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A ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle e os quarenta parentes

Não poderia deixar a história dessa figuraça chamada Ana Cristina Siqueira Valle, a 02 de Bolsonaro, sem comentar suas traquinagens moralistas com a turma do Vem pra Rua aqui da região Sul Fluminense.

Ela, que sassaricava aqui nas cidades próximas a Resende, como Volta Redonda, Barra Mansa e etc., era anunciada nos microfones dos caminhões como uma celebridade da nova política e da moral da família brasileira.

A mulher era uma “mita”. Não se sabe como será a sua vida a partir de agora nas bandas de cá depois dessa desmoralização pública e em rede nacional dela e da parentada toda, envolvidas no cartel de lavagem de dinheiro de Queiroz e Flávio Bolsonaro.

Lanço aqui um desafio para quem provar que conseguiu gravar todos os nomes da penca de parentes que ela pôs no esquemão que movimentou praticamente R$ 5 milhões, até onde sabe o Ministério Público. Pelo jeito, cabe muito mais denúncia nessa caixa preta resendense.

A fieira é longa e o grau de parentesco da garganta é múltiplo.

Possivelmente, a ex-celebridade vai enfiar a viola no saco e desencarnar de qualquer ato público, porque essa é a autêntica hipócrita, daquela que é pura emoção em nome da ética.

Eu vi como brotava moral da boca dessa infeliz e como oxigenava ou contaminava os devotos de Bolsonaro nas bandas de cá. A 02 é uma portenta para vender seus versos ensaiados com falas angulosas para sair do jeito que queria nas fotos espalhadas depois de cada evento.

Por isso acho que será complicado para a matriarca dos bolsominions sul fluminenses ser engolida até por seus aliados.

Na verdade, ela vai entrar numa profunda decadência depois de ter virado assunto principal, sobretudo nas esquinas de Resende.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ex-mulher do chefe da milícia “Escritório do Crime” e Ex-assessora de Flávio admitiu origem ilícita de dinheiro, diz MP-RJ

Acusada de ser funcionária-fantasma no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj, a ex-assessora Danielle Mendonça da Costa, admitiu que sabia da origem ilícita do dinheiro que recebia mensalmente, diz o Ministério Público do Rio de Janeiro.

A Procuradoria chegou a essa conclusão após analisar mensagens trocadas por Danielle com duas amigas.

Ela foi casada com o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de chefiar a milícia “Escritório do Crime”.

O ‘Escritório do Crime’ é acusado de estar por trás do assassinato de Marielle.

Acusado de atirar em Marielle, do Psol, Ronnie Lessa atuava junto com o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, considerado um dos fundadores de ‘empresa especializada em matar’

Lembram da entrevista de Bolsonaro que sem ninguém perguntar ele disse: “No caso Marielle, outras acusações virão. Armações! Vocês sabem de quem.”.

Não precisa nem juntar lé com cré.

 

*Da redação

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STF arquiva pedidos para investigar Carlos e Jair Bolsonaro no caso Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou dois pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no caso do assassinato de Marielle Franco.

As ações, protocoladas pelo PT e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), apontavam obstrução de Justiça dos dois no caso da morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Os pedidos citavam que tanto Bolsonaro quanto Carlos tiveram acesso a dados da portaria do condomínio onde moram, antes da polícia, no caso em que o porteiro citava o “seu Jair”.

Em outubro, uma reportagem do Jornal Nacional tornou público o depoimento de um porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora Bolsonaro e Carlos. O porteiro dizia que um dos suspeitos, o policial militar Élcio Queiroz, teria ido à casa de Bolsonaro na noite do crime e o “seu Jair” foi quem autorizou a entrada dele no condomínio. Após a revelação do depoimento, o porteiro foi ameaçado de prisão, sob a Lei de Segurança Nacional, e mudou a versão do caso.

Alexandre de Moraes determinou o arquivamento com base no posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu elementos suficientes que apontassem a necessidade de investigação em ambos os casos.

Segundo o procurador-geral da República, Augusto Aras, o “eventual acesso a cópia dos áudios (…) consiste em mero exercício de direito” e sustentou que os arquivos já estão “sob a guarda das autoridades competentes – Ministério Público e autoridade policial –, tendo havido a análise técnica do seu conteúdo antes mesmo dos fatos noticiados”.

 

 

*Com informações do 247

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Dilma acha que o Eduardo Cunha negociou com a Globo para ser eleito presidente da câmara

A ex-presidenta Dilma que sofreu um golpe comandado por Cunha e apoiado pela Globo, afirmou, em entrevista ao DCM, que acredita que Cunha tenha negociado apoio à sua candidatura à presidência da Câmara com a Rede Globo. Para Dilma, em troca do apoio, Cunha não deixaria que avançassem projetos de lei ligados à regulamentação da mídia.

“Eu acho que o Eduardo Cunha negociou com a Globo para ser eleito, negociou não deixar passar nenhum projeto que visava qualquer regulamentação da mídia “.

Dilma também falou do papel de Cunha no golpe de 2016.

Dilma disse que havia uma ação engavetada no STF que poderia resultar na cassação ou prisão de Cunha.

“Em dezembro de 2015 o Ministério Público já tinha recebido do Ministério Público da Suíça as contas secretas do Eduardo Cunha e enviou essas contas em um processo que pedia a suspensão, a cassação de sua atividade ou sua prisão, então tinha que pedir para o Supremo. Isso permaneceu por seis meses dormindo dentro das gavetas do Supremo”.

“Isso foi um elemento responsável pelo impeachment porque o Eduardo Cunha é uma forma de pré-estreia do Bolsonaro, ele combinava uma pauta bastante fascista e ultraconservadora, que servia quando negociava emendas, segundo o próprio Ministério Público e juízes, para aumentar seu poder” disse Dilma.

E a ex-presidenta foi mais longe.

“Havia por parte do Eduardo Cunha uma expectativa de não ser condenado pela Comissão de Ética. Se ele não fosse condenado, o que ele supunha? Uma estratégia de estancar a sangria, me tirar do governo, assume o Temer e o Temer, com ele ainda presidente da Câmara, o protege de qualquer investigação. A ideia básica, estratégica, deles era essa. Eu tinha que sair porque ele sabia que tinha uma ação desde de dezembro no Supremo dormindo na gaveta”.

E Dilma foi certeira.

“A imprensa relata que quando foram tirá-lo da presidência do Congresso ele disse: ‘por que só agora?’. É óbvio, porque já tinha feito o impeachment. A ideia dele era ganhar tempo sentado na cadeira para que o Temer assumisse e o garantisse impunidade”.

 

 

*Com informações do DCM

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Secretária ameaçou Dario Messer usando o nome do procurador Januário Paludo

Ex-auxiliar foi responsável por levar caso de doleiro à Lava Jato de Curitiba. Agora, procurador é investigado por suposta ligação com veterano de escândalos. Força-tarefa do Rio investiga se existiu “rede de proteção” para blindá-lo.

Conversas do doleiro Dario Messer, divulgadas pelo portal UOL, colocaram em xeque a imagem de um dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. De acordo com o UOL, em mensagens trocadas com sua namorada em agosto de 2018, o doleiro contou que uma suposta testemunha teria uma reunião com o procurador regional Januário Paludo, o mais experiente investigador da força-tarefa de Curitiba. Depois de dizer isso, o doleiro afirmou: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês…”.

As conversas de Messer que citam Paludo vão ser analisadas em uma investigação da Procuradoria-Geral da República e em uma sindicância da corregedoria do Ministério Público Federal. Os diálogos motivaram pela primeira vez que um procurador da Lava Jato seja investigado criminalmente. Na época das conversas, o doleiro estava foragido da Operação Câmbio Desligo, deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio, e as circunstâncias da conversa ainda são desconhecidas.

De toda maneira, está longe de ser a primeira vez que as histórias de Messer e Paludo se cruzam. Veterano de escândalos, Messer já havia tido ordem de prisão pedida por um grupo de procuradores, entre eles Paludo, em 2004. A detenção foi decretada pelo então juiz federal Sergio Moro, numa operação contra dezenas de doleiros, consequência do caso Banestado, uma das mais célebres investigações sobre lavagem de dinheiro. Essa foi a primeira ordem de prisão contra o doleiro, mas ele, na época, não foi localizado pela Polícia Federal. Messer acabou absolvido em um desdobramento desse caso em agosto de 2016, em sentença da juíza Gabriela Hardt, por falta de provas, a pedido do procurador Alexandre Nardes, que nunca trabalhou na operação Lava Jato. Antes da Lava Jato, Messer teve também a prisão decretada em novembro de 2009, a pedido de procuradores do Rio, quando também não foi encontrado. Esse caso ainda não foi julgado. Paludo também tinha sido responsável pela investigação e prisão de um dos principais parceiros de Messer, o doleiro uruguaio Najun Turner, ainda no princípio dos anos 90, quando Turner foi acusado de lavar dinheiro do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Tendo esse histórico como pano de fundo, chama a atenção que uma secretária de Messer tenha usado especificamente o nome do procurador Paludo, sem maiores explicações, para ameaçar o doleiro em 2014, conforme o próprio Messer conta em documentos e depoimentos em vídeo obtidos pelo EL PAÍS. A secretária, que se envolveu numa disputa com Messer e acabou sendo processada por ele, de fato, acabou denunciando o doleiro a procuradores da Lava Jato em Curitiba, em novembro de 2014. Foi essa denúncia que virou um dos principais motivos para colocar o doleiro na mira da versão fluminense da megainvestigação e, ao fim, na cadeia apenas neste ano.

Entre a denúncia feita pela secretária e sua prisão, Messer fez uma investida judicial contra a ex-auxiliar e conseguiu que ela fosse processada por promotores do Rio sob acusação de estelionato, apropriação indébita e extorsão. É no processo contra a secretária no qual o doleiro foi tratado como vítima por promotores e policiais civis do Rio, que o nome de Paludo aparece. Nesse caso, o doleiro dizia que sofreu uma tentativa de extorsão da ex-secretária, que prefere não ter a identidade revelada. Ela tinha iniciado um processo na Justiça do trabalho contra ele em 2014. Ainda de acordo com a versão e os cálculos de Messer, essa secretária lhe havia exigido cerca de um milhão de reais para fechar um acordo judicial e encerrar o processo trabalhista, para que, assim, não denunciasse os crimes do doleiro ao procurador Paludo naquele ano. Não houve o pagamento do tal um milhão de reais e o doleiro acabou denunciado naquele ano à Lava Jato de Curitiba.

Em um longo depoimento, gravado em vídeo, Messer, que prestou à 25ª Vara Criminal do Rio em 10 de maio de 2017 na condição de testemunha, declarou: “Teve um dia que meu advogado foi no escritório do advogado dela. Ia tentar fechar um acordo. Aí, segundo o meu representante, o advogado escreveu as exigências dela… se não, reunião com Paludo”. O doleiro acrescentou: “Não só foi grave ameaça como ela concretizou. Na verdade, Paludo era Januário Paludo, da força-tarefa da Lava Jato, que veio desde a época do Banestado. Ela preparou um dossiê falso sobre mim, que ela entregou em Curitiba pra procuradoria. Não sei se foi direto com esse Paludo ou não”.
Em depoimento à Polícia Civil em 2015, o doleiro Dario Messer reclamou que uma secretária ameaçava lhe denunciar ao procurador Januário Paludo, da Lava Jato.

Em depoimento à Polícia Civil em 2015, o doleiro Dario Messer reclamou que uma secretária ameaçava lhe denunciar ao procurador Januário Paludo, da Lava Jato

Nesse depoimento, o doleiro disse que seu dinheiro era “todo lícito” e que por isso não cedeu a nenhuma extorsão. “O fato…a gente está julgando aqui…se eu fui roubado e é extorsão. Se o dinheiro que eu tenho é lícito…”, emendou ele antes de se corrigir: “Na verdade, meu dinheiro é todo lícito. Tanto é que não cedi a nenhuma extorsão”.

O doleiro Dario Messer, em depoimento no Tribunal de Justiça do Rio, em maio de 2017

O doleiro Dario Messer, em depoimento no Tribunal de Justiça do Rio, em maio de 2017 – Reprodução

À Justiça, a ex-secretária negou que tivesse chantageado o doleiro. Ela alegou à juíza do caso que fez denúncias contra o doleiro aos procuradores da Lava Jato e o processou na Justiça do trabalho para se proteger de ameaças e do prejuízo que ele lhe provocou. A secretária acabou absolvida e ganhou o processo trabalhista. Já a versão do doleiro não foi considerada fidedigna pela Justiça.
Os passos em Curitiba

O EL PAÍS apurou que a secretária procurou Paludo em Curitiba, em setembro de 2014, nos primórdios da Operação Lava Jato, quando acabou se reunindo com os procuradores Carlos Fernando Santos Lima e Alexandre Nardes, na sede do Ministério Público Federal em Curitiba. Nesse encontro, a secretária conversou com os procuradores e entregou documentos de negociatas de Messer. Tudo isso foi encaminhado na época para o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e acabou embasando investigações da força-tarefa da Lava Jato no Rio contra o doleiro. A secretária virou, em 2018, uma das testemunhas de acusação contra Messer, convocada pelos procuradores do Rio, no processo decorrente da Operação Câmbio Desligo, o desdobramento da Lava Jato em que o doleiro foi investigado e teve a prisão decretada. Procurada, a força-tarefa de Curitiba informou que Paludo jamais teve qualquer contato pessoal com o doleiro Dario Messer e que “refuta veementemente as falsas imputações” de que recebeu propina dele.

Procuradores da Lava Jato do Rio investigam se existiu uma rede oficial de proteção a Messer e outros comparsas, como alegaram os doleiros Vinicius Claret, o “Juca Bala”, e Cláudio Souza, o “Tony”, em acordos de delação premiada. Claret e Souza disseram que pagaram 50 mil dólares por mês, por cerca de 8 anos, até 2013, ao advogado Antônio Figueiredo Basto com a expectativa de que seriam protegidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de investigações de seus crimes. Figueiredo Basto já foi advogado de Messer antes da Lava Jato, nas duas operações em que ele teve a prisão decretada e não foi encontrado.

Figueiredo Basto já negou em diversas ocasiões que tenha recebido dinheiro e feito pagamentos com a promessa de proteger Messer e outros doleiros de investigações. O EL PAÍS apurou que, em depoimentos posteriores aos procuradores, Claret e Souza alegaram que os pagamentos foram feitos a Figueiredo Basto com a promessa de que os doleiros seriam avisados com antecedência sobre a deflagração de operações policiais e, assim, teriam tempo de esconder provas e dinheiro.

 

 

*Do El País

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Ligação antiga de assassino de Marielle com clã Bolsonaro é investigada

Um dos flancos importantes da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco, a vereadora do PSOL morta com o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018, concentra-se agora na busca de vínculos antigos e benefícios concretos oferecidos por integrantes da família Bolsonaro a um dos principais personagens acusados do crime.

O sargento reformado Ronnie Lessa, autor dos tiros contra a vereadora segundo denúncia encaminhada ao Ministério Público, morava no mesmo condomínio de Jair e Carlos Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Lessa, que está em presídio federal em Rondônia, sofreu um atentado em 2009.

Uma granada explodiu dentro da Toyota Hillux que dirigia em Bento Ribeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. À época segurança do contraventor Rogério Andrade, Lessa foi vítima de inimigos do então patrão.

Os investigadores do caso Marielle aprofundam a informação de que integrantes da família Bolsonaro ajudaram na recuperação de Lessa após o atentado de 2009, o que mostraria uma ligação antiga do acusado com o clã.

De modo lateral, por diversas vezes a família Bolsonaro aparece nas investigações ligadas a envolvidos no assassinato de Marielle Franco.

Élcio Queiroz, que conduziu o Cobalt prata usado para emboscar Marielle na noite do crime, apareceu em redes sociais em uma fotografia tirada ao lado de Bolsonaro.

Outro suspeito preso no início de outubro deste ano sob a acusação de ter lançado ao mar armas usadas na execução da vereadora, o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, também postou foto ao lado do agora presidente da República.

O ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como um dos chefes da milícia de Rio das Pedras e associado ao Escritório do Crime, foi homenageado em duas ocasiões pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador. A mulher e a mãe do miliciano trabalharam no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.

Em 30 de novembro, o UOL divulgou um trecho do depoimento do vereador Carlos Bolsonaro à Delegacia de Homicídios do Rio, pouco mais de um mês após o crime.

Carlos relatou que teve uma discussão com um assessor da vereadora e que o desentendimento teria sido apaziguado pela própria Marielle.

Segundo o vereador, um dos assessores de Marielle dava entrevista a uma emissora espanhola e o chamou de “fascista”. Carlos teria ouvido a declaração ao passar pelo corredor e afirma ter questionado o funcionário sobre o motivo da agressão verbal. Ainda segundo ele, a própria Marielle “intercedeu para acalmar os ânimos, encerrando a discussão”. O vereador disse ainda que mantinha um relacionamento “respeitoso e cordial” com Marielle, apesar das divergências políticas.

A família de Marielle Franco também indignou-se com a informação de que o governo Jair Bolsonaro concedeu passaporte diplomático a familiares do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão.

Ele é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora e de ter obstruído as investigações do caso.

 

 

*Plínio Fraga/Uol

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Gilmar Mendes autoriza retomada de investigação contra Flávio Bolsonaro

Filho de Bolsonaro contava com duas liminares que suspendiam a apuração da suspeita de “rachadinha” em seu gabinete no Rio.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite de sexta-feira, 29, a retomada das investigações que contavam com relatórios do antigo Coaf em processo envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

A decisão veio após o STF ter fixado entendimento na quinta, 28, de que é permitido o repasse de informações de órgãos de controle como a Receita Federal e a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o antigo Coaf, para instruir investigações criminais do Ministério Público e da polícia.

Flávio Bolsonaro contava com duas liminares para suspender a apuração da suspeita de “rachadinha” nos salários de seu gabinete quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro: a primeira dada em julho pelo presidente do STF, Dias Toffoli, e depois em setembro pelo ministro Gilmar Mendes, após a defesa do parlamentar alegar que o MP do Rio não havia cumprido a determinação do Supremo e continuava investigar o senador. A prática de “rachadinha” consiste na devolução de parte do salário dos funcionários para o deputado ou pessoas de confiança.

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Januário Paludo, procurador da Lava Jato, recebia mensalão do doleiro dos doleiros

Em troca de proteção, o doleiro Dario Messer afirmou, em mensagens trocadas com sua namorada, Myra Athayde, que pagou propinas mensais ao procurador da República Januário Paludo, integrante da força-tarefa da Lava Jato do Paraná.

Januário, esse “cidadão de bem” da República de Curitiba, dava cobertura ao doleiro dos doleiros em suas atividades ilegais em troca de propina mensal.

Os diálogos de Messer sobre a propina a Paludo ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidos pela PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro durante as investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio.

Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

A Lava Jato do Rio, procurada pelo UOL, informou que já enviou o relatório à PGR (Procuradoria-Geral da República), órgão que deverá definir as providências a serem tomadas. Também consultada pela reportagem, a Força-tarefa de Curitiba afirma que Paludo preferiu não se manifestar.

A “propina dos meninos”

Nas conversas obtidas pela PF, Messer fala a Myra sobre o andamento dos processos que responde.

Ele diz que uma das testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Januário Paludo. Depois, afirma a namorada: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês.”

Segundo a PF, os “meninos” citados por Messer são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca. Ambos trabalharam com Messer em operações de lavagem de dinheiro investigadas pela Lava Jato do Rio. Depois que foram presos, viraram delatores.

Em depoimentos prestados em 2018 à Lava Jato no MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro), Juca e Tony afirmaram ter pago US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) por mês ao advogado Antonio Figueiredo Basto em troca de proteção a Messer na PF e no Ministério Público.

Basto já advogou para o doleiro.

Januário Paludo é reconhecido por colegas da Lava Jato como referência em investigações baseadas em delações premiadas. Já Figueiredo Basto é um dos advogados que mais fechou acordos de colaboração com a Lava Jato do Paraná.

É só juntar uma ponta a outra.

Paludo é um dos procuradores mais antigos da Lava Jato

Integra a Força-tarefa de combate à corrupção desde sua criação, no ano de 2014.

Membro do MPF desde 1992, o procurador regional da República Januário Paludo sempre foi tido como uma referência para os membros da Força-Tarefa da Lava Jato, devido o fato de ser o mais experiente entre eles.

Não por outra razão, um dos grupos criados no aplicativo Telegram para que os procuradores trocassem mensagens, cujo conteúdo foi revelado por uma série de reportagens do site The Intercept Brasil, se chamava “Filhos de Januário.

O primeiro caso de repercussão em que Januário Paludo ao Lado de Moro, Dallagnol e Carlos Fernando atuou foi o do Banestado, investigação sobre lavagem de dinheiro e evasão de divisas movimentou R$ 30 bilhões nos anos 1990 e é considerada um laboratório da Lava Jato.

Caso que é cheio de interrogações e atuação obscura de Moro que até hoje não foi cobrado por ninguém as contradições de sua atuação suspeita.

Hoje, Paludo compõe o núcleo duro da força-tarefa é e uma espécie de conselheiro do coordenador Deltan Dallagnol. Ele também mantém uma relação de amizade com o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e da Segurança Pública.

Entre as mensagens de Paludo reveladas pelo The Intercept Brasil chamaram atenção os comentários que ele fez a respeito do ex-presidente Lula.

No dia 24 de janeiro de 2017, a mulher de Lula, Marisa Letícia, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal”, disse Deltan Dallagnol, às 22h24. Dez minutos depois, Paludo escreveu: “Estão eliminando testemunhas”.

Dois anos depois, com Lula já na prisão, Paludo afirmou que “o safado só queria viajar”, referindo-se ao pedido da defesa do ex-presidente para que ele saísse do cárcere para acompanhar o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá.

Um dos mais aferrados antiluluistas da Lava Jato, Januário Paludo costuma compartilhar em seu Twitter ataques covardes contra Lula como do execrável Augusto Nunes.Um comentário tão baixo que mereceu de Monica Bergamo da Folha uma descompostura pública chamando Augusto Nunes de asqueroso.

A força-tarefa da Lava Jato do Paraná se posicionou na madrugada de hoje após a publicação da matéria do UOL imitando a juíza “copia e copa” e repete a mesma xaropada estatutária do califado de Curitiba quando a Vaza Jato revela as mensagens trocadas entre os procuradores.

*Com informações da reportagem especial do jornalista Vinícios Konchinski, que foi produzida para o portal Uol.

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STF forma maioria para liberar repasse de dados sigilosos sobre Flávio Bolsonaro

Corte já tem 7 votos a favor de compartilhamento entre Receita e Ministério Público sem restrições.

A decisão do Supremo sobre Recurso Extraordinário que trata do compartilhamento de dados da Receita Federal e da Unidade de Inteligência Financeira com órgãos de investigação, como Polícia e Ministério Público, deve sair nesta quinta, mas já há maioria para liberar o repasse de dados sigilosos sobre Flavio Bolsonaro.

Alexandre de Moraes não endossou as restrições de Toffoli, observando, no caso da UIF, que, se o MP pedir dados complementares, precisa abrir um Procedimento Investigativo Criminal (PIC) ou solicitar a abertura de inquérito.

Trocando em miúdos: a investigação sobre Flávio Bolsonaro certamente será retomada e não há dúvidas, implicará todo o clã Bolsonaro inclusive o pai de todos, Jair Bolsonaro.

Não era isso que estava em votação. Mas a votação atinge diretamente Flavio Bolsonaro.

 

*Da redação

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Bolsonaro e o perigo do AI-5 da milícia

O risco que a democracia brasileira corre, mora na casa 58 do condomínio Vivendas da Barra.

Não tem mais um único brasileiro que acredite que o clã não esteja envolvido diretamente com a milícia carioca e, possivelmente com o assassinato de Marielle.

É aí que mora o perigo. Na tentativa de sufocar a justiça, Bolsonaro, num ato de desespero, pode sim tentar uma aventura autoritária. E não duvido de que esteja mexendo os pauzinhos nesse sentido, dentro das Forças Armadas e do universo das milícias.

Moro já mostrou como a coisa pode funcionar quando coagiu o porteiro com seus gorilas de confiança dentro da PF para o coitado do porteiro desdizer o que disse, produzindo uma versão policialesca dos piores enredos dos enlatados policiais.

A manobra colou? Não. A história é tão inverossímil como tantas outras farsas produzidas pelo bolsonarismo com o silêncio obsequioso da mídia.

Agora, a mídia está gritando contra o AI5, porque Bolsonaro só tem uma saída para livrar a sua cara e de sua ninhada, partir para o autoritarismo radical generalizado, o que transformaria a mídia numa vítima tão instantaneamente quanto o porteiro.

A mídia, o judiciário, o Ministério Público ou qualquer um que oficialmente se insurja contra Bolsonaro, corre o risco de se transformar no porteiro do condomínio Vivendas da Barra que anotou o número da casa de Bolsonaro no dia do assassinato de Marielle e, depois, em depoimento disse que foi o próprio seu Jair quem autorizou a entrada do miliciano assassino.

Vendo seu chão derreter, Moro aceitou na hora transformar uma testemunha, no caso, o porteiro em réu, sem o menor constrangimento. Lógico que isso está longe de ser a solução para Bolsonaro. Mas ele está tentando calar, de todas as formas, quem está investigando o caso.

É claro que, diante de um quadro tenebroso que o Brasil vive, um investidor internacional com um mínimo de juízo, não vai casar um centavo de dólar em um país dominado pela milícia, pois sabe o nível de instabilidade política e, sobretudo jurídica que isso significa.

Assim, o dólar tende a subir, precisando que o governo lance mão das reservas internacionais deixadas por Lula e Dilma para segurar o repuxo de altas substanciais, como aconteceu nos últimos dias.

Soou ridículo Paulo Guedes falar em quebra quebra promovido por Lula, quando não há uma viva alma na rua protestando contra, por exemplo, o sumiço da carne vermelha do prato dos brasileiros devido aos preços indecorosos.

Paulo Guedes deve ter lembrado que, na era Lula, além do dólar estar infinitamente mais baixo que hoje, o brasileiro não só comia carne todos os dias, mas fazia churrasco todos os fins de semana. Isso, sem falar que nenhum direito do trabalhador foi cortado ou mesmo sua aposentadoria tocada, ao contrário, nos 13 anos de governo do PT, o salário mínimo teve o maior poder de compra da história, assim como o Brasil viveu, naquele período, o pleno emprego.

Guedes só conseguiu com isso chamar a atenção para o risco de um desastre econômico no caso do mercado tirar a mão da cabeça de Bolsonaro e ele cair em desgraça, aí sim, com o risco de ser preso, apelar para uma atitude extrema.

Não creio mesmo que uma manobra dessa tenha força para dar certo, mas creio que Bolsonaro é suficientemente portador de uma psicopatia aguda que, diante do pavor de se ver atrás das grades, junto com o seu clã, parta para a tentativa de salvar a sua gleba a todo custo, usando todos os instrumentos sujos que puder.

Quanto  a Guedes citar Lula, deve ser porque Lula tem colocado essas duas questões no debate político, as milícias ligadas a Bolsonaro e as consequências disso na desastrosa política econômica de Guedes. Ou seja, como sempre, Lula é certeiro em suas falas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas