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Glenn Greenwald: Sergio Moro é mais do que um juiz corrupto

Não é hiperbólico dizer que o ex-ministro de Bolsonaro representa a maior ameaça à democracia brasileira desde o fim da ditadura.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu na quarta-feira 23 o que já era óbvio há muito tempo: Sergio Moro agiu de forma antiética e abusou de seu poder de juiz. Como reconheceu a maioria dos magistrados, Moro não cometeu esses abusos num caso qualquer, mas num dos julgamentos mais importantes da história do judiciário brasileiro: o caso do ex-presidente Lula, que teve que cumprir 18 meses de prisão devido a essa condenação oficialmente reconhecida como injusta.

A condenação não deve ser tratada como uma “mancha” no legado do ex-juiz, ou como um caso isolado de abuso em meio a uma carreira nobre. Nem se deve tratar Moro como um mero juiz corrupto. Moro é mais do que isso, e seu comportamento impróprio segue um longo padrão.

Não é hiperbólico dizer que Moro representa a maior ameaça à democracia brasileira desde o fim da ditadura. Os abusos cometidos pelo ex-juiz não foram causados por negligência ou incompetência: são parte de uma trama longa e complexa que, por meio do ativismo judicial, buscava subverter a escolha dos eleitores brasileiros e, assim, os preceitos fundamentais da democracia. O direito democrático de 220 milhões de pessoas ficou submetido aos ditames ideológicos de um único juiz de primeira instância.

É uma constatação óbvia dizer que a conduta de Moro alterou radicalmente as eleições de 2018. É impossível saber com certeza qual teria sido o resultado daquelas eleições se Lula não tivesse sido retirado do páreo. O que se pode afirmar com certeza, entretanto, é que todas as pesquisas mostravam Lula na liderança isolada até a interferência implacável – e corrupta – de Moro. Não há dúvidas que as ações – agora oficialmente declaradas impróprias pelo STF – retiraram dos brasileiros o direito de escolher se preferiam ser governados por Jair Bolsonaro ou Lula.

A corrupção judicial de Moro não deslegitimou apenas as eleições de 2018, mas também as de 2014. A vencedora daquele pleito, Dilma Rousseff, sofreu impeachment, pois foi removida do cargo 18 meses após de ter sido reeleita pelos brasileiros. O papel de Moro nesse processo foi tão central quanto o que ele desempenhou na vitória de Bolsonaro em 2018.

Como afirmou o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia em uma entrevista à Jovem Pan em 2019, a possibilidade de Dilma sofrer impeachment pelas chamadas pedaladas fiscais só era levada a sério por um setor restrito da direita brasileira, motivada em grande parte por uma incapacidade de aceitar a derrota eleitoral. Essa possibilidade só ganhou força entre setores mais amplos graças a um episódio específico: a divulgação das conversas privadas entre Lula e Dilma para a imprensa. As conversas – ilegalmente gravadas e divulgadas – foram amplamente repercutidas pela imprensa, culminando no episódio esdrúxulo dos âncoras do Jornal Nacional reconstituindo o diálogo como em uma novela. Os atos antiéticos de Moro foram explorados exaustivamente pela mídia antipetista, inflamando o movimento em favor do impeachment.

Exemplos da interferência de Moro na política brasileira são tão fartos que é fácil esquecer de alguns dos episódios mais graves: a exploração eleitoral da delação do ex-ministro Antonio Palocci logo antes das eleições de 2018, a proteção dada a tucanos enquanto petistas eram perseguidos pela mesma conduta e a promoção a ministro de Bolsonaro depois de ter facilitado sua vitória eleitoral. Fica claro que as condutas corruptas por parte de Moro são mais contínuas do que esporádicas: seus atos antiéticos são numerosos demais para listar.

Não é um exagero afirmar que praticamente nenhum dos eventos políticos significativos ocorridos no Brasil desde 2016 se deram dentro dos marcos do processo democrático normal, tendo sido influenciados pela cruzada ideológica de um juiz de primeira instância com delírios messiânicos que nunca recebeu um voto sequer. A toga de Moro é muito diferente do uniforme usado pelos generais que em 1964 golpearam a democracia brasileira, mas seu desprezo por ela e seu sucesso em subverter a vontade popular são no mínimo equivalentes.

É uma perversão do sistema da justiça brasileiro que Walter Delgatti, que heroicamente expôs a corrupção de Moro, seja ameaçado de prisão enquanto o ex-juiz e ex-ministro passeia tranquilamente pelos bairros sofisticados de Washington, DC. A história não tratará Moro com a mesma gentileza com que ele é tratado pelos garçons dos restaurantes cinco-estrelas que frequenta em Georgetown.

Sergio Moro não é apenas um juiz desmoralizado, mas o maior inimigo dos princípios básicos da democracia que surgiu no Brasil nas últimas décadas. Suas digitais podem ser encontradas no processo que desmoralizou não uma, mas duas eleições.

Moro prendeu injustamente Lula e dezenas de outras pessoas, e abusou, por razões ideológicas e narcisistas, do poder e da responsabilidade que lhe foram dados pelo sistema judicial brasileiro. Pode não ser apropriado chamá-lo de “criminoso” no sentido mais estrito dessa palavra. Mas não deve ser difícil para todos – de qualquer ideologia – reconhecer em Moro a maior ameaça à democracia brasileira em anos, senão décadas.

*Carta Capital

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Brasil

Democracia no Brasil foi a que mais sofreu no mundo em 2020, diz entidade

O Brasil foi o país que mais sofreu uma deterioração no que se refere aos “atributos democráticos” em seu regime político em 2020 e, na década, foi um dos cinco que mais regrediu no aspecto das garantias democráticas, informa reportagem de Jamil Chade, no Uol.

Um informe publicado nesta segunda-feira pelo Instituto International IDEA, com sede em Estocolmo, constata que a situação do país é uma das que mais preocupam no mundo. A entidade é considerada como uma das principais referências no mundo na avaliação sobre a saúde das democracias.

“O Brasil foi a democracia com o maior número de atributos em declínio em 2020”, diz o estudo. “A gestão da pandemia tem sido atormentada por escândalos e protestos de corrupção, enquanto o Presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia e deu mensagens mistas”, afirma.

“O presidente testou abertamente as instituições democráticas do Brasil, acusando os magistrados do Tribunal Superior Eleitoral de se prepararem para conduzir atividades fraudulentas em relação às eleições de 2022 e atacando a mídia”, afirmou.

“O presidente também declarou que não obedecerá às decisões do Supremo Tribunal Federal, que o está investigando por divulgar falsas notícias sobre o sistema eleitoral no país”, completou.

Em seu informe, chamado de “O Estado da Democracia em 2021”, a entidade alerta que “mais países do que nunca sofrem de “erosão democrática” (declínio na qualidade democrática), inclusive nas democracias estabelecidas”.

“O número de países em “retrocesso democrático” (um tipo mais severo e deliberado de erosão democrática) nunca foi tão alto como na última década e inclui potências geopolíticas e econômicas regionais como o Brasil, a Índia e os Estados Unidos”, aponta.

Mesmo no que se refere ao processo eleitoral, as constatações são preocupantes.

“Um total de 10 democracias experimentaram declínios nas Eleições Limpas desde 2015: Bolívia, Botsuana, Brasil, República Tcheca, Hungria, Índia, Ilhas Maurício, Namíbia, Polônia e EUA. Neste período, cinco outros países perderam seu status democrático devido a severas quedas (Benin, Costa do Marfim, Honduras, Sérvia e Turquia)”, disse.

O informe ainda aponta como no México e Brasil, “os presidentes questionaram a integridade das comissões eleitorais antes das eleições”. “No Brasil, o presidente foi ainda mais longe, questionando o sistema eleitoral de 25 anos de idade, e alegando que as eleições poderiam ser canceladas a menos que fosse alterado”, insistiu.

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Não há como falar em remédio para a democracia brasileira sem falar na doença

Basta dar um passeio na história do Brasil desses últimos cinco anos para entender a sincronia entre o golpe em Dilma quando o sabotador Temer assume o comando do país, sem um mísero voto, e o governo Bolsonaro e sua fragmentação representada pela chamada terceira via.

Como já havia sido anunciado pela própria ex-presidenta Dilma, vítima primeira do golpe, o objetivo da escória golpista não era simplesmente tomar o poder por uma sórdida armação e sim colocar uma direita que se encontrava na bacia das almas em pleno estado de putrefação.

Dilma, no dia do desfecho final do golpe, avisou à população brasileira, em nome do seu desapego ao poder, que estava ali não para fazer valer sua vontade pessoal, mas a da sociedade e listou o custo alto que o povo brasileiro, sobretudo os mais pobres e os trabalhadores, pagaria, como pagou, depois de 12 anos de avanços sociais que viraram referência no mundo e a valorização ininterrupta dos salários durante todos os anos do governo do PT, com Lula e Dilma.

Dilma deixou claro que os fascistas que estavam por trás do golpe tinham sede de vingança e, não conseguindo voltar ao poder pelas urnas, utilizaram as instituições do Estado que têm força hegemônica para se somar à elite, principal interessada no golpe, para devolver o país, mas sobretudo o povo, à iniquidade.

No Brasil, a classe dominante nunca teve qualquer apego emocional ou identitário com o país.

Por isso, sua maldade intrínseca, cortante, não lhe permite produzir nada que não seja a dor, a destruição, a exploração selvagem e, principalmente, a segregação social e racial.

E essa é a nossa chaga, assim como é a aposta desse mosaico de candidatos da chamada terceira via que não é outra coisa senão um cretino ajuntamento de cacos de espelho do próprio bolsonarismo e toda a sua bestialidade.

E é exatamente por isso que não convence a sociedade e nem mesmo consegue acontecer no mundo bolsonarista.

Todos os candidatos da terceira via, juntos, formam um muxoxo seco e sovado que provoca muito mais sono do que desperta alguma coisa que possa lhe servir, pela palavra, de aliado numa disputa política.

Ou seja, nem o gado que escapuliu do pasto bolsonarista e está aí de plantão à espera de um outro Messias do mal, as mortas candidaturas da terceira via conseguem laçar.

Então, estamos diante de um impasse, porque em 521 anos a oligarquia brasileira, ou melhor, um pequeno grupo que acha dono do Brasil e, com isso, produz fome e miséria em escala industrial, de forma nenhuma mudará seu caminho ou tentará consertar o estrago que produziu no país, ao contrário, mesmo diante da inépcia de um governo que, além de cruel e facínora, é absolutamente nulo no conceito mais provinciano de gestão, faz com que a regra de quem dá a voz de comando pelo dinheiro que tem, teste outra estratégia.

O fígado continuará sendo o orientador de cada família dessas que mais concentram renda no país e utilizarão conspirações e manobras clássicas sem a menor vergonha para tentar atingir as vísceras de um governo popular, no caso da volta de Lula.

Portanto, só debatendo e apontando o dedo para cada alma penada dessa oligarquia herdeira dos escravocratas que falsifica a própria ideia de classe economicamente dominante para que o Brasil assuma, de forma permanente, um caminho que desarme todas as minas colonialistas adubadas, geração a geração, para manter sempre os assentos mais estratégicos do Estado brasileiro, como se fossem proprietários do país.

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Política

O banqueiro André Esteves, em áudio, deixa claro que o PSDB nunca aceitou a democracia

Para quem sabe ler, pingo é letra. Para quem sabe interpretar as falas, mesmo que gabola, do agiota do BTG Pactual, André Esteves, vazadas em áudio, interpretará como o Brasil chegou aonde chegou em que na mesma São Paulo, moradores do Alto do Pinheiros, bairro de classe média alta e classe alta, têm uma expectativa de vida de 83 anos, já no bairro de periferia Cidade Tiradentes, a expectativa de vida cai para 58 anos.

Isso é explicado, grosso modo, quando o próprio agiota diz em palestra que o presidente da Câmara, Arthur Lira, o procura para fazer consultas sobre economia, o que mostra suas relações como consultor para assuntos estratégicos tanto com o presidente da Câmara, quanto com ministros do STF, além  do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto que o procurou para se orientar sobre taxas de juros. Ou seja, é o galinheiro telefonando para a raposa para perguntar como deve manter as galinhas seguras.

Pior, nenhuma das conversas foi ao menos aparentemente técnicas.

Mas o que causa mais estupor é que, segundo André Esteves, ele convence ministros do STF de que o Banco Central deveria ser independente, justificando que tanto os EUA quanto em diversos países europeus o BC é independente, mas não na Venezuela e na Argentina. E pergunta aos ministros, com quem vocês querem parecer, com EUA e países europeus ou com a Argentina e Venezuela?

Foi essa a garantia de um sujeito dessa estirpe, que segundo o próprio, foi esse o “argumento técnico” usado por ele para convencer os ministros do STF de que o Banco Central deveria ser independente. E ainda se gaba dizendo que ninguém nasce sabendo tudo e, para se alcançar certo grau de conhecimento, leva-se um tempo.

Isso tudo acontecendo sem que os brasileiros sequer imaginassem, uma espécie de tratado entre banqueiro privado e instituições públicas que acaba sendo bastante didático para o entendimento de como o grande capital capturou as instituições brasileiras e, em certa medida, o banqueiro, terrivelmente tucano, deixa claro que jamais o PSDB aceitou as derrotas para o PT e jamais se moveu em favor da democracia, ao contrário, desde a primeira derrota, os tucanos sonharam em golpear a democracia e, consequentemente, Lula e, depois, Dilma, o que explica a farsa do mensalão.

Usando os mesmos argumentos de qualquer agiota de esquina, Esteves atacou Dilma na base do estereótipo, porque se um sujeito desse ousasse ponderar suas visões de economia com Dilma, tomaria uma aula sermão com todos os dados técnicos e políticos que o vigarista nunca mais ia querer falar no nome dela.

Mas ninguém espera isso de um abutre que se reveste de gente para encontrar a cúpula do comando da República e, pior, virar conselheiro dessa gente, do ponto de vista econômico e político.

O que se pode afirmar é que, se isso não é ilegal, é absolutamente imoral.

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A hipocrisia sem fim dos golpistas Estadão, Folha e Globo em defesa da democracia

Sustentar farsas até que elas se tornem verdades no imaginário coletivo, é a especialidade da direita brasileira.

A máquina do sistema sempre utilizou a mídia para transformar crises em algo indolor perante a história.

FHC é um dos exemplos disso. O grande patriarca do neoliberalismo é vendido pela mídia como o presidente que estabilizou a economia, quando todos que viveram aquele período sabem que país aos cacos ele entregou a Lula.

Aliás, não somos nós que falamos que o governo FHC foi trágico, foi o próprio seu “padrinho” Clinton, num encontro entre o sacerdote do neoliberalismo tropical com o Chefe de Estado americano e europeus que afirmou, quando FHC, de penico na mão, disse que o Brasil sofreu ataque especulativo com várias crises que atingiram a economia e que, no estado em que se encontrava, numa eventual crise na Cochinchina, refletiria fortemente na economia brasileira.

Clinton, por sua vez, espinafrou FHC dizendo que em momento algum ele se preocupou com seu país, com seu povo, principalmente com o futuro que eram as crianças e que jamais teve qualquer sentimento nacionalista que pudesse preservar o Brasil das garras do sistema financeiro.

Hoje, logo cedo, um podcast com a participação de Vera Magalhães no portal G1, deixou claro que ela não consegue se libertar do sentimento de viuvez da Lava Jato, que é sim uma sucursal tucana. Por isso Vera Magalhães, que comanda o tucaníssimo programa Roda Viva, típico de uma tiete de Elvis Presley que acha que ele não morreu, disse que Augusto Aras cumpriu o papel de acabar com a Lava Jato para o agrado de petistas e de bolsonaristas.

Lógico que a moça não disse nada sobre a decisão do STF que classificou Moro como um juiz parcial, ou seja, vigarista e, muito menos, que a juíza Pollyana Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, substituta da 12º Vara Criminal do Distrito Federal, rejeitou a acusação contra Lula no caso do sítio de Atibaia, por total falta de provas.

Vera Magalhães, lógico, faz questão de esquecer da barganha de Moro com Bolsonaro em que a cabeça de Lula foi trocada por duas pastas conjugadas, Justiça e Segurança Pública, e que Moro chegou a ter mais popularidade que Bolsonaro entre os bolsonaristas e só saiu do governo genocida porque, na queda de braço entre ele e Bolsonaro para sustentar o nome de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal, Moro perdeu. Do contrário, ele estaria lá até hoje, já que foi uma espécie de Pazuello nas pastas que comandava, funcionando como babá dos filhos de Bolsonaro e capanga da milícia, como bem disse o deputado do Psol, Glauber Braga.

Claro, tudo isso, de caso pensado, é ignorado por Vera Magalhães, assim como se vê hoje os defensores da democracia, Estadão e Folha, falarem do risco de golpe de Bolsonaro, um malandro que chegou à presidência da República com o apoio dos jornalões para dar seguimento à agenda neoliberal de Temer que, na verdade, é a cópia do neoliberalismo tucano.

A lava Jato, que tinha a intenção de detonar a Petrobras, foi parar nas mãos de Pedro Parente que, para atender aos acionistas, queria a estatal brasileira vendendo combustível de acordo com os preços mundiais.

E não é sem motivo que esse cavalo de Troia tucano promoveu uma guerra contra a sociedade brasileira e a economia nacional com a gasolina custando R$ 7,00 o litro.

Ou seja, todo esse pessoal que fala em golpe de Bolsonaro e quer a escravização do povo brasileiro pelos interesses do neoliberalismo, colocou todos os seus músculos a serviço do golpe em Dilma e, com antecedência, em Lula.

A questão é, se a máquina do governo é absolutamente inerte, é porque quem pôs Bolsonaro no poder, não o fez para mover máquina alguma, muito menos para melhorar a eficiência do Estado, mas para multiplicar os ganhos da classe dominante.

O preço é o Brasil de volta ao mapa da fome, desemprego extremo, inflação sem controle e os juros em disparada.

O fato é que a economia brasileira sofre uma corrosão galopante. E aquele odiado preço do petróleo que mantinha a gasolina acessível e impulsionava o desenvolvimento do Brasil, com Lula e Dilma, agora ajuda a piorar ainda mais a escassa economia brasileira.

Toda essa gente da chamada terceira, Dória, Mandetta, Moro, não sai do lugar, enquanto a candidatura de Lula ganha dimensão cada vez maior nas pesquisas eleitorais contratadas pela classe dominante e pela grande mídia.

A palavra insuspeita de Vera Magalhães, por intermédio da grande protagonista do golpe em Lula e Dilma, é um escândalo, assim como são escandalosos os editoriais do Estadão e da Folha pelo súbito apreço pela democracia que não tiveram para golpear Dilma e, por antecipação, Lula.

Sem ilusões, na democracia que essa gente prega não cabe o PT no comando do país.

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Acusada de inação em relação ao governo, PGR detalhou ao STF movimento contra a democracia previsto para 7 de setembro

Para o Ministério Público, não se trata de “mera retórica política de militante partidário”, mas de atos que “podem atentar contra a democracia”.

Sob ataques e acusada de inação contra as ameaças ao processo eleitoral, a Procuradoria-Geral da República (PGR) partiu para a ação e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de busca e apreensão em que detalha o movimento contra a democracia que levou à operação contra o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula nesta sexta-feira. A PGR vem sendo criticada por poupar o governo federal em várias frentes, não só nos ataques às urnas eletrônicas, mas também por exemplo no recente parecer contrário à abertura de investigação do presidente Jair Bolsonaro por não usar máscara em eventos públicos.

A manifestação encaminhada ao STF é assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, a mesma do parecer das máscaras. No documento, a PGR afirma que o movimento contra a democracia começou em 7 de julho durante a transmissão da “live” “Vamos fechar Brasília”. Nela, usando como pretexto uma suposta greve dos caminhoneiros, Marcos Antônio Pereira Gomes, dono do canal no Youtube “Zé Trovão a voz das estradas”, teria incitado seus seguidores a invadir o STF e o Congresso. Ele também disse que era para “partir pra cima” do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), e do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), para “resolver o problema [do aumento] dos combustíveis no Brasil”.

De acordo com a PGR, ele se empolgou com a repercussão da transmissão. Assim, um dia depois, publicou outro vídeo em sua página no “Instagram” chamando “todos os brasileiros, sem exceção” a Brasília “para fazer um grande acampamento” e exigir “a exoneração dos onze ministros do STF” e o “julgamento” deles pelo Superior Tribunal Militar (STM) em razão dos “crimes que eles cometeram”.

“Não trata de mera retórica política de militante partidário, mas, sim, de atos materiais em curso conforme acima descrito, que podem atentar contra a Democracia e o regular funcionamento de suas Instituições”, diz trecho do documento da PGR.

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro quer fazer com a democracia o que fez com quase 600 mil brasileiros, matar

O que um pai não faz pelos filhos, sobretudo livrá-los da cadeia por esquema de corrupção. Cerca e sufoca as instituições se tiver poder para isso. E se preciso for, tentará até um golpe de Estado, tudo para livrar seus pimpolhos da prisão.

Semanas atrás tivemos a farsa do cocô para desviar o foco da CPI que revelou ao país um esquema bilionário de corrupção na compra das vacinas dentro do ministério da Saúde de Bolsonaro.

Ridicularizada, a farsa do cocô que tentou requentar a farsa da facada, foi imediatamente arrancada do ar, porque literalmente deu merda.

Mas é preciso sustentar o protagonismo das manchetes, porque o país, em duas semanas viu o caos se aprofundar, a CPI da covid avançar, a economia afundar, o número de infectados pela covid aumentar e a ameaça de queda do genocida se materializar com um coro de vozes muitas vezes díspares em várias questões, mas que resolveram cantar em uníssono a queda de um insano que mata gente, mata as instituições e sonha em matar a democracia.

Tudo isso para ser ver livre e livrar os filhos da cadeia.

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“Bolsonaro sabe que vai perder e tem medo de ser preso”, diz Lula sobre voto impresso

Para o ex-presidente, Bolsonaro “sente prazer em contar mentira” e acha que “o povo é tonto, que não tem consciência”.

Líder nas pesquisas de intenção de voto para 2022, o ex-presidente Lula afirmou neste sábado (7) que Jair Bolsonaro busca construir uma narrativa em torno de fraude nas eleições para forçar a adoção de voto impresso por medo de ser preso após deixar o Palácio do Planalto.

“Temos um presidente 100% irresponsável e 100% mentiroso. Um homem que sente prazer em contar mentira, em tentar enganar o povo. Ele acha que o povo é tonto, que não tem consciência”.

Lula ainda reafirmou a disposição de continuar na luta para reconstruir o país.

“O Brasil é um país extraordinário. Um povo extremamente generoso, alegre. O país poderia estar muito melhor. Era a 6ª economia do mundo, protagonista internacional. Temos um potencial extraordinário. Eu vou continuar brigando pra gente reconstruir nossa democracia”.

*Com informações da Forum

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O teatro de Barroso em “defesa da democracia”

Principal avalista da Lava Jato no STF, que foi peça central em dois golpes seguidos na democracia brasileira, o primeiro em Dilma e, o segundo, em Lula, Luis Roberto Barroso, que na essência, é uma ave de rapina, posa com asas de ganso defendendo a paz social através do respeito às regras em favor da democracia e da constituição.

Que coisa mais tocante! Para quem, dias atrás, queria a manutenção de Lula de na cadeia e votou contra a suspeição do maior e mais descarado antidemocrata, Sergio Moro, fica fácil agora posar de defensor das liberdades ao melhor estilo de um modelo cívico.

Até hoje, Barroso faz de conta que, pelo fato de ter sido denunciada por um hacker que expôs toda a podridão da Lava Jato, a denúncia não tem validade, mesmo os criminosos de Curitiba jamais rebatendo o conteúdo da vaza jato, revelado pelo Intercept.

Então, ele se pega na legalidade da informação para fazer disso cavalo de batalha em defesa de Moro, Dallagnol e o restante do bando de Curitiba.

Talvez por isso mesmo esteja tão empoderado para ajudar no reboque de um asno como Bolsonaro que não tem qualquer chance de vencer a eleição de 2022. Por isso, a elite quer agora cancelar o CPF eleitoral de Bolsonaro e apostar em qualquer coisa da terceira via.

Ora, Bolsonaro só está na presidência, porque Moro, defendido a ferro e fogo por Barroso, fechou com ele um acordo espúrio para ser ministro, entregar na bandeja a cabeça de Lula, o que foi feito.

Mas isso não foi o bastante para Barroso classificar a Lava Jato como um ataque à democracia e à constituição. Ele acha que esquecemos que é de sua relatoria a negativa do TSE em 2018 à manifestação da ONU para que mantivesse o nome de Lula nas urnas até que fosse efetivada a condenação dele na última instância, caso fossem provados os crimes dos quais foi acusado.

Agora, ver Barroso posando de legalista com discurso de defensor dos direitos da população atacados por Bolsonaro é, no mínimo, uma piada de mau gosto, quando, na verdade, sempre tratou o povo brasileiro como algo residual, mergulhando de cabeça na espetacularização lavajatista contra a democracia.

Por isso, não dá para esperar nada de Barroso. E se agora ele se expressa, diga-se de passagem, de forma provisória, em defesa da democracia, podem ter certeza que não é esta em si, mas a democracia de mercado, mercado que, agora, quer ver Bolsonaro pelas costas, porque não tem qualquer chance de enfrentar Lula em 2022.

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Bolsonaro, que todos os dias ameaça a democracia brasileira, diz querer que a democracia floresça em Cuba

O chefe do governo do Brasil que, segundo o Datafolha 70% dos brasileiros o consideram corrupto, e que nunca respeitou a constituição do seu próprio país, diz querer que a democracia floresça em Cuba.

Trata-se de um sujeito que, entre inúmeras mazelas, ameaçou de agressão um jornalista de O Globo, por ter perguntado “Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”

Uma pessoa venal, que não tem a menor ideia do significado da palavra democracia, ataca as instituições, as eleições livres e, agora, até as urnas eletrônicas, falando em democracia alheia é, no mínimo, uma piada.

Para piorar, Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes. O governo Bolsonaro, em apenas dois anos já devolveu à miséria absoluta mais do que o dobro disso.

Cuba, com uma medicina de dar inveja em qualquer país, tem vacina própria, apesar de toda a sabotagem norte-americana que a ilha enfrenta há mais de 60 anos, o que piorou com o novo ataque de Trump e a sustentação dos bloqueios por Biden.

Se morressem de covid no Brasil o que proporcionalmente morreram em Cuba por milhão de habitantes, o Brasil teria 30 mil mortos e não mais de 530 mil mortos em consequência das ações ou das inações do governo Bolsonaro.

Bolsonaro usa Cuba como cortina de fumaça dos milionários escândalos de corrupção no ministério da Saúde em plena pandemia com a compra de vacinas.

Por ora, é isso. Teríamos muito mais material para desmascarar essa falsa solidariedade de Bolsonaro com o povo cubano e poderíamos aqui listar um número sem fim de absurdos de seu governo para desmontar o seu discurso vigarista.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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