Quando Mandetta foi demitido em 17 de Abril, o Brasil tinha 1.924 Mortos, 30.425 contaminados por Coronavírus. Hoje, 15 de maio,Teich pediu demissão, são 14.133 mortes e 207 mil contaminados. Deu pra entender que a morte é o projeto de Bolsonaro e o Coronavírus é o maior aliado dele? (Cristina Andrade)
Mandetta pode não ser uma Brastemp, já que é médico ligado ao mercado da saúde. Mas, enquanto ministro da Saúde diante da pandemia, não inventou. Procurou seguir, na medida do possível, as orientações da OMS.
Isso foi fatal para sua gestão. Bolsonaro sempre se colocou frontalmente contra essas orientações.
Baseado em que Bolsonaro é contra a OMS? Nele, no próprio Bolsonaro, é o que basta pra ele.
Achando que ser presidente da República é ser Deus, Bolsonaro pensa como um Napoleão de hospício, com apoio dos militares de seu governo. O mesmo Bolsonaro que, quando era tenente, foi expulso do exército por terrorismo e garimpo ilegal.
Mandetta se demitiu pelos mesmos motivos de Nelson Teich. Os dois são médicos e optaram pela vida dos brasileiros, enquanto Bolsonaro, sempre com foco nos ricos, quer que milhões de brasileiros pobres morram para garantir o lucro dos ricos.
A cloroquina não é a única obsessão de Bolsonaro, o fim da quarentena é outra ideia fixa do genocida.
Tanto é que o maníaco do Palácio do planalto prepara um pronunciamento para decretar o fim da quarentena no Brasil, atropelando prefeitos e governadores.
Por essas e outras, Mandetta e Teich deixaram Bolsonaro falando sozinho.
“Nº de mortos na Argentina nesta 3ª feira: 9 Nº de mortos no Brasil nesta 3ª feira: 615. OK, a população brasileira é umas cinco vezes a da Argentina; então o total de óbitos equiparável aqui deveria ser 45.” (Saul Leblon – Carta Maior)
O Brasil está indo bem no controle do coronavírus e pico nas classes altas já passou, diz presidente da XP.
Este é o melhor dos mundos para Bolsonaro e para a elite brasileira que a XP representa e ao que o presidente se agarra para não cair.
Para o genocida que, em 48 horas, produziu mais de mil e duzentas mortes no Brasil, sendo a maioria esmagadora de pobres, é um gol de placa.
Pelo segundo dia consecutivo o país registra mais de 600 mortes em 24 horas.
No semblante de Bolsonaro, nenhuma expressão de pesar, de compaixão, ou algo que lembre um ser humano, apenas um genocida frio e repugnante.
O Brasil está propositalmente à deriva.
A troca do ministro da saúde no pico da pandemia feita por Bolsonaro com seu ódio ao isolamento social, foi proposital para que, sem coordenação e com baixa capacidade de resistência, não tenhamos reação à altura do desafio.
Bolsonaro como presidente deveria unir a nação, mas, ao contrário, o que ele faz?
Divide a sociedade e insufla o caos para subjugar, pela fraude, o desespero nas camadas mais pobres da população.
Como bem disse Lula: “Elegemos uma pessoa que tem desprezo pelas relações humanas.”
Quem o elegeu foi o mesmo que condenou Lula
O cafajeste Sergio Moro, que hoje, por traição, é considerado o pior inimigo do genocida Bolsonaro.
Somente em São Paulo, em menos de 60 dias, 3.000 mil vidas foram perdidas para o coronavírus.
Dória, com absoluta razão, vê no comportamento de Bolsonaro um desestímulo à prevenção.
A taxa de isolamento no Estado, 47%, não detém a marcha batida para o colapso da rede de saúde em maio, assim como na maioria das cidades do Brasil.
Mas isso é triunfo para um maníaco como Bolsonaro que não encontra resistência institucional na ampliação de sua sede de sangue, de morte e de covas e mais covas. É o instinto de sobrevivência de um miliciano.
Segundo o IBGE, 50% da população brasileira sobrevive com menos de R$ 15 reais por dia. Isso é que transforma uma pandemia no país numa maquina de aniquilar vidas.
Bolsonaro, sabendo disso e com seu ódio pela quarentena, fez o que pôde e o que não pôde para atrasar o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso.
Com isso, produziu filas assassinas em frente às agências da Caixa Econômica Brasil afora, fazendo com que, aqueles que foram buscar a sobrevivência, formassem aglomerações se contaminando e contaminando seus familiares.
Bolsonaro matou nas últimas 24 horas 428 brasileiros por seu incentivo ao fim do isolamento social, somando 6.329 óbitos. Parabéns aos bolsonaristas!
Grosso modo, Bolsonaro aliou-se ao vírus contra a população. E para aqueles que acham exagero colocar as mortes em seu colo, é bom lembrar a frase que o próprio vociferou, que tirando Mandetta do Ministério da Saúde, as mortes por Covid-19, cairiam no seu colo, mas era o preço que ele estava disposto a pagar.
Bolsonaro é o único caso no planeta que faz o coronavírus se agravar perigosamente no país, ainda mais agora quando o ministro da Saúde, Nelson Teich está totalmente subordinado às suas vontades, numa integração total e permanente entre o ministro e o presidente. O resultado não poderia ser outro e nem de exceção.
A multiplicação de mortes pela Covid-19 nessa última semana mostra que a situação no Brasil corresponde a uma guerra com todos os elementos característicos de terra arrasada. E a semente dessa degeneração com seus discursos carregados de ódio, preconceitos, mentiras, racismo e discriminação, tratando idosos como lixos, resíduos da sociedade de consumo, é Bolsonaro respaldado na ideia de que o lucro dos empresários é mais importante do que a vida das pessoas, condenando à morte quem ele considera inferior, no caso, as pessoas com mais idade.
Bolsonaro conseguiu o que queria, estabelecer uma confusão na sociedade que afrouxou sua própria precaução diante de um vírus extremamente letal que já contaminou mais de 3 milhões de pessoas no mundo e levou à morte somente no Brasil mais de 6 mil pessoas até o momento.
Isso, sem levar em consideração as subnotificações que autoridades sanitárias afirmam ser um número muito maior tanto de contaminação quanto de letalidade.
Então, pergunta-se: que direito tem um homem, por usar a faixa presidencial, de atacar a ciência em nome do lucro de uma liderança empresarial e financeira do país?
Bolsonaro não é apenas contrário à medicina, ele é opositor e, com isso, promove discursos criando uma competitividade entre a sobrevivência dos seres humanos e a do mercado, numa esquizofrenia sem qualquer parâmetro tanto do ponto de vista científico quanto do econômico e sem qualquer sentimento humano. Seu pensamento parte da sua miséria intelectual, do seu desprezo pela vida de quem não faz parte de sua família.
Que o Brasil seria atingido pelo coronavírus, disso ninguém tinha dúvidas, tal a sua extensão territorial, suas divisas e o fluxo internacional de pessoas no país, mas daí a chegar aonde chegou com tantas mortes, vai uma gigantesca distância.
Esse quadro trágico que se apresenta no Brasil é cem por cento culpa de Bolsonaro, porque muitos hospitais já entraram em colapso por seu incentivo a desobediência à quarentena. E ele não vai parar aí.
Ontem, com uma quantidade ainda maior de mortes pela Covid-19 do que hoje, Bolsonaro fez um discurso criminoso contra quem respeita a quarentena, dizendo que essas pessoas que estão dentro de casa respeitando a sua vida e a de outras pessoas são culpadas pela disseminação do coronavírus.
Somente essa declaração de Bolsonaro mostra o genocida que é, como tantos outros da história da humanidade. Não é por acaso que é repudiado em todo o mundo.
Na verdade, a impressão que se tem é a de que Bolsonaro fica em êxtase a cada brasileiro morto pela Covid-19 tal o seu discurso beligerante que sempre foi a marca do capitão da morte.
Desta vez foi pra responder sobre o número de mortos, vítimas do coronavírus no Brasil.
O cavalão saiu com quatro pedras na mão: “Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo?”, rebateu. O jornalista tentou novamente concluir a pergunta, mas Bolsonaro novamente disse: “não sou coveiro, tá?”.
É essa coisa que governa o Brasil.
Na verdade, a pergunta do repórter sequer chegou a ser concluída e o animal golpista, com seu comportamento típico dos maníacos nazistas, mostrou a total falta de respeito com os brasileiros atingidos pela covid-19.
Um sujeito desses não serve pra nada, que fará pra ser presidente. É um genocida, assassino frio no poder, desdenhando do país e matando seu povo.
Como bem disse Natália Bonavides, é um monstro!
Bolsonaro é perguntado sobre as mortes por covid-19 no país e diz que não é coveiro pra responder. Esse é o grau de desprezo absoluto pela vida das brasileiras e brasileiros. Monstro. #ForaBolsonaropic.twitter.com/g7erGlQ9qX
A chapa está esquentando cada vez mais para Bolsonaro.
Se Trump está sendo acusado pela revista Médica The Lancet de cometer um crime contra a humanidade por sua decisão de suspender o apoio financeiro à Organização Mundial de Saúde (OMS), em plena luta contra o Covid-19, Bolsonaro, seu sósia tropical, é detonado pelo Washington Post: “Líderes arriscam vidas ao minimizar o coronavírus. Bolsonaro é o pior. O novo vírus do coronavírus, que já infectou pelo menos 1,8 milhão de pessoas em 185 países, tornou-se um teste global da qualidade da governança. De longe, o caso mais grave de improbidade é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.”
Aqui no Brasil, hoje, no STF Gilmar Mendes foi mais longe, chamou Bolsonaro de genocida e disse que, se um governador tomasse medidas contra a população, como faz Bolsonaro, o estado sofreria intervenção pelo governo federal.
“O presidente pode exonerar ministros, mas a Constituição não permite que ele adote políticas genocidas’, diz Gilmar Mendes
O Ministro voltou a dizer que, se Bolsonaro decidir revogar os decretos dos governadores que determinam o isolamento social, a medida deve ser derrubada pelo STF.
A fala foi proferida durante o julgamento da ADI 6.341, que questiona a MP 926/20, que redistribui poderes de polícia sanitária.
Neste julgamento, os ministros decidiram que Governadores e prefeitos podem estabelecer medidas contra pandemia.
E Trump?
Bom, agora Trump segue a linha bolsonarista, culpando o governo do Obama pelo colapso nos EUA devido ao COVID19.
Nem vou me pegar nas filigranas melódicas para dizer que Bolsonaro, além de cantar: “ouviram do Ipiranga às margens FLÁCIDAS”, a melodia está adulterada, para dizer o mínimo. Mas isso é bobagem perto dos encontros “patrióticos” pró-mito em que a maioria faz mímica e, ainda assim, erra.
Bolsonaro, nesse canto do hino nacional em pleno 7 de Setembro, mostra que tipo de muquirana a elite colocou na presidência junto com militares e o judiciário com a ajuda luxuosa da Globo.
O sujeito, além de miliciano, laranjeiro, amante de torturador, e genocida incendiário, é uma reverendíssima besta.
Um marmota de faixa presidencial cantando o hino nacional só podia dar no que deu. “ouviram do Ipiranga às margens FLÁCIDAS” foi o canto do fascista.
O genocida Witzel quer usar como degrau político, o sangue de crianças e jovens negros das favelas do Rio como mostra reportagem do Globo.
“Um dia eu estava no pátio da escola fazendo educação física. De repente, o helicóptero passou dando tiro para baixo. Aí, todo mundo correu para o canto da arquibancada. Quando passou o tiro, a gente correu para dentro da escola até minha mãe me buscar. Quando deu mais tiro, eu estava em casa”, escreve uma criança, moradora do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A carta está entre as mais de 1.500 que foram entregues por moradores da favela ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) nesta segunda-feira. Eles pedem a volta de uma Ação Civil Pública (ACP) que regulamenta as operações policiais no local. A ação foi suspensa em junho deste ano.
A coordenadora de comunicação da ONG Redes da Maré, Dani Moura, explica que o projeto começou com uma reunião com integrantes da organização. Depois de eles entrarem em contato com parceiros e escolas, foram atrás dos moradores para explicar o que significa a Ação Civil Pública e por que era importante mostrar o que eles vivem.
— O objetivo é tentar sensibilizar os juízes, mostrando o que os moradores sentem e a vivência que temos — explica Dani. — Ter grupos ilícitos e criminosos não pode ser uma desculpa para que os moradores da Maré não tenham direito à segurança pública.
Em junho de 2019, uma sentença da juíza Regina Lucia Chuquer de Almeida Costa Catro, da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, suspendeu a ACP, que foi requerida em 2016 pela Defensoria Pública estadual após uma operação em junho daquele ano, que terminou com um homem morto e outras seis pessoas baleadas. Na ação, os defensores cobravam mudanças para regulamentar as operações policiais na Maré. Entre outras coisas, era solicitada a presença obrigatória de ambulâncias nas incursões, instalação de câmeras e GPSs nas viaturas e que um protocolo de comunicação fosse estabelecido entre as autoridades de segurança pública e diretores de unidades de ensino e de saúde.
Em 2017, a Justiça concedeu liminar garantindo que essas diretrizes fossem cumpridas. Além disso, duas Instruções Normativas foram publicadas no Diário Oficial acerca do assunto, uma delas em outubro, durante a Intervenção Federal, quando o então secretário de segurança, general Richard Nunes, determinou, por exemplo, que as operações respeitassem horários de maior fluxo de pessoas, em geral no início e no fim do expediente escolar, e o impedimento de disparos em rajadas de helicópteros.
Leia algumas das mais de 1.500 cartas:
“Meu irmão morreu por causa dos policiais”
“Boa tarde. Eu queria que parassem as operações porque muitas famílias serão mortas. Agora, eu estou sem quarto porque vocês destruíram na operação. Todo mundo na minha escola chora, meu irmão morreu por causa dos policiais e eles bateram no meu primo. […] Muito obrigado por ter lido minha carta”. “Não dá para brincar muito”
“O ruim das operações nas favelas é que não dá para brincar muito. E também morrem moradores nas comunidades. Também têm muita violência”. “Eles têm que respeitar os horários que as crianças estão na escola”
“Bom… quando tem operação eu não posso ir a lugar nenhum, tenho que ficar no banheiro da minha casa. Quando tem operação e o helicóptero passa atirando para baixo, minha tia vai para minha casa porque, se não, o tiro pode bater lá. É muito ruim… Eles têm que respeitar os horários que as crianças estão na escola ou até mesmo no curso. A maioria das crianças sai 15h, 15h30. Eles podiam entrar 16h e sair 19h ou 20h. Também acho que eles não podem entrar de madrugada porque tem gente que vai trabalhar ou chegar de madrugada”.
“Uma vez deu tanto tiro que me escondi atrás da maquina de lavar”
“(O que) Eu tenho a dizer é que as operações matam muita gente. E essas operações são muito tristes. Uma vez minha mãe saiu para ver minha vó e deu tanto tiro que me escondi atrás da máquina de lavar. É isso que eu tenho a dizer.”
“Não gosto do helicóptero”
“Eu não gosto do helicóptero porque ele atira para baixo e as pessoas morrem” Criança faz desenho e escreve carta ao TJ dizendo que: Criança faz desenho e escreve carta ao TJ dizendo que: “não gosta do helicóptero porque ele atira para baixo e as pessoas morrem” Foto: Reprodução
“Estou escrevendo esta carta com uma caneta e não com um fuzil”
“Existem crianças e jovens dentro da comunidade que sonham em se formar médicos, advogados, professores, educadores esportivos, mas esses sonhos são interrompidos quando as ações policiais suspendem suas aulas. Parem e pensem se seus filhos passassem pela mesma situação todos os dias que a ‘bomba estoura’. Lembrem-se que nas comunidades não existe uma ‘fábrica de bandidos’. Cá estou eu escrevendo esta carta com uma caneta e não com um fuzil”.
“Queremos paz na Maré”
“Gostaria que mudasse a forma que eles entram na comunidade. Tenho pavor de escutar o barulho do helicóptero, as crianças se escondem atrás dos cômodos da casa com medo, a forma de bater na nossa residência já é assustadora. Batem, quase derrubam a porta, fazem uma zona nas casas dos moradores que estão trabalhando e, até mesmo quando nós estamos em casa, somos refém desse esculacho que fazem com a gente que mora na favela. Queremos paz na Maré”.
Por nota, a Polícia Militar disse que: “Todas as operações desencadeadas pela Corporação são precedidas por planejamento e seguem rigorosos protocolos de atuação, sempre com objetivo de preservar vidas”. E ressaltou que, em relação ao Complexo da Maré, “Uma área que abriga 16 comunidades que sofrem influência de facções criminosas rivais, as ações exigem um planejamento prévio ainda mais minucioso”. A PM também informou que, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, houve redução no número de homicídios na região da Maré. Por fim, disse que “Nos sete primeiros meses do ano foram apreendidas quase 200 armas e 10 toneladas de drogas”.
Por nota, o Tribunal de Justiça informou que as cartas foram recebidas, mas que não podem interferir em decisões judiciais. O TJ esclareceu que recursos devem ser apresentados em instância superior.