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Política

Revoltados, subprocuradores publicam nota contra ameaça de “estado de defesa” feita por Aras

Subprocuradores da República divulgaram nesta quarta-feira (20) uma nota com duras críticas ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pela manifestação em que o PGR diz que “estado de calamidade pública é a antessala do estado de defesa”.

O documento, assinado por seis subprocuradores da PGR, cobra de Aras lembram que a pandemia do coronavírus já causou a morte de 211 mil brasileiros e aponta a incompetência do governo ao enfrentamento da pandemia.

“Não bastassem as manifestações de autoridades em dissonância com as recomendações das instituições de pesquisa, tivemos a demora ou omissão na aquisição de vacinas e de insumos para sua fabricação, circunstância que coloca o Brasil em situação de inequívoco atraso na vacinação de sua população”, diz o documento.

Os procuradores cobram de Augusto Aras atuação contra o descaso de Jair Bolsonaro na pandemia. “O Ministério Público Federal e, no particular, o Procurador-Geral da República, precisa cumprir o seu papel de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e de titular da persecução penal, devendo adotar as necessárias medidas investigativas a seu cargo”, dizem os integrantes da PGR.

A manifestação de Augusto Aras, divulgada em nota nessa terça-feira (19), ocorreu em meio ao aumento da pressão pelo impeachment de Jair Bolsonaro nas redes sociais e em setores da oposição, após o agravamento da crise da saúde pública no Amazonas.

“Consideramos, por fim, que a defesa do Estado democrático de direito afigura-se mais apropriada e inadiável que a antevisão de um ‘estado de defesa’ e suas graves consequências para a sociedade brasileira, já tão traumatizada com o quadro de pandemia ora vigente”, acrescentam.

O documento é assinado pelos subprocuradores José Adonis Callou de Araújo Sá, José Bonifácio Borges de Andrada, José Elaeres Marques Teixeira, Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, Mario Luiz Bonsaglia e Nicolao Dino.

Leia a íntegra da nota:

Subprocuradores da PGR se revoltam contra Augusto Aras from Leonardo Attuch

*Com informações do 247

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Aras assina portaria que dá amplo compartilhamento de dados sigilosos da Lava Jato

De acordo com portaria assinada nesta sexta-feira (8), o acesso será permitido aos integrantes do MPF em todo o país.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, assinou nesta sexta-feira (8) portaria que permite amplo compartilhamento interno de informações colhidas em investigações do Ministério Público Federal, incluindo dados sigilosos da Lava Jato.

A ideia foi anunciada por Aras no final do ano passado. A medida, agora, assinada em conjunto com a corregedora-geral do MPF, Elizeta Ramos, regulamenta como será o recebimento, o armazenamento e o compartilhamento das informações.

Só o arquivo da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba tem um total de 1.000 terabytes. O material está em poder da Sppea (Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise), órgão da PGR (Procuradoria-Geral da República).

O compartilhamento de informações colhidas em apurações não é novidade na rotina do MPF. Busca-se, a partir de agora, segundo a PGR, fazê-lo de forma mais sistematizada e ampliada.

Aras defende esse modelo de compartilhamento por entender que ele é um avanço institucional. O procurador-geral tem defendido que a inovação simplificará o trabalho dos integrantes do órgão, por possibilitar, segundo avalia, atuação mais célere e efetiva dos investigadores, com melhor aproveitamento do conhecimento produzido pela Procuradoria.

O banco de dados da Lava Jato reúne informações, parte delas sigilosa, sobre pessoas e empresas, incluindo os acordos de delação premiada e de leniência.

O procurador que estiver atuando em determinada investigação poderá consultar o arquivo em busca de elementos que possam contribuir com seu trabalho.

Para isso, o interessado terá que formalizar um pedido e justificá-lo. A Sppea fará a pesquisa e enviará um relatório a quem solicitou a informação. Além disso, a distribuição pode ocorrer por iniciativa do procurador responsável pelo ofício ao qual os dados estão vinculados.

Para uma informação sigilosa obtida por meio de decisão judicial ser compartilhada, explica a PGR, é preciso haver autorização da Justiça.

Ao comentar o assunto em dezembro, em conversa com jornalistas para fazer o balanço de 2020 das ações da PGR, Aras explicou que a ideia era adotar modelo similar ao Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras), que produz relatórios de inteligência para órgãos de investigação, com “monitoramento e rastreamento de quem acessa os dados”.

O banco de dados da força-tarefa no Paraná foi uma das polêmicas envolvendo o procurador-geral e integrantes da Lava Jato no ano passado. Aras comentou que a operação tinha “caixa de segredos”.

O imbróglio motivou, inclusive, um recurso da PGR ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso às informações coletadas por Curitiba. A força-tarefa coleciona informações desde março de 2014, quando foi realizada a primeira fase da operação.

A Lava Jato negou inicialmente o acesso e denunciou à Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, uma das principais auxiliares de Aras e encarregada de levar os dados para Brasília.

“A situação agora está equalizada”, disse o procurador-geral em dezembro.

De acordo com os estudos da PGR que embasaram a edição da portaria, o compartilhamento de dados sigilosos ocorrerá sem prejuízo do caráter sigiloso e da possibilidade de a corregedoria fiscalizar os acessos realizados.

Todos os dados recebidos por procuradores deverão ser registrados no Único, sistema de informações processuais do MPF, e classificados de acordo com o grau de sigilo necessário. “Todo o procedimento ficará registrado no Único, com transparência”, disse Aras.

O armazenamento desses dados deverá ser feito nessa plataforma ou em solução disponibilizada pela própria instituição.

“O objetivo é formalizar o compartilhamento interno”, disse a corregedora Elizeta Ramos. “Como se deve pedir, quem pode pedir, quem pode autorizar.” De acordo com ela, isso dará segurança jurídica ao procedimento, além de propiciar que o armazenamento seja feito com a devida segurança.

*Marcelo Rocha/Folha

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Aras institucionaliza “lava jato” e transfere papel para Gaeco

A “lava jato” de Curitiba deve ter seus trabalhos prorrogados até o final do ano que vem. Mas não mais sob a direção artística de qualquer “força tarefa” — nome fantasia de órgão que não existe no organograma do Ministério Público Federal. O papel, com novos atores, será do Gaeco — Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal no Paraná (Gaeco/MPF/PR).

A ideia de institucionalizar o combate à corrupção em todas as frentes poderá ser adotada em outros estados. Os Gaecos existem há 25 anos nos Ministérios Públicos estaduais. No âmbito federal, existem há seis anos, mas a implementação nos primeiros estados só aconteceu na gestão de Aras. O Rio de Janeiro, por exemplo, ainda não fez essa opção.

O personalismo e a distribuição dirigida de processos, em São Paulo, teve outra solução. A procuradora Viviane Martinez, encarregada de rever o sistema, estancou os vícios detectados, retirando da autoapelidada “força tarefa” os casos que nada tinham a ver com o processo relacionado à Petrobras.

Segundo um procurador, a preocupação da PGR é preservar a legitimidade do combate aos crimes de colarinho branco. A desmoralização de protagonistas e de seus métodos, argumenta, não pode comprometer o papel da instituição. Com a entrada dos Gaecos em cena, o que parecia ser projeto pessoal de algumas pessoas, passa a ser uma ação oficial do MPF, fiscalizada e controlada.

 

*Do Conjur

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É guerra! Lava-Jato em São Paulo pede demissão coletiva. Interlocutores de Aras acusam retaliação política

Depois de Deltan Dallagnol se demitir do comando da Lava-Jato no Paraná, sete procuradores da força-tarefa de São Paulo comunicaram ao procurador-geral Augusto Aras nesta quarta o pedido de exoneração coletivo dos trabalhos.

“Cumprimentando-o, os membros ora signatários vêm solicitar – pelas razões expostas à Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal no âmbito da Sindicância nº 1.00.002.000060/2020-17 (Ofício 1259/2020 – PRR3a-00022502/2020), relativas, em síntese, a incompatibilidades insolúveis com a atuação da procuradora natural dos feitos da referida Força-Tarefa, Dra. Viviane de Oliveira Martinez – seus desligamentos da Força-Tarefa Lava Jato de São Paulo, com a consequente revogação de suas respectivas designações, contidas na Portaria PGR nº 23, de janeiro de 2020”.

“Esse movimento é retaliação contra a procuradora Viviane, que vinha investigando a distribuição irregular de processos entre os procuradores na Lava-Jato, uma coisa a PGR está determinada a coibir”, diz um interlocutor de Aras.

Nesta mesma quarta, o Conselho Superior do Ministério Público determinou que o grupo de trabalho da Lava-Jato no STJ seja proibido de redistribuir processos entre os procuradores que atuam no grupo sem o aval e o conhecimento da procuradora natural do caso na Corte, Áurea Maria Etelvina Nogueira Lustosa Pierre.

Para interlocutores de Aras, a demissão dos procuradores seria uma “retaliação política” por causa da postura do procurador de assumir o controle dos procedimentos nas forças-tarefas e de normatizar a distribuição de processos, conduta identificada como irregular em São Paulo.

Nos mesmo ofício em que comunicam a decisão, os procuradores especificam datas de saída para uma transição. “Em favor de um período de transição, estão à disposição para adotarem providências finais a parte dos casos que vinham sendo conduzidos, e solicitam, para tanto, seja o efeito do desligamento ora solicitado iniciado a partir das datas discriminadas”, diz o texto.

Os procuradores que pediram exoneração e as datas em que cada um pretende se desligar da Lava-Jato:

Guilherme Rocha Göpfert: a partir de 08/09/2020

Thiago Lacerda Nobre: a partir de 08/09/2020

Paloma Alves Ramos: a partir de 11/09/2020

Janice Agostinho Barreto Ascari: a partir de 30/09/2020

Marília Soares Ferreira Iftim: a partir de 30/09/2020

Paulo Sérgio Ferreira Filho: a partir de 30/09/2020

Yuri Corrêa da Luz: a partir de 30/09/2020

A Lava-Jato em São Paulo é, no momento, uma das grandes frentes de investigação do MPF sobre casos importantes de corrupção descobertos pela Lava-Jato no Paraná e que acabaram desmembrados e enviados ao estado.

Uma série de delações contra políticos, partidos, empresas e integrantes do submundo da corrupção no estado e fora dele estão em fase de investigação e apresentação de denúncia no grupo.

O Radar entrou em contato com integrantes da Lava-Jato, mas eles não quiseram comentar a decisão.

 

*Da Veja

 

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PF assina acordo de delação com Sérgio Cabral, que promete devolver R$ 380 milhões

A Polícia Federal assinou acordo de delação premiada com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e enviou o material para homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Pelo acordo, mantido sob sigilo, o ex-governador se comprometeu a devolver R$ 380 milhões da propina recebida por ele nos últimos anos. A delação, porém, só terá validade caso seja homologada pelo STF.

O acordo, assinado pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, chegou ao Supremo no início de novembro. A PF pediu que a delação fosse distribuída ao ministro Fachin. Logo em seguida, Fachin pediu uma manifestação do procurador-geral da República Augusto Aras sobre o material, de acordo com O Globo.

A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou ao STF nesta segunda-feira. Aras afirmou ser contrário ao acordo de delação, que também havia sido rejeitado anteriormente pela força-tarefa da Lava-Jato do Ministério Público Federal do Rio.

Em sua manifestação, Aras argumentou que o ex-governador ocultou informações e protegeu pessoas durante a negociação do acordo com a Lava-Jato do Rio. Por fim, também alegou que Cabral pode ser considerado o líder da organização criminosa montada no governo do Rio, e, portanto, não poderia se beneficiar de um acordo de colaboração. Diz, portanto, que o acordo da PF com Cabral está fora dos requisitos legais.

Durante dois meses de depoimentos prestados à PF, Cabral citou dezenas de políticos beneficiários do esquema de corrupção montado em seus governos no Rio. Chamou a atenção dos investigadores uma outra frente citada nos seus depoimentos: o Judiciário. Cabral narra nos depoimentos sua relação com ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com o processo de indicação deles aos seus atuais cargos. É por isso que a delação precisa ser homologada no STF, já que esses ministros possuem foro privilegiado perante a Suprema Corte. Os nomes delatados são mantidos sob sigilo.

Fontes com acesso aos depoimentos afirmam que há poucas provas documentais, mas que o ex-governador fornece caminhos de provas para diversos dos seus relatos. Dizem ainda que as informações prestadas por Cabral sobre o Judiciário seriam suficientes para novas frentes de investigação na Lava-Jato. Preso desde novembro de 2016 e já denunciado 30 vezes pelo Ministério Público Federal, Sérgio Cabral já foi condenado 12 vezes na Lava-Jato e suas penas somadas superam 267 anos.

 

 

*Com informações do Globo

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Moro, Augusto Heleno e Aras, três macacos adestrados para não verem, ouvirem ou falarem nada contra Bolsonaro

Lembro-me de quando Figueiredo veio a Volta Redonda em campanha para Moreira Franco que disputava o governo do Rio contra Brizola, o pente fino que a Polícia Federal fez em todos os prédios até uns 500 metros de distância. A ordem era não abrir as janelas que ficassem de frente para o Escritório Central da CSN aonde os dois discursariam. Eram soldados e policiais à paisana pra todo lado.

Passando para os dias atuais, é curioso é como um Presidente da República, que supostamente teria recebido uma facada, ainda candidato, tem uma segurança em seu próprio condomínio tão frouxa, mesmo morando a 50 passos de um dos milicianos e traficantes de fuzis mais perigosos do Rio.

Sem falar na circulação de comparsas do miliciano, num entra e sai do Vivendas da Barra, que jamais levantou suspeita dos agentes da PF, comandados por Moro, para zelar pela segurança presidente e sua família dentro do condomínio.

E ainda tem o GSI- Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comandado pelo general Augusto Heleno que, certamente, não levantou na Abin, a ficha da vizinhança de Bolsonaro e Carlos, que também tem casa no mesmo condomínio, encostada à casa de Ronnie Lessa, o miliciano que assassinou Marielle.

Da casa de Ronnie Lessa dá para ver cômodos da casa de Bolsonaro. Ainda bem que o miliciano nunca quis matar Bolsonaro, porque faria isso tomando suco na varanda com uma simples zarabatana ou um estilingue, sem fazer qualquer barulho ou fumaça de arma de fogo.

Vejam só que risco o “mito” corria debaixo das barbas de Moro e Augusto Heleno.

E aqui nem se lembra que Bolsonaro é uma celebridade para a milícia carioca, a começar por Queiroz, e mais uma penca de familiares de milicianos que faziam parte da nação de laranjas e fantasmas do esquema de corrupção dos quatro Bolsonaro, Jair, Carlos, Flavio e Eduardo. Família conhecida no Rio pela bandidagem carioca por distribuir honrarias oficiais ao universo miliciano da cidade.

O Clã Bolsonaro tem o mapa da milícia nas mãos, sabe de cada território controlado e quem controla, mas justo um vizinho em que o seu filho mais novo namorou a filha do miliciano e traficante de armas, ele nem sabia de sua existência, que fará saber que é seu vizinho.

Mas convenhamos, Moro e Augusto Heleno, com uma parafernália investigativa que coloca até escuta em selas e escritórios de advocacia para arapongar advogados, comeram mosca, aí já é demais né!

O interessante é que Aras, o PGR de Bolsonaro, entrou entrando no caso Marielle e o clã, pedindo para alguns contatos que ele fez dentro do Ministério Público do Rio de Janeiro fazerem um laudo pericial, provavelmente em papel de embrulho, acusando o porteiro de mentir sobre o primeiro depoimento dado, em que disse que o miliciano Élcio de Queiroz, um dos comparsas de Ronnie Lessa no assassinato de Marielle, tinha pedido para o porteiro tocar na casa 58 e seu Jair liberado a sua entrada.

Foi uma coisa tão grosseira, feita na base do sopapo, que a repercussão foi desastrosa com peritos desqualificando por completo aquele lixo pericial, que o Ministério Público do Rio expulsou a promotora bolsonarista da equipe envolvida no caso. Então, Moro deu um jeito de resolver a pendenga, colocou a PF não atrás dos milicianos, na sua federalização enviesada do caso, mas do coitado do porteiro que virou o caso de cabeça para baixo, transformando-o de testemunha, em investigado.

De lá para cá, não se tem mais notícias do coitado, não se sabe o que foi feito dele, até porque parece que a grande mídia não está interessada em descobrir nada do Queiroz, que fará do porteiro.

Falo daquela mídia que alugou quartos de hotel do lado do quarto de Dirceu na tentativa de descobrir alguma coisa, assim como para quem Dirceu foi trabalhar quando foi libertado, levantando até as marcas das cuecas usadas pelo dono da empresa para a qual Dirceu prestava serviço.

Essa gente agora não tem mais interesse em nada disso. Se Moro, Augusto Heleno e Aras não dão um pio, não veem nada e não escutam nada sobre o Queiroz, não é a gloriosa mídia investigativa que vai se meter nesse imbróglio né. Afinal de contas, pra que serve o cinismo numa hora dessas?

Poderia também estender um pouco sobre os 39kg de cocaína encontrados pela Polícia Federal da Espanha no avião da FAB que fazia parte da comitiva de Bolsonaro na viagem para o Japão, assunto sobre o qual nenhum dos três macaquinhos de Bolsonaro, Moro, Aras e Heleno abrem o bico. E trata-se do avião da FAB em que alguém entrou, não com uma trouxinha, mas com um volume proporcional a oito pacotes de 5kg de arroz, sem que ninguém tenha visto. E o mais incrível é que ninguém, no Brasil, foi responsabilizado por deixar o sargento entrar com esse volume todo de cocaína no avião.

Mais engraçado ainda é ver Moro todos os dias em seu twitter imitando Bolsonaro que imita Trump, vangloriando-se de, sob seu comando, da PF desmantelar quadrilhas de traficantes de drogas e armas, batendo recordes de produtividade, mas sobre esse assunto dos 39kg de cocaína, não há Cristo que faça Moro falar.

Então, conclui-se que, ou esse rapaz é muito ocupado ou falta espaço em sua memória para dar uma satisfação à sociedade brasileira sobre esse episódio.

Mas tanto esse assunto quanto outros tantos que envolvem Bolsonaro e seus filhos, para os quais os três macaquinhos de Bolsonaro fazem ouvidos moucos, vista grossa e boca de siri, não estão esquecidos, até porque casos como o dia do fogo em que o mundo culpa Bolsonaro por produzir a primeira centelha do incêndio que devastou boa parte da floresta amazônica, já esculacha o pária internacional e, tendo ele mesmo que se defender da lambança que produziu, fabrica a cada dia mais vexames internacionais como o fake news de que DiCaprio patrocina queimadas no Brasil via brigadistas. Mas isso também é assunto para outros episódios sobre a subserviência de Moro, Augusto Heleno e Aras ao chefe da milícia.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O desespero de Bolsonaro: Em atendimento ao patrão, Aras manda pedido de prisão de Lula pra MP de São Bernardo

A mando de Bolsonaro, deputados do PSL recorreram à Lei de Segurança Nacional (LSN) para pedir novamente a prisão de Lula, alegando que ele incitou a violência em seu discurso sábado (9) em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Alçado por Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras informou aos deputados do PSL que protocolaram um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Lula nesta segunda-feira (12) que o caso será enviado ao Ministério Público de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde o ex-presidente tem residência fixa.

A mando de Bolsonaro, os deputados recorreram à Lei de Segurança Nacional (LSN) para pedir novamente a prisão de Lula, alegando que ele incitou a violência em seu discurso no último sábado (9), em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Em entrevista ao site O Antagonista, porta-voz da Lava Jato e de Sergio Moro, Bolsonaro já havia ameaçado usar a LSN contra Lula. “Temos uma Lei de Segurança Nacional que está aí para ser usada. Alguns acham que os pronunciamentos, as falas desse elemento, que por ora está solto, infringem a lei. Agora, nós acionaremos a Justiça quando tivermos mais do que certeza de que ele está nesse discurso para atingir os seus objetivos”.

O medo de Bolsonaro é que o país vá às ruas, como acontece no Chile, onde manifestantes reivindicam mudanças no governo Sebastián Piñera. O filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse em entrevista que se ocorrer no Brasil o que acontece no país andino, é possível reimplantar um novo AI-5.

 

 

*Com informações da Forum

*Foto: Uol

 

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Bolsonaro confessou obstrução da Justiça? Trabalho do MP-RJ está corrompido

Reinaldo Azevedo

A humilhação a que está sendo submetido o Ministério Público Estadual do Rio não tem precedentes. Já é histórica. E, convenham, leva as assinaturas das promotoras Simone Sibilio e Carmen Eliza, aquela que fez foto abraçada ao deputado Eduardo Amorim, o que quebrou a placa em homenagem a Marielle Franco, cujo assassinato investigava.

Sibilio arrumou uma perícia de última hora, mequetrefe, para dar uma entrevista coletiva no dia seguinte à reportagem do Jornal Nacional. O alvo: o porteiro. Agora, Jair Bolsonaro, ninguém menos, vem com uma novidade. Durante visita a uma concessionária, aonde foi comprar uma moto, para espanto geral, o presidente confessou:

“Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano, a voz não é minha. Não é o seu Jair. Agora, que eu desconfio, que o porteiro leu sem assinar [sic] ou induziram ele a assinar aquilo? Induziram entre aspas, né? Induziram a assinar aquilo”.

Tudo é vazado em bolsonarês, como veem. Ele quis dizer “assinou sem ler”. Estruturas binárias costumam confundir certas consciências, o que pode ser ruim. Vai que se invertam, por exemplo, as posições do Bem e do Mal, do certo e do errado, do culpado e do inocente, né?

O presidente da República está confessando um ato que, em qualquer investigação, seria considerado obstrução da justiça? Estamos falando de uma prova do processo. Segundo Augusto Aras, procurador-geral da República, essas gravações já tinham sido entregues ao presidente do STF, Dias Toffoli, e, por seu turno, à PGR na forma de uma “notícia de fato”, a saber: o porteiro havia afirmado ter entrado em contato duas vezes com a casa 58 do condomínio Vivendas da Barra para informar a presença de Elcio Queiroz no local. E, segundo os dois depoimentos, falou com alguém com a voz de “seu Jair”.

REGISTRO EM LIVRO Mas não há apenas isso. Há também a foto do livro que registra a entrada de veículos no condomínio — feita pela mulher de Ronnie Lessa, acusado de dar os tiros que matou Marielle e o motorista Anderson Gomes — atestando que Queiroz pediu para visitar a casa 58.

Esse registro é contemporâneo ao ingresso do comparsa de Lessa no condomínio. Aras diz que a “notícia de fato” foi arquivada. Houve alguma apuração? Não que se saiba.

E qual a justificativa de Aras? As gravações contradiriam a afirmação do porteiro. Muito bem! Tais gravações tinham sido submetidas a algum exame técnico? Resposta: não! Tanto não tinham que doutora Sibilio deu um jeito de arrumar uma perícia a toque de caixa antes de dar a entrevista coletiva. Essa perícia é tão boa, mas tão boa!, que não apura a possibilidade de arquivos terem sido excluídos ou renomeados. Não é uma perícia, mas um deboche.

Na rota da humilhação e da desmoralização do Ministério Público do Estado do Rio, vem agora a confissão de Bolsonaro: “Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos, a voz não é minha”.

“Nós”, quem?

Pegaram quando?

Desde quando o presidente estava, então, preparando uma resposta?

Isso se deu antes ou depois de membros do MP Rio — suponho que tenham sido as duas procuradoras — terem ido falar com Toffoli, em Brasília, sem o conhecimento do juiz estadual responsável pelo caso, o que é absolutamente heterodoxo?

IMAGINEM SE FOSSE COM LULA E O PT

Imaginem se procedimentos dessa natureza tivessem se dado com Lula e o PT. Ou, então, pensem em Dilma presidente dando uma entrevista, afirmando que, por conta própria, solicitou elementos de prova de um crime relacionado ao petrolão para fazer a sua própria perícia.

O caroço no angu cresce de tamanho.

Toda a equipe que investiga a morte de Marielle no Ministério Público do Estado do Rio tem de ser imediatamente afastada.

É preciso formar uma força-tarefa que preste contas à sociedade do que está em curso.

A investigação da morte de Marielle foi invariavelmente corrompida, corroída.

Foi envenenada por procedimentos heterodoxos.

Os demais promotores têm de vir a público manifestar seu inconformismo.

Ou entrarão para a história como coniventes com uma pantomima sinistra.

PS – Antes que Sergio Moro se assanhe de novo: a investigação tem de continuar a cargo da Polícia do Rio e do MP Estadual, mas todos os promotores envolvidos no caso têm de ser imediatamente afastados.

 

 

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Bolsonaro, como é prática na milícia, mandou Queiroz dar um sumiço em seu celular

Segundo Lauro Jardim do Globo, em janeiro, um mês depois de o caso Fabrício Queiroz/Flavio Bolsonaro estourar, Bolsonaro mandou um emissário de confiança dar a seguinte instrução ao ex-faz tudo da família:

Que Queiroz jogasse o aparelho de celular fora e comprasse uma nova linha.

E assim foi feito.

Essa é apenas uma prática criminosa de uma lista da bandidagem carioca que pode ser traçada hoje, atuando de dentro do Palácio do Planalto.

Como se soube neste sábado (02) pela própria boca de Bolsonaro, sumir com provas que podem incriminá-lo ou alguém de sua família, como a gravação do condomínio onde mora, do dia do assassinado de Marielle, que ele confessou ter pego, é a especialidade do presidente.

A afronta às instituições do Estado, como é prática da malandragem carioca, é cultuada pelo clã Bolsonaro. Mas, para alcançar esse grau de delinquência e de práticas criminosas, tem que se ter um portfólio de trinta anos no legislativo, como Bolsonaro, para se chegar ao ápice, como se vê na forma como ele trata essas questões, a ponto de não só confessar, mas também de debochar da morte de Marielle, como fez hoje com um jornalista do Globo, perguntando, “E aí Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo, ou não?

Na verdade, esse linguajar de Bolsonaro, característico de bandidos cariocas que ligam de presídios para extorquir suas vítimas, soma-se a um outro diálogo de Queiroz que, supõe-se, com ele mesmo no áudio vazado para a imprensa, onde, usando a mesma linguagem, ele faz questão de garantir que, se for traído, tem munição suficiente para detonar Bolsonaro, como é comum na guerra entre milicianos.

Esse é o modelo cívico brasileiro da era Bolsonaro, modelo cívico cultural, assim como o modelo cívico político que assassinou Marielle Franco e Anderson Gomes. É nas mãos dessa gente que o país está, que utiliza as próprias instituições do Estado para instalar um regime autoritário que se agrava perigosamente contra a democracia brasileira.

O fato é que a bandidagem hoje no Brasil sai das periferias cariocas e se transforma em uma situação estrutural a partir do governo Bolsonaro. Essa é a grande diferença, é como se os delinquentes tivessem conseguido chegar à maioridade, inclusive é o que está explicitado na briga particular entre Bolsonaro e Wilson Witzel, como uma guerra entre facções criminosas ligadas à milícias.

E a situação parece se agravar ainda mais quando se inclui nisso a prática nefasta de Moro, da república de Curitiba que, junto com Aras, tentou engavetar o crime de Marielle em que tem como fermento político o próprio clã Bolsonaro.

Estão todos no mesmo saco, fazem parte do mesmo grupo de delinquentes, agora, transformando esse comportamento numa ordem nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Foto: Diário da Manhã

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Por que o leão enfurecido, roncando grosso, virou gatinho e nem miou o nome de Queiroz?

Bolsonaro, teatral, fez aquela cena toda tresloucada na live, falando da sogra picareta, da mãe da sogra vigarista, da perseguição aos filhos e à mulher, do porteiro, falou de tudo, só não falou do mais importante, o Queiroz.

Ou aquela voz que apareceu em duas gravações de Queiroz ameaçando o clã também não é do Queiroz?

Mas Moro entra em campo, mudo sobre Queiroz, mas convoca Aras pra convocar o Ministério Público do Rio.

Porteiro “mentiu” ao relacionar Bolsonaro ao caso da Marielle, diz procuradora do Ministério Público Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Menos de 24 horas depois do Jornal Nacional vazar o depoimento que implica Bolsonaro, o MP do Rio apurou tudo, periciou os arquivos, a voz do áudio e concluiu que o porteiro é o culpado.

Estamos falando do mesmo MP que em quase um ano, não encontra o Queiroz.

Isso escancara o que é um verdadeiro aparelhamento das instituições públicas.

Mas o deputado do PSOL Ivan Valente levanta uma questão fundamental: Se o MP-RJ sabia que o porteiro mentiu, porque enviou representantes a Brasília para consultar o presidente do STF, Dias Toffoli, se deveria continuar com as investigações?

Mas o tema que me traz aqui é o Queiroz, que se transformou numa  especialidade dos brasileiros pela convivência com a impunidade diária que o caso representa.

E é nesse sentido que vem a pergunta: tudo isso não pode ser um grande teatro para que Bolsonaro desvie o foco das gravações gravíssimas de Queiroz, reveladas pelo O Globo? Não que isso não tenha acontecido, até porque, Bolsonaro, há muito já sabia, por Witzel, do depoimento do porteiro e não moveu absolutamente nada do que vimos com Moro e Aras para se inteirar discretamente sobre esse episódio.

A meu ver, como é prática comum de Bolsonaro, escandalizar com suas gritarias para tirar o foco do que realmente interessa à sociedade, e aqui falo exclusivamente do Queiroz, justamente depois que os áudios se tornaram públicos e a repercussão tomou proporções que envenenaram bastante a imagem de Bolsonaro.

Para quem anda muito assustado com as manifestações de rua contra medidas neoliberais, como as que ocorreram no Equador e no Chile, Bolsonaro não esconde seu medo de que o estopim chamado Queiroz promova o estouro da boiada. E mesmo se Queiroz for calado de alguma forma, ele já expôs não só Bolsonaro. Mas os valentes Moro, Aras e os procuradores do Rio, que agiram de maneira recorde contra o porteiro, omitem-se, assim como o presidente, de se pronunciarem sobre os áudios de Queiroz.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas