Categorias
Política

Hugo Motta emprega em gabinete da Câmara trio de funcionárias fantasmas

Todos são contratados no cargo de secretário parlamentar, com jornada de 40 horas semanais, proibição de exercer outra função pública e sem necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), empregou em seu gabinete três funcionárias com rotinas incompatíveis com as funções que deveriam exercer no Legislativo: uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e a assistente social de uma prefeitura na Paraíba.

Todas são contratadas no cargo de secretário parlamentar, com jornada de 40 horas semanais, proibição de exercer outra função pública e sem necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara. Uma mora em Brasília e outras duas em João Pessoa, capital da Paraíba.

Motta mandou demitir 2 das 3 servidoras após ser procurado pela “Folha de S.Paulo” em 8 de julho para explicar o caso. A assessoria do deputado só confirmou a ordem na tarde desta terça-feira (15). As demissões ainda não foram publicadas no boletim da Câmara.

Apenas neste ano elas tiveram vencimentos somados de R$ 112 mil, incluindo salários, auxílios e gratificações. Procuradas, elas se recusaram a dar informações detalhadas sobre os serviços prestados ao gabinete do deputado.

Para revelar a existência dos três casos, a “Folha de S.Paulo” comparou informações de bancos de dados oficiais, de processos judiciais e de redes sociais, procurou órgãos públicos e teve acesso a documentos dos contratos, além de acompanhar a rotina das funcionárias.

Gabriela Pagidis é fisioterapeuta. Ela atende em uma clínica de Brasília às segundas e quartas-feiras, durante todo o dia. Às terças e quintas à tarde, ela dá expediente em outra clínica no Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal que fica a 18 km da Câmara, de acordo com o ICL.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Pesquisa

Após tarifaço de Trump, aprovação de Lula tem maior crescimento dos últimos 12 meses, segundo Quaest

72% acreditam que Trump está ‘errado ao impor taxas por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro’

Uma nova pesquisa Genial/Quaest apontou um crescimento de 3 pontos percentuais na aprovação do governo Lula pelos brasileiros. O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 de julho e divulgado nesta quarta-feira (16), demonstrou a aprovação direta da população às respostas do presidente diante das tarifas anunciadas em 9 de julho por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aos produtos brasileiros.

A pesquisa também indica a queda da desaprovação. Enquanto 43% dos entrevistados aprovam o governo atual, 53% desaprovam. No último levantamento, de maio deste ano, a aprovação era de 40% e a desaprovação de 57%. A última vez que o governo apresentou um salto de aprovação ocorreu entre maio e julho de 2024, há um ano, quando havia crescido 4 pontos percentuais.

Além da avaliação sobre o governo, os entrevistados responderam diretamente sobre as ações dos EUA. 72% acreditam que Trump está “errado ao impor taxas por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro no Brasil”; 63% veem como incorreta a afirmação de que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é “injusta”; e 79% afirmam que as altas tarifas vão prejudicar a vida dos brasileiros.

Além disso, 44% responderam que “Lula e o PT” estão fazendo o que é mais certo nesse embate. 29% afirmaram que o posicionamento correto seria o de Bolsonaro e seus aliados, enquanto 15% responderam “nenhum dos dois”.

Perfil dos entrevistados
A mudança foi puxada, especialmente, pelo eleitorado feminino. Neste grupo, a desaprovação passou de 54% para 49%, enquanto a aprovação subiu de 42% para 46%. Entre os homens, a aprovação permaneceu estável, em 39%, enquanto a desaprovação caiu um ponto, passando de 59% para 58%.

Também foi perceptível a melhora na avaliação do governo para os eleitores com mais escolaridade. Enquanto os entrevistados com ensino superior completo demonstraram um salto de 12% na aprovação entre maio e julho deste ano, passando de 33% para 45%, e diminuição de 64% para 53% na desaprovação, o grupo com ensino médio completo diminuiu a aprovação de 37% para 35%.

Entre as pessoas com escolaridade até o ensino fundamental, a aprovação segue maior do que a desaprovação desde o início do governo, se aproximando de um empate técnico em maio deste ano. Na pesquisa atual, porém, a vantagem voltou a aumentar, com 51% de aprovação e 42% de desaprovação.

No recorte por religião, o grupo católico apresentou uma inversão recente: enquanto na última pesquisa a aprovação (45%) era menor do que o grupo que desaprova (53%), desta vez, a aprovação chegou a 51% e a desaprovação caiu para 45%. Entre os evangélicos, a desaprovação cresceu, passando de 66% para 69%. A aprovação, que era de 30%, foi para 28%.

*BdF


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Mundo

Casa Branca confirma conversa de Trump e Zelensky sobre ataque contra Moscou

Comunicado do governo norte-americano disse que sugestão ‘era apenas uma pergunta’ após ‘Financial Times’ revelar que países consideraram ofensiva.

A Casa Branca confirmou nesta terça-feira (15/07) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a possibilidade de atacar Moscou.

Segundo um comunicado concedido pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, à emissora norte-americana ABC News, Trump e Zelensky discutiram a capacidade da Ucrânia em atacar a capital da Rússia e São Petersburgo, segunda maior cidade do país.

De acordo com o texto, os ataques seriam realizados por Kiev com armas fornecidas pelos Estados Unidos, mas não foram executados.

O posicionamento da Presidência dos EUA vem após uma reportagem do jornal britânico Financial Times noticiar que Trump havia questionado se a Ucrânia conseguiria atacar Moscou com mísseis norte-americanos de longo alcance.

O periódico publicou a informação também nesta terça-feira, com base em relatos de “pessoas informadas sobre as discussões”. Segundo o texto, Trump queria que os russos “sentissem a dor” e perguntou a Zelensky: “você pode atingir Moscou? … você pode atingir São Petersburgo também?”.

“Com certeza. Podemos, se você nos der as armas”, teria respondido o mandatário ucraniano na conversa realizada em 4 de julho.

O jornal britânico ainda escreveu que o diálogo “marca um afastamento acentuado da posição anterior de Trump sobre a guerra e sua promessa de campanha de acabar com o envolvimento dos EUA em conflitos estrangeiros”.

Por fim, Leavitt afirmou que o periódico “desviou a discussão totalmente fora do contexto”. “O presidente Trump estava apenas fazendo uma pergunta, não incentivando mais mortes. Ele está trabalhando incansavelmente para impedir a matança e acabar com esta guerra”, justificou a porta-voz.

Quando o ex-presidente dos EUA, Joe Biden (2021-2025), autorizou que a Ucrânia usasse de mísseis norte-americanos de longo alcance para atacar a Rússia, em novembro passado, Trump criticou a medida, prometendo que a reverteria durante seu mandato. A promessa não foi realizada e a autorização segue em vigor.

*Opera Mundi


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Brasil Mundo

Nos EUA, maior bloco empresarial do mundo pressiona Trump por fim da tarifa ao Brasil

U.S. Chamber of Commerce faz apelo junto a Amcham Brasil pedindo para o presidente Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil

A U.S. Chamber of Commerce, a maior organização empresarial do mundo que representa grandes corporações e associações setoriais nos Estados Unidos, pediu para o presidente americano Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil. O apelo foi feito via nota assinada em conjunto com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).

As entidades solicitam que Brasil e Estados Unidos se engajem em negociações de alto nível para evitar a implementação das tarifas de 50% a partir de agosto. Elas alertam que a medida tem o potencial de provocar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelecer “um precedente preocupante”. A nota lembra que o Brasil está entre os dez principais mercados de exportação dos EUA e que 6.500 empresas americanas dependem de produtos importados do Brasil.

“A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”, diz a nota. “A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos”, completa.

*Veja


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Pesquisa

Mais de 60% dos brasileiros acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor que Bolsonaro

Pesquisa feita pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg registrou 49,7% de aprovação ao presidente brasileiro.

Um levantamento realizado pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg divulgado nesta terça-feira (15) aponta um crescimento na aprovação do governo Lula após o anúncio de Donald Trump de novas tarifas impostas aos produtos brasileiros exportados aos EUA. Segundo o levantamento, que registrou 49,7% de aprovação presidencial, 61,1% acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor do que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2023, o índice era de 51% e vem crescendo desde então.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados como avaliam a resposta do governo brasileiro às tarifas. Para 44,8%, a reação foi adequada; 27,5% a consideram “agressiva”, enquanto 25,2% avaliam que a postura do governo foi “fraca”. O presidente assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, que permitirá ao país adotar medidas em resposta à tarifa. O decreto também cria um comitê formado por representantes do governo e por empresários para discutir a sobretaxa imposta por Trump. De maneira geral, a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada por 60,2% enquanto 38,9% desaprovam.

Sobre as próprias tarifas, 62,2% as consideram “injustificadas”, enquanto 36,8% veem alguma justificativa possível. A maior parte dos entrevistados (40,9%) acredita que as ações de Trump foram uma “retaliação contra a participação do Brasil nos Brics“, e 36,9% atribuem à “atuação da família Bolsonaro junto a Donald Trump”. Já 16,8% aceitam a justificativa apresentada pelo estadunidense e afirmam que as tarifas são uma “retaliação contra decisões do STF sobre redes sociais americanas”. Apenas 3,5% acham que as medidas foram motivadas por um “desejo genuíno de tornar o comércio com o Brasil mais favorável aos EUA”.

Quando questionados se as justificativas de Trump para as tarifas podem ser consideradas “uma ameaça à soberania brasileira”, o resultado se aproxima de um empate técnico: 50,3% acreditam que sim, enquanto 47,8% discordam.

Os entrevistados avaliaram também a proximidade do governo com outros países. 39% acreditam que o Brasil está tão próximo quanto deveria dos EUA, enquanto 48% gostariam de mais proximidade e 13% consideram o país norte-americano “mais próximo do que deveria”. Quanto à China, 51% aprovam o grau de proximidade, 34% acham “mais próximo do que deveria” e 16% acreditam que os países poderiam ser ainda mais próximos. A Argentina aparece como país com maior índice da resposta “menos próximo do que deveria”, demonstrando o desejo de 54% dos entrevistados.

A pesquisa questionou 2.841 pessoas entre os dias 11 e 13 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

*BdF


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Mundo

Ex-premiês israelenses repudiam plano de Netanyahu: ‘novo campo de concentração’

Ehud Olmert e Yair Lapid comentaram planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar palestinos em área confinada.

Os ex-premiês de Israel Ehud Olmert e Yair Lapid criticaram enfaticamente, neste domingo (13/07), o projeto israelense de criar o que chamam de “cidade humanitária” sobre as ruínas de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em longa entrevista ao The Guardian, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que a proposta seria, na prática, construir um campo de concentração. Segundo ele, forçar os palestinos a viverem nesse local configuraria uma tentativa de limpeza étnica.

“É um campo de concentração. Me desculpe”, declarou Olmert, ao comentar os planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar centenas de milhares de palestinos em uma área fechada, sem direito de sair, exceto para outros países.

A iniciativa representa uma escalada no que ele qualificou de “crimes de guerra” cometidos por Israel em Gaza e na Cisjordânia. “Se eles [os palestinos] forem deportados para essa nova ‘cidade humanitária’, então pode-se dizer que isso faz parte de uma limpeza étnica. Ainda não aconteceu, mas essa seria a interpretação inevitável de qualquer tentativa de criar um campo para centenas de milhares de pessoas”, frisou.

A proposta
Segundo o governo israelense, a “cidade humanitária” abrigaria inicialmente 600 mil palestinos deslocados, atualmente vivendo em condições precárias na região de al-Mawasi, próximo à costa sul de Gaza. No entanto, o objetivo final seria transferir toda a população de Gaza, mais de dois milhões de pessoas, para a área confinada em Rafah.

Olmert disse que a justificativa humanitária dada pelo governo israelense não é crível, principalmente após meses de retórica violenta e declarações de ministros sobre a necessidade de “limpar” Gaza.

“Quando eles constroem um campo onde planejam ‘limpar’ mais da metade de Gaza, o entendimento inevitável dessa estratégia não é salvar os palestinos. É deportá-los, empurrá-los, jogá-los fora. Não tenho outra compreensão possível”.

Crimes de guerra
Olmert também criticou a conivência das autoridades israelenses com os chamados “jovens dos topos das colinas”, responsáveis por atos sistemáticos de violência contra palestinos.

“Não há como operarem de maneira tão consistente, massiva e ampla sem um arcabouço de apoio e proteção provido pelas autoridades israelenses nos territórios ocupados”, afirmou. A entrevista aconteceu no mesmo dia do enterro de dois palestinos, entre eles um cidadão norte-americano, mortos por colonos israelenses.

O ex-primeiro ministro israelense denunciou a atuação de ministros extremistas que, segundo ele, representam uma ameaça maior à segurança de Israel do que qualquer inimigo externo. “Esses caras são o inimigo interno”, afirmou.

Ele segue defendendo a solução negociada de dois Estados e acredita que uma paz duradoura poderia ser alcançada com o apoio internacional. Olmert também lamentou que Netanyahu, acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, tenha preferido indicar Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz. “É por isso que não posso me abster de acusar este governo de ser responsável por crimes de guerra cometidos”, afirmou.

*Opera Mundi


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Brasil

Genocídio em Gaza: Brasil vai aderir a denúncia sul-africana contra Israel em Haia

Chanceler Mauro Vieira disse que governo Lula estava ‘trabalhando’ na adesão que acusa Tel Aviv de cometer genocídio contra os palestinos.

O chanceler Mauro Vieira confirmou que o Brasil se juntará formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas em Haia. “Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, declarou o Ministro das Relações Exteriores em entrevista exclusiva à emissora catari Al Jazeera no último sábado (12/07).

O processo, que acusa o governo israelense de cometer genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza, agora contará com a participação do Brasil como terceira parte. A decisão marca uma mudança significativa na postura diplomática brasileira e deve provocar reações tanto de Israel quanto de aliados estratégicos, como os Estados Unidos.

Vieira também afirmou que a demora para formalização era porque estavam “trabalhando nisso” e reiterou que logo “terão boas notícias em pouco tempo”.

A medida marca mais um passo na estratégia diplomática do governo Lula de reposicionar o Brasil em fóruns multilaterais e reforçar a defesa do direito internacional e dos direitos humanos.

Na semana retrasada, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou à Folha de S.Paulo em 4 de julho, que o Brasil “não deve aceitar a indicação de um novo embaixador por Israel”, em resposta à escalada militar na Faixa de Gaza e às milhares de mortes entre civis palestinos. “O Brasil deve manter as relações em níveis mínimos e ser muito severo no acordo de livre comércio, talvez até suspendê-lo”, afirmou.

Posicionamento África do Sul
A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro de 2024, argumentando que a guerra em Gaza viola a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948, acusação que Israel nega.

O país sul africano abriu uma nova petição na última semana apontando que o governo de Benjamin Netanyahu teria escalado o conflito a “uma nova e horrenda fase”.

Em outro momento, o diplomata sul-africano Ronald Lamola também condenou a agressão sionista ao Irã. O líder repudiou veementemente a violação do território iraniano por Israel e os ataques a instalações nucleares do país.

Corte de Haia
O Grupo de Haia convocou uma reunião de emergência em Bogotá, Colômbia, para terça-feira (15/07) com o objetivo de encontrar medidas concretas contra Israel e buscar uma resposta internacional para o conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta desde outubro de 2023.

Representantes de mais de 30 países de todos os continentes devem participar do encontro. A iniciativa pretende aplicar políticas tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim a agressão sionista.

“Não podemos aceitar o retorno de épocas de genocídio diante dos nossos olhos e da nossa passividade. Se a Palestina morre, a humanidade morre”, declarou o presidente colombiano Gustavo Petro. A Colômbia, assim como o Brasil, apoia o processo histórico movido por Pretória contra Israel na CIJ.

*Opera Mundi


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

Fogo amigo: Eduardo Bolsonaro se revolta e ataca Tarcísio de Freitas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do cargo e vivendo nos EUA, onde faz lobby para que a Casa Branca sancione o Brasil, não gostou nada de saber que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontrou com representantes da Embaixada dos EUA para tentar contornar a aplicação de tarifa de 50% aos produtos brasileiros.

Para Eduardo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas não tinha que ter procurado a Embaixada dos EUA e deveria tê-lo consultado, pois, segundo o parlamentar, ele possui acesso à Casa Branca e nenhum lateral irá adiante.

“O Tarcísio utilizou os canais errados. O filho do presidente está nos Estados Unidos. O Tarcísio não tem nada que querer costurar por ora uma decisão que provavelmente vai chegar a mais um acordo caracu. O Tarcísio tem que entender que o filho do presidente está nos EUA e tem acesso à Casa Branca”, disse Eduardo Bolsonaro à Folha de S.Paulo.

Em seguida, Eduardo Bolsonaro afirma que “qualquer tentativa de nos dar by-pass será brecada e freada. Nós já provamos que somos mais efetivos até do que o próprio Itamaraty. O filho do presidente, exilado nos Estados Unidos, queria buscar uma alternativa lateral, é um desrespeito comigo”.

Eduardo Bolsonaro diz que lamenta, mas vai renunciar ao mandato

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que “muito provavelmente” abrirá mão do mandato parlamentar, e que seu retorno ao Brasil, segundo a Forum, só acontecerá quando, segundo ele, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “não tiver mais força para prendê-lo”.

A declaração foi dada ao jornal O Estado de S. Paulo. “Por ora eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender… Eu tô me sacrificando, sacrificando o meu mandato para levar adiante a esperança de liberdade”, disse.

O parlamentar está afastado desde março, quando solicitou licença para permanecer nos Estados Unidos. Na época, alegou temer uma eventual prisão ordenada por Moraes — embora não houvesse, até então, pedido formal de detenção contra ele. Desde então, porém, o cenário mudou.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

Parecer da PGR pela condenação de Bolsonaro segue hoje para Moraes

Após encerrar o prazo legal, procurador-geral da República envia ao STF manifestação final em processo sobre tentativa de golpe.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresenta nesta segunda-feira (14) as alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus principais aliados. A informação é do jornal O Globo, que detalha os próximos passos do julgamento que se aproxima da fase decisiva no Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a entrega do parecer pela Procuradoria-Geral da República (PGR), inicia-se oficialmente o período de 15 dias para que as defesas dos acusados se manifestem. O primeiro a apresentar alegações finais será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada. Após ele, os demais réus terão o mesmo prazo para protocolar suas manifestações.

Paulo Gonet utilizou integralmente o prazo disponível, que se encerra nesta segunda-feira, para concluir o posicionamento da PGR. O período foi estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, em despacho assinado no dia 27 de junho. Embora o Poder Judiciário esteja em recesso durante o mês de julho, a contagem dos prazos não foi suspensa devido à condição de prisão preventiva de um dos réus, o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa.

Além de Bolsonaro, Mauro Cid e Braga Netto, também são réus na ação penal o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, e os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Segundo a PGR, todos eles integravam o chamado “núcleo crucial” da organização criminosa que planejou a ruptura institucional no Brasil.

Outras 23 pessoas são rés em ações penais paralelas, distribuídas em outros núcleos identificados nas investigações.

Concluído o prazo para as defesas, o ministro Alexandre de Moraes elaborará seu voto e liberará o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, composta também pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Será essa composição a responsável por decidir se os réus serão condenados ou absolvidos, de acordo com o 247..

Conforme apuração de O Globo, a expectativa é que o julgamento tenha início até o mês de setembro, uma vez que todos os prazos processuais deverão ser concluídos dentro do cronograma estipulado. Integrantes do Supremo e da PGR já consideram o processo suficientemente maduro para ser levado a julgamento no terceiro trimestre do ano.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Mundo Política

A íntegra do artigo de Lula: “Não há alternativa ao multilateralismo”

Em meio a disputa com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, o presidente Lula publicou uma carta criticando a desigualdade socioeconômica promovida pelas políticas capitalistas, o agravante dos tarifaços para o mundo, a crise ambiental e as guerras sem motivos. Em alternativa, Lula reforça o multilateralismo.

Confira a íntegra do artigo do presidente Lula publicado nesta quinta-feira (10/7) nos jornais Le Monde (França), El País (Espanha), The Guardian (Inglaterra), Der Spiegel (Alemanha), Corriere della Sera (Itália), Yomiuri Shimbun (Japão), China Daily (China), Clarín (Argentina) e La Jornada (México).

Leia o artigo completo “Não há alternativa ao multilateralismo”, escrito por Lula

O ano de 2025 deveria ser um momento de celebração dedicado às oito décadas de existência da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas pode entrar para a história como o ano em que a ordem internacional construída a partir de 1945 desmoronou.

As rachaduras já estavam visíveis. Desde a invasão do Iraque e do Afeganistão, a intervenção na Líbia e a guerra na Ucrânia, alguns membros permanentes do Conselho de Segurança banalizaram o uso ilegal da força. A omissão frente ao genocídio em Gaza é a negação dos valores mais basilares da humanidade. A incapacidade de superar diferenças fomenta nova escalada da violência no Oriente Médio, cujo capítulo mais recente inclui o ataque ao Irã.

A lei do mais forte também ameaça o sistema multilateral de comércio. Tarifaços desorganizam cadeias de valor e lançam a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação. A Organização Mundial do Comércio foi esvaziada e ninguém se recorda da Rodada de Desenvolvimento de Doha.

O colapso financeiro de 2008 evidenciou o fracasso da globalização neoliberal, mas o mundo permaneceu preso ao receituário da austeridade. A opção de socorrer super-ricos e grandes corporações às custas de cidadãos comuns e pequenos negócios aprofundou desigualdades. Nos últimos 10 anos, os US$ 33,9 trilhões acumulados pelo 1% mais rico do planeta são equivalentes a 22 vezes os recursos necessários para erradicar a pobreza no mundo.

O estrangulamento da capacidade de ação do Estado redundou no descrédito das instituições. A insatisfação tornou-se terreno fértil para as narrativas extremistas que ameaçam a democracia e fomentam o ódio como projeto político.

Muitos países cortaram programas de cooperação em vez de redobrar esforços para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Os recursos são insuficientes, seu custo é elevado, o acesso é burocrático e as condições impostas não respeitam as realidades locais.

Não se trata de fazer caridade, mas de corrigir disparidades que têm raízes em séculos de exploração, ingerência e violência contra povos da América Latina e do Caribe, da África e da Ásia. Em um mundo com um PIB combinado de mais de 100 trilhões de dólares, é inaceitável que mais de 700 milhões de pessoas continuem passando fome e vivam sem eletricidade e água.

Os países ricos são os maiores responsáveis históricos pelas emissões de carbono, mas serão os mais pobres quem mais sofrerão com a mudança do clima. O ano de 2024 foi o mais quente da história, mostrando que a realidade está se movendo mais rápido do que o Acordo de Paris. As obrigações vinculantes do Protocolo de Quioto foram substituídas por compromissos voluntários e as promessas de financiamento assumidas na COP15 de Copenhague, que prenunciavam cem bilhões de dólares anuais, nunca se concretizaram. O recente aumento de gastos militares anunciado pela OTAN torna essa possibilidade ainda mais remota.

Os ataques às instituições internacionais ignoram os benefícios concretos trazidos pelo sistema multilateral à vida das pessoas. Se hoje a varíola está erradicada, a camada de ozônio está preservada e os direitos dos trabalhadores ainda estão assegurados em boa parte do mundo, é graças ao esforço dessas instituições.

Em tempos de crescente polarização, expressões como “desglobalização” se tornaram corriqueiras. Mas é impossível “desplanetizar” nossa vida em comum. Não existem muros altos o bastante para manter ilhas de paz e prosperidade cercadas de violência e miséria.

O mundo de hoje é muito diferente do de 1945. Novas forças emergiram e novos desafios se impuseram. Se as organizações internacionais parecem ineficazes, é porque sua estrutura não reflete a atualidade. Ações unilaterais e excludentes são agravadas pelo vácuo de liderança coletiva. A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas refundá-lo sobre bases mais justas e inclusivas.

É este entendimento que o Brasil – cuja vocação sempre será a de contribuir pela colaboração entre as nações – mostrou na presidência no G20, no ano passado, e segue mostrando nas presidências do BRICS e da COP30, neste ano: o de que é possível encontrar convergências mesmo em cenários adversos.

É urgente insistir na diplomacia e refundar as estruturas de um verdadeiro multilateralismo, capaz de atender aos clamores de uma humanidade que teme pelo seu futuro. Apenas assim deixaremos de assistir, passivos, ao aumento da desigualdade, à insensatez das guerras e à própria destruição de nosso planeta.

*TVTNews


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg