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PSL em chamas

O que já estava azedo dentro do PSL, acaba de talhar com o Major Olímpio lançando a chapa, “Moro para presidente e Janaína Paschoal para vice” em 2022, acendendo uma tocha no meio de um incêndio de proporções amazônicas que desgraça de vez a direita brasileira, hoje subordinada ao PSL de Bolsonaro.

O meteoro que caiu no partido do Rio das Pedras não foi econômico e tudo indica que tem caixa para fazer um estrago integral, mostrando as diferenças entre interesses, o que agrava perigosamente para uma guerra mais letal do que se imagina. Afinal, estamos falando dos que defendem a Lava Toga, uma CPI que seria utilizada para atacar o STF, comandada de dentro do Ministério Público lavajatino e os que são contra, mais precisamente no núcleo que constitui o clã Bolsonaro.

A coisa se agravou quando os filhos de Bolsonaro pararam de ignorar a Lava Toga, porque achavam antes que bastaria ignorá-la para resultar em seu engavetamento. Mas a coisa mudou radicalmente. Flávio Bolsonaro, que era o principal crítico em busca de sua salvação no STF, já conta com a beligerância de seus irmãos Eduardo e Carluxo, este que ontem classificou o eleitorado de seu pai de “gado” por querer que a CPI da Lava Toga aconteça.

Em meio a tudo isso, os dois lados organizam seus QGs com todo o tipo de arma e vão mostrando o arsenal um para o outro de dentro do forte, tentando garantir a hegemonia em um partido que é fragmentado por interesses que vão desde a ocupação do Estado até a proteção da milícia. Ou seja, o fermento para essa guerra que condena toda a direita à implosão, não é pouca coisa, e só se adensa.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Um pacote anticrime feito por um ex-juiz corrupto num governo de milicianos, presta?

Para início de conversa, é bom frisar que, atacar as práticas promíscuas da Lava Jato, é atacar a corrupção. A pior das formas de corrupção, porque ela está localizada dentro do aparelho judiciário do Estado brasileiro e pode, como fez a Lava Jato, mudar os rumos do país, golpeando governos, rasgando a constituição e envenenando todo o sistema de justiça no país para ferir de morte a democracia.

Dito isso, não se pode mais admitir que, depois das mensagens vazadas pelo Intercept, que Moro faça uso do discurso de “combate à corrupção” como arma política para seguir se corrompendo e corrompendo o próprio judiciário.

Esse criminoso já foi longe demais e, para piorar, é ministro da justiça de um governo que se confunde com a própria milícia tal as denúncias graves que pesam nas costas do clã Bolsonaro.

Então, vem a pergunta: como Moro, um juiz corrupto e ladrão, como disse o deputado Glauber Braga ao próprio Moro, em sabatina com o ex-juiz na Câmara dos Deputados, pode ser porta-voz de um pacote de medidas anticrime se ele foi um juiz comprovadamente criminoso que usou a “justiça” para praticar seus crimes?

Isso é o mesmo que uma proposta de combate à milícia vinda do senador Flávio Bolsonaro ou de qualquer outro do clã.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Flávio Bolsonaro consegue parecer favorável do MP contra juiz do caso Queiroz

Se a segunda instância atender ao pedido da defesa do filho do presidente, medida abre caminho para que todas as decisões tomadas pela Vara sejam anuladas.

O filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), já obteve uma vitória no processo do caso Queiroz. O Ministério Público do Rio deu um parecer favorável a um pedido de Flavio para declarar o juiz da 27ª Vara Criminal incompetente para julgar o caso. A medida abre caminho para que todas as decisões tomadas pela Vara sejam anuladas.

Isso porque o MP do Rio concordou com o pedido de Flavio Bolsonaro para declarar Flávio Itabaiana incompetente no processo que envolve o ex-assessor do atual senador e mais 94 pessoas físicas e jurídicas investigadas pela Vara Criminal. O magistrado, por exemplo, foi quem autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Flavio Bolsonaro.

Se a segunda instância atender ao pedido da defesa do filho do presidente, que agora conta com parecer favorável dos procuradores do Rio, a quebra do sigilo e outras determinações e avanços já feitos na investigação podem ser anulados.

A informação divulgada pelo jornal O Dia, deste sábado, é que o MP entendeu que como Flavio Bolsonaro era deputado estadual no período em que os supostos crimes foram cometidos, ele deveria ser julgado por Órgão Especial, e não pela primeira instância.

Entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto, contradiz essa defesa do MP e estabelece que caso o cargo político ocupado no período do suposto delito não seja o mesmo atualmente, a primeira instância pode julgar os crimes. Ainda assim, o parecer dos procuradores mostra uma vitória ao filho do presidente do caso Queiroz.

 

 

*Com informações do GGN

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A dois passos do inferno, clã Bolsonaro se desespera e parte para a agressão em estado bruto

Razões íntimas de decoro ligadas a fatos repugnantes na vida do clã Bolsonaro devem ter ocorrido para que episódios como os desta semana aflorassem tanto a ira do universo bolsonarista, a ponto de expor ao conhecimento e exame públicos, cenas tão grotescamente agressivas.

Quando recapitulamos o que disse Flávio Bolsonaro à parlamentar do PSL, senadora Selma Arruda, exigindo dela servidão ao clã, gritando, “Vocês querem me foder! Vocês querem foder o governo!” e, por outro lado, Carluxo (Carlos Bolsonaro), numa atitude ainda mais condenável, quando perguntado sobre o seu esquema de rachadinha, responde que “A rachadinha da sua mãe merece respeito? Canalha mentiroso!”, é porque o desespero já tomou conta do clã.

https://twitter.com/CarlosBolsonaro/status/1172275102832111621?s=20

O fato é que, tanto a família de Bolsonaro quanto gente do governo, que sabem dos inúmeros crimes que envolvem essa família, acreditaram que bastaria uma cera, uma catimba aqui e outra ali para que cenas e episódios criminosos envolvendo o clã ficassem sepultadas, sem encontrar na grande mídia alguém que recapitulasse a trajetória bandoleira dos Bolsonaro.

Bolsonaro bem que tentou soluções radicais, construindo capítulos e mais capítulos imundos de um governo que está apenas há oito meses no poder, expondo-se ao extremo na interferência no Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Coaf e Ministério da Fazenda para que sua imagem não entrasse em colapso diante de uma irremediável ruína pessoal chamada Queiroz.

Nada disso serviu de muro de contenção, ao contrário, a polêmica travada em torno dessas atitudes autoritárias, prevaleceu. Pior, não há como Bolsonaro se desvencilhar da imagem de interventor em benefício próprio e, muito menos conseguir arrefecer o incêndio de seu governo causado por um mar de corrupção, fantasmas, laranjas, milicianos, entre outros crimes que, certamente, evidenciam o comportamento de uma máfia extremamente perigosa e violenta que chegou ao poder através de fraudes e farsas e que está prestes a desabar da noite para o dia. A conferir.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Moro de Saias: Cassada por caixa 2, Senadora do PSL ameaça deixar o partido depois de pressão de Flávio Bolsonaro

Selma Arruda, cassada pelo TRE, defende “limpeza geral” no STF e quer ver CPI da Lava Toga acontecer.

A senadora Selma Arruda (PSL-MT) publicou nesta terça-feira (10) uma nota afirmando que “está avaliando” deixar o PSL devido a “divergências internas”. A principal causa, segundo ela, é a “pressão partidária” promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), para que parlamentares da sigla retirem suas assinaturas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A senadora Juíza Selma esclarece que devido a divergências políticas internas, entre elas a pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga, está avaliando a possibilidade de não permanecer no PSL”, disse em nota. Ela ainda afirmou que já recebeu convites de outras legendas e que seguirá apoiando o governo Bolsonaro.

Na segunda-feira (9), bolsonaristas insatisfeitos com a postura de Flávio lançaram a hashtag #AssinaFlavioBolsonaro em que criticavam o pedido do senador e cobravam que ele colocasse seu nome na lista dos que pediam a abertura da comissão.

As 27 assinaturas necessárias para a instalação da comissão no Senado haviam sido conseguidas na última semana, mas, na segunda-feira, a senadora Maria do Carmo (DEM-SE) recuou. Flávio e Bivar estariam na empreitada de derrubar a Lava Toga junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do STF, Dias Toffoli.

Senadora cassada

O mandato de Selma, ex-juíza federal e conhecida como “Moro de saias” pelo seu discurso anticorrupção, foi cassado em primeira instância pelo TRE-MT por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela recorre do processo e segue com o mandato, por enquanto. O PSL, inclusive, a indicou para presidir a Comissão de Ética do Senado.

 

 

*Com informações da Forum

 

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Moro poderá se demitir caso diretor da Polícia Federal seja exonerado

Embora tenha topado amaciar o presidente aqui e ali no Twitter, em lives do Facebook e até publicamente, Sergio Moro ainda não se sente entre os seus. Quase não tem interlocutores no governo. Conversa com poucos na Esplanada, entre eles Paulo Guedes e Eduardo Villas Bôas. Com o restante, a relação é protocolar. Sente-se especialmente desconfortável com o linguajar de Bolsonaro sobre uma série de assuntos.

Mas, até semanas atrás, tudo parecia valer a pena em nome de colocar de pé, agora no Executivo, estruturas eficazes no combate à corrupção. Em nome de avançar numa agenda dura de repressão ao crime de colarinho branco, valeria ignorar as frases grosseiras de Bolsonaro, muitas vezes ditas a seu lado, os escândalos do PSL e do gabinete de Flávio Bolsonaro, a bizarrice cometida pelos ministros da selva olavista.

Uma cadeira no Supremo Tribunal Federal seria consequência de um bom trabalho no Ministério da Justiça. Mas tudo mudou. Em seu nono mês como ministro, Moro está exaurido. E, segundo pessoas de sua confiança, decidido: se uma canetada de Bolsonaro tirar Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal (PF) e não colocar em seu lugar alguém da confiança de Moro, o ministro deixará o governo.

Quando veio a Vaza Jato, Bolsonaro comentou com um de seus filhos que aquilo tinha um lado positivo para ele, pois Moro agora dependeria mais do Planalto, o que, de certa maneira, é verdade. Um ministro da Justiça que nunca teve de se explicar agora precisaria do governo para defendê-lo. Mas a fritura de Moro começou bem antes.

O desconvite para a especialista em segurança pública Ilona Szabó, a Funai goela abaixo (com a escolha de seu presidente feita por Bolsonaro e não por Moro), a retirada do Coaf do Ministério da Justiça e a posterior reformulação do conselho, a desautorização pelas indicações no Cade, mandando o Senado devolver os nomes ao Planalto, a demissão via imprensa do delegado que comandava a PF no Rio de Janeiro, a ordem para que a tramitação do pacote anticrime ficasse mais lenta e até o veto a uma propaganda do projeto… A lista de vezes em que as asas de Moro foram cortadas é extensa. Nenhum outro ministro foi tão podado por Bolsonaro quanto Moro.

 

 

*Com informações da Época

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Vídeo: resposta de Glenn à tentativa de intimidação de Moro

Em vídeo, jornalista do Intercept diz que Globo e Antagonista não fazem “jornalismo”, mas “parceria” com a Lava Jato, e por isso publicam vazamentos ilegais do Ministério Público sobre o deputado federal David Miranda, tentando prejudicar a imagem do parlamentar, que é seu marido, e a dele próprio. “Eles querem que você esqueça o caso de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz e pensem que meu marido e eu temos uma reputação suja usando uma tática covarde, que são os vazamentos ilegais”.

O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept, publicou um vídeo nas redes sociais criticando duramente o vazamento ilegal do Ministério Público do Rio de Janeiro ao Globo e ao site O Antagonista envolvendo seu nome e o do deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), seu marido.

Segundo reportagem do Globo, “um relatório enviado pelo Coaf ao Ministério Público do Rio dois dias depois de o site The Intercept Brasil começar a divulgar mensagens atribuídas a autoridades da Lava Jato aponta que o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) fez ‘movimentações atípicas’ de R$ 2,5 milhões em sua conta bancária entre 2 de abril de 2018 e 28 de março de 2019”.

Para Greenwald, trata-se da “retaliação mais óbvia, mais patética, mais falsa até agora em resposta às nossas reportagens da Vaza Jato”.

“É muito irônico, para começar. Porque um tema principal da nossa reportagem desde o começo é o fato de que o Ministério Público abusa o tempo todo vazando ilegalmente informações de investigações para destruir reputações usando veículos da mídia como Antagonista e Globo, que não são jornalísticos, são parceiros [da Lava Jato]”, diz ele. “É exatamente o que eles fizeram nesse caso”, completa.

Ele reforça ainda o fato de que o relatório foi enviado apenas dois dias depois do início da Vaza Jato, como informa o Globo no primeiro parágrafo. “É possível ser mais óbvio?”, questiona.

“Eles estão tentando criar equivalência com o caso de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, que com certeza são culpados de ser corruptos. Eles querem que você esqueça o caso de Flávio e Queiroz e pensem que meu marido e eu temos uma reputação suja não usando o processo legal, mas uma tática covarde, que é a utilização de vazamentos ilegais”, completa.

Glenn Greenwald lembra que “é muito difícil” para o MP explicar como Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz receberam tanto dinheiro, além de seus salários. “O Ministério Público não tem uma explicação, como ele recebeu tanto dinheiro de milicianos”, diz.

“Mas no nosso caso é muito fácil, e se O Globo tivesse jornalistas e repórteres, em vez de propagantistas da Lava Jato, que meu salário é uma informação pública e ele é muito maior – e tenho até vergonha de dizer isso – do que as quantias que o David está sendo acusado de receber”, explica. “Se O Globo tivesse usado algo chamado Google, descobriria que eu tenho ainda outras rendas”. Assista:

 

 

*Com informações do 247

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Raquel Dodge, a vingativa: menosprezada por Bolsonaro, procuradora desengaveta ações contra bolsonaristas

De cassação de mandatos à contestações diretas de decisões do governo, a procuradora deixará o cargo neste mês com uma coleção de ações contra o partido do presidente.

Desprezada a possibilidade de permanecer no cargo e com o fim de seu mandato cada vez mais próximo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem demonstrado certo empenho em levar adiante pautas que batem de frente com a ala bolsonarista. De cassação de mandatos à contestações diretas de decisões do governo, Dodge só dará lugar ao provável próximo PGR, Augusto Aras, depois de colecionar algumas ações contrárias ao partido do presidente.

Em caso mais recente, a procuradora enviou parecer favorável à cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL-MT), assim como de seus suplentes. A decisão foi enviada na terça-feira (10) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), argumentando abuso de poder econômico e prática de caixa 2 de campanha ao Senado em 2018. Dodge ainda deu parecer favorável a novas eleições para a vaga da senadora no Mato Grosso.

Ainda, um pouco antes desse episódio, no final de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou a insinuar que a procuradora-geral estaria aparelhando a PGR ao fazer, já perto do fim de seu mandato, uma série de nomeações nos estados. Dodge começou a nomear os procuradores-regionais eleitorais, e nomes cotados para substituí-la na PGR ficaram incomodados com o fato de as nomeações serem para a partir de 1º de outubro, quando ela já não estiver mais no posto.

Também em agosto, Dodge fez coro a uma nota oficial do MPF sobre os impactos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o andamento de todas as investigações em curso que tenham dados bancários ou fiscais repassados ao Ministério Público pelos órgãos de fiscalização e controle, como é o caso do Coaf, sem prévia autorização judicial.

Tal suspensão do STF beneficiava diretamente um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro, envolvido em um escândalo com um de seus assessores, Fabrício Queiroz, por movimentações financeiras atípicas levantadas pelo Coaf. No entanto, de acordo com o documento do MPF, apoiado por Dodge, caso a decisão de suspensão seja mantida, haverá “ um profundo retrocesso em nossa cultura jurídica e no combate à criminalidade, especialmente aos chamados crimes macroeconômicos”.

 

 

*Com informações da Forum

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Clã Bolsonaro: Ministério Público chega em Carluxo por esquema de funcionários fantasmas, laranjas e rachadinhas

O Ministério Público estadual do Rio abriu dois procedimentos para investigar as denúncias de uso de funcionários fantasmas e a eventual prática de “rachadinha”, como é conhecida a devolução de salários, no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). As investigações foram abertas com base em reportagem publicada por ÉPOCA em junho que revelou que Carlos empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e sua madrasta. Dois admitiram à reportagem nunca terem trabalhado para o vereador, embora estivessem nomeados. O MP ainda apura suspeitas de que outros três profissionais nunca deram expediente na Câmara.

A partir de um pedido com base na Lei de Acesso à Informação, o MP confirmou os dois procedimentos, mas informou que ambos tramitam sob segredo de justiça. A investigação criminal está a cargo do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, com apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim). Já na esfera cível, onde se apura eventual improbidade administrativa, a investigação ocorre na 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital.

Um dos principais alvos da investigação é a situação de Marta Valle — professora de educação infantil e cunhada de Ana Cristina Valle. Moradora de Juiz de Fora, em Minas Gerais, ela passou sete anos e quatro meses lotada no gabinete entre novembro de 2001 e março de 2009. Procurada por ÉPOCA, Marta disse que nunca trabalhou para Carlos. “Não fui eu, não. A família de meu marido, que é Valle, que trabalhou”. O salário bruto de Marta Valle chegou a R$ 9,6 mil, e, com os auxílios, chegava a R$ 17 mil. Segundo a Câmara de Vereadores, ela não teve crachá como assessora.

Outro caso descoberto pela reportagem foi Gilmar Marques, ex-cunhado de Ana Cristina Valle e morador de Rio Pomba, em Minas Gerais. Com a correção inflacionária, o salário bruto dele chegou a R$ 7,9 mil, mas somados os auxílios chegou a R$ 14 mil. Questionado, não se recordava da nomeação e disse: “Meu Deus do céu. Ah, moça, você está me deixando meio complicado aqui. Eu ganhava? Isso aí você deve estar enganada”. Ele também nunca teve identificação funcional da Câmara Municipal do Rio.

A situação se repetiu em relação ao advogado Guilherme Henrique de Siqueira Hudson que constou como assessor-chefe do vereador Carlos Bolsonaro durante dez anos – entre abril de 2008 e janeiro de 2018. Guilherme é primo de Ana Cristina Siqueira Valle e, apesar de todo o tempo em que ficou lotado na chefia do gabinete, ele jamais teve crachá. Desde 2012, possui residência fixa em Resende, onde casou e abriu um escritório de advocacia, além de uma loja de decoração. Desde 2012, o site do Tribunal de Justiça do Rio mostra que ele atuou em 68 processos na região de Resende e em cinco na capital. Resende fica a cerca de 170 quilômetros da capital.

No período em que Hudson foi relacionado como assessor-chefe, Ananda Hudson, sua mulher, foi nomeada no gabinete para ocupar o cargo e salário deixados por Marta Valle, quando ela foi exonerada, em 1º de março de 2009. Ananda constou como assessora até agosto de 2010. No mesmo período, porém, ela cursava faculdade de Letras em Resende.

Depois que Ananda Hudson saiu, o cargo dela foi repassado a Monique Hudson, cunhada de Guilherme. Monique é outra que nunca teve crachá da Câmara. Ela também mantém residência fixa em Resende há pelo menos duas décadas. Monique ficou lotada no gabinete da Câmara Municipal até dezembro de 2014, mas, nesse período, também cursou Letras na Associação Educacional Dom Bosco, mesma faculdade de Ananda.

A investigação também inclui Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina. Ela constou como servidora de Carlos entre os anos de 2006 e 2008. Fisiculturista, ela também foi nomeada nos gabinetes de Jair e de Flávio. Ao todo, ficou lotada por 20 anos. Mas, fora as listas de frequência entregues pelos próprios parlamentares, não há registro do trabalho dela. Andrea também não teve crachá da Câmara do Rio.

Segundo a Câmara Municipal do Rio, “a emissão dos crachás dos servidores ocorre preferencialmente no dia da sua posse”.

Procurado por meio de seu chefe de gabinete, Carlos Bolsonaro não respondeu à ÉPOCA. A reportagem também não teve retorno de Marta, Gilmar, Guilherme, Ananda e Monique.

Os casos de funcionários com dificuldade de comprovar que trabalharam no gabinete de Carlos, embora estivessem nomeados, não se restringem aos parentes da ex-mulher de Bolsonaro.

Reportagem do jornal O GLOBO de agosto deste ano mostrou as histórias de Diva da Cruz Martins e a filha, Andrea da Cruz Martins. A primeira esteve lotada entre fevereiro de 2003 e agosto de 2005 e a segunda, de 2005 até fevereiro deste ano. Em novembro de 2013, no entanto, quando Andrea deu entrada nos papéis de seu casamento no cartório de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ela identificou-se como “babá”.

 

 

*Com informações da Época

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Bolsonaro, através do filho Flavio, sabota a CPI da “Lava Toga” e desperta a ira dos inocentes bolsonaristas

O pasto está em polvorosa!

Bolsonaristas se revoltam com o governo fascista de Bolsonaro, porque, até eles que são os bobocas mais premiados no mundo animal, já sacaram que a manobra para detonar a tal CPI, partiu do Palácio do Planalto.

O motivo é simples

Flávio Bolsonaro, ou seja, o próprio Bolsonaro pai, passou a entrar na mira do Judiciário após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentações milionárias e atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017 por parte de Fabrício Queiroz, assessor do atual senador quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Queiroz liderava um esquema de lavagem de dinheiro. Recentemente, o presidente do STF, Dias Toffoli, que está na principal mira dos bolsonaristas que sonha com a CPI, suspendeu as investigações contra o filho de Bolsonaro ao proibir o compartilhamento de dados pelo Coaf sem prévia autorização judicial.

Assim sendo, o tal pacto pela “governabilidade” entre Toffoli e Bolsonaro, falou mais alto e os bolsonaristas estão chupando dedo e xingando o clã Bolsonaro inteiro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas