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Caos: Setores do governo correm risco de paralisia devido a baixa economia e regra do teto

Orçamento federal se encontra em uma compressão sem precedentes; Governo monitora risco de paralisia em programas de ministérios nos próximos meses por falta de dinheiro.

Herança Temer, a regra do teto dos gastos, que impede o crescimento das despesas públicas acima da inflação, somada ao baixo crescimento da economia, levou as chamadas despesas discricionárias do governo federal a atingirem o patamar mínimo histórico.

Os gastos discricionários, diferente das despesas primárias obrigatórias que continuam crescendo, são o único instrumento que os gestores da política econômica têm para tentar controlar as despesas. Fazem parte desse bloco de gastos o custeio da máquina pública e investimentos.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o governo Bolsonaro está em alerta porque o Orçamento federal se encontra em uma “compressão sem precedentes” e “agora monitora o risco de paralisia em programas de ministérios nos próximos meses por falta de dinheiro”.

No dia 30 de julho, por exemplo, o anúncio do bloqueio de mais R$ 1,4 bilhão no Orçamento federal deste ano reflete esse cenário de estrangulamento de verbas. Por causa desse bloqueio, que atinge em mais R$ 348 milhões a Educação, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) anunciou na quinta-feira (15) a suspensão de aproximadamente 4,5 mil bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado que seriam distribuídas às universidades.

Desde o início do ano, o Ministério da Educação sofreu o bloqueio de R$ 6,2 bilhões no total, tornando-se a pasta mais afetada pelas decisões da equipe econômica do governo.

O contingenciamento ameaça também as atividades da Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça, atingindo programas de qualificação, viagens e investigações.

“Em São Paulo, um dos maiores centros do órgão, os treinamentos de tiro foram interrompidos. O pagamento de diárias e passagens para os policiais federais também está limitado. Delegados relatam ainda que bases de inteligência que atuam para reforçar operações, como na repressão ao tráfico de drogas, devem ser reduzidas”, Bernardo Caram que assina a matéria da Folha.

A emissão de passaportes também pode parar de acontecer por falta de recursos. Segundo dados do Ministério da Justiça, dos R$ 305 milhões destinados a essa finalidade, R$ 61 milhões estão bloqueados.

A reportagem lembra que o governo iniciou o ano com a previsão de R$ 129 bilhões em despesas discricionárias. Mas, por conta do baixo desempenho da economia que reduz o pagamento de tributos, foram bloqueados desde então R$ 33 bilhões nos ministérios. O resultado é disponibilidade de apenas R$ 97 bilhões para os gastos não obrigatórios.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende a flexibilização do Orçamento, para que não exista mais as amarras das “despesas obrigatórias”. Fazem parte desse grupo de gastos a Previdência e folha de salários, que respondem por 90% do total do orçamento disponível. A questão é, se o governo não for mais obrigado a cumprir com o pagamento destas despesas, derrubando as “amarras” impostas hoje pela legislação, ele continuará cumprindo esses pagamentos?

A equipe econômica não usa essa questão para defender o fim da diferenciação entre despesas obrigatórias e não obrigatórias, e sim que, por conta da legislação atual, recursos ficam empoçados em algumas pastas que não conseguiram usar os recursos obrigatórios.

Segundo o governo, pelo menos R$ 15 bilhões ficaram empoçados em julho que poderiam ser alocados para outros setores. Esse montante se refere a recursos que alguns ministérios não conseguiram executar, entre eles Saúde, Defesa e até Educação. Encerrado o ano, as sobras orçamentárias são devolvidas ao Tesouro para serem realocadas conforme a definição do novo orçamento anual.

O governo Bolsonaro tem, aliás, até o dia 31 de agosto para entregar ao Congresso o Orçamento de 2020, o primeiro a ser elaborado pela gestão.

Apesar do cenário, membros da área econômica disseram à Folha que não existe risco de acontecer um “shutdown”, termo que vem dos EUA e é usado quando as medidas de corte de despesa da máquina pública alcançam um nível em que o governo tem seu funcionamento prejudicado e não consegue produzir os serviços públicos mais básicos para a sociedade.

A equipe econômica do governo vende a reforma da Previdência como uma ação imprescindível para reduzir a pressão sobre o Orçamento. Além dessa PEC, que passa a tramitar agora no Senado, após aprovação na Câmara dos Deputados, o governo elabora medidas que impeçam que a limitação no orçamento chegue ao ponto de faltar verba para custeio, como pagamento de água e energia elétrica. Entre as medidas estudadas estão a reestruturação das carreiras de servidores, suspensão de concursos públicos e, ainda, não conceder aumento real do salário mínimo a partir do próximo ano.

 

*Com informações do GGN

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Não foi Bolsonaro que inventou os ultraliberais nativos, foram os ultraliberais que inventaram Bolsonaro

Como bem disse Bruno Moreno, “Atribuir à personalidade do Bolsonaro e não às medidas econômicas e sociais do seu governo a estagnação e recessão técnica da economia é a mais atual forma de dizer: a culpa nunca é do liberalismo”.

E é exatamente isso que Mirians e Sardembergs, moradores de uma ilha fluvial, onde nunca se encontram com a realidade vivida pelo povo, começam a martelar. No entanto, enquanto as primeiras vítimas dos neoliberais são os pobres, com a retranca do Estado mínimo, as molecagens dos neoliberais são aplaudidas pelas classes economicamente dominantes.

Essas mesmas classes, tomadas por pânico, começam a pilhar a carapuça sobre a cabeça de Bolsonaro como se sua loucura inviabilizasse uma colheita surpreendente para a economia brasileira.

Não, a realidade está a léguas disso. Se já perdemos os estribos econômicos,  e o Brasil se encontra à beira de um barranco, tendo que vender as reservas deixadas por Lula e Dilma para tentar segurar o dólar, a desonra não está com o monstro, mas com quem o criou. Mais que isso, com quem apoiou todas as suas medidas de arrocho contra o povo, os pobres, os trabalhadores, os aposentados e outros desvalidos traídos novamente pelos neoliberais alocados no PSDB, PMDB, Dem e na legião de diabos do Centrão.

Bolsonaro não é causa, é consequência da ganância inconsequente dos mesmos que, na construção do golpe contra Dilma para criar um “Estadinho”, impossibilitaram, com várias formas de sabotagem, lideradas por Aécio que perdeu a eleição, que Dilma governasse, já no primeiro dia do seu segundo mandato. Criaram poças econômicas, distribuíram rosários de capim para uma parte da população sedenta de ódio e vingança e frutas envenenadas vindas das velhas árvores da oligarquia, via Globo e congêneres, para inviabilizar a democracia e colocar, através do Temer, a pinguela neoliberal de FHC de volta ao centro do poder.

Em última análise, é isso, Bolsonaro é apenas a continuidade daquele Brasil quebrado de FHC, até hoje festejado pelo colunismo econômico de frete que diz o que quer o mercado, núcleo central do rodamoínho financeiro.

Agora que começam a aparecer os roletes de fumo e o cheirinho de enxofre invade as sendas de cada empresário, seja no campo ou na cidade, os neoliberais, que cozinharam o galo duro em fogo brando, querem furar as mãos do Messias que eles inventaram para manipular, como manipulam, via Paulo Guedes.

Enquanto isso o país vai entrando com os dois pés no barro e se joga a culpa no idiota fascista, assim como crucificam Macri e não a cartilha neoliberal porque ele reza.

O efeito orloff, aquele velho fenômeno mecânico que ocorreu na era FHC, quando printou a política econômica do Ministro Cavalo do governo Menen, que tinha quebrado a Argentina e também quebrou o Brasil, está de volta. Não há como separar aquele elefante dourado do bezerro de ouro de Paulo Guedes, como não há como separar o resultado da mesma política que importamos de Macri.

Não há saída à francesa para os elegantes boquirrotos do neoliberalismo. A conta chegou, o Brasil parou, a indústria estagnou, o comércio derrapou e a realidade trombou de frente com o Estado diminuto circense que o engenhoso Paulo Guedes quis reinventar.

A carroça do posto Ipiranga de Bolsonaro chegou na frente do burro louco, com a cartilha tucana debaixo do braço e, agora, não tem como se livrar dela, nem de Bolsonaro e, muito menos dos assombrosos efeitos dessa tragédia econômica.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Depois de entregar as estatais, Paulo Guedes acabará com reservas de 388 bilhões acumuladas por Lula e Dilma

E vem por aí mais destruição. Os que colocaram Bolsonaro no governo, rezem ou orem muito, pois o caos está instalado.

A última vez em que o BC tinha leiloado dólares das reservas à vista tinha sido em 3 de fevereiro de 2009, ainda durante a crise do subprime no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Com a decisão anunciada hoje (14), o BC muda a política de intervenções no câmbio – o que indica que Paulo Guedes e sua equipe podem começar a liquidar as reservas acumuladas nos governos Lula e Dilma.

Agência Brasil – Pela primeira vez desde a crise de 2009, o Banco Central (BC) venderá dólares à vista das reservas internacionais, atualmente em US$ 388 bilhões. A autoridade monetária leiloará US$ 550 milhões por dia entre 21 e 29 de agosto para conter a volatilidade cambial, totalizando US$ 3,845 bilhões no período.

A última vez em que o BC tinha leiloado dólares das reservas à vista tinha sido em 3 de fevereiro de 2009, ainda durante a crise do subprime no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Com a decisão anunciada hoje (14), o BC muda a política de intervenções no câmbio.

Até agora, em momentos de alta da moeda norte-americana, a autoridade monetária leiloava contratos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Feitas em reais, essas operações não afetam as reservas internacionais, mas têm impacto na posição cambial do BC e aumentam os juros da dívida pública.

Agora, o BC atuará de maneira diferente. Venderá até US$ 550 milhões no mercado à vista e, ao mesmo tempo, comprará o mesmo valor em contratos de swap cambial reverso, que funcionam como compra de dólares no mercado futuro. Caso a demanda por dólares à vista fique abaixo desse valor, a autoridade monetária completará a operação com contratos de swap tradicional.

Ao justificar a medida, o BC explicou que os swaps cambiais tradicionais são demandados por investidores que querem se proteger da volatilidade no câmbio, mas que uma parte do mercado está demandando dólares à vista por causa da situação econômica.

“Considerando a conjuntura econômica atual, a redução na demanda de proteção cambial (hedge) pelos agentes econômicos por meio de swaps cambiais e o aumento da demanda de liquidez no mercado de câmbio à vista, o Banco Central do Brasil comunica que, para efeito de rolagem da sua carteira de swaps, implementará a oferta de leilões simultâneos de câmbio à vista e de swaps reversos”, informou a instituição em nota.

Na nota, a autoridade monetária esclareceu que as operações conjugadas de venda direta, swap tradicional e swap reverso não mudarão a posição cambial do banco. No entanto, o estoque de swap tradicional, atualmente em torno de US$ 70 bilhões, vai aumentar, assim como o valor das reservas internacionais vai diminuir menos de 1%.

Hoje, o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 4,04, com alta de R$ 0,074 (1,86%) em apenas um dia. Na maior cotação desde 23 de maio (R$ 4,047), a divisa acumula valorização de 5,83% em agosto. Os mercados financeiros de todo o planeta enfrentaram turbulências depois da divulgação de dados de desaceleração econômica na Alemanha e na China.

 

 

*Com informações do 247

 

 

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PIB do 2º trimestre no Brasil oficializará a recessão e Bolsonaro entra em pânico

Todo esse furúnculo verbal que Bolsonaro gastou hoje contra a esquerda, xingando o provável novo presidente argentino e os governadores do nordeste não é outra coisa senão desespero porque a bolsa desabou -3,01% e o dólar na marca dos R$ 4,04.

A bandalha neoliberal que detonou Macri na Argentina de forma humilhante, promete o efeito Orloff aqui no Brasil do governo miliciano de Bolsonaro.

É a derrocada da política econômica do Posto Ipiranga pela língua de trapo do próprio Paulo Guedes que mostra o estrago: “Está indo todo mundo embora, o menino prefere lavar prato em Barcelona, entregar pizza em Boston do que ficar no Brasil porque não há emprego”

O “empreendedor” e o “investidor” fogem do Brasil bolsonarista.

Atos em todo o Brasil, distribuídos em 20 capitais e no DF, bem como em dezenas de cidades do interior, atestam o repúdio à regressão civilizatória embutida nas reformas neoliberais.

Comércio em queda livre, não há crédito para comprar imóveis, Caixa e Banco do Brasil não estão financiando mais nenhum imóvel.

Estadão em editorial sapeca o último prego no caixão: O primeiro semestre do governo Bolsonaro foi muito ruim para a economia, com indústria emperrada, consumo travado e péssimo mercado de emprego.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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“Pergunte ao Paulo Guedes”, responde Bolsonaro sobre a piora dos indicadores

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), foi questionado neste domingo (11) sobre uma reportagem publicada pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’, que apontava uma piora em 44 indicadores no primeiro semestre deste ano. A resposta de Bolsonaro foi: “pergunta para o Paulo Guedes”.

O questionamento foi feito por jornalistas que o acompanhavam em Brasília. Bolsonaro foi ao Lago Paranoá para andar de jet ski e depois foi de moto a uma feira de artesanato.

“Pergunta para o Paulo Guedes” foi uma frase recorrente usada na campanha das eleições de 2018. Sempre que questionado sobre assuntos econômicos, Bolsonaro respondia “não sei, pergunta para o Paulo Guedes”, na época uma espécie de guru de economia. Guedes depois foi nomeado ministro da Economia.

Segundo a reportagem da ‘Folha’, uma análise de 87 estatísticas oficiais e de estudiosos indica que o Brasil teve melhoras em 28 delas e registrou pioras em 44 (mais de metade). Os indicadores com pioras mais significativas foram nas áreas de Educação, Saúde e Meio Ambiente.

No mesmo dia, Bolsonaro foi questionado sobre se iria ver algum de seus filhos no Dia dos Pais. A resposta foi: “não, vou encontrar com a minha avó”, disse ele. Detalhe: as duas avós de Bolsonaro, de 63 anos, são falecidas.

 

 

*Com informações do Bem Paraná

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Vídeo: ex-presidente da Caixa: “O único plano que esse governo tem pra Economia é de pilhagem”

A equipe econômica de Bolsonaro parece, no mínimo desesperada. Ao não apresentar os resultados prometidos à população na época da campanha e ver a confiança do brasileiro na economia diminuir cada vez mais, Guedes e seu time procuram fórmulas mágicas.

A mais nova delas é enviar ofícios para as empresas federais pedindo antecipação do pagamento de dividendos. A Caixa deve enviar metade dos lucros para o Tesouro Nacional.

O presidente da instituição Pedro Guimarães, alinhado com as políticas econômicas do atual governo, já anunciou que pretende pagar R$ 20 bilhões à União só em 2019. A medida vem como tentativa de não estourar a meta fiscal deste ano.

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, explica porque a o banco não deve dinheiro à União

O que é meta fiscal

Meta fiscal é uma estimativa feita pelo governo da diferença entre a sua expectativa de receitas e de gastos em um ano.

Se essa diferença for positiva (ou seja, receitas maiores que gastos), a meta prevê um superávit primário. Se for negativa (com gastos maiores que receitas), será um déficit primário.

Essa meta é definida pelo próprio governo através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que é aprovada pelo Congresso Nacional.

“Governo incapaz”

Para Maria Fernanda Coelho, que presidiu a Caixa Econômica Federal entre 2006 e 2011, infelizmente, isso é mais do mesmo do que estamos vendo desde Paulo Guedes assumiu o comando da Economia do País. “É um governo incapaz de ter qualquer proposta que gere empregos e dinamize a atividade econômica”, diz.

Ela diz que as coisas devem piorar com o plano de privatizações de Guedes, alardeado pelo presidente da República, novamente, em conversa com empresários nesta segunda-feira.

“Vai ficar muito pior se o plano de privatizar for implementado, engordará o caixa num primeiro momento e depois, sem as estatais, de onde virão os dividendos? Lugar nenhum. Hoje, os telejornais apontam que o mercado que aguardava a Reforma da Previdência já mudou de opinião, aguarda o crescimento. Ou seja, a pressão virá para a privatização. Único plano que o governo Bolsonaro/Guedes tem é da pilhagem”, finalizou.

 

 

*Com informações do Reconta aí

 

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O Brasil ou o inferno

Bolsonaro não está dando qualquer importância à tarefa de Presidente da República ou qualquer coisa se aproxime disso. Ele quer produzir um paralelo com a ditadura militar no que ela tem de mais cruel na produção de monstruosidades.

O documento significativo de sua expulsão do exército traça outra coisa forte no perfil de Bolsonaro, a mentira, outra compulsão desse psicopata. Sem contar que tudo isso explica o seu comportamento corrupto, porque Bolsonaro passou a vida barbarizando a lei, aplaudindo quem faz o mesmo, o que, logicamente, lhe deu uma confortável ideia de que sua corrupção nunca teve nada de fora da lei.

Sua receita e seu culto a Brilhante Ustra, por exemplo, e tantos outros monstros que, além da própria expressão do inferno, também eram a expressão da corrupção, encantam Bolsonaro.

Então, esqueçamos qualquer ação de Bolsonaro que não seja em prol do mercado.

Paulo Guedes está lá para isso e, sem ceras e cerimônias, fará o que disse Delfim Neto sobre os banqueiros: “os banqueiros, soltos, sempre voltam ao local do crime”.

Bolsonaro sabe da tragédia do seu governo do ponto de vista econômico. Ele tem plena noção de que o desfrute neoliberal de Paulo Guedes está levando o país ao caos.

Mas, e daí? Bolsonaro viverá de frases agressivas, de comportamentos odiosos, de perseguição aos pobres, aos nordestinos, aos gays e contará sempre na sua tragédia com um coral de estúpidos, como a Damares, Ernesto Araújo, os militares de seu governo, o ministro da educação e, claro, com Moro, que tem um componente com os mesmos elementos de tara pelo mal e amor pela vantagenzinha exatamente como reza a sua caderneta.

Bolsonaro escolheu seus ministros para cumprir suas ordens, mesmo que elas se transformem, como se transformaram, num banquete de tragédias. E só não vai mais longe, entorpecido pelo seu ódio, porque o STF parece que resolveu peitar a sua tirania e cortar as asas do ogro.

Mas não esperemos jamais que Bolsonaro vai se preocupar com o que propriamente deveria um Presidente da República, ele seguirá perseguindo quem considera inimigo, porque isso é da natureza de um psicopata. E se não houver um mutirão de quem tem um mínimo de noção civilizatória para arrancá-lo a fórceps da cadeira da presidência, Bolsonaro, o legítimo representante do fascismo brasileiro, arrastará o país inteiro para o inferno de onde veio.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Glenn divulga a verdadeira fonte dos vazamentos em trecho de diálogo

A fonte que entregou os diálogos da Operação Lava Jato ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, negou em conversa no dia 5 de junho que também tenha sido responsável pela invasão ao Telegram do Ministro da Justiça, Sergio Moro. O diálogo foi repassado a VEJA pelo próprio Greenwald.

Na mensagem, o jornalista pergunta à fonte se ela havia lido uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a invasão ao celular do ministro. O título da matéria dizia que o hacker usou aplicativos do aparelho e trocou mensagens por seis horas. “Posso garantir que não fomos nós”, responde a fonte, em mensagem transcrita de forma literal.

“Nunca trocamos mensagens, só puxamos. Se fizéssemos isso ia ficar muito na cara”, diz a fonte em outra mensagem, antes de criticar o método de ação empregado contra o ministro. “Nós não somos ‘hackers newbies’ [amadores], a notícia não condiz com nosso modo de operar, nós acessamos telegrama com a finalidade de extrair conversas e fazer justiça, trazendo a verdade para o povo.”

Segundo Greenwald, o primeiro dos contatos com a fonte ocorreu no início de maio. Ou seja, um mês antes da denúncia feita pelo Ministério da Justiça. Ele conta que foi apresentado à fonte por um intermediário, e reitera que todos os contatos foram feitos virtualmente. Greenwald também afirmou desconhecer a identidade do hacker, que teria extraído todo material do Telegram de Dallagnol.

“A fonte me disse que não pagou por esses dados e não me pediu dinheiro algum em troca desse conteúdo”, disse o jornalista. O material divulgado pelo Intercept foi compartilhado com VEJA e a Folha de S.Paulo, que também publicaram reportagens sobre os desvios de conduta do ex-juiz Sergio Moro e de membros da força-tarefa da Lava Jato na condução das investigações.

No último dia 23, três homens e uma mulher foram presos no primeiro desdobramento da Operação Spoofing, que investiga o acesso ilegal a telefones de autoridades do governo, entre eles o de Sergio Moro. Dois suspeitos estavam no interior de São Paulo e os demais na capital. Na casa deles, os agentes apreenderam computadores com dezenas de pastas contendo arquivos de prováveis vítimas, dinheiro em espécie e documentos que não deixam dúvidas sobre a natureza criminosa e um tanto mambembe do grupo.

As investigações mostraram que Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira teriam invadido — através de um golpe simples — o celular de Moro e de pelo menos outras 1.000 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, a deputada Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, e o ministro da Economia, Paulo Guedes (neste caso, o ataque foi revelado por VEJA, depois que o número do ministro fez contato com o editor Thiago Bronzatto). O caso é tratado com o máximo de sigilo, já que a confirmação de captura de conversas do presidente da República, se de fato ocorreu, configuraria um grave crime contra a segurança nacional.

Com reportagem de Laryssa Borges, Leandro Resende, Fernando Molica, André Lopes, Edoardo Ghirotto, Eduardo Gonçalves, Jenifer Ann Thomas e Luiz Castro

 

*Do Falando Verdades

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A moda do hacker comédia, o chupa-cabra digital

O que está na moda hoje no Brasil, é dizer que foi hackeado. Quem lançou foi Moro, numa tentativa tosca de desqualificar o vazamento das conversas comprometedoras dele com Dallagnol e outros procuradores da Força-tarefa, denunciando a grande farsa que é a Lava Jato. Depois, veio a comédia montada pelo Fantástico com Joice Hasselmann, logo ela, considerada a rainha do plágio, ou seja, uma hacker analógica, à moda pra lá de antiga. Agora, é a vez de Paulo Guedes que diz ter o seu celular hackeado.

Imagino que foi nessa que roubaram o PIB brasileiro, que despenca do pé como uma jaca mole.

Ainda bem que a moda é do fake news da existência de um hacker, imagina se fosse o fake da facada sem sangue e sem cicatriz, com certeza faltaria vaga no Albert Einstein, aquele hospital simpático que cobra preços módicos e que abrigou o clã Bolsonaro, incluindo Queiroz que, não demora, vai dizer que também foi hackeado.

Tudo isso é resultado da derrocada, da falência e morte precoce de um governo que foi eleito já moribundo, por absoluta falta de projeto, de transparência e de debate. Um governo impulsionado por fake news, pela prisão de Lula efetuada malandramente pelo político mais vigarista do país, Sergio Moro e pela nave-mãe do fake news desse país, há mais de meio século, a Rede Globo de Televisão.

O Brasil de Bolsonaro é uma piada pronta, um saco de risadas, de racismo, de fascismo e higienismo analógico e digital. Por isso o hacker se transformou no novo ET comunista que os paspalhos, fardados ou não, desse governo se lambuzam para ver se param em pé.

A próxima vítima do hacker, aguardem, será o Carluxo e seu outrossim.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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A barganha em que Bolsonaro prometeu o mesmo cargo no STF a Moro e a Gebran, por Luis Nassif

O que levaria dois juízes regionais, sem nenhuma expressão nacional prévia, a expor de tal maneira o Judiciário a ponto de se incluir o STF em uma barganha espúria?

Em abril passado, circulou pela imprensa a informação de que o desembargador João Pedro Gebran Neto ocuparia a vaga de Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal). A escolha é do presidente da República. Seu amigo, ex-juiz Sérgio Moro ficaria com a segunda vaga, de Marco Aurélio de Mello, para, segundo Gebran, lhe dar tempo para se candidatar à presidência da República.

Ontem, o presidente Bolsonaro afagou Moro prometendo para ele a primeira vaga no STF que, pelo visto, já havia sido prometida a Gebran.

O que levaria dois juízes regionais, sem nenhuma expressão nacional prévia, a expor de tal maneira o Judiciário a ponto de se incluir o STF em uma barganha espúria? Certamente a contribuição imprescindível para a eleição de Bolsonaro, sendo peças-chave para a inabilitação da candidatura de Lula.

O trabalho de Gebran, no entanto, vai bastante além das decisões em que confirmou as sentenças de Moro. Vale a pena entender a importância de sua contribuição

Uma das regras de ouro de isenção da Justiça é o princípio da impessoalidade do julgador, de não haver direcionamento dos julgamentos por determinadas pessoas ou grupos.

Justamente para evitar manobras políticas da maioria, há um acordo tácito de que a presidência dos tribunais fica com o decano. É o que acontece no Supremo Tribunal Federal e acontecia no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) até o advento da Lava Jato.

Vamos entender melhor a engenharia política que alçou Gebran à inacreditável posição de candidato ao STF.

Peça 1 – as turmas do TRF4

O TRF 4 tem 8 turmas. As duas primeiras tratam de temas tributários e trabalhistas. A 3ª e 4ª, temas administrativos, cíveis e comerciais. A 5a e 6ª para questões previdenciárias. E a 7ª e 8ª para questões penais.

O primeiro lance de Gebran foi articular mudanças na composição da 8ª Turma.

Era composta originalmente pelos desembargadores Luiz Fernando Wowk Penteado (quinto da OAB) e Paulo Afonso Brum Vaz, o decano do tribunal e Vitor Laus.

Paulo Afonso é considerado um magistrado técnico, sem envolvimento com grupos políticos. Era o nome mais antigo e seria alçado à presidência do TRF4. Com a alegação de que Paulo Afonso e Penteado havia entrado no mesmo ano, Gebran organizou o apoio a Penteado que foi eleito presidente, enquanto Paulo Afonso era eleito corregedor.

Ambos se afastaram da 8ª turma, que acolheu, então, Leandro Paulsen e Gebran como juiz convidado, todos sem nenhuma experiência em direito penal. Paulsen é tributarista, Gebran é um civilista, especializado em direito à saúde e Laus especialista em direito previdenciário.

Lance 2 – a transferência da Lava Jato para a 8ª Turma

O segundo passo foi trazer para a 8ª Turma o caso Lava Jato.

Era para a Lava Jato ter caído na 7ª Turma. Em um gesto inesperado, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani enviou um pedido para a 8ª Turma perguntando se Gebran não seria prevento, isto é, se o caso não seria de sua jurisdição. Apesar de nada ter com o tema, e ser amigo íntimo de Sérgio Moro, tendo ambos trabalhado nas imediações de Tríplice Fronteira, Gebran aceitou assumir o caso.

Lance 3 – o controle da presidência do TRF4

Dois anos depois, em 2017, vieram novas eleições. Paulo Afonso era o mais antigo, agora sem controvérsias. Mas Thompson Flores acabou rompendo com as regras tácitas, candidatando-se e sendo eleito presidente. A maioria se impunha definitivamente no TRF4, passando a atuar como partido político.

Ali se fechava o ciclo. Todos os julgamentos da Lava Jato seriam analisados pela nova composição da 8ª Turma e a presidência do Tribunal ficaria com Thompson Flores, conhecido por suas posições políticas de direita. Mostrando seu total envolvimento com o grupo, Thompson Flores foi o autor do mais extravagante elogio à sentença de Moro que seria analisada pelo TRF4: declarou ser tecnicamente irrepreensível, antes mesmo de ter lido.

A partir dali, o TRF4 passou a adotar posições que desrespeitavam a jurisprudência do STF – como considerar corrupção e lavagem de dinheiro crimes distintos, para poder aumentar as penas dos réus – ou subordinar o ritmo do julgamento à pauta eleitoral.

Lance 5 – o voto de Laus

No julgamento de Lula, chamou a atenção o fato dos três desembargadores terem apresentado voto por escrito, no mesmo teor, coincidindo até no agravamento abusivo das penas – como foi reconhecido posteriormente pelo próprio Superior Tribunal de Justiça.

Informações de dentro do TRF4 indicam que o desembargador Laus havia dado um voto divergente em determinado tema. A divergência permitiria aos advogados de Lula entrarem com os chamados embargos infringentes, atrasando a sentença, adiando a prisão e permitindo a Lula se envolver na campanha eleitoral que estava em curso e insistir na sua candidatura.

Laus teria sido convencido a modificar seu voto e se alinhar com os votos dos dois colegas. Tudo isso em um período em que Moro já tinha sido sondado em nome de Bolsonaro pelo futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a pasta da Justiça, com a promessa de indicação para o STF. Provavelmente a promessa a Gebran foi nessa época, já que, após a sentença que inabilitou Lula, Bolsonaro não teria mais nenhum interesse em negociar cargos.

Lance 6 – as novas eleições do TRF4

No mês passado, houve novas eleições para a presidência do TRF4.

Mais uma vez, Paulo Afonso deveria ser o indicado para a presidência do órgão, pelo fato de ser o decano do tribunal. Mas Thompson Flores bancou a candidatura de Victor Laus.

Laus não é uma unanimidade entre os colegas. Paulo Afonso já tinha sido corregedor com bom desempenho, enquanto Laus renunciou ao cargo de Coordenador da CoJef – um órgão que coordena os Juizados Especiais. A desistência pegou mal entre os colegas, porque demonstrou sua inaptidão para enfrentar missões administrativas.

Mesmo assim, recebeu 17 dos 27 votos de desembargadores votantes, mostrando o alinhamento do TRF4 com as teses da Lava Jato e da parceria com Bolsonaro.

Com a nova votação, Laus vai para a presidência do TRF4 e Thompson Flores assume seu lugar na 8ª Turma.

Lance 7 – a prenda do STF

Agora, com Bolsonaro escancarando a barganha com Sérgio Moro, e Gebran explicitando com amigos sua esperteza, a grande aventura vai chegando ao fim. A imagem da Lava Jato vai se esgarçando à medida em que vai aparecendo o oportunismo de seus principais protagonistas.

Raquel Dodge expôs os procuradores paranaenses com a reação contra a tal fundação que lhes conferiria a gestão de um fundo bilionário. Bolsonaro expôs Moro com requintes de crueldade, ao mencionar o acordo, dois anos antes de se saber se vai cumprir o prometido.

Daqui para frente, cada dia de governo, para Moro, nunca será mais, será sempre menos.

Há um provérbio definitivo sobre os dilemas de Fausto ante Mefistófeles: a um soberano se concede tudo, menos a honra. Moro enfrenta, a partir de agora, o pior dos dilemas. Se não endossar os abusos de Bolsonaro, perde a indicação. Endossando, como ocorre agora, joga fora a imagem que a mídia construiu, e corre o risco de, no final do arco-íris, Bolsonaro não entregar o pote de ouro prometido.

 

 

*Do GGN