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Juristas pelo Brasil denunciam Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional por crime contra a humanidade

Juristas pela Democracia afirmam que o presidente, “por ação ou omissão”, comete uma série de crimes que colocam a população brasileira em risco.

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) denunciou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crime contra a humanidade cometido durante a condução do país na da pandemia de coronavírus. Na representação, protocolada nesta quinta-feira (2), a entidade afirma que as suas ações “absolutamente irresponsáveis” colocam a vida dos cidadãos brasileiros em risco.

“Por ação ou omissão, Bolsonaro coloca a vida da população em risco, cometendo crimes e merecendo a atuação do Tribunal Penal Internacional para a proteção da vida de milhares de pessoas”, diz a ação, que solicita a instauração de procedimento jurídico para investigar a conduta do presidente.

Os juristas elencam uma série de fatos que demonstram que Bolsonaro atenta contra as medidas de isolamento social determinadas pelo Ministério da Saúde, e respaldadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de conter a disseminação do vírus.
Fatos

Citam que o presidente, suspeito de estar contaminado, cumprimentou apoiadores que se aglomeravam na frente do Palácio do Planalto em manifestação contra os poderes da República no dia 15 de março. Em pronunciamento, estimulou as pessoas a sair às ruas para trabalhar, classificando a doença como uma “gripezinha“.

Bolsonaro incluiu também igrejas e lotéricas em decreto que determinava as atividades essenciais que deveriam funcionar durante a quarentena, estimulando, mais uma vez, a aglomeração indevida de pessoas. Lançou ainda peça publicitária com slogan “O Brasil não pode Parar“, emulando campanha italiana contra a reclusão, que resultou em milhares de mortos.

Por fim, a ação menciona também o “passeio” do presidente por cidades do Distrito Federal, durante o último domingo (29), quando, mais uma vez, cumprimentou apoiadores, disseminou informações falsas sobre a aplicação da cloroquina no combate à doença e estimulou a manutenção das atividades do comércio.

“O presidente da República vem infringindo as orientações da OMS, do próprio governo e das entidades médicas. Vem interagindo diretamente com o público, massificando a ideia de que o isolamento não é uma medida importante para a contenção da pandemia do coronavírus”, afirma o advogado Marcelo Uchôa, professor de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), que também assina a representação da ABJD. Ele afirma que a Procuradoria-Geral da República já foi instada a instaurar ação contra Bolsonaro, mas, até o momento não se pronunciou. Tal “negligência” justifica o recurso ao TPI.
Crimes

Segundo a ABJD, Bolsonaro está cometendo o crime de epidemia, previsto no artigo 267 do Código Penal, e na Lei 8.072/1990, sobre crimes hediondos. Além de infringir medida sanitária preventiva, conforme artigo 268, também do Código Penal.

O presidente também estaria violando a Lei 13.979, de 6 de fevereiro, que trata especificamente da emergência da covid-19, e a Portaria Interministerial nº 5, de 17 de março, que determina, em seus artigos 3º e 4º, que o descumprimento das medidas de isolamento e quarentena, assim como a resistência a se submeter a exames médicos, testes laboratoriais e tratamentos médicos específicos, acarretam punição com base nos artigos 268 e 330, do Código Penal.

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Lula fala, a terra treme, a direita se borra e a mídia dá faniquito

Lula é um trovão daqueles que os cagões, sabendo de sua obra, borram-se inteiros quando ele resolve ir pra guerra.

O cara tem lastro, e muito.

Não tem um único brasileiro com coragem para mentir dizendo que, no governo Lula, sua vida não teve uma melhora significativa.

Ter sido condenado e preso por um juiz vigarista que negociou sua cabeça com milícia de Bolsonaro em troca de um ministério, é uma glória a mais para Lula. Até porque ninguém foi tão desmascarado pela Vaza Jato do Intercept do que Moro

Eu ficaria decepcionado com Lula se ele fosse protegido de Moro como FHC, Aécio e Temer.

Mas graças a Deus, Moro provou que Lula não é da sua laia.

Lula pode falar de peito aberto e cara limpa sobre salvar os brasileiros do coronavírus porque tirou 40 milhões da miséria e o Brasil do mapa da fome. Quem nesse país tem a autoridade moral de Lula?

Lula zerou a vergonhosa mortalidade infantil em decorrência da fome, feito reconhecido por todas as organizações internacionais de peso e chefes de Estados do mundo civilizado.

O mesmo pode-se falar de Lula sobre economia, pois pegou um país dizimado por FHC que, depois de quebrar o Brasil três vezes e colocá-lo na 14ª posição da economia global, mesmo depois de sua privataria, FHC não deixou centavo de reservas internacionais no cofre, apenas papagaios do FMI que herdou ainda dos militares e ainda ampliou o devo.

Lula, numa obra sequencial com Dilma, deixou US$ 380 bilhões de reservas, os mesmos que não deixam a economia brasileira implodir, mesmo com recordes de fuga de capitais internacionais no governo Bolsonaro.

Lula colocou o Brasil como a 6ª maior potência do mundo.

Então, vem Vera Magalhães dizer que Lula colocou o Brasil nessa crise, sem dizer o porquê. E por que ela diz isso de forma genérica? Porque ela sabe tanto de economia quanto da fórmula da vacina do coronavírus.

Mas quem do povo, sobretudo o pobre, sabe quem é Vera Magalhães, Rodrigo Constantino, Augusto Nunes, JR Guzzo, Mainardi e outros troços paridos pela mídia de mercado? Jornalistas que fazem carreira baseados na lulofobia.

O povo sabe quem é Lula, um furacão que promoveu uma revolução social no país, que sacudiu a terra, tendo muitos de seus programas copiados por outros países.

Por isso, quando ele fala, a terra treme, a direita se borra e a mídia dá faniquito.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Aqui no Brasil, ao menos 70% das mortes pelo coronavírus terão um grande culpado, Bolsonaro

O discurso de Bolsonaro está, sem dúvida, levando pessoas a irem para as ruas em número maior do que semana passada, isso está evidente, é só olhar da janela.

Se nada for feito para calar a boca desse maníaco, que usa da prerrogativa de presidente da República para, em rede nacional, estimular a propagação do vírus, em pouco tempo o Brasil alcançará os EUA em números de infectados e mortos.

A transmissão do SARS-CoV-2 pode acontecer antes de uma pessoa infectada manifestar qualquer sintoma da doença, ainda que o principal veículo de contágio identificado seja a tosse de uma pessoa com covid-19.

É nesse vácuo que Bolsonaro está atuando para produzir um genocídio no Brasil. O infectado, muitas vezes que não sabe que está por não ter sintoma clássico e levar uma “vida normal” nas ruas e, com isso, infectar muitos outros.

Esse vírus é transmitido por gotículas e contacto próximo.

Taxas elevadas de internação de jovens infectados pelo coronavírus assustam Nova York. Por isso, Trump muda radicalmente seu discurso e pede que americanos respeitem o isolamento e se preparem para um dos momentos mais difíceis da vida da nação.

Aqui no Brasil, Bolsonaro dobra a aposta na pandemia e segue, em cadeia nacional, dizendo aos brasileiros que o vírus não é tão feio como a mídia pinta.

Como disse o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz

“Não existe mais tempo hábil para lidar com Bolsonaro. Hoje, gastou-se a manhã inteira combatendo a mentira do desabastecimento no Ceasa de BH – que geraria enorme comoção social se não tivesse sido prontamente rechaçada pela CBN – vinda de quem se diz contra a histeria.”

Para piorar, acusado pelo americanófilo Eduardo Bolsonaro de disseminar o vírus deliberadamente, o governo chinês suspende a venda de máscaras e equipamentos médicos ao Brasil e EUA compra todo o estoque que seria destinado a salvar vidas aqui.

Se ninguém parar o clã, o Brasil vai chorar muito, mas muito mais mortos do que se imagina.

Isso é pra já!

Alguma coisa muito séria contra Bolsonaro precisa ser feita antes que seja tarde demais.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Com um amigo em coma devido ao coronavírus, Trump muda o tom e reconhece gravidade

O presidente Donald Trump afirmou hoje que mudou o tom de suas declarações sobre coronavírus quando percebeu a “gravidade” da pandemia. Em fevereiro, Trump chegou a dizer que a gripe comum matava mais do que a covid-19 e nem por isso todos ficavam de quarentena.

“Eu também penso, e olhando para o caminho — é tão contagioso. Ninguém nunca viu nada parecido com isso, onde grandes grupos de pessoas de repente, apenas por estarem na presença de alguém, pegam”, disse Trump na reunião de hoje da força-tarefa do governo dos EUA.

O presidente foi questionado sobre o amigo pessoal cuja luta com o vírus Trump citou pelo menos duas vezes em coletivas anteriores. Trump disse que esse amigo entrou em coma.

“Também [tem] a violência disso [do coronavírus] — se atingir a pessoa certa, ela pode sofrer problemas graves. E meu amigo era a pessoa certa”, disse Trump.

 

 

*Com informações do Uol

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Casos de coronavírus na Zona Norte do Rio aumentam 1000% em dez dias

A quantidade de moradores diagnosticados com o novo coronavírus na Zona Norte do Rio aumentou 1000% nos últimos dez dias. O número saltou de 8 para 88 casos. De acordo com boletim da prefeitura divulgado nesta terça-feira, pela Secretaria estadual de Saúde, subiu para 586 o número casos confirmados no Rio. As zonas Sul e Oeste, embora tenham uma quantidade superior de diagnósticos confirmados, em números absolutos, acompanharam a taxa média de evolução de casos na cidade. A Zona Sul, que tinha 59 casos no dia 21, saltou para 301; um aumento de 410%. Já a Zona Oeste foi de 28 para 132 casos confirmados em dez dias, o que dá 371% a mais. Considerando todo o município, o aumento no período foi de 103 para 586 casos, o que representa uma alta de 469%.

Especialistas ouvidos pelo EXTRA alertam para o fato de que uma comparação entre as zonas da cidade devem levar em consideração aspectos como o tamanho populacional, a densidade demográfica e o IDH. Algumas dessas variáveis podem, inclusive, explicar o aumento expressivo de casos na Zona Norte, em relação às demais.

A Zona Norte é a mais populosa – concentra 42% da população do município – e também tem a maior densidade demográfica do município (10.185 hab/km2, quase cinco vezes maior do que a densidade da Zona Oeste, por exemplo). A região concentra grandes complexos de favelas, como as do Alemão, Maré e Lins, e por isso ostenta o menor Índice de Desenvolvimento Social (IDS, um indicador criado pela prefeitura com inspiração no IDH, usado pela ONU), apesar de ter ilhas de IDS elevado.

Os bairros que concentram populações com menor poder aquisitivo devem ser, na opinião de Edimilson Migowski, infectologista da UFRJ, alvos de maior atenção por parte das autoridades sanitárias. O boletim desta terça-feira apontou casos confirmados em comunidades como Parada de Lucas, Vigário Geral, Andaraí e o Complexo do Lins.

– Tivemos uma primeira onde forte de casos na Zona Sul e na Barra por conta das pessoas que trouxeram o vírus de fora do país. A partir do momento em que se toma medidas de restrição, as pessoas com melhores condições socioambientais tendem a ter mais facilidade de se confinar e reduzir o contato com outras pessoas. Já nos lugares com IDH mais baixo, onde famílias grandes dividem casas pequenas e muitos dependem do trabalho externo para tirar o sustento do dia-a-dia, o isolamento é uma barreira maior a ser vencida. A partir desse momento, a disseminação do coronavírus é favorecida nos locais onde as condições sociais e o ambiente familiar são piores – avalia.

Sensibilizar os moradores sobre a necessidade do confinamento tem sido o desafio do presidente da associação de moradores do Morro do Salgueiro, Walter Rodrigues. Desde o início do isolamento social decretado pelo governador Wilson Witzel, há duas semanas, o líder comunitário se desdobra em iniciativas para convencer as pessoas a permanecerem em casa.

– Os mais idosos estão preocupados e mais conscientes dos riscos, mas não vejo essa mesma responsabilidade entre os jovens, que podem acabar sendo vetores da doença para seus pais e avós. Conseguimos parar os bailes funk e as rodas de pagode, e também adiamos um campeonato de futebol que estava acontecendo na comunidade. Mas ainda tem muita gente na rua, principalmente nos finais de semana. A gente sempre tenta conversar com as pessoas e faz o que pode para ajudar quem mais precisa, pedindo doações de material de limpeza e cestas básicas. Mas convencer os jovens a ficar em casa tem sido muito difícil – conta.

Presidente da Sociedade de Infectologia do Rio, Tânia Vergara ressalta que, além de as medidas de isolamento terem menos aceitação nas comunidades, existe também uma dificuldade maior de acesso ao sistema público de saúde, agravaddo pelas medidas restritivas nos transportes públicos, o que pode levar a uma subnotificação de casos e a um aumento ainda mais expressivo dos casos.

– Na rotina das favelas, a imposição de medidas de isolamento se torna mais difícil. Além disso, as pessoas que moram em comunidades têm maior dificuldade de acessar o sistema de saúde, porque andam de condução, por exemplo, e isso se tornou mais difícil de fazer por causa do isolamento. No início, quando havia menos casos e eles estavam concentrados nos bairros mais ricos, as pessoas conseguiam fazer o diagnóstico mais rapidamente porque o sistema não estava sobrecarregado. Agora, com o acúmulo de procura por exames, o cenário piorou muito – avalia.

O bairro com o maior número de casos confirmados na Zona Norte é a Tijuca. Rodeado por morros – Borel, Formiga, Salgueiro e Turano -, o bairro concentra 19 registros, de acordo com o boletim divulgado pela prefeitura nesta terça-feira. Considerando a lista de bairros com maior quantidade de casos confirmados, em toda a cidade, a Tijuca ocupa a nona posição, atrás do Flamengo (22) e à frente do Jardim Botânico (16).

A lista dos bairros da Zona Norte com casos confirmados da Covid-19 traz ainda a Vila Isabel, com dez casos, e o Méier, com nove registros. Em seguida, vêm Grajaú, Inhaúma, Maracanã, Pavuna e Rio Comprido, todos com três casos cada. Andaraí, Cachambi, Coelho Neto, Entenho Novo, Lins de Vasconcelos, Manguinhos, Olaria, Penha, Piedade, Quintino e Riachuelo têm dois registros cada um. A lista traz ainda outros treze bairros, todos com um caso cada.

 

 

*Com informações do Extra

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Bolsonaro, o vírus do vírus

A história do coronavírus no Brasil virou um clássico. Em primeiro lugar, embora seja trágico, Já que as consequências da doença são terríveis, pois já ceifou e infelizmente ceifará milhares de vidas no mundo, aqui no Brasil, o lado político é cômico. Ver a mídia antipetista em guerra declarada ao posicionamento de Bolsonaro sobre o combate ao Covid-19, não tem preço.

Só nesse episódio, dá para ficar de quarentena na arquibancada assistindo à peleja entre dois ex-aliados, criador e criatura, hoje se engalfinhando numa guerra de farpas e insultos que faz a torcida optar pela vitória da guerra.

Entre muitos atropelos, o lacaio americanófilo Bolsonaro e seus filhos, que adoram falar em vírus chinês e sobre a liberdade econômica dos EUA, foram degolados pelo Twitter, Facebook e Instagram, obrigando o gado a repetir o mantra do gabinete do ódio, que as grandes corporações americanas censuraram os sabujos do Trump.

O outro lado cômico da tragédia é ver Ana Paula, do Vôlei, que se mete a bancar a jornalista liberal, ao lado de Augusto Nunes, JR Guzzo, entre outras tralhas, tendo que engolir a seco Trump, seu principal herói, impondo uma quarentena até 30 de abril, enquanto ela, em apoio a Bolsonaro, faz campanha contra a quarentena no Brasil.

Essa gente não deve estar dormindo, pois todo o seu discurso está sendo julgado na raia da desmoralização.

E o Mourão, como está atuando no combate ao coronavírus? Enaltecendo o golpe e a ditadura militar, a mesma que mergulhou o país numa quarentena ditatorial de 21 anos que produziu, com o seu “milagre econômico”, uma dívida “impagável” com o FMI, paga décadas depois, por Lula.

Ditadura que, além de privilegiar descaradamente a elite brasileira, produziu a maior desigualdade social, favelização e segregação urbana da história do país.

Para arrematar, a ditadura jogou o Brasil na boca da cobra de duas cabeças, uma recessão violenta e uma hiperinflação que explodiu a moeda brasileira.

Como o Brasil pode enfrentar o coronavírus se Bolsonaro é o próprio vírus de todas as nossas mazelas? Vírus que saiu dos porões da ditadura e foi vitaminado por uma mídia que não só apoiou os militares, como deles se nutriu durante 21 anos e, por consequência, ajudou a eleger Bolsonaro.

O coronavírus, no Brasil, tem componentes de mutação únicos no planeta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Desautorizando Bolsonaro, Senado, em manifesto, defende isolamento social contra coronavírus

Em reação às últimas declarações e atitudes do presidente Jair Bolsonaro, o Senado divulgou um manifesto, nesta segunda-feira, em defesa do isolamento. O texto foi lido no início da sessão da tarde de hoje, que ocorreu de forma remota. O texto foi assinado por todos os líderes da Casa, após reunião hoje.

Segundo o primeiro vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), que comanda a Casa na ausência de Davi Alcolumbre (DEM-AP), diagnosticado com coronavírus, a proposta de fazer um manifesto partiu do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Na sessão, Bezerra reforçou a defesa do isolamento e agradeceu o apoio dos colegas. Disse que alguns senadores ligaram para ele preocupados com a extensão da recomendação por tempo indeterminado. Bezerra disse que a regra pode ser “flexibilizada”, mas depois de avaliação nas próximas semanas, destacando que a orientação agora é manter o isolamento.

No texto, o Senado se manifesta “de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa” e diz que “ao Estado cabe apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais que serão atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento”.

Bolsonaro prega a volta das atividades normais no país, com o isolamento apenas de pessoas do grupo de risco para o coronavírus, especialmente os idosos. No sábado, em coletiva, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) reforçou que a orientação da pasta é evitar aglomerações. No dia seguinte, Bolsonaro saiu do Alvorada e fez um tour pelo Distrito Federal, parando em vários pontos para cumprimentar apoiadores, em locais com concentração de pessoas.

“A experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social”, diz o texto do Senado.

Os senadores destacam ainda que “somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o ‘achatamento da curva’ de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vida, conforme apontam os estudos sobre o tema”.

A reação do Senado é também uma defesa da atuação de Mandetta, que tem sido elogiado pelos parlamentares, inclusive da oposição.

Depois da leitura, Alcolumbre, que segue isolado em casa após ter contraído coronavírus, se manifestou pelas redes sociais.

“Nesta segunda-feira, o Senado divulgou manifesto em apoio ao isolamento social e a permanência das pessoas em casa durante a epidemia do Covid-19. O documento é assinado pelos líderes. Sei, por experiência própria, como é importante seguir as orientações da OMS #ficaemcasa”, escreveu Alcolumbre.

Leia o manifesto:

Pelo Isolamento social

A pandemia do coronavírus impõe a todos os povos e nações um profundo desafio no seu enfrentamento.

A experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social.

Somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o “achatamento da curva” de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vida, conforme apontam os estudos sobre o tema.

Ao Estado cabe apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais que serão atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento.

Diante do exposto, o Senado Federal se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa.

Por Amanda Almeida e Isabella Macedo (Jornal Extra)

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Itália registra mais 812 mortes por coronavírus, mas novos casos têm forte queda

Crispian Balmer – Reuters – O número de mortos por uma epidemia de coronavírus na Itália subiu em 812, para um total de 11.591, informou a Agência de Proteção Civil nesta segunda-feira, em um aumento no número diário de óbitos — que reverte dois dias de queda na taxa diária.

No entanto, o número de novos casos aumentou em 4.050, o índice mais baixo desde 17 de março, atingindo um total de 101.739 em relação aos 97.689 anteriores. Foram registrados 5.217 casos no domingo (29) e 5.974 no sábado (28).

Dos originalmente infectados em todo o país, 14.620 haviam se recuperado totalmente na segunda-feira, em comparação com 13.030 no dia anterior. Havia 3.981 pessoas em terapia intensiva, em comparação com as anteriores 3.906.

A Itália registrou mais mortes em decorrência do novo coronavírus do que qualquer outro país do mundo, e responde por mais de um terço de todas as mortes globais do vírus.

O maior número diário de vítimas da epidemia de cinco semanas na Itália foi registrado na sexta-feira, quando 919 pessoas morreram. Houve 889 mortes no sábado e 756 no domingo.

 

 

*Com informações do Uol

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Mundo

Cientistas esclarecem a que temperatura morre o coronavírus

Investigadores da Universidade de Hong Kong determinaram a que temperatura morre o vírus SARS-CoV-2, que origina a doença COVID-19.

Cientistas da Universidade de Hong Kong publicaram no site medRxiv um estudo sobre a reação do SARS-CoV-2 a diferentes condições ambientais.

A pesquisa mostra que o vírus permanece bastante estável durante um longo período de tempo quando a temperatura está em torno de 4°C e se não for efetuada nenhuma desinfecção, perdendo todo o efeito ao fim de 14 dias.

Contudo, o vírus mostra-se não resistente a altas temperaturas, tornando-se inofensivo em cinco minutos a 70° Celsius.

Urge desinfectar a superfície interna das máscaras

Os pesquisadores também estabeleceram quanto tempo o novo coronavírus poderia permanecer ativo em diferentes superfícies. Por exemplo, em papel não foi mais detectado após três horas.

Já em roupas e madeira tratada, permaneceu ativo durante dois dias. Em vidro por quatro dias e em plástico sete dias.

Os cientistas determinaram igualmente que o SARS-CoV-2 poderia também permanecer sete dias na superfície interna das máscaras de proteção, pelo que apelaram a uma desinfecção cuidadosa dos seus interiores.

Atualização da Pandemia

Até ao momento, a pandemia do novo coronavírus já ceifou cerca de 32.000 vidas e contaminou perto de 700.000 pessoas em pelo menos 183 países e territórios, sendo apenas uma quinta parte considerada curada.

 

 

*Com informações do Sputnik

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Economia

Brasil tem fuga de US$ 7 bilhões e ONU prevê o pior para países emergentes

A ONU alerta que o coronavírus trará um “impacto econômico sem precedentes” para os países emergentes e que esse bloco necessitará de US$ 2,5 trilhões. Um dos países afetados será o Brasil, tanto por conta da queda do preço de commodities, fuga de capital, queda de comércio exterior e problemas de financiamento.

Os dados fazem parte de um informe publicado nesta segunda-feira pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que aponta que a “velocidade com a qual as ondas de choque econômico da pandemia atingiram os países em desenvolvimento é dramática, mesmo em comparação com a crise financeira global de 2008”.

Um dos pontos destacados pelo informe é a fuga em massa de capital das economias emergentes. Temendo instabilidade, investidores retiraram seus ativos de locais de risco e aplicaram em locais mais seguros.

Apenas entre fevereiro e março, US$ 59 bilhões deixaram esses mercados emergentes. “Isto é mais do dobro das saídas experimentadas pelos mesmos países na sequência imediata da crise financeira global de 2008”, disse. Naquele momento, a fuga foi de US$ 26,7 bilhões.

O Brasil foi uma das economias com a maior fuga de capital. Entre 21 de fevereiro e 20 de março, os investidores não-residentes no país retiraram da economia mais de US$ 7 bilhões.

Ou seja, o Brasil foi responsável por mais de 10% de toda a fuga de capitais nos emergentes.

Um dos efeitos foi a desvalorização das moedas dos emergentes, de até 25%, desde o início deste ano. Novamente, tal perda foi mais rápida que os primeiros meses da crise financeira global.

O Brasil foi um dos sofreu entre os emergentes, com uma queda de 20% em sua moeda desde o começo da crise. Apenas o México e Rússia tiveram desvalorizações mais profundas.

Para Richard Kozul-Wright, diretor de globalização e estratégias de desenvolvimento da UNCTAD, o Brasil deve se preparar para um “coquetel extremamente perigoso”, composto por uma crise na saúde e uma crise na economia.

“Isso deve causar um estresse enorme em uma economia que já vinha fraca”, apontou. Para ele, o impacto deve ser mais profundo que a crise de 2008, abalando o emprego de milhões de brasileiros no setor de serviços.

Economista-senior da Unctad, o ex-ministro Nelson Barbosa acredita que o Brasil tem reservas suficientes e instrumentos para dar uma resposta à crise. Mas alerta que, hoje, o maior desafio é “político e institucional”.

Segundo ele, os ruídos dentro do governo federal sobre como lidar com a pandemia não ajudam. Mas há também questões relativas às autorizações para que recursos sejam utilizados e como realizar os pacotes de resgate.

Ainda assim, ele alerta que, por ter uma moeda das mais afetadas do mundo, um dos cenários possíveis é um impacto recessivo no curto prazo na economia nacional.

Sem árvore mágica

A ONU destaca que, nos últimos dias, as economias avançadas e a China têm reunido enormes pacotes governamentais que, de acordo com o G20, irão garantir US$ 5 trilhões.

“Isto representa uma resposta sem precedentes a uma crise sem precedentes, que atenuará a extensão do choque física, econômica e psicologicamente”, admitiu a ONU. A entidade estima que tais pacotes se traduzirão em uma injeção de demanda de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões nas principais economias do G20 e uma reviravolta de dois pontos percentuais na produção global.

Mas, mesmo assim, a economia mundial entrará em recessão, com uma previsão de perda de renda global na casa dos trilhões de dólares. “Isso significará sérios problemas para os países em desenvolvimento, com a provável exceção da China e a possível exceção da Índia”, prevê a entidade.

A ONU estima que existirá uma lacuna de financiamento de 2 a 3 trilhões de dólares para os países em desenvolvimento ao longo dos próximos dois anos.

 

 

*Jamil Chade/Uol