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Advogado de Queiroz joga a toalha e pula fora do caso

O advogado Paulo Klein, responsável pela defesa do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (RJ- sem partido), Fabrício Queiroz, e seus familiares, abandonou o caso. Klein afirmou ao UOL se tratar de uma “decisão de foro íntimo” e reiterou ter “convicção da honestidade dos —agora— ex-clientes”.

A decisão foi tomada pouco mais de 24 horas depois de operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Queiroz, e a parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente. Ele permaneceu à frente da defesa por mais de um ano.

A suspeita é que Flávio Bolsonaro e Queiroz comandem um esquema de desvio de dinheiro a partir da “rachadinha” de salários de funcionários do gabinete do ex-deputado estadual pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Queiroz chegou a depositar um cheque de R$ 24 mil, que foi parar na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente da República justificou dizendo que seria a quitação de um antigo empréstimo, mas disse não ter nenhum documento para comprovar a operação.

Empresa de chocolates na mira

Funcionários do MP estiveram em uma empresa de Flávio Bolsonaro para recolher documentos.

A ação foi realizada pelo Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), responsável pelas investigações do Caso Queiroz.

Os investigadores estiveram na sede da empresa Bolsotini Chocolates e Café Ltda —franquia da loja de chocolates Kopenhagen localizada no shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A administração do Via Parque confirmou que houve o cumprimento do mandado no local.

Empresa foi alvo de quebra de sigilo

A empresa de Flávio Bolsonaro vem figurando com frequência nas investigações do Caso Queiroz.

O senador usa frequentemente o fato de ser proprietário da loja como justificativa para suas movimentações financeiras e evolução patrimonial —ambas investigadas pelo MP do Rio

Em abril, a empresa teve os sigilos fiscal e bancário quebrados pelo juiz Flávio Itabaiana, 27ª Vara Criminal do Rio. No mesmo pedido, Flávio e sua mulher, a dentista Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, também foram alvos das medidas cautelares. Em entrevista à RedeTV em janeiro deste ano, Flávio citou suas atividades empresariais como fonte de seu patrimônio.

“Sou empresário. Eu movimento no ano, recebo no ano, do lucro desta minha empresa, muito mais do que eu recebo como deputado.

No comércio, você pega dinheiro”, afirmou, em referência a movimentações com valores em espécie. “A origem [dos recursos investigados] é a minha empresa e o imóvel que eu vendi, no valor de R$ 2,4 milhões.

Você acha que, se fosse um dinheiro ilícito, eu ia depositar na minha conta”, questionou. Porém, relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) divulgado em janeiro pela revista Veja contradiz a versão do senador para explicar seus ganhos financeiros.

O documento apontou movimentação atípica de Flávio Bolsonaro R$ 632 mil entre agosto de 2017 e janeiro de 2018.

Segundo o RIF (Relatório de Inteligência Financeira), Flávio recebeu no período R$ 120 mil como lucro da loja.

O valor é menor do que sua remuneração à época como deputado estadual, que somou R$ 131 mil no mesmo período. O órgão não conseguiu identificar a origem de outros R$ 90 mil recebidos pelo filho mais velho do presidente.

 

 

*Gabriel Sabóia/Uol

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Revelação bombástica: Miliciano suspeito de Matar Marielle recebia parte dos salários da rachadinha do clã

Mais uma revelação bombástica: o miliciano Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, e um dos principais suspeitos de assassinar Marielle Franco, também recebia parte dos salários desviados do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj; escândalo cresce e torna praticamente insustentável a permanência de Sergio Moro no governo.

No documento em que pediu à Justiça os mandados de busca e apreensão, o Ministério Público do Rio afirma que o chefe da milícia Escritório do Crime, o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, ficava com parte dos valores arrecadados na “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que ele era deputado estadual.

O Escritório do Crime, que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, é apontado pela Polícia Civil do Rio e pela promotoria como responsável pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Adriano está foragido da Justiça.

De acordo com o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), diálogos de WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com o ex-assessor Fabrício Queiroz — apontado como operador financeiro no esquema do gabinete de Flávio — e com Adriano mostram que o chefe do Escritório do Crime

tentou manter sua ex-esposa no cargo e admitiu que era beneficiado por parte dos recursos desviados por parentes dele também nomeados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Em conversa no dia 6 de janeiro, Danielle relata a Adriano problemas financeiros e ele se compromete a ajudar com “um complemento”. Nessa mesma conversa, o ex-PM afirma que “contava com o que vinha do seu também”, indicando que recebia parte dos valores oriundos de rachadinha no gabinete de Flávio. O MP não revela, contudo, o quanto Adriano teria embolsado.

 

 

*Com informações do 247

*Foto: Bemblogado

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Passando recibo de culpa, Defesa de Flávio Bolsonaro entra com Habeas Corpus preventivo no Supremo

O caso, que tramita sob sigilo, está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, que tramita sob sigilo, está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes. O “cuidado” foi tomado após a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que mira denúncias de “rachadinha” no gabinete de Flávio no tempo em que era deputado estadual.

Como o habeas corpus foi protocolado na noite da última quarta-feira (18) no Supremo, às 23h43, o processo ainda pode ser analisado por Gilmar Mendes, mesmo com o início do recesso do STF, que fez a sua última sessão plenária hoje.

Fontes ouvidas pelo Estadão que acompanham o caso acreditam que as maiores chances de o senador obter uma vitória seria durante o período do recesso, que ficará sob comando de Toffoli e do vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux até o final de janeiro.

Tanto Toffoli quanto Fux já deram – também durante o plantão do Supremo – liminares que beneficiaram o filho do presidente da República neste ano.

 

 

*Com informações da Forum

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Vídeo: Bolsonaro jogou uma “pica do tamanho de um cometa” no colo do filho Flávio

O senador Flávio Bolsonaro está assando em praça pública após a operação de busca e apreensão do Ministério Público do Rio de Janeiro vasculhar endereços vinculados a ele, ao “faz-tudo” da família, Fabrício Queiroz, e a ex-assessores dele na Assembleia Legislativa do Rio. Entre os alvos, parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.

A expectativa seria a de que o presidente da República estivesse sentindo, com toda essa movimentação, um misto de ansiedade e remorso. Ansiedade por que a “pica do tamanho de um cometa”, previsto por Queiroz, está chegando com potencial cataclísmico contra seu governo. Remorso pelo fato da origem da relação entre o clã Bolsonaro e o ex-assessor ser Jair, não Flávio. Foi o, agora, presidente que o colocou lá para ajudar a organizar a coisa toda. Teria, portanto, ajudado a jogar o próprio filho na fogueira.

Mas pelas declarações dadas, nesta quinta (19), remorso foi substituído pelo reflexo de auto sobrevivência. Bolsonaro não quis comentar o caso e tirou o corpo fora. “Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”. Os “outros”, no caso, são seu primogênito que “herdou” um problema chamado Queiroz do pai.

O ex-assessor atuava, a partir do gabinete da Alerj, para organizar o esquema que tomava de volta parte dos salários de funcionários. A imprensa já mostrou, diversas vezes, a existência de fantasmas que “trabalhavam” nos outros mandatos do clã. A hipótese é de que Queiroz estaria cuidando de uma holding dos gabinetes do clã.

De acordo com dois deputados do Rio com os quais o blog conversou, o agora presidente utilizava, eventualmente, o gabinete do filho 01 na Alerj para despachar, às sextas-feiras, enquanto deputado federal. Não cabe a ele, portanto, nem o benefício da dúvida quanto às atividades ilícitas que ocorriam no gabinete onde Queiroz trabalhava.

Duas histórias merecem foco especial. Primeiro, o depósito no valor de R$ 24 mil na conta da, hoje, primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz. Bolsonaro disse que era a devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil, mas não deu provas e nem mostrou como o resto dos recursos foram devolvidos.

Isso reforça que estamos diante de um esquema familiar de “rachadinha”, envolvendo crimes de peculato, lavagem de dinheiro (usando loja de chocolates e compra de imóveis) e organização criminosa. E, provavelmente, de um assessor que pagava contas.

A segunda história é a relação do gabinete de Flávio e, portanto, do clã Bolsonaro com milícias e, mais especificamente, com o Escritório do Crime. A especialidade desse grupo não é vender “gatonet”, mas matar por encomenda para quem tem bastante dinheiro. Queiroz era próximo de Ronnie Lessa, preso pela acusação de executar a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes, e do foragido Adriano Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime. Até agora a investigação não trouxe o mandante das execuções.

Investiga-se o repasse de recursos, via Queiroz, a milícias em Rio das Pedras, à rede do grupo de matadores. Adriano e Ronnie, contudo, não são pés de chinelo, cobram caro pelo serviço. Não é, portanto, apenas o dinheiro de rachadinha que conectaria ambos grupos.

Há uma proximidade ideológica, tornada explícita nas condecorações que Flávio fez a eles, quando deputado na Alerj, e nos discursos de defesa de sua atuação criminosa que Jair proferiu no Congresso Nacional. O compartilhamento de visões de mundo pode ter aberto caminho também para o apoio político. Imagine as possibilidades trazidas a grupos de extermínio com amigos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto?

A prisão de Flávio Bolsonaro, que já está sendo pedida por deputados federais da oposição, segue algo difícil, mas o início de um processo de cassação de mandato é mais plausível – com capacidade de travar um governo que não conta com uma vistosa recuperação econômica para ampará-lo. Depende daquilo que ainda será revelado e a consequente ojeriza a isso por parte da população nos próximos meses.

A repercussão disso é incalculável. E a contaminação, irreversível. Por que, nas responsabilidades do esquema familiar, onde se lê “Flávio”, deveríamos ler “Jair”.

 

*Com informações do Blog do Sakamoto

*Foto: Esmael de Moraes

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Ex-mulher do chefe da milícia “Escritório do Crime” e Ex-assessora de Flávio admitiu origem ilícita de dinheiro, diz MP-RJ

Acusada de ser funcionária-fantasma no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj, a ex-assessora Danielle Mendonça da Costa, admitiu que sabia da origem ilícita do dinheiro que recebia mensalmente, diz o Ministério Público do Rio de Janeiro.

A Procuradoria chegou a essa conclusão após analisar mensagens trocadas por Danielle com duas amigas.

Ela foi casada com o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de chefiar a milícia “Escritório do Crime”.

O ‘Escritório do Crime’ é acusado de estar por trás do assassinato de Marielle.

Acusado de atirar em Marielle, do Psol, Ronnie Lessa atuava junto com o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, considerado um dos fundadores de ‘empresa especializada em matar’

Lembram da entrevista de Bolsonaro que sem ninguém perguntar ele disse: “No caso Marielle, outras acusações virão. Armações! Vocês sabem de quem.”.

Não precisa nem juntar lé com cré.

 

*Da redação

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Queiroz era elo entre o clã Bolsonaro e a milícia que executou Marielle

Fabrício Queiroz, amigo de longa data do presidente da República, foi alvo de operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta quarta (18), junto ao seu antigo chefe, o ex-deputado estadual e, hoje, senador, Flávio Bolsonaro, além de ex-assessores ligados ao seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. O MP visitou endereços em meio à investigação sobre a “rachadinha” de salários que teria acontecido entre os servidores reais e fantasmas e o parlamentar. Na relação de escrutinados, também há parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair.

A defesa de Queiroz afirmou que recebeu a notícia com “tranquilidade” e chamou a operação de “absolutamente desnecessária”. Há um incômodo duplo sentido que esconde uma ironia à Justiça nisso. Afinal, ele teve mais de um ano para esconder provas de seu envolvimento.

O caso veio a público no longínquo 6 de dezembro de 2018, quando Flávio Serapião publicou em O Estado de S.Paulo sobre o documento do Coaf que apontava “movimentações atípicas” na conta do ex-policial militar, mas a apuração remonta o início do ano passado. Até agora, pasmem, Queiroz prestou apenas um depoimento por escrito ao MP-RJ, não tendo ido conversar pessoalmente com os promotores.

Mas o que era inicialmente uma investigação de corrupção envolvendo o “homem de rolo” de confiança do presidente, seu filho primogênito e a primeira-dama (que recebeu depósitos de Queiroz em sua conta, fato que seu marido alega ser devolução de empréstimo), ganhou outras cores devido à relação do ex-assessor com milicianos.

O mesmo “Escritório do Crime” apontado como executor da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes estava conectado ao gabinete de Flávio graças a ele. Esse é o elefante na sala que muita gente finge que não vê.

A investigação arrastada contou com o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, depois do ministro Gilmar Mendes, que travaram o processo após a defesa de Flávio questionar o direito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras em apontar indícios de “movimentações atípicas” sem autorização judicial prévia. O plenário do STF acabou por decidir que o órgão pode sim enviar informações, mas um tempo precioso se perdeu. O suficiente para apagar rastros.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio afirmam que os executores de Marielle são o policial militar da reserva Ronnie Lessa (vizinho de Bolsonaro na Barra da Tijuca) e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, integrantes dessa milícia em Rio das Pedras. Ainda estamos à espera do(s) nome(s) do(s) mandante(s). No gabinete do filho 01 do presidente da República na Assembleia Legislativa do Rio, por indicação de Queiroz, trabalhavam a mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope, acusado de comandar o “Escritório do Crime”. Ele está foragido da Justiça e também figura no rol de suspeitos.

O ex-assessor confirmou, em depoimento por escrito, no começo do ano, que recolhia mesmo parte dos salários dos funcionários do chefe na Assembleia Legislativa. O destino, segundo ele, era remunerar, de maneira informal, outros “assessores” de Flávio na base eleitoral. A isso, ele deu o pomposo nome de “desconcentração de remuneração”. Disse que não acreditava ter cometido uma ilegalidade, pois o objetivo era “multiplicar e refinar os meios de escuta da população por um parlamentar”.

Considerando a excelente votação que Flávio teve na região do “Escritório do Crime”, como apontou levantamento da Agência Pública, a investigação precisa mostrar se o dinheiro da “rachadinha” também abastecia milicianos. Flávio já condecorou membros desses grupos criminosos formados por policiais e militares enquanto Jair os elogiava em seu mandato.

Reportagens de Ana Luiza Albuquerque, Catia Seabra e Italo Nogueira, na Folha de S.Paulo, em outubro, trazem de áudios nos quais Queiroz reclama por ter sido abandonado, dizendo que o pior está por vir. “Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar aí. Ver e tal? É só porrada. O MP tá com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente. Não vi ninguém agir”, disse.

Não se sabe exatamente qual a “pica do tamanho de um cometa”, até porque ele não foi conversar com o MP. Caso seja a relação com o Escritório do Crime, isso tem potencial para tirar muita gente da zona de conforto.

Mas nem precisaria tanto. Se o país fosse um pouco mais sério, o fato do presidente da República ter dito que um depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz na conta da, hoje, primeira-dama, era a devolução de um empréstimo, sem apresentar nenhuma prova disso, já seria motivo o bastante para chocar o país e abrir uma investigação para saber quem paga as contas da família Bolsonaro e como. Contudo, os envolvidos sabem que operam com uma sociedade anestesiada e que evidências apenas trazem indignação quando envolvem o outro lado.

 

 

*Com informações do Blog do Sakamoto

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MP do Rio revela detalhes de esquema de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro

Relatório do MP obtido pela revista Crusoé aponta que Flávio Bolsonaro e sua esposa compraram dois apartamentos em Copacabana para lavar dinheiro arrecadado por meio da “rachadinha” e os venderam por um valor 300% maior.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, compraram em 2012 dois apartamentos em Copacabana para lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” – esquema ilegal de repasse de salários de assessores – que acontecia no gabinete do então deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj). As informações constam em um relatório do Ministério Público obtido pela revista Crusoé.

De acordo com o MP, os apartamentos foram comprados de um norte-americano, mas os imóveis pertenceriam, na verdade, a outro indivíduo dos EUA que não teria autorizado a transação. A Crusoé informa que chamou a atenção de promotores do MP o valor da compra e venda dos apartamentos para a efetivação do esquema de lavagem. Segundo as investigações, ambos os imóveis foram comprados por um valor 30% menor do que o antigo dono havia pago e, depois, foram vendidos por Flávio por um valor 300% maior.

O casal da família Bolsonaro, de acordo com a investigação, teria lucrado 292% na venda de um dos apartamentos e 273% no outro.

O MP apontou, no relatório, que Flávio e a esposa obtiveram uma “lucratividade expressiva” e “desproporcional”, já que a valorização dos imóveis na região, à época, foi de apenas 10%.

Busca e apreensão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpre na manhã desta quarta-feira (18) uma série de mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Entre os alvos estão endereços do ex-PM Fabrício Queiroz, que seria o responsável por um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e parentes da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

As medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no gabinete do filho de Jair Bolsonaro na Alerj.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

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Queiroz e Flávio Bolsonaro são alvos de busca e apreensão por cartel de laranjas, fantasmas e outros esquemas do clã

Ministério Público do Rio de Janeiro cumpre mandados em endereços ligados a Fabrício Queiroz e assessores de Flávio Bolsonaro para investigar denúncias de “rachadinha”. Entre os alvos está a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (18), em endereços ligados ao senador Flávio Bolsonaro, acusado de praticar “rachadinha” quando o atual senador era deputado estadual do Estado do Rio de Janeiro.

A ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, está entre as investigadas. O MPRJ também deve cumprir mandado em endereço ligado a Fabrício Queiroz.

Os mandados são cumpridos no contexto da investigação sobre práticas de lavagem e desvio de dinheiro público no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando exerceu cargo de deputado estadual do Rio de Janeiro.

Os mandados atingem ex-assessores que já estão com o sigilo bancário e fiscal quebrados pela justiça, informou o portal G1.

Em 31 de julho de 2018, investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram ao Ministério Público indícios de movimentações financeiras atípicas envolvendo Fabrício Queiroz, desencadeando as investigações de possível prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

 

*Com informações do Sputnik

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Perfil do Movimento “Jair me arrependi” revela detalhes dos crimes do comitê mineiro de Bolsonaro

Perfil do “Movimento Jair Me Arrependi” desmontou todo o argumento de Bolsonaro de que ele não tinha conhecimento do comitê não declarado de mais de 3 mil metros quadrados em BH; um dos administradores tem relação próxima com o presidente e membros do governo.

O perfil Movimento Jair Me Arrependi no Twitter, que ganhou repercussão por fazer um compilado das pessoas que se declaram arrependidas de votar no presidente Jair Bolsonaro, fez uma sequência de postagens detalhando diversos crimes eleitorais cometidos pela equipe de Bolsonaro e aliados no pleito de 2018. O então candidato à presidência teria montado um comitê de campanha clandestino.

“Perdoem-me pela insistência sobre esse assunto, mas é que ele é bom demais para ser esquecido, passar batido e consegui pegar mais umas coisas curiosas sobre o comitê clandestino. Vamos de mini-thread?”, é como inicia a sequência publicada neste sábado (14).

O ponto principal da denúncia envolve a criação de um “comitê clandestino do Bolsonaro não declarado ao TSE” em Belo Horizonte, chamado QGBH17. Segundo a defesa do ex-presidente, ele não foi declarado porque a sua existência era “desconhecidas”, mas os comandantes do gabinete aparecem em fotos e vídeos com figuras centrais da campanha do ex-capitão, como o ex-senador Magno Malta (PL-ES), o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o próprio Jair Bolsonaro.

O principal nome do QG era Rafael Almeida Guerra. Este homem aparece em fotos com o então candidato à presidência e também em vídeo de entrevista coletiva “escoltando” o ex-capitão. Outro nome central é Júlio Hubner, autodenominado “laranja do bem”. Hubner foi candidato à deputado pelo PSL de Minas Gerais, mas “abriu” mão e “cedeu” seu CNPJ para produzir material de Bolsonaro em nome do QG, em um prática de laranja.

Confira a sequência de postagens:

 

 

*Com informações da Forum

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Caso Queiroz: MP retoma investigação com foco em Flávio Bolsonaro

Um ano após o jornal O Estado de S. Paulo revelar, em 6 de dezembro de 2018, que o PM Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa fluminense, tivera em conta movimentações financeiras de R$ 1,2 milhão, atípicas e incompatíveis com seus ganhos, o Ministério Público do Rio retomará as investigações e seu foco: o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).

O salvo-conduto para a retomada da apuração foi dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A corte considerou legal o compartilhamento de informações fiscais e bancárias com o MP. O parlamentar alegava ilegalidade e perseguição política na ação.

Flávio virou alvo de suspeita após Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar que Queiroz recebia depósitos regulares de colegas de gabinete.

Essas movimentações ocorriam perto do pagamento de salários.

Para os promotores, esse era suposto indício de “rachadinha” – “devolução” de parte ou da totalidade dos salários ao deputado.

Flávio disse, à época, que todos os “mandatos na Alerj foram pautados pela legalidade e pela defesa dos interesses da população.”

Para os promotores, esse era suposto indício de “rachadinha” – “devolução” de parte ou da totalidade dos salários ao deputado. Flávio disse, à época, que todos os “mandatos na Alerj foram pautados pela legalidade e pela defesa dos interesses da população.”

O MP também apontou suposta ação de organização criminosa no gabinete de Flávio na Alerj e supostos sinais de que o hoje senador lavou o dinheiro na compra e venda de imóveis.

O parlamentar acusou a promotoria de tentar atingir o governo do seu pai. O Coaf, porém, também apontou suspeitas de outros assessores, deputados e ex-deputados, no documento gerado na Operação Furna da Onça, sobre corrupção na Alerj.

Queiroz faltou a quatro convites para depor no Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sigiloso do MP-RJ.

Alegou problemas de saúde – trata-se de um câncer, do qual se operou no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Seu desaparecimento por meses rendeu à oposição um mote – “Cadê o Queiroz?” -, desfeito depois que o PM aposentado foi localizado pela revista Veja, na capital paulista.

O ressurgimento se tornaria incômodo em outubro, quando, em áudio, o ex-assessor foi flagrado afirmando que o MP teria “uma pica do tamanho de um cometa” para “enterrar” nele e em um interlocutor não identificado.

Outros ex-integrantes do gabinete também faltaram a depoimentos no MP.

Apenas um, Agostinho da Silva, compareceu. Disse que entregava vencimentos ao ex-assessor, para que aplicação na compra e venda de carros.

O próprio Queiroz, após sustentar em entrevista ao SBT que “fazia dinheiro” comprando e vendendo veículos, apresentou ao MP defesa por escrito com versão modificada.

Afirmou que recolhia os salários dos colegas de gabinete para redistribuí-los por mais gente, pagando militantes e ampliando a base de Flávio.

O então deputado, de quem era assessor próximo, desconheceria a prática, segundo afirmou. Como o investigado não apresentou documentos (recibos, por exemplo) tornou-se difícil sustentar as alegações.

À medida que a investigação se aproximava de Flávio Bolsonaro – inclusive com a quebra de seu sigilo bancário e de dezenas de outras pessoas físicas e jurídicas ligadas a ele, determinada pelo juiz Flávio Itabaiana – aumentou o mal-estar no governo. “Venham para cima, não vão me pegar”, reagiu o presidente.

O Planalto já se incomodara com a revelação de que o Coaf mostrou que tinham saído da conta de Queiroz R$ 24 mil para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, quando Jair Bolsonaro ainda era deputado federal, e ela, assessora parlamentar em Brasília.

O presidente afirmou que se tratava do pagamento, na conta da sua mulher, de um empréstimo que fizera ao assessor do filho. Antecipou ainda que outras prestações poderiam aparecer. Como o ex-assessor do filho, não apresentou nenhum documento para comprovar o que dissera.

Foi nesse cenário de dificuldades que Flávio Bolsonaro tentou, por três vezes, suspender as investigações que enfrentava, sem consegui-lo. Só teve sucesso quando o criminalista Frederick Wassef, muito próximo dos Bolsonaros, foi ao Supremo Tribunal Federal.

A defesa do senador alegou que, na prática, o sigilo bancário do parlamentar tinha sido quebrado, sem autorização do Poder Judiciário.

O presidente do STF, Dias Toffoli, acatou a argumentação e, em 15 de julho, suspendeu liminarmente as investigações baseadas no compartilhamento, até que o plenário da Corte se pronunciasse.

Foram 136 dias de paralisia, sem que os promotores do Rio pudessem agir. Agora, a investigação será retomada, com a legitimidade dada pelo Judiciário.

Assim como centenas de outras, atingidas pela mesma medida. O Coaf, porém, mudou de nome: agora é Unidade de Inteligência Financeira e foi transferido para o Banco Central (BC).

 

 

*Wilson Tosta/Uol