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Alexandre de Moraes, do STF, suspende nomeação de Ramagem na Polícia Federal

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para diretoria-geral da Polícia Federal feita um dia antes pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A posse estava marcada para a tarde desta quarta-feira (29).

Moraes atendeu a um pedido do PDT, que entrou com um mandado de segurança no STF alegando “abuso de poder por desvio de finalidade” com a nomeação do delegado para a PF.

​”Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto [de nomeação] no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Após a saída de Sergio Moro do governo sob a alegação de interferência política na Polícia Federal, a nomeação do novo diretor-geral da corporação pelo presidente Jair Bolsonaro virou alvo de uma série de ações na Justiça e de resistência no Congresso.

Bolsonaro oficializou no Diário Oficial da União desta terça-feira (29) os nomes do advogado André de Almeida Mendonça, 47, para substituir Moro no Ministério da Justiça, e do delegado Alexandre Ramagem, 48, para a vaga de Maurício Valeixo na Diretoria-Geral da PF.

A nomeação de Ramagem, amigo do clã Bolsonaro que era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), motivou uma ofensiva judicial para barrá-la, tendo em vista os interesses da família e de aliados do presidente em investigações da Polícia Federal.

O plano de troca da chefia da PF foi estopim da saída de Moro. O ex-ministro disse que Bolsonaro queria ter uma pessoa do contato pessoal dele no comando da corporação para poder “colher informações” e “relatórios” diretamente.

Diante da nomeação de Ramagem, partidos e movimentos políticos entraram com ações judiciais para tentar impedir a posse, marcada para as 15h desta quarta (29). Eles alegam “abuso de poder” e “desvio de finalidade” na escolha.

No final da tarde desta terça, havia ao menos seis processos pedindo a suspensão da nomeação de Ramagem, alegando que Bolsonaro praticou “aparelhamento particular” ao indicá-lo para a função. A base dos pedidos é a denúncia de Moro alegando interferência do presidente da República na Polícia Federal.

Diferentemente dos elogios ao nome do novo ministro da Justiça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que Ramagem terá “dificuldade na corporação, na forma como ficou polêmica a sua nomeação”.

“A gente sabe que a Polícia Federal é uma corporação muito unida, que trabalha de forma muito independente. Qualquer tipo de interferência é sempre rechaçado. A gente viu em outros governos que foi assim. Mas eu não conheço [Ramagem]”, disse à Band o presidente da Câmara.

Ramagem se aproximou da família Bolsonaro durante a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato a presidente depois do episódio da facada.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é um dos seus principais fiadores e esteve à frente da decisão que levou Ramagem ao comando da Abin.

No sábado (25), a Folha mostrou que uma apuração comandada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), com participação de equipes da PF, tem indícios de envolvimento de Carlos em um esquema de disseminação de fake news.

Na noite de segunda (27), Bolsonaro disse não haver esquema de notícias falsas. “Meu Deus do céu. Isso é liberdade de expressão. Vocês deveriam ser os primeiros a ser contra a CPI das Fake News. O tempo todo o objetivo da CPI é me desgastar”, afirmou Bolsonaro, ao ser questionado sobre possíveis prejuízos que a troca no comando da Polícia Federal traria à investigação sobre as fake news.

 

 

*Bruno Boghossian/Folha

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Alexandre Ramagem, ex-chefe da segurança de Bolsonaro, não sabia que o assassino de Marielle era seu vizinho?

Alexandre Ramagem, ex-chefe da segurança de Bolsonaro, deixou Adélio esfaqueá-lo, mas foi mantido no comando da segurança junto com toda a equipe? Que sorte a desse moço!

Mas o mesmo Ramagem não teve a preocupação de saber ao menos quem eram os vizinhos mais próximos de Bolsonaro?

Ronnie Lessa, assassino de Marielle, morava a 50 metros da casa de Bolsonaro. Da varanda de sua casa ele visualizava o quarto de Bolsonaro.

Lessa, além de tudo, era o maior traficante de armas do Rio, foi sócio de Adriano da Nóbrega no escritório do crime e tinha trâmite em todas as milícias das zonas Norte e Oeste do Rio, justamente porque traficava armas de grosso calibre, conforme denunciado pela polícia depois de encontrar 117 fuzis em sua posse.

Nada disso foi descoberto pelo sujeito que Bolsonaro quer colocar no comando da PF?

Como disse o próprio Bolsonaro quando perguntado sobre nomear chefe da PF o amigo do filho Carlos Bolsonaro, “e daí?”.

Aí é debochar da cara do gado.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Se Bolsonaro quer mesmo que investigue Adélio, por que deixou o processo ser encerrado sem recorrer?

Alguém pode me explicar como a PF pode investigar outra vez Adélio se Bolsonaro, propositadamente, deixou o caso ser encerrado pela justiça?

Qualquer boboca do mundo dos trouxas, por mais otário que seja, sabe que Bolsonaro nunca quis que as investigações da PF avançassem porque se a PF for atrás, descobrirá o que ele tenta em vão esconder. Nunca houve facada nenhuma. Nunca teve sangue nenhum. Nunca teve corte e muito menos cicatriz daquele teatro fajuto.

Para piorar, Bebiano, no Roda Viva, foi pra lá de didático ao afirmar que o atual comandante do gabinete do ódio e das fake news, Carlos Bolsonaro, tramou aquela farsa grosseira com o próprio pai.

Piorando um pouco mais, Bolsonaro quer colocar na direção da PF justamente o chefe de sua segurança durante as eleições, o mesmo que, segundo Bolsonaro, deixou um sujeito raquítico, como Adélio, furar a segurança do, então candidato, para desferir-lhe a facada.

Como pode o chefe da segurança que deixa um furo como esse continuar na chefia e ainda manter todos os seguranças que falharam na proteção de Bolsonaro?

E agora, com o prêmio à incompetência de Alexandre Ramagem, Bolsonaro quer colocá-lo na chefia da PF. Detalhe, ele é amigo pessoal de todo o clã, mas principalmente de Carlos Bolsonaro, a quem Bebianno atribuiu a armação da facada.

Precisa juntar os fios para dizer que essa facada é a coisa mais fake que Carluxo já produziu junto com o papai?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Carlos Bolsonaro está criando uma “Abin paralela” Uma Abin da milícia e escanteia Augusto Heleno

Depois que a informação de que Carluxo está criando uma “Abin Paralela” vazou, o general Augusto Heleno foi ao Twitter dizer que a “Abin paralela” é “devaneio de amadores”.

Numa sequência de três postagens, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional ataca a reportagem, mas em nenhum momento responde à denúncia de que Carlos Bolsonaro propôs a criação de uma estrutura informal de inteligência dentro do Planalto.

Heleno não nega nem mesmo que o chefe da Abin, Alexandre Ramagem, tenha sido indicado por Carlos.

Ele limita-se a dizer que coube a ele assinar a nomeação – o que é evidente, já que o cargo está sob a estrutura do GSI.

Segundo Monica Bergamo, da Folha, Bebianno diz que general Heleno não liga ‘nome à pessoa’ no caso de Abin paralela.

A ideia de criar agência extraoficial de investigação teria sido dada por Carlos Bolsonaro, diz ex-ministro.

 

*Da redação

 

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Piora e muito a guerra fria entre Moro e Bolsonaro

Para Moro, a resposta à crise entre ele e Bolsonaro é fustigar Bolsonaro expondo seu telhado de vidro e mostrando que tem pedra o suficiente pra fazer um estrago em seu teto.

A imagem que Moro se deixou fotografar, é um nítido recado a Bolsonaro e uma clara provocação de seu declarado adversário político para 2022.

Nela, aparecem os cavalheiros templários da Lava Jato, Moro, Bretas e Maurício Valeixo, da PF, pivô do entrevero entre Moro e Bolsonaro pelo fato de Bolsonaro querer tirar Valeixo do comando da PF.

Bolsonaro entendeu o recado de Moro e deu o troco nele nesta quarta-feira (29), um dia depois da provocação, resolvendo convocar no Palácio do Planalto o diretor da Abin, Alexandre Ramagem – novo cotado para assumir a PF.

A reação dos bolsomoristas foi instantânea contra a atitude de Bolsonaro, mostrando que Moro já tomou seu trono no rebanho bolsonarista.

A verdade é que essa guerra entre Moro e Bolsonaro ainda nem começou e, quando começar de fato, vai espirrar muita sujeira de ambos os lados porque o que não falta é podridão na ficha corrida dos dois.

Fico aqui na torcida para que a guerra vença.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro perde mais uma: Confirmada a queda do diretor-geral da PF indicado por ele

É questão de horas a queda do diretor-geral da PF indicado por Sérgio Moro e sua substituição pelo delegado bolsonarista Anderson Torres. O site O Antagonista, porta-voz de Moro, já reconheceu a derrota do ministro e informa que o atual delegado-geral, Maurício Valeixo, está limpando as gavetas enquanto Torres já monta sua equipe. Moro pedirá demissão, como tem ameaçado nos bastidores?

Torres está montando a nova equipe a quatro mãos, com Jair Bolsonaro. Ele foi, desde sempre, o candidato dos filhos de Bolsonaro para o cargo. O pai preferia o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, o também delegado da PF Alexandre Ramagem, que coordenou a segurança da campanha de Bolsonaro após a facada em Juiz de Fora. Mas, aparentemente, a vontade dos filhos prevaleceu mais uma vez: os três fizeram campanha por Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal.

O virtual novo delegado-geral da PF já respondeu a um processo por tortura. Ao término do processo, que correu entre 2007 e 2018, Torres foi absolvido.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Torres e uma equipe de cinco agentes teriam sequestrado, diante de testemunhas e à luz do dia, dois rapazes suspeitos de furtarem a residência de dois policiais federais. Ele também foi acusado de abrir um inquérito paralelo, embora a competência fosse da Polícia Civil. As investigações da Polícia Militar do DF, contudo, inocentaram os dois jovens.

Delegado da PF há 16 anos, Torres passou metade do tempo da carreira como chefe de gabinete do deputado de extrema-direita Fernando Francischini (PSL-PR), ele também delegado da Polícia Federal.

 

 

*Com informações do 247