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Como Bolsonaro é sinônimo de crise e resultados de pesquisas só pioram, XP muda data de divulgação

Como a XP investimentos tem como mote soluções inteligentes para se aplicar dinheiro, ela teve uma ideia genial.

Vendo que Bolsonaro vem caindo como uma jaca mole, pesquisa após pesquisa, depois que, há dois anos, a rotina dos brasileiros é ver todos os dias um novo escândalo do clã Bolsonaro explodir e nada acontecer e, como consequência, sua popularidade desabar, a XP resolveu, ao invés de publicar sua tradicional pesquisa de popularidade do governo na primeira quinzena de cada mês, decidiu esperar o tempo passar um pouquinho mais para que determinado escândalo não contaminasse os números.

Ela se esqueceu, porém, que Bolsonaro não fica um dia sem produzir um novo escândalo, às vezes três num dia só.

Se mantiver esse critério de gênio, nunca mais a XP vai apresentar o resultado de suas pesquisas, porque o derretimento de Bolsonaro é cada vez maior e segue a mesma pegada dos escândalos diários que ele produz.

Seu slogan deveria ser “XP, soluções inteligentes, pero no mucho”.

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Fundador da XP defendendo Bolsonaro, mostra quem está lucrando alto com o genocídio no Brasil

Mercados não choram a morte de ninguém, ou seja, não há qualquer empatia dos mercados com meio milhão de brasileiros mortos pela covid.

Isso é o que deixou bem claro a mensagem do fundador da XP Investimentos quando, diante de uma tragédia com uma dinâmica única no mundo, por culpa de Bolsonaro, ele toma seu lado nessa questão, por conveniência, no melhor da hipocrisia nacional, ele diz que, diante dessa catástrofe, o governo Bolsonaro não é diferente de nenhum governo com erros e acertos.

Guilherme Benchimol comparou o Brasil a um filho que se torna um adulto inseguro porque os pais só falavam mal dele.

E o que isso quer dizer? Que para os mercados, está bom. O genocídio provocado por esse governo deu altos lucros aos endinheirados e, assim, não há qualquer motivo baseado em princípios morais e éticos para que Bolsonaro seja removido do poder. É o famoso, time que está ganhando, não se mexe.

Isso não deixa de ser uma prévia do que enfrentaremos em 2022. Os poucos que ganharam muito com essa carnificina, investirão muito em quem fez com que poucos ganhassem absurdamente, enquanto a maioria da população empobrece, não interessando se, no final desse projeto de extermínio por covid, morram 500 mil ou um milhão de brasileiros. O que, na verdade interessa é quantos bilhões o dono da XP e congêneres lucrarão, porque, como disse Bolsonaro, morrer todos morrerão um dia.

Então, que se busque salvar os lucros e se cumule o máximo, se possível, enterre-os junto com os faraós modernos, porque o show do bilhão tem que continuar.

E essa gente, que já chutou qualquer maquiagem de escrúpulo, não está nem aí para um mínimo de empatia ou de ética, pois vive uma guerra permanente contra a sociedade à caça de vantagens em nome da lei do Gerson.

E assim como o fundador da XP, muita gente graúda que lucrou na desgraça de famílias inteiras vai dobrar a aposta em Bolsonaro e toda a sujeira que isso representará durante a disputa eleitoral.

É bom a esquerda não entrar com pé mole nessa dividida. O bolsonarismo vem para uma guerra de foice com sangue nos olhos.

A conferir.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mercado entra em parafuso com apostas de furo ao teto de gastos. XP fala em dólar a R$ 6,50

Segundo o Infomoney, Investidores ouvidos pela XP Investimentos veem dólar a R$ 6,50 e Ibovespa a 80.000 pontos caso âncora fiscal seja extinta

Uma sondagem feita pela XP Investimentos com 72 investidores institucionais, entre a noite de quinta e a manhã de sexta-feira (14), mostra que 67% acreditam que a âncora fiscal será “furada” de alguma forma a partir do ano que vem.

A maioria dos entrevistados (53%) acredita que o teto de gastos será alterado ou driblado de alguma forma a permitir gastos adicionais do governo.

Segundo o levantamento, entre os que esperam o descumprimento da regra, a média das projeções indica um “transbordamento” de R$ 54 bilhões em relação ao limite de R$ 1,485 trilhão fixado para o orçamento do ano que vem. O valor do teto é formado a partir da inflação medida pelo IPCA do IBGE nos doze meses encerrados em junho (2,13%).

Entre os entrevistados, 44% são gestores, 32% economistas e 15% traders. A maior parte do público atua em gestoras (68%). Outros 24% trabalham em bancos ou instituições financeiras.

O fura-teto, Bolsonaro, quer mais é que o teto se exploda. Ele quer se manter no poder para cercar frango e não deixar que as investigações contra o clã avancem, pois do contrário, vai a família toda em cana.

Trocando em miúdos: responsabilidade fiscal é mantra sagrado para quem só pensa em Estado mínimo.

Bolsonaro não tem projeto de Estado e nem de mercado, ele sempre teve projetos pessoais que inclui apenas os do clã e, por isso, não vai querer abandonar o que embala sua popularidade, que é o auxílio emergencial, o que está deixando o mercado, que tem fobia de pobre, em completo estado de horror com o monstro que alimentou até aqui.

 

*Da redação

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Pelo discurso “humanista”, o novo ministro da Saúde vai focar sua política nas pessoas, mas jurídicas

Empresário da área médica, o gestor corporativo, com sua lógica de mercado, fez a seguinte conta em “prol do SUS”.

Nelson Teich sempre foi vinculado à medicina privada, tanto no Brasil quanto nos EUA. É dono de empresas ligadas ao setor, entre elas, a Health Care. É proprietário também de uma caríssima clínica oncológica na Barra da Tijuca.

Do setor público, o oncologista só conheceu a Universidade em que estudou, a UERJ, mas o que ele entende mesmo é de administração de saúde privada, pois também estudou na Health Economics para Health Care Professionals nos Estados Unidos.

O sujeito está mais para consultor da XP Investimentos do que para médico.

Talvez por isso não tenha dirigido uma única palavra aos profissionais de saúde, que estão morrendo às pencas por estarem na frente de combate à Covid-19. O sujeito é frio e literalmente calculista. E não foi por acaso que ele participou da campanha de Bolsonaro. Ele, como ninguém, soube investir em seu futuro.

No seu entender, se tiver menos gente trabalhando, teremos menos pessoas pagando plano de saúde e isso vai sobrecarregar o SUS.

Mas já avisou que os mais pobres é que sofrerão mais e justificou que isso é “normal” numa situação como a da pandemia de coronavírus.

Falou com entusiasmo do remédio secreto do ministro Marcos Pontes, o que, para a Covid-19, é pior que a cloroquina, como constatou estudo chinês

Para piorar o que já está péssimo, o novo ministro da Saúde disse que o empresariado quer “ajudar”.

Bolsonaro, em discurso direcionado aos investidores da XP, disse que hoje é dia de alegria. Deve ter dito isso porque o exército já está mandando ofícios para prefeitos, foi o que aconteceu em municípios do estado do Rio de Janeiro, para mapear a quantidade de cemitérios, claro, por motivos óbvios.

Sobre a milagrosa” cloroquina, o vigarista não deu um pio.

Mas Bolsonaro disse que vai abrir o comércio, as fronteiras, entre outras atividades. Disse ainda que, se der errado, “quem vai pagar é ele”, e não quem vai morrer, e serão milhares.

Grosso modo, o genocida avisou que vai promover uma carnificina.

O que nos resta, é seguir desobedecendo suas orientações assassinas e exigir que prefeitos e governadores façam o mesmo.

Sobre Mandetta, que estava na posse do novo ministro, transferindo o cargo, está longe de ser como ele se pinta, mas caiu pelos seus acertos e não pelos seus erros.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Caiado Cachoeira, Vera Magalhães e a moral dos imorais no Roda Viva

Lula não é player da Covid-19. É um condenado em prisão domiciliar, disse Vera Magalhães, num ato covarde de fake news.

Nesta segunda-feira (6), assistindo a sua entrevista com Caiado, vi o que é um player perna de pau ser entrevistado por outro da mesma monta.

Na verdade, Vera Magalhães parecia se coçar para fazer a pergunta derradeira de uma tucana que não desiste nunca: se Bolsonaro cair, quem assume é o Aécio? Sim, porque no fundo da alma da religiosa tucana estava essa pergunta saracoteando em sua ânsia por ressuscitar as múmias do tucanistão.

Aliás, as críticas que Vera faz, de forma recorrente, a Bolsonaro, nada têm a ver com questões econômicas, que são trágicas, porque Guedes segue rigorosamente, assim como Temer, a cartilha tucana do Estado mínimo que só é Estado máximo para salvar banqueiros, como foi o caso do Proer e, agora, a soma de R$ 1,2 trilhão que Bolsonaro, em 24 horas, desembolsou para a agiotagem nacional.

Não por acaso, Moro e Roberto Campos Neto, do Banco Central, tempos atrás foram ao confessionário da XP Investimentos, ao vivo, para, de joelhos, mostrar que o governo não tem compromisso com o povo, mas com os especuladores. Aliás, Moro é uma espécie de arroz de festa da XP, que vivia contratando o juiz, Dallagnol e cia para garantir a banqueiros que Lula seria impedido de concorrer à presidência da República.

Para quem chamou Lula de escorpião, Vera Magalhães parece não abandonar os que destilam veneno quando babam de ódio contra o PT e, nesse quesito, Caiado pode mesmo bater no peito e dizer que é um dos mais antigos na arte da hipocrisia falso moralista.

Com um DNA escravocrata, Caiado, como denunciou seu ex-comparsa Demóstenes Torres, foi bancado por um dos maiores contraventores do país, Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, o que fez Caiado espernear, prometendo processá-lo para, depois, calar-se e nunca mais tocar no assunto.

Mas Caiado veio com aquela xaropada da Lava Jato, de que o PT fez o maior roubo da história, até porque é um governador inútil, ruim, que tem duas opções usadas na entrevista, dizer que pegou o estado quebrado e acusar o PT de corrupção.

Uma imitação barata do miliciano Bolsonaro, que é uma imitação barata do vigarista Temer. E assim, a direita vai construindo uma tripa de falência política e administrativa, porque, além de corrupta, é incompetente para administrar qualquer coisa. Só o que sabe fazer é o velho patrimonialismo para a mesma turma de sempre, a elite quatrocentona e decadente.

Tudo isso, junto e misturado, é que Vera Magalhães considera um grande player.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Encontro “clandestino” de Deltan foi com bancos réus em ação da Petrobras nos EUA

O “bate-papo secreto” do procurador da República Deltan Dallagnol foi com bancos que também são réus na ação coletiva ajuizada contra a Petrobras nos Estados Unidos. O encontro foi bancado pela XP Investimentos, mas o procurador nega que tenha recebido para falar com os representantes dos bancos. E diz não ver conflito de interesses no encontro, já que, segundo ele, o Ministério Público Federal não se envolveu na ação dos EUA e o assunto não foi discutido no dia.

A conversa com representantes dos bancos aconteceu em São Paulo em junho de 2018. As informações estão em mensagens de Telegram trocadas entre Deltan e uma consultora da XP, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

Segundo a consultora, participariam do encontro representantes dos seguintes bancos: JP Morgan; Morgan Stanley; Barclays; Nomura; Goldman Sachs;  ; Cresit Suisse; Deutsche Bank; Citibank; BNP Paribas; Natixis; Societe Generale; Standard Chartered; State Street Macquarie; Capital; UBS; Toronto Dominion Bank; Royal Bank of Scotland; Itaú; Bradesco; Verde e Santander, conforme o Intercept

E os bancos que foram arrolados como réus na ação coletiva contra a Petrobras nos EUA são: BB Seguradora; Citigroup; J.P. Morgan; Itaú BBA USA Securities; Morgan Stanley; HSBC Securities; Mitsubishi UFJ Securities;, Merrill Lynch; Pierce, Fenner & Smith; Standard Chartered Bank; Bank of China (Hong Kong); Bradesco BBI; Banca IMI S.p.A. and Scotia Capital (USA); e PricewaterhouseCoopers (“PwC Brazil”), conforme consta do processo, divulgado neste site.

Em negrito, os bancos que constam das duas listas.

Na ação contra a Petrobras em território norte-americano estão acionistas da empresa que negociaram papeis na Bolsa de Nova York. Eles acusam a empresa de ter negligenciado seus sistemas de controle interno, o que permitiu que um esquema corrupto se instalasse na estatal. Esse esquema corrupto foi descoberto pelas investigações da “lava jato”, coordenadas por Deltan a partir de Curitiba.

Os bancos foram arrolados como réus porque deram aval ao sistema de controle interno da Petrobras durante o período investigado e chancelaram as auditorias feitas na companhia. Mas nenhum deles arcou com a multa paga no processo, como parte do acordo assinado com os acionistas.

A Petrobras pagou, sozinha, os US$ 3 bilhões. A PwC, auditora contratada pela estatal, fez um acordo separado em que pagou multa de US$ 50 milhões.

Mas, para Deltan, não houve conflito de interesse. O encontro com os bancos na capital paulista não discutiu a ação que corria nos EUA, mas aconteceu apenas para “tratar da pauta anticorrupção”, conforme disse a assessoria de imprensa do MPF no Paraná à ConJur.

“Na ocasião, o procurador tratou de informações de domínio público e não abordou o tema da class action [ação coletiva, nos EUA]. Dadas as circunstâncias descritas, especialmente a gratuidade do encontro e o tema abordado, não há qualquer sombra de conflito de interesses na referida atividade”, afirma o MPF paranaense.

Unidos contra a corrupção
Segundo o MPF, o encontro de Deltan com os bancos foi para tratar da campanha “Unidos contra a Corrupção”, capitaneada pelo procurador. Ele também diz ter levado com ele um representante de Transparência Internacional, “ONG” internacional financiada por vários governos da Europa e por agências governamentais dos EUA que apoiou a “lava jato” e seus protagonistas.

A campanha era, na verdade, parte da campanha política dos procuradores da “lava jato” encabeçada por Deltan. Conforme mensagens de Telegram obtidas pelo Intercept e divulgadas pela Folha de S.Paulo, o procurador pretendia usar a fama que conseguiu com as investigações para ganhar dinheiro com palestras e lançar a si e a colegas candidatos ao Senado.

Deltan não se candidatou ao Senado, mas comemorou o resultado das eleições de 2018 ao Congresso.

Em junho de 2018, um mês depois de ser convidado pela XP para falar com bancos internacionais, Deltan convidou Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, para dar um curso na faculdade Damásio de Jesus. O objetivo era divulgar a campanha “Unidos contra a Corrupção”, disse, numa mensagem.

Quando foi convidado pela XP, em maio de 2018, Deltan chegou a perguntar à consultora que o convidou se havia remuneração, mas a conversa tomou outro rumo e ela não respondeu. Mas, para provar que os encontros eram secretos, disse que encontros daquele tipo já haviam acontecido com os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, todos do Supremo Tribunal Federal, e nunca foram noticiados.

Barroso e Alexandre negaram ter participado de encontros do tipo. Ambos deram palestras públicas, transmitidas pela internet, em eventos da XP.

Fundação sem fundos
Tanto o MPF quanto a Petrobras negam que a ação coletiva tenha ligação com a “lava jato”. Formalmente, não existe conexão mesmo. Mas foi o acordo assinado com a Petrobras na ação coletiva que criou uma fundação a ser alimentada com dinheiro do acordo para financiar iniciativas de combate à corrupção, conforme mostrou reportagem da ConJur.

E foi Deltan Dallagnol quem criou uma fundação, com dinheiro da Petrobras, para financiar iniciativas de combate à corrupção. O controle dessa fundação ficaria com o MPF em Curitiba, mas o acordo que previu tudo isso foi suspenso pelo ministro Alexandre de Moraes, por desvio de função — o MPF não tem competência para decidir sobre o destino do dinheiro, que deveria ter para o Tesouro.

A fundação de Deltan seria alimentada pelo dinheiro pago pela Petrobras para encerrar as investigações nos EUA, tocadas pelo Departamento de Justiça daquele país (DoJ, na sigla em inglês).

A Petrobras nega que os fundos tenham relação entre eles, mas o cofre é o mesmo — o da estatal. E o acordo firmado na ação coletiva não dá detalhes sobre como é a gestão do dinheiro e nem que ficou a cargo de distribuí-lo.

 

*Do Conjur

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Novo Vazamento: “Lava Jato e eleições”, tema de Dallagnol e Fux em reuniões clandestinas com banqueiros

Por Reinaldo Azevedo

Aqui tudo parece/ que é ainda construção/ e já é ruína”. São versos da música “Fora da Ordem”, de Caetano Veloso, que está em “Circuladô”, de 1991. É o mesmo disco que traz “Cu do Mundo”, em que se canta: “A mais triste nação/ na época mais podre/ compõe-se de possíveis/ grupos de linchadores”. O poeta americano Ezra Pound afirmou que os “artistas são as antenas da raça”. Podem antecipar maravilha e horror. Quase 28 anos depois de “Circuladô”, os linchadores, também os do mundo virtual, perderam qualquer pudor, e a ruína tenta se passar por construção.

Leiam o diálogo que segue, travado entre Débora Santos, assessora da XP Investimentos, e Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato A transcrição segue conforme o original. E vocês entrarão em contato com dois flagrantes da nossa ruína: Deltan e, antes dele, o ministro Luiz Fux, do Supremo, participaram de reuniões privadas com banqueiros e investidores para discorrer sobre o tema “Lava Jato e eleições”. Os encontros devem ser chamadas, sem exagero, de clandestinos.

17 de maio de 2018

16:57:38 Débora Olá Deltan, tudo bem? Aqui é Debora Santos. Já nos vimos algumas vezes no ANPR, sou esposa do Pelella. Peguei seu contato com ele para te fazer um convite

16:58:59 Débora Trabalho como consultora/ analista de política e Judiciário da XP Investimentos. Queria te convidar para um bate papo com investidores brasileiros e estrangeiros aqui em SP

17:00:45 Débora Vi que você tem um evento aqui em SP no final do mês e queria ver se conseguimos encaixar um encontro.

17:43:11 Deltan Oi Debora tudo bem? Que honra seu contato!!

17:43:24 Deltan Então, já tenho uma palestra agendada na XP pro fim do ano 17:43:35 Deltan Seria um público diferente?

17:43:53 Deltan Neste mês quase impossível pela agenda, julho mais fácil. 17:44:05 Deltan Vc falaria com Graziella que cuida das palestras?

17:55:02 Débora Claro, claro. Seria um público mais seleto. CEOs e tesoureiros dos grandes bancos brasileiros e internacionais

7:57:02 Débora Falo com a Graziella. Obrigada. Abs

17:59:19 Deltan Me passa uma lista de quem são?

17:59:22 Deltan Quando seria?

18:01:41 Débora Quando você puder. Antes do final do semestre.

18:04:57 Débora JP Morgan Morgan Stanley Barclays Nomura Goldman Sacha Merrill Lynch Cresit Suisse Deutsche Bank Citibank BNP Paribas Natixis Societe Generale Standard Chartered State Street Macquarie Capital UBS Toronto Dominion Bank Royal Bank of Scotland Itaú Bradesco Verde Santander

18:06:17 Débora Esses seriam os convidados. Nem todos comparecem.

18:06:36 Débora Você deve estar agendado para o Expert, uma conferência grande que realizamos em setembro.

18:07:42 Débora Esse bate-papo é privado, com compromisso de confidencialidade, onde o convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado.

18:08:17 Débora Semana passada recebemos o presidente do TSE, ministro Fux, por exemplo e não saiu nenhuma nota na imprensa.

18:09:25 Débora Nem sobre a presença dele na XP.

18:09:43 Débora Assim, já aconteceu com vários personagens importantes do cenário nacional, como você.

18:22:33 Deltan Quais as datas possíveis de junho?

18:22:51 Deltan Tome em conta os jogos da copa

18:23:10 Débora Primeira semana

18:23:21 Débora Qualquer dia, seria ótimo.

19:31:19 Deltan Primeira semana não consigo.

19:31:19 Deltan A partir do dia 18 conseguiria

19:31:19 Deltan Agenda antes está impraticável.

21:08:39 Débora Podemos acertar então. Na semana do dia 18, só tem jogo do Brasil na sexta. Veja qual dia é melhor pra voc.

23:06:04 Deltan Mas me esclarece melhor: Vcs têm encontros regulares sem data definida? Ou querem fazer um encontro específico com alguma pauta? O ideal seria eu participar de um encontro que já exista.

18 de maio de 2018

10:33:53 Débora Fazemos econtros regulares com atores do mercado para fazer análises conjunturis sobre temas da atualidade. Estamos na fase de ciclo de encontros sobre Lava Jato e Eleições, por isso estivemos com o ministro Fux, na semana passada, e estamos negociando data com os ministros Barroso e Alexandre de Morais tb.

10:34:49 Débora Além de integrantes do Judiciário, estivemos nas últimas semanas com algumas lideranças políticas e cientistas políticos.

10:35:33 Débora A reunião com vc se coloca nesse contexto do ciclo de debates sobre eleições, lava jato e conjuntura política em 2018.

11:24:14 Débora A principal diferença entre a conferencia que vc fará em setembro e dessa reunião privada é o tipo de público. Na conferencia ampliada, é um público heteregeneo que compreende o cenário mais amplo, sem aprofundamentos, meio que o que já está nos jornais. O público dessas reuniões privadas é mais qualificado, se aprofunda em conceitos de debates.

22 de Maio de 2018

23:08:33 Deltan Débora, a ida dos Ministros é remunerada como palestra?

23:09:01 Deltan Os encontros são convocados então tendo em vista um convidado especifico, certo?

23:42:49 Débora Sim, fazem parte de um projeto que vem sendo desenvolvido ao longo do ano, mas são convocadas rodadas para cada convidado

23:44:40 Débora Temos como hábito respeitar a privacidade dos nossos convidados 23:55:23 Deltan Opa entendo perfeitamente.

23:55:44 Deltan Debora vou pedir para a Fernanda que me ajuda com essas palestras para falar com Vc.

23 de Maio de 2018

00:01:15 Débora Tudo bem.

COMPREENDENDO A CONVERSA

Como sabemos, a Lava Jato buscou e busca se estabelecer como o eixo formador de um outro país. Desse eixo irradiariam um novo Ministério Público, um novo Poder Judiciário, um novo Congresso e uma nova forma de fazer política. E, no entanto, a cada diálogo que se revela, o que se vê é a ruína moral a serviço da corrosão institucional. O diálogo que vocês acabam de ler diz muito mais do que parece.

Reportagem publicada em parceria pela Folha e pelo site The Intercept Brasil já evidenciou que Deltan Dallagnol, em conversa com Roberson Pozzobon, seu colega de força-tarefa, buscou criar uma empresa, em nome das respectivas mulheres, para profissionalizar a sua atividade de palestrante. Em uma mensagem enviada àquela que Sergio Moro diria ser sua “conge”, o procurador admite ter ganhado R$ 400 mil líquidos com a atividade paralela só no ano passado. O Brasil empobreceu bastante de 2014, ano em que teve início a Lava Jato, a esta data. Mas Deltan enriqueceu.

Falemos um pouco das personagens que aparecem no diálogo acima. Débora Santos é mulher do procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete e braço direito de Rodrigo Janot quando procurador-geral da República. Era, de fato, dizem as boas línguas, quem tocava a PGR. Ela já foi personagem deste blog. E por uma razão singularíssima: trabalhava na área de “consultoria em comunicação social e gestão de crises” no gabinete de ninguém menos do que Edson Fachin, o ministro do Supremo que é o relator do petrolão.

Vocês entenderam direito: Pelella, o marido de Débora, traçava as estratégias do procurador-geral da República, também chefe do Ministério Público Federal, o órgão que acusa. E Débora, a mulher de Pelella, traçava as estratégias de comunicação de Fachin, o relator do petrolão, o homem que julga. A promiscuidade entre acusador e juiz parece que tenta se estabelecer como regra no país. O resultado é desastroso.

LAVA JATO E ELEIÇÕES

Débora quer que Deltan discorra sobre “Lava Jato e eleições” a quem regula suas apostas a depender de cenários que, ora vejam, dependem, por sua vez, em grande parte, das decisões do próprio procurador. Quanto custa a bola de cristal do vidente que tem como interferir no futuro? Reitere-se: Débora, a mulher de Pelella, o íntimo de Janot, que desenhou a Lava Jato, não está convidando o buliçoso procurador para falar a uma plateia ampla — a conferência —, que ela trata até com certo desdém. Afinal, um evento assim, aberto, seria formado por um “público heterogêneo”, que se contenta “meio com o que já está nos jornais.”.

Não! A Pelella do Pelella quer mais — e sabe que Deltan vai oferecer: “O convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado”.

Ou por outra: aquele que representa o órgão que é o titular da ação penal e que detém praticamente o poder de vida e morte sobre carreiras políticas vai desenhar cenários, que ele próprio tem o poder de fabricar, a banqueiros, em “reuniões privadas”.

 

*Matéria completa no Blog do Reinaldo Azevedo

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No arremedo chamado Brasil, as “instituições” estão funcionando

A imagem da Ministra do STF, Cármen Lúcia posando, em self, com o jovem sábio do neoliberalismo tardio, Kim Kataguiri, mostra que as entranhas do poder dentro do Estado são bem mais remosas do que se denuncia.

Moro, debaixo dos escombros que desabaram em sua cabeça, teve uma colossal salva de palmas, de pé, num evento da XP, vinda da macabra gleba dos maiores investidores (sonegadores) do país. Ou seja, este é o Brasil nu e violento em que vivemos e que vemos se aprofundar num terreno cada vez mais pantanoso.

O escândalo, que vem sendo revelado pelo Intercept, agora em parceria com veículos da mídia tradicional, deixa cada vez mais estupefatos os brasileiros. Por outro lado, é nítido que uma teocracia elitista mantém, dentro das instituições brasileiras, os mesmos vícios da velha república que não deixam a luz e, menos ainda, o povo penetrar.

É aí que se aloja Bolsonaro, um fascista zombeteiro que empurra o país para o precipício civilizatório com a ajuda das Forças Armadas e do capital financeiro.

O judiciário, filho desse matrimônio, dá a exata tonalidade sombria dessa imagem que todos nós estamos vendo.

No meio disso, está a Globo, a mesma que produziu os reinos de Temer e Bolsonaro em parceria com Moro, tendo como principal nutriente escândalos forjados, delações combinadas e toda a forma de excrescência jurídica para derrubar Dilma Roussef, uma presidenta honrada, eleita por voto direto e, em seguida, com requinte de crueldade, condenar e manter preso Lula, o presidente mais popular da história e a maior liderança política do país.

Então, vem a pergunta: o que fazer diante desse quadro escabroso em que as instituições brasileiras são verdadeiros pardieiros? Na verdade, o Brasil está diante de uma prova final em que a questão central está na fratura exposta das instituições capturadas pelo capital e o modelo de Estado que atenda ao povo.

Como construir uma composição política que mobilize a sociedade e contemple a luz de uma janela para o futuro do país?

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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De mal a pior: Popularidade de Bolsonaro com investidores desaba de 86% para 14%

O mercado financeiro não aguenta mais Jair Bolsonaro; de acordo com sondagem da XP Investimentos feita entre os dias 22 e 24 de maio, a percepção ótima ou boa do governo despencou de 86% em janeiro para atuais 14% entre investidores milionários; o nível de ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo; investidores simpatizam com Centrão.

Com menos de cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) experimenta uma profunda reversão na avaliação da sua gestão entre investidores do mercado financeiro. O movimento é mais agudo do que o observado na população em geral. É o que mostra sondagem feita pela XP Investimentos com profissionais do setor.

Segundo o levantamento, feito entre os dias 22 e 24 de maio (antes, portanto, das manifestações de domingo), a percepção ótima ou boa do governo do pesselista saiu de 86% em janeiro para atuais 14%. No sentido oposto, o nível de ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo. Já as avaliações regulares foram de 13% a 43%, tendo alcançado o pico de 48% no mês passado.

A sondagem ouviu 79 investidores institucionais, entre gestores de recursos, economistas e consultores de grupos nacionais e estrangeiros. Os resultados não refletem a opinião da XP Investimentos.

A deterioração da imagem do governo junto ao mercado foi muito mais rápida e intensa do que a observada nas pesquisas de avaliação junto à população em geral, embora estas tenham mostrado, pela primeira vez, um empate técnico entre aprovação e reprovação da gestão, com as impressões negativas numericamente à frente.

A sondagem com os investidores mostra, ainda, uma convergência entre o otimismo e o pessimismo com relação ao futuro do governo Bolsonaro. Hoje, 27% dos entrevistados esperam uma gestão ótima ou boa, contra 23% que apostam em uma administração ruim ou péssima. Em janeiro, a fotografia mostrava 83% de projeções positivas e apenas 4% negativas. No, o grupo dos que apostam em um governo mediano cresceu de 14% para 51%.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247