No momento em que Moro começou a dar explicações no CCJ no Senado, iniciou-se o tuitaço.
A hashtag #RatoMoroTaMelindrado subiu para primeiro lugar, na manhã desta quarta-feira (19), nos Trend Topics do Twitter no Brasil.
Moro compareceu hoje à CCJ no Senado, onde ainda está prestando esclarecimentos sobre a troca de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol trazida à tona pelo Intercept Brasil com conteúdos que estarreceram não só o Brasil como o mundo. As mensagens comprovam um conluio entre o ex-juiz e procuradores para prender o ex-presidente Lula e mantê-lo na prisão para que o resultado das eleições saíssem de maneira favorável a Sergio Moro, como saiu, para a conquista da cadeira de Ministro da Justiça e Segurança Pública.
Várias das mensagens criticam tanto as ações de Moro contidas nos vazamentos quanto as suas explicações na CCJ. Veja abaixo:
Hoje, quarta-feira (19), Sergio Moro está neste momento sendo interrogado no Senado sobre os últimos acontecimentos que, de certa forma, começam a colocar a história política do Brasil, afanada por ele, em seu devido lugar, com muitos prejuízos, é certo, mas com a esperança de que a história volte a seguir o seu caminho natural, como antes do golpe de 2016 que tirou Dilma da cadeira da Presidência da República para colocar um biltre em seu lugar que resultou no desmando, no desgoverno.
Em função disso, O Brasil vive hoje uma de suas piores crises econômicas, sociais e, consequentemente, de credibilidade perante o mundo, tendo como presidente um tresloucado, resultado do golpe e das tramas armadas para que Bolsonaro se elegesse.
E a história seguiu de maneira torpe, vil, com o luxuoso auxílio da “operação Lava Jato”, hoje um pejorativo. Sergio Moro e os demais procuradores envolvidos nessa trama asquerosa que tirou da eleição o ex-presidente Lula, injustamente preso, agiram como se a mentira fosse suficientemente forte para se sobrepor à verdade. Não! Mais cedo ou mais tarde, ela viria. E veio, meio tarde? Talvez, mas não o suficiente que não permita que se retome o fio da meada, os rumos do bem.
Agora, neste exato momento, Sergio Moro está lá no Senado, feito um rato acuado, sendo massacrado e sem argumento para se defender. Uma vergonha de se ver! Não há argumento que o defenda depois do escândalo do vazamento das conversas entre ele e os procuradores da força-tarefa, sobretudo com Dallagnol. Ao contrário do ex-presidente Lula, preso sem provas, no caso de Moro, as provas estão aí escancaradas pelo site The Intercept Brasil.
Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’
Sergio Moro não gostou do alvo tucano: ‘melindra alguém cujo apoio é importante’.
Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano.
Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.
À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.
As conversas:
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco? Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96? Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito? Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante
FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3, 4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.
Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição.
Mais conversas:
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito? Sérgio Bruno Cabral Fernandes – 11:51:25 – Mandado pra SP Sérgio Bruno Cabral Fernandes –11:51:44 – Não analisamos prescrição Dallagnol – 13:26:11 –Emoji de positivo
Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.
A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.
A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazerser doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.
Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores reagiram com empolgação:
Mais conversas:
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso Roberson – 20:35:20 – MPF Pois é!!! Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC? Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa! Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de acordo, faço a portaria amanha cedo/h6>
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia! Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!! Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário – e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.
Mais conversas:
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção? Welter – 21:51:24 – 149967.ogg Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom indício de corrupção do fhc/psdb antes Dallagnol – 22:14:24 – Claro Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral
Mais conversas:
Dallagnol – 09:54:59 – Viram do filho do FHC? Dallagnol – 09:55:01 – http://pgr.clipclipping.com.br/impresso/ler/noticia/6092614/cliente/19 Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram, Paulo? Esse já tem grupo? Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas não sei se esse especificamente desceu Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os depoimentos na pasta Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos temas q eu quero tratar na reunião)
Acho mesmo que Dallagnol terá que fazer uma greve de fome, pois Jejum com geladeira cheia, não vai prestar.
A rotina dessa gente da Lava Jato virou um inferno.
A hercúlea tarefa de se livrar das revelações do Intercept tem provocado atos cômicos, como na entrevista de hoje no Estadão em que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirma que são falsas as mensagens e, nas linhas que seguem a matéria, ele passa a justificar o comportamento promíscuo de Moro com os procuradores da Lava Jato.
Lógico que vem a 1ª pergunta: se as mensagens são uma farsa feita por ratos como afirma Carlos Fernando, por que o mesmo justifica o comportamento criminoso de Moro e de seus subalternos?
A 2ª pergunta: como um sujeito pode cair em contradição na mesma entrevista? Simples, estão todos completamente nus, atordoados, batendo cabeça e trombando com as próprias declarações.
É, no mínimo, divertido este momento de balburdia judiciária no Brasil.
Todo mundo sabe que o “combate à corrupção” se transformou no grande refúgio dos corruptos. O que não imaginávamos é que assistiríamos a uma postura tão amadora e desesperada, como estamos assistindo com Moro, Dallagnol e Carlos Fernando.
Dallagnol compartilha em seu twitter um artigo publicado no Estadão do advogado Luís Carlos Dias Torres com o título: Brasil: futebol, carnaval, samba e inversão de valores.
Na cabeça do artigo compartilhado por Dallagnol, vem o que pensa ou diz que pensa o advogado Luís Carlos Dias Torres, sobre as revelações do intercept: “Tenho acompanhado essa polêmica toda a respeito das mensagens trocadas entre a força-tarefa da Lava Jato com o então juiz e atual ministro da Justiça, Dr. Sérgio Moro. Estou absolutamente surpreso! Porém, a última coisa que me surpreende é o teor das mensagens trocadas entre o MPF e o juiz da causa.”
Em seguida Luis Carlos Dias Torres tece suas considerações:
“Quem advoga na área criminal está mais do que acostumado com essa proximidade entre o juiz e o promotor. Ela é até natural. Afinal, ambos trabalham juntos, fazem audiências todos os dias, durante tardes inteiras. Tanto juiz como promotor são funcionários públicos. Normalmente são pessoas que optaram por essas carreiras com ideais de contribuir para um país e um mundo mais justo; que, em muitas vezes, se traduz em punir os culpados.
Aliás, isso não é de hoje. Desde muito existe esse tipo de entendimento entre o acusador e o julgador. Só que, antes, ele acontecia presencialmente, na sala de audiências, no gabinete do juiz, no cafezinho do Fórum, etc. Hoje em dia, com os avanços da tecnologia, ele ocorre pelos aplicativos de mensagem.”
O resto do artigo é uma mistura de rasgação de seda pra Moro e os lavajatinos banhada de vulgaridade com o lero-lero do tal hacker que invadiu o celular da turma da República de Curitiba.
Uma bobagem que o próprio Moro por inúmeras vezes se mostrou avesso, como nessa sua fala:
“O problema não era a captação do diálogo e a divulgação do diálogo, mas era o diálogo em si, uma ação visando burlar a justiça”.
Então, o que resta do agradável efeito retórico é que o advogado que escreve o artigo entende que as mensagens publicadas pelo Intercept são rigorosamente verdadeiras e que, compartilhando essa matéria para sustentar a inocência dos lavajatinos, Dallagnol tropeça na própria língua e admite que são verdadeiras as mensagens e, logicamente, as acusações feitas pelo Intercept sobre a parcialidade e a trama criminosa que Moro orquestrou para acusar, condenar e prender Lula, com o auxilio luxuoso de Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e cia.
Greenwald, do Intercept Brasil, responsável pela divulgação das conversas vazadas de Moro com Dallagnol, o que gerou um grande escândalo, postou em seu twitter nesta segunda-feira (17) sobre documentos atribuídos a ele com erros grosseiros em inglês, divulgados pelos sites de extrema-direita MBL e Terça Livre.
“Se for fabricar documentos falsificados em inglês para tentar espalhar falsas acusações contra mim, pelo menos tenha a cortesia de não ser tão preguiçoso a ponto de errar as palavras básicas”, diz Greenwald
Leia isso. 👇 Qualquer um com uma racionalidade mínima ou tempo para pensar sobre isso imediatamente reconhece a estupidez desequilibrada disso, mas o objetivo é espalhar isso o suficiente para que as pessoas tenham suspeitas: https://t.co/hoZgxBLpik
“Se a rede de Bolsonaraists/@MBLivre/@tercalivre for fabricar documentos falsificados em inglês para tentar espalhar falsas acusações contra mim, pelo menos tenha a cortesia de não ser tão preguiçoso a ponto de errar as palavras básicas.” afirma Glenn.
Em mais um tuite, Greenwald aponta mais um erro: “não esqueçam de expressar os números em inglês, não em português, pra que sua fraude não seja tão óbvia. Demora menos de 30 segundos pra usar o Google Tradutor. Haja preguiça”,
Devo acrescentar que não acho que o @MBLivre esteja envolvido nessa fraude. Uma pessoa chave do grupo ajudou a espalhá-lo, mas ele já o apagou. Isso foi divulgado pelo PSL, @TercaLivre, os disseminadores usuais bolsonaristas do Fake News e fraudes. https://t.co/Buc8lG5Ty4
Por mais que esperneie, Moro, mais do que ninguém, sabe que a farsa acabou.
A embriaguez comportamental do ex-juiz é natural.
Está tonto, desnorteado, sem exatidão nas respostas que dá para a sociedade sobre as revelações escabrosas que o Intercept fez até aqui contra ele e seus comandados da Lava Jato.
Moro, que já esteve inúmeras vezes na mídia depois das primeiras matérias sobre o submundo da Lava Jato, foi dando uma versão oposta a que dera antes, caindo em contradição em diversas modalidades.
Uma hora falou em ataque de hacker, noutra falou que as mensagens foram adulteradas. Mais à frente disse que se descuidou quando orientou Dallagnol a plantar nota apócrifa contra Lula para propositadamente colher a próxima acusação contra o ex-presidente via mídia, e por aí foi.
A reação destrambelhada do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, no Facebook, escrevendo um post atrás do outro, voltando ao assunto das revelações que estarreceram o país, é outro termômetro do nível de desespero que tomou conta de Moro e de todos os membros da força tarefa da Lava Jato.
Moro, Carlos Fernando e Dallagnol mandaram a lei às favas sem nenhum escrúpulo.
Mas a bandalheira do MPF da Lava Jato, comandada pela batuta de Moro, em mensagens secretas, foi escancarada pelo irretocável trabalho do Intercept Brasil dando um mata-leão em Moro e toda a tropa da República de Curitiba que se lambuzou das ilegalidades e crimes dos próprios membros da autoproclamada liga da justiça.
Depois do furacão provocado pelo vazamento das conversas “secretas” entre Moro, Dallagnol e demais procuradores da força-tarefa, pelo site The Intercept Brasil, Moro, desorientado que está, apela pra qualquer tábua de salvação.
Sergio Moro vai gravar na próxima segunda-feira (17) o programa do Ratinho, no SBT. Pra quem já foi tido como rei, é um sinal de que o fundo do poço está próximo, apontado como criminoso, como vem sendo em função dos ilícitos cometidos na condução da Lava Jato, quando ainda juiz.
De acordo com a reportagem da Bela Megale, do jornal O Globo, a participação de Moro no programa do Ratinho já havia sido marcada no mês passado, quando o apresentador esteve em Brasília para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro.
A pauta em questão é o pacote anticrime de Moro, mas, com a mudança dos ventos em forma de furação, que trouxeram à luz a troca de mensagens entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, provavelmente aproveitará a oportunidade para tentar se defender do indefensável.
Ratinho foi à Brasília se encontrar com Bolsonaro para tratar sobre a ida de ministros de seu governo ao programa. Ratinho não fez a propaganda de graça, apesar de defender a proposta. O governo pagou R$ 268,5 mil para que ele falasse bem da reforma. O próximo da lista é o chefe da pasta da Economia, Paulo Guedes.
O que diz Moro sobre as reportagens do site The Intercept Brasil:
“Me parece muito claro que existe um viés político-partidário na divulgação dessas mensagens, e não utilização dela. Uma passa pela soltura de um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que é o ex-presidente Lula”. e conclui dizendo que considera sensacionalista o trabalho de Glenn Greenwald.
Em entrevista divulgada no fim da noite desta quinta-feira (13) pelo blog do Fausto Macedo – por onde foi vazado boa parte de materiais da Operação Lava Jato -, no portal Estadão, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, atacou o site The Intercept e chamou de “sensacionalistas” as reportagens sobre conversas espúrias que manteve com o procurador Deltan Dallagnol.
Segundo Moro:
“Acho que o alvo são as instituições. Se vamos tolerar esse tipo de comportamento, hackers criminosos que conseguem abrigo em veículos não sei se da imprensa, se a gente pode falar dessa forma, para divulgar isso. Então quer dizer se amanhã invadirem os telefones de jornais, de empresas, dos ministros do Supremo, de presidente do Senado, de presidente da Câmara, vão aceitar que isso seja divulgado por esse mesmo veículo?”
Durante a entrevista Moro ressaltou que:
“sensacionalismo com base em ataques criminosos de hackers”.
“Acho que há muito sensacionalismo e falta uma análise mais cautelosa. Se formos analisar o que saiu não vi nada demais. Embora, como disse, não tenha condições de reconhecer a autenticidade daquilo. E não se sabe que tipo de adulteração pode vir aí em relação a isso. Esse sensacionalismo, mais do que o próprio conteúdo (das mensagens), é o que pode afetar a credibilidade das operações”.
Moro concluiu que vê um “viés político-partidário” qe passa pela soltura do ex-presidente Lula.
Pela foto que Moro postou em seu twitter, vestido com uma camisa do Flamengo ao lado de Bolsonaro, no Maracanã assistindo ao jogo do Flamengo com o CSA, quis passar a impressão e que nada está acontecendo, mas, ao contrário, ele sabe e muito bem, as consequências do vazamento das conversas promíscuas trocadas com o seu funcionário Dallagnol, o “bobinho”, como bem disse o Ministro Gilmar Mendes.
Além de ser hostilizado no Maracanã, Moro, ao postar a foto, tomou uma invertida de um leitor:
“Senhor Ministro, esta postagem ficará para a história. É a prova de uma chacota, de um desrespeito à democracia. Perdoe-me a palavra antiga, mas lhe falta decência. O silêncio obsequioso é uma exigência para o pensamento ético. Cale-se se nada tem a explicar ao país”.
Disse Débora Diniz, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e uma das maiores juristas do País.
Senhor Ministro, está postagem ficará para a história. É a prova de uma chacota, de um desrespeito à democracia. Perdoe-me a palavra antiga, mas lhe falta decência. O silêncio obsequioso é uma exigência para o pensamento ético. Cale-se se nada tem a explicar ao país.