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Filhos, nora, ex-esposa e parentes, vizinho, envolvidos com o cartel, mas Bolsonaro não tem nada com isso

A pergunta agora nem é mais quem da família não faz parte do cartel do clã montado por Bolsonaro e Queiroz, juntos há 35 anos. Já apareceu todo mundo, do vovô ao cachorrinho, todos fazem parte da mesma cadeia montada pelo cartel Bolsonaro-Queiroz.

Piada também é perguntar se Moro não sabia de nada, já que o PP, ex-partido de Bolsonaro na época áurea da Lava Jato, foi o partido mais denunciado pela Força-tarefa.

Então, se tem alguém que conhece bem os intestinos do esquema político de Bolsonaro com todo o tipo de pilantragem, esse alguém é Moro.

Estamos diante de um impasse, o Presidente da República está no epicentro do furacão Queiroz que varreu o país nesta quarta-feira, expondo as vísceras do clã, suas ramificações familiares e a milícia Escritório do Crime, a mesma que matou Marielle.

Não se tem notícia de coisa parecida na história da humanidade. E o aparelho judiciário do Estado brasileiro, diante desse perigosíssimo cartel, tem por obrigação dizer a que veio, porque se isso não custar a cabeça de Bolsonaro, do ponto de vista político e criminal, acabou a República.

O país, que já não sabe mais aonde termina parte de sua polícia e começa a milícia, tendo o Presidente da República como o principal personagem dessa liga, já está no inferno. Resta saber se as tais instituições que estão funcionando, como a mídia adorava falar na época do golpe contra Dilma, vão de fato funcionar agora para combater os verdadeiros criminosos desse país que estão no topo do poder ou será que é o porteiro do seu Jair quem vai novamente pagar o pato?

Até agora toda a família Bolsonaro está muda, apoplética e sem saber o que dizer. O mesmo acontece com Moro e os generais boquirrotos que cercam o Presidente e adoram dar declarações falso moralistas, estes também estão num silêncio profundo. O PGR, Augusto Aras, é outro que não deu as caras, assim como ninguém que cerca o universo de Jair Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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STF arquiva pedidos para investigar Carlos e Jair Bolsonaro no caso Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou dois pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no caso do assassinato de Marielle Franco.

As ações, protocoladas pelo PT e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), apontavam obstrução de Justiça dos dois no caso da morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Os pedidos citavam que tanto Bolsonaro quanto Carlos tiveram acesso a dados da portaria do condomínio onde moram, antes da polícia, no caso em que o porteiro citava o “seu Jair”.

Em outubro, uma reportagem do Jornal Nacional tornou público o depoimento de um porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora Bolsonaro e Carlos. O porteiro dizia que um dos suspeitos, o policial militar Élcio Queiroz, teria ido à casa de Bolsonaro na noite do crime e o “seu Jair” foi quem autorizou a entrada dele no condomínio. Após a revelação do depoimento, o porteiro foi ameaçado de prisão, sob a Lei de Segurança Nacional, e mudou a versão do caso.

Alexandre de Moraes determinou o arquivamento com base no posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu elementos suficientes que apontassem a necessidade de investigação em ambos os casos.

Segundo o procurador-geral da República, Augusto Aras, o “eventual acesso a cópia dos áudios (…) consiste em mero exercício de direito” e sustentou que os arquivos já estão “sob a guarda das autoridades competentes – Ministério Público e autoridade policial –, tendo havido a análise técnica do seu conteúdo antes mesmo dos fatos noticiados”.

 

 

*Com informações do 247

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Num condomínio com milicianos, estelionatários, traficantes de armas e assassinos, Moro manda investigar o porteiro

Moro, atual Ministro da Justiça, (pode rir), que anda zanzando pelos corredores do Congresso para ver se consegue prender Lula novamente com a volta da prisão após condenação em 2ª instância, não para de ser esculachado pelos fatos.

Ultimamente, tem sido difícil até destacar um fato que seja mais grave que o outro.

Agora mesmo, a revista Época relata que Moro foi ao TSE tentar salvar a senadora Selma Arruda, a Moro de Saias, cassada por corrupção. O interessante é que a Época é das Organizações Globo e, no entanto, talvez porque Bonner não leia a revista da própria casa, essa notícia não tenha chegado ao Jornal Nacional, o que mostra a gravidade do fato.

A mesma revista, hoje, mostra Moro em uma posição completamente invertida, dizendo que vai dar de ombros ao assassinato de Marielle porque a família da mesma não quis federalizar o caso.

Caso porque Moro só se interessou depois que o nome de Bolsonaro foi citado no depoimento do porteiro, para pressionar o mesmo a mudar de versão, mas acabou mudando também de condição, a de testemunha para investigado.

Esse rapaz é uma sumidade. Imagina alguém do PT, na época da Lava Jato, fazendo lobby no TRF-4 pela absolvição de Lula. Aliás, confirmada a denúncia da ida de Moro ao TSE, Ivan Valente, do Psol, já cobrou explicações da justiça pela nítida tentativa de obstrução da justiça do, veja só, Ministro da Justiça, cometendo crime de responsabilidade por lobby dentro do próprio TSE.

O que, convenhamos, abre imediatamente um enorme caminho para que se indague se ele não fez o mesmo com os desembargadores do TRF-4 pela condenação de Lula, inclusive pela inexplicável sentença unânime nos dois julgamentos, parecendo o que realmente é, missa encomendada pelo ex-juiz da Lava Jato.

é intrigante como, com vários agentes da Polícia Federal dentro do condomínio de Bolsonaro para dar segurança ao Presidente e à sua família, esses agentes da PF, comandados por Moro, não perceberam o perigo que corria Bolsonaro morando a 50 metros da casa de Ronnie Lessa, miliciano assassino de Marielle e traficante internacional de armas pesadas que detinha, no momento de sua prisão, a posse 117 fuzis, explosivos e uma quantidade de munição que dava para fazer uns cem quadros como os que Moro e Bolsonaro foram agraciados por um artista que usou uma espécie de bico de pena para desenhar com cartuchos de balas de alto calibre os rostos dos dois, numa das obras mais macabras de que se tem notícia.

Mas o enredo macabro envolvendo Moro e a família Bolsonaro não se esgota aí. Agora se descobre que um outro morador do condomínio Vivendas da Barra é estelionatário e passou batido pela mesma segurança do Presidente da República.

Lembre-se, estamos falando de um presidente que, segundo consta no folclore político brasileiro, quase morreu no episódio em que Adélio Bispo furou a segurança de uns cinquenta agentes para, sozinho e com um físico minguado, elevar a mão por cima da barreira de segurança que cercava Bolsonaro e desferir uma facada sem sangue.

É muita comilança de mosca dessa gente que zela pela segurança do “mito”. Moro, diante de tantos fatos macabros do condomínio Vivendas da Barra, de onde saíram os assassinos de Marielle para executá-la, desconfiou de quem? Do Carluxo que correu para adulterar o registro da secretária eletrônica? Do seu Jair da casa 58 que atendeu por duas vezes o telefonema do porteiro a pedido do miliciano Élcio de Queiroz? Do estelionatário que comprou sua mansão com o dinheiro roubado de um ganhador da mega-sena? Do traficante internacional de armas que também é o assassino de Marielle? Não. Para Moro, o culpado por todos os fatos macabros, é o porteiro.

E o que fez Moro, além de ter transformado o porteiro em investigado? Sumiu com ele para que ninguém mais da imprensa se aproximasse dele.

Isso explica porque Moro segue sendo o herói dos bolsominions mais aferrados. Tudo isso sem falar das falcatruas de Moro na Lava Jato reveladas pelo Intercept.

Alguém ainda duvida do fim trágico da carreira política de Moro?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro e o perigo do AI-5 da milícia

O risco que a democracia brasileira corre, mora na casa 58 do condomínio Vivendas da Barra.

Não tem mais um único brasileiro que acredite que o clã não esteja envolvido diretamente com a milícia carioca e, possivelmente com o assassinato de Marielle.

É aí que mora o perigo. Na tentativa de sufocar a justiça, Bolsonaro, num ato de desespero, pode sim tentar uma aventura autoritária. E não duvido de que esteja mexendo os pauzinhos nesse sentido, dentro das Forças Armadas e do universo das milícias.

Moro já mostrou como a coisa pode funcionar quando coagiu o porteiro com seus gorilas de confiança dentro da PF para o coitado do porteiro desdizer o que disse, produzindo uma versão policialesca dos piores enredos dos enlatados policiais.

A manobra colou? Não. A história é tão inverossímil como tantas outras farsas produzidas pelo bolsonarismo com o silêncio obsequioso da mídia.

Agora, a mídia está gritando contra o AI5, porque Bolsonaro só tem uma saída para livrar a sua cara e de sua ninhada, partir para o autoritarismo radical generalizado, o que transformaria a mídia numa vítima tão instantaneamente quanto o porteiro.

A mídia, o judiciário, o Ministério Público ou qualquer um que oficialmente se insurja contra Bolsonaro, corre o risco de se transformar no porteiro do condomínio Vivendas da Barra que anotou o número da casa de Bolsonaro no dia do assassinato de Marielle e, depois, em depoimento disse que foi o próprio seu Jair quem autorizou a entrada do miliciano assassino.

Vendo seu chão derreter, Moro aceitou na hora transformar uma testemunha, no caso, o porteiro em réu, sem o menor constrangimento. Lógico que isso está longe de ser a solução para Bolsonaro. Mas ele está tentando calar, de todas as formas, quem está investigando o caso.

É claro que, diante de um quadro tenebroso que o Brasil vive, um investidor internacional com um mínimo de juízo, não vai casar um centavo de dólar em um país dominado pela milícia, pois sabe o nível de instabilidade política e, sobretudo jurídica que isso significa.

Assim, o dólar tende a subir, precisando que o governo lance mão das reservas internacionais deixadas por Lula e Dilma para segurar o repuxo de altas substanciais, como aconteceu nos últimos dias.

Soou ridículo Paulo Guedes falar em quebra quebra promovido por Lula, quando não há uma viva alma na rua protestando contra, por exemplo, o sumiço da carne vermelha do prato dos brasileiros devido aos preços indecorosos.

Paulo Guedes deve ter lembrado que, na era Lula, além do dólar estar infinitamente mais baixo que hoje, o brasileiro não só comia carne todos os dias, mas fazia churrasco todos os fins de semana. Isso, sem falar que nenhum direito do trabalhador foi cortado ou mesmo sua aposentadoria tocada, ao contrário, nos 13 anos de governo do PT, o salário mínimo teve o maior poder de compra da história, assim como o Brasil viveu, naquele período, o pleno emprego.

Guedes só conseguiu com isso chamar a atenção para o risco de um desastre econômico no caso do mercado tirar a mão da cabeça de Bolsonaro e ele cair em desgraça, aí sim, com o risco de ser preso, apelar para uma atitude extrema.

Não creio mesmo que uma manobra dessa tenha força para dar certo, mas creio que Bolsonaro é suficientemente portador de uma psicopatia aguda que, diante do pavor de se ver atrás das grades, junto com o seu clã, parta para a tentativa de salvar a sua gleba a todo custo, usando todos os instrumentos sujos que puder.

Quanto  a Guedes citar Lula, deve ser porque Lula tem colocado essas duas questões no debate político, as milícias ligadas a Bolsonaro e as consequências disso na desastrosa política econômica de Guedes. Ou seja, como sempre, Lula é certeiro em suas falas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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STF dá 15 dias para PGR se manifestar sobre obstrução de justiça de Carlos e Jair Bolsonaro no caso Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em dois pedidos para que o presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas investigações a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no ano passado.

“Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias”, disse Moraes em despacho publicado nesta terça.

Os pedidos apresentados pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo PT têm como base o fato de Carlos Bolsonaro ter dito que acessou as gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora um dos acusados do assassinato da vereadora.

Um porteiro do condomínio — onde Bolsonaro e seu filho também têm casa — disse inicialmente à Polícia Civil que “seu Jair” autorizou, no dia 14 de março de 2018, a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no local.

Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, também morador do condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora.

 

*Ricardo Brito – Reuters

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Queira ou não, Polícia Federal intimida porteiro e Polícia Civil

Deus do Céu! Teremos a chance de um dia nos espantar com eventos absolutamente impróprios, inéditos, exóticos? E tudo a serviço de uma gente ainda mais imprópria e mais exótica?

Alberto Mateus, o já famoso porteiro do condomínio Vivendas da Barra, que ligou Jair Bolsonaro ao caso Marielle Franco, afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que se enganou nos dois depoimentos à Polícia Civil do Rio.

Em ambos, afirmara que Elcio Queiroz, um dos assassinos de Marielle, chegou ao condomínio no dia 14 de março e pediu para ir à casa nº 58, uma das duas que Bolsonaro tem ali. Aliás, foi essa a anotação que ele fez do livro da portaria. Segundo disse, interfonou duas vezes para a casa de Bolsonaro, e alguém com a voz do “seu Jair” autorizou a entrada de Queiroz.

O horário que aparece em vídeos e registros eletrônicos indicam que Bolsonaro estaria na Câmara.

Quando a informação sobre a fala do porteiro e o registro que fizera em livro veio a público, em reportagem do Jornal Nacional, o Supremo, por intermédio de Dias Toffoli, e a PGR já tinham recebido uma “notícia de fato” do próprio Ministério Público Estadual. A PGR já havia descartado a presença de Bolsonaro no condomínio, sustentando que nada havia a investigar que dissesse respeito ao presidente.

Parece evidente, a esta altura, que Bolsonaro já tinha conhecimento do que dissera o porteiro e contava as horas para o vazamento. Depois da reportagem da Globo, ele gravou um vídeo furioso contra a emissora, numa operação obviamente estudada. O próprio presidente afirmou que tinha sido alertado por Wilson Witzel sobre o aparecimento de seu nome na investigação. O governador do Rio nega.

No dia seguinte à reportagem, as procuradoras responsáveis pelo caso Marielle concederam uma entrevista afirmando que uma perícia — ligeira e de última hora — descartava a possibilidade de o porteiro ter interfonado para a casa de Bolsonaro. Simone Sibilio defendeu que se investigasse a conduta do porteiro.

Pois bem! Não foi o suficiente para Bolsonaro. Ele determinou que Sergio Moro falasse com Augusto Aras para investigar o funcionário. E o chefe da PGR obedeceu. Delegou a tarefa ao Ministério Público Federal no Rio. E a PF abriu um inquérito.

TESTEMUNHA VIRA INVESTIGADA FEDERAL

Temos, então, a insólita situação em que alguém chamado como testemunha numa investigação que pertence à esfera estadual passa à condição de investigado na esfera federal, sem que nem mesmo o inquérito tenha sido concluído no Rio.

Novos tempos, não é mesmo? Imaginem se, no ano que antecedeu o impeachment, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mobilizasse o procurador-geral da República para investigar aqueles que acusavam Dilma de irregularidades… O mundo viria abaixo. Inclusive na imprensa.

Por óbvio, não estou aqui a afirmar que o porteiro estava falando a verdade. A hora que aparece em alguns registros indica, reitero, que Bolsonaro estaria na Câmara, não em sua casa.

É evidente que a Polícia Civil do Rio, em parceria com o MP Estadual, dispõe de meios para investigar a eventual ação dolosa do porteiro. É uma exorbitância meter a Polícia Federal nessa história. O homem, afinal, era, e ainda é, testemunha no inquérito da Polícia Civil.

A PF a investigar testemunha de inquérito tocado pela Polícia Civil é mais um marco incivilizatório que devemos a este estupefaciente Sergio Moro. O líder da extrema-direita da extrema-direita brasileira continua a gozar de grande prestígio em certas áreas do jornalismo. Estas ainda não dimensionaram o mal que ele faz à própria imprensa.

Digamos que haja uma hipótese remota de que o porteiro não estivesse mentindo; digamos que haja uma hipótese, esta menos remota, ainda que distante, de que tenha confundido a voz de alguém que atendeu o telefone com a de Seu Jair… Bem, que efeito terá provocado, necessariamente, a entrada da Polícia Federal na história?

Trata-se de uma intimidação da testemunha que passou à condição de pessoa investigada e dos próprios investigadores da Polícia Civil do Rio.

Insista-se: ainda que o porteiro tenha mentido de forma deliberada, tal investigação cabe à Polícia do Rio. Caso, no curso da apuração, se chegasse à conclusão de que um crime federal foi cometido e de que o tal porteiro era peça de uma engrenagem para atingir o presidente, bem, nesse caso, a PF entraria em campo. Agindo como agiu, o que se tem é apenas tática de intimidação, sob o comando de Moro e com a conivência de Aras.

FEDERALIZAÇÃO DO CASO MARIELLE

Federalização da investigação da morte de Marielle Franco? Bem, é claro que não faz sentido. O crime cometido pede a apuração na esfera estadual.

De resto, como se vê, o contexto não recomenda tal procedimento, não é mesmo? A morte seria apurada pela mesma Polícia Federal que hoje intimida, pela natureza dos fatos, alguém que ainda e testemunha? Tal pressão se estende também aos policiais do Rio.

 

 

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Morto Vivo

Em pouco menos de uma hora, durante um depoimento à Polícia Federal ordenado pelo ministro Sérgio Moro, da Justiça, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra teve a alma arrancada do corpo, vítima de uma tortura típica do Santo Ofício: aceitar a verdade do inquisidor em troca do perdão de seus algozes.

Em uma sociedade cada vez mais habituada aos modos de máfia das milícias, ora no poder, era previsível que o pobre porteiro, para salvar a pele, sucumbisse ao moedor de carne acionado, desde o Palácio do Planalto, para fazê-lo negar o que havia dito no depoimento dado, em outubro, à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Aliás, polícia judiciária competente e responsável pelo caso.

Aos investigadores do Rio, o porteiro havia dito que o carro de Élcio Queiroz, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi autorizado a entrar no condomínio Vivendas da Barra por “seu Jair”. E anotou o destino, no livro de entradas: casa 58, residência de Jair Bolsonaro e do filho, Carlos Bolsonaro, vereador carioca.

O carro, no entanto, se dirigiu à casa 65, do ex-sargento da PM e miliciano Ronnie Lessa. À Polícia Civil, o porteiro disse ter alertado a “seu Jair”, pelo interfone, do desvio do carro. A voz de “seu Jair”, do outro lado do aparelho, o teria tranquilizado, a respeito.

Desde que o depoimento do porteiro veio à tona, todos os canhões do Estado, Bolsonaro e Moro à frente, se voltaram contra ele. Amparado por uma falsa perícia, entubada às pressas por ordem de Moro, o Ministério Público do Rio de Janeiro, bolsonarista até a medula, apressou-se a dizer que o porteiro estava mentindo.

Histérico, pelo Twitter, Carluxo divulgou uma gravação falsa, com a voz de outro porteiro, para servir de berrante ao gado bolsonarista, nas redes sociais. Agora, sabe-se o porquê do ato desesperado: a polícia o está investigando como um dos envolvidos, diretamente, no duplo assassinato de Marielle e Anderson.

Por fim, com a espinha dobrada e certo de que já tinha dois pés na cova, o porteiro fez um novo depoimento completamente adequado às vontades de seus verdugos.

Entre os absurdos que foi obrigado a declarar, está o fato de, sabe-se lá por que, ter anotado “casa 58” por engano, quando o certo seria “65”. E que jamais ouviu – por duas vezes – a voz de “seu Jair”, ao interfone.

Nossa única esperança é a de que ainda haja juízes, no Rio de Janeiro.

 

*Leandro Fortes

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Porteiro que citou Bolsonaro, sumido, aparece e recua dizendo que se enganou

O porteiro do condomínio Vivendas da Barra recuou em depoimento prestado à Polícia Federal nesta terça-feira, 19, e afirmou ter lançado errado o registro de entrada de Elcio Queiroz na casa 58, do presidente Jair Bolsonaro, na planilha de controle do condomínio. O funcionário disse que havia se sentido “pressionado” e deu a primeira versão para o episódio, no qual a entrada do suspeito de matar Marielle Franco foi autorizada pelo “Seu Jair”.

Apesar de dizer que se sentiu “pressionado”, o porteiro afirmou que ninguém o pressionou a prestar a versão em que menciona o presidente.

O funcionário foi ouvido no inquérito aberto para apurar o seu próprio testemunho no caso Marielle. A investigação foi solicitada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) para apurar “tentativa de envolvimento indevido” do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o assassinato da vereadora.

O inquérito corre em sigilo e o Ministério Público Federal afirma que só se manifestará na conclusão do caso.

O porteiro disse que lançou errado na planilha e depois ele, porteiro, se sentiu “pressionado” – não que alguém o tenha pressionado e deu aquela primeira versão para o episódio.

O caso

A investigação teve início após reportagem da TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o “seu Jair”.

O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos há 616 dias – março de 2018 – em circunstâncias até hoje não esclarecidas.

A repercussão do caso levou Moro a solicitar, via Procuradoria-Geral da República, a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar o depoimento do porteiro.

Segundo o ministro, há “inconsistências” no depoimento do funcionário, o que poderia classificar o ato como “crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa”.

Aras aceitou o pedido de Moro e enviou o ofício ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que solicitou a abertura das investigações no dia 06. No mesmo dia, a Polícia Federal abriu o inquérito.

Federalização

Em setembro, a então a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o caso fosse conduzido em âmbito federal, o que será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o fim deste ano. Foi um dos últimos atos de Raquel no cargo.

A defesa de Lessa e Queiroz, inclusive, utiliza a manifestação de Raquel para pedir a suspensão do processo, alegando falhas na investigação e obstrução por parte da Polícia Civil.

A federalização do caso, no entanto, enfrenta resistências do Ministério Público do Rio, que comanda as investigações. Se aprovada, o caso deixará as mãos da promotoria estadual.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-ministro da Defesa e Segurança Pública na gestão Michel Temer, Raul Jungmann, classificou como “injustificável” a ação do Ministério Público do Rio em barrar a federalização.

O Ministério Público repudiou as declarações do ex-ministro e afirmou que o acionou formalmente para dar explicações à Justiça.

 

 

*Paulo Roberto Netto e Fausto Macedo/Terra

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Vídeo: Bolsonaro cometeu deslize quando disse “querem prender um filho meu?

No dia que o Jornal Nacional veiculou uma reportagem com a versão do porteiro do condomínio que citava a permissão de “seu Jair” para que o carro de um dos acusados pelo crime pudesse entrar, Jair Bolsonaro indagou: “querem prender um filho meu?”

Os internautas lembram na noite desta quarta-feira 20 o ato falho cometido por Jair Bolsonaro em uma live no dia 29 de outubro, quando citou um de seus filhos – sem mencionar nomes – para rebater reportagem do Jornal Nacional que envolvia pela primeira vez o seu nome na investigação do caso Marielle Franco.

“Querem prender um filho meu?”, indagou Bolsonaro, que estava extremamente irritado. Nesta transmissão, feita pelo Facebook, ele fez duras críticas à imprensa e principalmente à Globo.

reportagem do JN trazia a versão dada pelo porteiro do Condomínio Vivendas da Barra à Polícia Civil em que ele revelava que alguém atendendo como “seu Jair”, na casa 58, teria liberado o carro de Élcio de Queiroz, acusado de ser o motorista do veículo no dia do crime, a entrar no condomínio. A reportagem não citava nenhum filho de Bolsonaro.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1197285690725281793?s=20

 

 

*Com informações do 247

 

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Bolsonaro bate todos os recordes negativos: desemprego, bico, desmatamento, miséria, dólar nas alturas e fuga de capitais

Não há antipetismo possível que faça sumir a imagem de terra arrasada do governo Bolsonaro.

O fascista é um portento em matéria de desgraça coletiva.

Nem estou colocando na conta seu laranjal, fantasmas milicianos, Queiroz, o cheque da Michelle, o patrimônio do Flávio e as inúmeras picaretagens de Eduardo e Carluxo, o pavão misterioso da Fake News.

Muito menos quero falar agora do assassinato de Marielle e do sumiço do porteiro que dedou seu Jair.

Vou pular por enquanto a nuvem cinza que paira sobre os 39 kg de cocaína encontrados pela polícia espanhola no avião da comitiva de Bolsonaro e outros tantos episódios bisonhos envolvendo seu governo e sua família.

Vou me ater apenas aos recordes negativos.

Mais de 12 milhões de desempregados.

Economia brasileira estagnada no maior período da história.

Recorde de bicos com 38 milhões de trabalhadores na informalidade durante o governo Bolsonaro, atingindo 41,4% da população ocupada.

Desmatamento na Amazônia bate recorde com Bolsonaro e cresce 29,5%.

Foram destruídos 9.762 quilômetros quadrados de floresta, segundo o Inpe. Entre agosto de 2018 e julho de 2019 o Brasil bateu o recorde do desmatamento na Amazônia.

Brasil alcança recorde de 13,5 milhões de miseráveis, aponta IBGE.

O número é superior à população de países como Bélgica, Portugal, Cuba e Bolívia.

A cotação do dólar voltou a subir nesta segunda-feira (18) e fechou a R$ 4,207, maior valor nominal (sem contar a inflação) da história.

O recorde em valores reais (corrigido pela inflação brasileira) é de 2002, quando a moeda chegou a R$ 4 nominalmente, que hoje seriam R$ 10,80.

Saída mensal de capital externo na bolsa é recorde.

É a a maior fuga de capital estrangeiro em, pelo menos, 23 anos.

Trocando em miúdos, em menos de um ano de governo Bolsonaro, com reforma trabalhista e da previdência que prometiam o céu na terra para os trabalhadores, o Brasil se encontra no buraco do inferno.

O que o Brasil tem de “positivo” é apenas o recorde de lucro dos bancos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas