bolsonaro e configuraria abuso eleitoral.

Ao todo, o tribunal conta com 8 ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão.

Pelas redes sociais, Boulos comemorou o avanço das investigações. “VITÓRIA! Ação que entramos no TSE contra a chapa Bolsonaro/Mourão”, escreveu.

*Com informações da Forum

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Comprovado: taxa de infecção por Covid-19 é maior nos municípios onde Bolsonaro teve mais votos em 2018

Quadros que relacionam votação de Bolsonaro em 2018 e taxas de disseminação da Covid-19 mostram que quanto maior a taxa de votos, maior a taxa de infecção.

O jornalista Ricardo Mendonça, do Valor Econômico, comprovou em reportagem publicada nesta terça-feira (25) que existe uma uma correlação direta entre o bolsonarismo e os casos de covid-19 no Brasil. No conjunto dos 5.570 municípios brasileiros, quanto maior o percentual de votos de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, maior tem sido a taxa de infecção pelo coronavírus. Quanto menor a adesão eleitoral de Bolsonaro nos municípios, menos frequentes são os casos de covid-19.

O estudo foi feito por Mendonça com o cruzamento dos dados do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde e o Repositório de Dados Eleitorais do TSE.

Veja três quadros que o jornalista Ricardo Mendonça organizou. O primeiro mostra a relação entre a taxa de votação de Bolsonaro nos 5.570 municípios do país e a taxa de disseminação da Covid-19 por 100 mil habitantes; no segundo, os casos de Covid-19 nos municípios onde Bolsonaro teve mais votos: no terceiro, os casos da doença nos municípios onde Bolsonaro teve menos votos:

votos-covid

maior-votos

menor-votos

*Valor/247

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Bolsonaro veta nota do Exército sobre Pazuello

Estadão Conteúdo – O Comando do Exército abriu nesta segunda-feira, 24, apuração disciplinar sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, realizado domingo, no Rio. Pazuello subiu no palanque sem máscara, como Bolsonaro, durante manifestação que provocou aglomeração em um momento de pandemia de covid-19 e será alvo de processo interno. Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente proibiu, porém, a divulgação de qualquer nota do Exército sobre o procedimento aberto para investigar a conduta do ex-ministro.

Bolsonaro estava em Quito – onde acompanhou a posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso – quando soube pela imprensa que o Ministério da Defesa e o Comando do Exército divulgariam nota para explicar que Pazuello responderia a uma apuração disciplinar. A decisão de abrir o processo foi tomada pelo comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, após ouvir todos os integrante do Alto Comando.

Contrariado, o presidente telefonou, então, para o ministro da Defesa, general Braga Netto, e deu a ordem de silêncio. O fato causou constrangimento entre os membros do Alto Comando do Exército, que resolveu tomar medidas contra Pazuello, um general da ativa, sem dar nenhuma explicação à opinião pública.

O Estadão apurou que Bolsonaro também ficou irritado com o vice-presidente Hamilton Mourão. Em entrevista, nesta segunda-feira, Mourão criticou Pazuello por ter comparecido à manifestação e lembrou que tanto o Estatuto Militar como o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem a participação de oficiais da ativa em atos políticos.

Para o vice-presidente, o ex-ministro da Saúde “entendeu que cometeu um erro” após conversar com seus superiores. “Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento, o qual prevê que se avalie o tipo de transgressão eventualmente cometido e se aplique a punição prevista para o caso”, disse Mourão, que nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer já recebeu sanções por ter feito manifestações políticas (mais informações nesta página). “Isso tem sido muito claro em todos os pronunciamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa. Eu sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que cometeu um erro.”

A situação é delicada porque envolve o próprio Bolsonaro, que passou o microfone para Pazuello falar durante o ato político. Agora, o general está sujeito a punições que vão de advertência verbal a suspensão, podendo até mesmo, em tese, chegar à prisão de 30 dias. Além disso, há forte pressão para que Pazuello – general intendente, que atingiu o máximo posto nessa arma, ou seja, três estrelas – passe para a reserva. Até hoje, no entanto, o general sempre resistiu a essa ideia, mesmo quando, no cargo de ministro, era pressionado a se afastar da ativa.

De qualquer forma, apesar da ordem de Bolsonaro para que o Exército não prolongue o assunto, o processo para investigar a transgressão disciplinar de Pazuello – dando a ele amplo direito de defesa nos próximos três dias úteis, a contar de ontem – já foi aberto pelo Exército.

Na arena política, o episódio desgastou ainda mais a imagem do governo, e a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid quer convocar novamente Pazuello para prestar depoimento.

“A procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS”, escreveu o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), em postagem nas redes sociais. “Pazuello pisoteia disciplina e hieraquia e ri a céu aberto. A CPI terá muito assunto”, afirmou Renan (mais informações na pág. A8). Na semana passada, após o ex-ministro da Saúde depor à CPI, o relator apresentou uma lista do que chamou de “15 mentiras” contadas por ele à comissão parlamentar do Senado.

Desgaste

A atuação de Pazuello divide as Forças Armadas desde sua passagem pelo Ministério da Saúde, considerada desastrosa. Em março, quando ele deixou o cargo, dizendo ter sido vítima de perseguição porque políticos ficaram insatisfeitos com a falta de “pixulé”, generais do Planalto o chamaram para uma conversa e houve ali uma discussão.

Os comentários de Pazuello repercutiram tão mal que, em depoimento à CPI, ele negou que “pixulé” significasse propina – disse que eram recursos não aplicados em programas.

Na avaliação do general da reserva Francisco Mamede de Brito Filho, o ato de indisciplina cometido por Pazuello é “grave” e a Força poderá sofrer desgaste ainda maior, dependendo do desdobramento do caso. “A coisa foi escancarada. Vai ser difícil dizer que não houve transgressão. O que vai se discutir é se o comandante (do Exército) foi brando ou pesado. Ninguém sabe qual vai ser o peso da mão do comandante. O que está em jogo, em última análise, é a imagem da instituição e a disciplina, que tem de ser preservada nesse momento que estamos vivendo”, afirmou Brito Filho.

*Com informações do Estadão

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