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Se há lei no Brasil, o processo contra Lula é nulo, diz Reinaldo Azevedo

“Estamos diante de uma escolha —e essa arbitragem será feita pelo STF: trata-se de decidir se, em nome do combate à corrupção, pode-se cometer uma penca de crimes”, é o que diz Reinaldo Azevedo após ter revelado ontem mais uma mentira de Moro.

Em artigo publicado nesta sexta-feira (21), o jornalista defende a anulação completa do processo do triplex e diz, “Não reconheço a legitimidade do ‘DPPL’: o ‘Direito Penal Para Lula”. Reconheço a ordem democrática, de que faz parte o devido processo legal. A lei evidencia a nulidade do processo que resultou na condenação do ex-presidente. E caberá ao STF dizer se a Lava Jato está subordinada a essa ordem democrática e legal ou se também o tribunal se subordina à Lava Jato.”

E segue Reinaldo Azevedo:

“Moro violou uma penca de artigos do Código de Ética da Magistratura, em particular o 8º: ‘O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito'”

“A mesma trilha que conduz ao esbulho dos direitos de Lula leva à anomia no direito penal. Se um juiz pode apresentar testemunhas à acusação; condescender com truques para fazê-la falar; anuir com procedimentos heterodoxos para imputar ao réu o que não evidenciam os autos nem a denúncia —caso do PowerPoint—; orientar a desmoralização pública da peça apresentada pela defesa e até interferir na escolha, ainda que por via indireta, do representante do MPF que vai participar de uma audiência, cabe indagar: o que é vedado ao juiz?”, questiona.

“Ora, se o devido processo legal não existe, então tudo é permitido”, finaliza. “Estamos diante de uma escolha —e essa arbitragem será feita pelo STF: trata-se de decidir se, em nome do combate à corrupção, pode-se cometer uma penca de crimes. A propósito: se esse é um valor absoluto —e tudo, então, é permitido—, por que não havemos de perdoar as agressões à ordem legal cometidas em nome da justiça social?”, conclui o jornalista.

 

*Por Reinaldo Azevedo

 

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The Intercept: A Lava Jato usou o judiciário para fins políticos

Se, antes, suspeitava-se que a Lava Jato era um grupo político com articulação com membros do Ministério público, ou seja, disfarçado de judiciário, com um juiz que manipulava para influenciar o jogo político e mudar a história política do país, agora, com a certeza, o que mais falta?

As conversas “secretas” intensamente divulgadas pelas redes sociais e até mesmo pela grande mídia, escancaram que a tão venerada Lava Jato, na verdade, atuava marginal à lei. Tudo em nome do combate à corrupção. Foram tão afoitos que saíram atropelando princípios jurídicos básicos e arrombando o estado de direito, de forma a não ter contestação de tão límpidas que são as provas divulgadas.

A Lava Jato, sem o menor pudor e com a certeza da impunidade, usou indevidamente o aparato jurídico para atender interesses políticos. O Código de Ética do Ministério Público, o estatuto da magistratura e a Constituição foram todos burlados. É um caso claro de corrupção.

Da mesma forma, usaram o poder do Estado para interferir nas eleições, o que também está explícito nas conversas entre procuradores. Faltando 12 dias para a eleição, os usurpadores traçaram estratégias para impedir a entrevista de Lula e dificultar a vitória de Haddad.

Vejam o diálogo abaixo:

Acreditava-se que Moro trabalhava como linha auxiliar da acusação, mas ficou claro que ele era o chefe da Lava Jato. Ele dava broncas, cobrava ações e recomendou a Dallagnol que enquadrasse uma procuradora que apresentou mau desempenho nas audiências.

 

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Opinião

O tombo do Chacal, Carlos Fernando dos Santos Lima

O verdadeiro chefe da força-tarefa da Lava Jato, depois de Sergio Moro, é lógico, é esse aí, Carlos Fernando dos Santos Lima. Ele também foi o spalla de Moro no caso escabroso do Banestado.

Deltan Dallagnol, como bem disse Gilmar Mendes, é apenas um bobinho deslumbrado. Carlos Fernando, não. Se não é brilhante, como de fato não é, é cínico em seus pontos e vírgulas. É dele o manjado ramerrão usado ainda no teatro de investigação de Lula, “nós não investigamos pessoas, investigamos fatos; os fatos nos levam às pessoas”.

Lógico que, antes, o embaraçado procurador, tinha o rei na barriga porque estava numa posição em que poderia atirar na cabeça de Lula sem ser incomodado pela mídia. Na verdade, depois que Moro condenou Lula e determinou sua prisão, Carlos Fernando, o Boquinha, aposentou-se e passou a postar em redes sociais fotos feitas no estúdio de seu irmão, além  de poesias.

Chique né? Pois é, mas essa mistura de conselheiro do rei com mister M, teve que perder o prumo e quebrar o verniz ontem, antes mesmo das revelações serem publicadas pelo site Intercept. Agora, o cínico está apanhando como gente grande e, nesse ambiente hostil ao vice-rei, Boquinha perdeu completamente o rebolado, a postura e qualquer resquício daquele impoluto procurador que oferecia a cabeça de Lula em rede nacional sem querer transparecer o vigarista que de fato é e que foi desmascarado nesta sexta-feira (14) pelo Intercept.

Quem acompanha minhas postagens nas redes sociais, sabe que a minha câmera está apontada para esse sujeito há muito tempo, e o tempo me deu toda a razão.

 

 

*Por Carlos Henrique Machado, músico, compositor e pesquisador da música brasileira

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A cada mentira, nós publicaremos a prova de que Moro, está mentindo, diz Greenwald

“Enquanto julgava o processo criminal contra Lula, Moro secretamente zombava da defesa em conversas secretas com os promotores. Pior, ele estava dirigindo sua campanha pública contra o mesmo réu que ele estava julgando”

Glenn Greenwald divulgou nesta sexta-feira (14) novas conversas entre Moro e procuradores de Curitiba, provando que a Lava Jato nada mais é do que uma grande armação que mudou totalmente a história política do Brasil.

Depois das novas revelações, Greenwald respondeu a Moro via twitter:

“Como eu disse antes, Sergio Moro deveria parar de mentir quando tenta se defender, porque nós temos as evidências e os fatos.”

“A cada mentira – como ele fez hoje no Estadão – nós publicaremos a prova de que ele está mentindo, como acabamos de fazer em resposta à entrevista”, disse Glen.

Neste mesmo dia, o Estadão publicou uma entrevista com Moro, onde ele tentou naturalizar as conversas com os procuradores da Lava Jato e se escondeu por trás de um suposto hacker.

Além de defender que o site divulgue todas as conversas de uma vez, Moro quer que o dossiê seja entregue para uma “autoridade independe” para fazer uma perícia.

Glenn escreveu nas redes sociais:

“Moro mentiu em sua entrevista ao Estado hoje, afirmando que só tinha conversas banais e ‘comuns’ com os promotores, negando que já tivesse participado de sua estratégia. Essas provam que ele fez exatamente isso – fingindo ser um juiz neutro enquanto comandava a promotoria.”

“Enquanto julgava o processo criminal contra Lula, Moro secretamente zombava da defesa em conversas secretas com os promotores. Pior, ele estava dirigindo sua campanha pública contra o mesmo réu que ele estava julgando – exatamente que ele sempre negou que ele fez.”, afirmou.

“Talvez o mais significativo e embaraçoso de tudo: Moro comandou efetivamente o processo contra Lula enquanto fingia ser um juiz ‘neutro’, condenando-o. Seu papel de chefe da força-tarefa era tão claro que Deltan se desculpou quando adiou a obediência às ordens de Moro.”

 

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Mais escândalo envolvendo Moro: Ele pediu aos procuradores para, através da imprensa, atacarem Lula e sua defesa

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o então procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima mostra que o ex-juiz pediu aos procuradores da Lava Jato uma nota à imprensa para rebater o que chamou de “showzinho” da defesa de Lula após o depoimento do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá. O conteúdo faz parte do arquivo As mensagens secretas da Lava Jato.

Os procuradores acataram a sugestão do atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, em mais uma evidência de que Moro atuava como uma espécie de coordenador informal da acusação no processo do triplex. Em uma estratégia de defesa pública, Moro concedeu uma entrevista nesta sexta-feira ao jornal o Estado de S. Paulo onde disse que considera “absolutamente normal” que juiz e procuradores conversem. Agora, está evidente que não se trata apenas de “contato pessoal” e “conversas”, como diz o ministro, mas de direcionamento sobre como os procuradores deveriam se comportar.

Juntamente com as extensas evidências publicadas pelo Intercept no início desta semana – em que Moro e Deltan conversam sobre a troca da ordem de fases da Lava Jato, novas operações, conselhos estratégicos e pistas informais de investigação –, esta é mais uma prova que contraria a tentativa de Moro de minimizar o tipo de relacionamento íntimo que ele teve com os promotores.

Ao contrário da defesa de Moro de que as comunicações eram banais e comuns – contendo apenas notícias e informações, mas não ajudando os promotores a elaborar estratégias (“existia às vezes situações de urgência, eventualmente você também está ali e faz um comentário de alguma coisa que não tem nada a ver com o processo”, disse ao Estadão) –, essas conversas provam que Moro estava sugerindo estratégias para que os procuradores realizassem sua campanha pública contra o próprio réu que ele estava julgando.

O episódio ocorreu em 10 de maio de 2017, quando Moro já presidia um processo criminal contra o ex-presidente no caso do “apartamento triplex do Guarujá”. Eram 22h04 quando o então juiz federal pegou o celular, abriu o aplicativo Telegram e digitou uma mensagem ao Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba.

“O que achou?”, quis saber Moro. O juiz se referia ao maior momento midiático da Lava Jato até então, ocorrido naquele dia 10 de maio de 2017: o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele era acusado – e pelo qual seria preso – de receber como propina um apartamento triplex no Guarujá. Disponibilizado em vídeo, o embate entre o juiz e o político era o assunto do dia no país.

Seguiu-se o seguinte diálogo:

Santos Lima – 22:10 – Achei que ficou muito bom. Ele começou polarizando conosco, o que me deixou tranquilo. Ele cometeu muitas pequenas contradições e deixou de responder muita coisa, o que não é bem compreendido pela população. Você ter começado com o Triplex desmontou um pouco ele.
Moro – 22:11 – A comunicação é complicada pois a imprensa não é muito atenta a detalhes
Moro – 22:11 – E alguns esperam algo conclusivo

Moro – 22:12 – Talvez vcs devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele
Moro – 22:13 – Por que a Defesa já fez o showzinho dela.
Santos Lima – 22:13 – Podemos fazer. Vou conversar com o pessoal.
Santos Lima – 22:16 – Não estarei aqui amanhã. Mas o mais importante foi frustrar a ideia de que ele conseguiria transformar tudo em uma perseguição sua.

Santos Lima – 22:26:23 – Será que não dá para arranjar uma entrevista com alguém da Globo em Recife amanhã sobre a audiência de hoje?
Assessor 1 – 22:28:19 – Possível é, só não sei se vale a pena. E todos os jornalistas que estão aqui e já pediram entrevista?
Assessor 2 – 22:28:32 – Mas dr., qual o motivo?
Assessor 2 – 22:29:13 – Qual a necessidade, na realidade..
Santos Lima – 22:30:50 – Uma demanda apenas. Como está a repercussão da coletiva dos advogados?
Assessor 2 – 22:30:58 – Rito normal do processo…vcs nunca deram entrevista sobre audiência…vai servir pra defesa bater…mais uma vez…

Deltan – 22:46:46 – Então temos que avaliar os seguintes pontos: 1) trazer conforto para o juízo e assumir o protagonismo para deixá-lo mais protegido e tirar ele um pouco do foco; 2) contrabalancear o show da defesa.
Deltan – 22:47:19 – Esses seriam porquês para avaliarmos, pq ng tem certeza.
Deltan – 22:47:50 – O “o quê” seria: apontar as contradições do depoimento.
Deltan – 22:49:18 – E o formato, concordo, teria que ser uma nota, para proteger e diminuir riscos. O JN vai explorar isso amanhã ainda. Se for para fazer, teríamos que trabalhar intensamente nisso durante o dia para soltar até lá por 16h

Deltan – 23:05:51 – Caros, mantenham avaliando a repercussão de hora em hora, sempre que possível, em especial verificando se está sendo positiva ou negativa e se a mídia está explorando as contradições e evasivas. As razões para eventual manifestação são: a) contrabalancear as manifestações da defesa. Vejo com normalidade fazer isso. Nos outros casos não houve isso. b) tirar um pouco o foco do juiz que foi capa das revistas de modo inadequado.

Deltan – 23:02:20 – Caro parabéns por ter mantido controle da audiência de modo sereno e respeitoso. Estamos avaliando eventual manifestação. A GN acabou de mostrar uma série de contradições e evasivas. Vamos acompanhar.
Moro – 23:16:49 – Blz. Tb tenho minhas dúvidas dá pertinência de manifestação, mas eh de se pensar pelas sulilezas envolvidas.

Deltan – 22:16:26 – Informo ainda que avaliamos desde ontem, ao longo de todo o dia, e entendemos, de modo unânime e com a ascom, que a imprensa estava cobrindo bem contradições e que nos manifestarmos sobre elas poderia ser pior. Passamos algumas relevantes para jornalistas. Decidimos fazer nota só sobre informação falsa, informando que nos manifestaremos sobre outras contradições nas alegações finais.

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Em ataque ao The Intercept, Moro diz que reportagens têm “viés político-partidário” para libertar Lula

O que diz Moro sobre as reportagens do site The Intercept Brasil:

“Me parece muito claro que existe um viés político-partidário na divulgação dessas mensagens, e não utilização dela. Uma passa pela soltura de um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que é o ex-presidente Lula”. e conclui dizendo que considera sensacionalista o trabalho de Glenn Greenwald.

Em entrevista divulgada no fim da noite desta quinta-feira (13) pelo blog do Fausto Macedo – por onde foi vazado boa parte de materiais da Operação Lava Jato -, no portal Estadão, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, atacou o site The Intercept e chamou de “sensacionalistas” as reportagens sobre conversas espúrias que manteve com o procurador Deltan Dallagnol.

Segundo Moro:

“Acho que o alvo são as instituições. Se vamos tolerar esse tipo de comportamento, hackers criminosos que conseguem abrigo em veículos não sei se da imprensa, se a gente pode falar dessa forma, para divulgar isso. Então quer dizer se amanhã invadirem os telefones de jornais, de empresas, dos ministros do Supremo, de presidente do Senado, de presidente da Câmara, vão aceitar que isso seja divulgado por esse mesmo veículo?”

Durante a entrevista Moro ressaltou que:

“sensacionalismo com base em ataques criminosos de hackers”.

“Acho que há muito sensacionalismo e falta uma análise mais cautelosa. Se formos analisar o que saiu não vi nada demais. Embora, como disse, não tenha condições de reconhecer a autenticidade daquilo. E não se sabe que tipo de adulteração pode vir aí em relação a isso. Esse sensacionalismo, mais do que o próprio conteúdo (das mensagens), é o que pode afetar a credibilidade das operações”.

Moro concluiu que vê um “viés político-partidário” qe passa pela soltura do ex-presidente Lula.

 

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Acuado, Moro diz que não pedirá demissão

O Ministro da Justiça Sergio Moro concedeu entrevista ao Estado de São Paulo disse:

“Eu me afastaria se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte. Acho que é o contrário”. Ele também falou também que é vítima de hackers, “Quanto à natureza das minhas comunicações, estou absolutamente tranquilo.”.

Ao confirmar que usava o aplicativo Telegram, ele falou:

“O que a gente fazia? A gente mandava para o Ministério Público. Mandava normalmente pelos meios formais, mas, às vezes, existia uma situação da dinâmica ali do dia, naquela correria, e enviava por mensagem”.

Sobre o que afirmou Gilmar Mendes sobre ter cometido crime, Moro se defendeu:

“Não tem nada, nunca houve esse tipo de conluio. Tanto assim, que muitas diligências requeridas pelo Ministério Público foram indeferidas, várias prisões preventivas. O pessoal tem aquela impressão de que o juiz Moro era muito rigoroso, mas muitas prisões preventivas foram indeferidas, várias absolvições foram proferidas. Não existe conluio. Agora, a dinâmica de um caso dessa dimensão leva a esse debate mais dinâmico, que às vezes pode envolver essa troca de conversas pessoais ou por aplicativos. Mas é só uma forma de acelerar o que vai ser decidido no processo”.

Sobre a condenação de Lula no caso do Triplex:

“Olha, se tiver uma análise cautelosa, se nós tirarmos o sensacionalismo que algumas pessoas interessadas estão fazendo, não existe nenhum problema ali. Foi um caso decidido com absoluta imparcialidade com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento, aconselhamento ou coisa que o valha”. Ele também disse que não negou e nem confirmou a frase “In Fux we trust”.

Dependente de Jair Bolsonaro, Moro o elogiou.

“Desde o início o presidente me apoiou. Agora, esse foi um trabalho realizado enquanto eu não era ministro. Então não é responsabilidade do atual governo. O presidente reconhece e já deu demonstrações públicas nesse sentido de que não se vislumbra uma anormalidade que se coloque em xeque a minha honestidade”, afirma.

Moro falou também sobre o grampo ilegal contra a ex-presidenta Dilma:

“Veja, isso foi dito na época dos fatos, lá em 2016. Houve uma posição da polícia requerendo o levantamento do sigilo, houve uma posição do Ministério Público requerendo o levantamento do sigilo. E houve uma decisão que eu tomei de levantar o sigilo. Se isso foi tratado em mensagens, ali, teria sido tratado dessa forma. Mas não teve nenhum comprometimento ali de imparcialidade no processo. A posição é a que está no processo. É exatamente o que foi feito. Não vejo ali o motivo da celeuma”

 

 

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Despenca a popularidade de Moro em uma semana

A pesquisa foi realizada pelo Atlas Pesquisa depois do início da divulgação das conversas secretas de Sergio Moro com Deltan Dallagnol e, desde então, a sua popularidade começa a despencar.

O primeiro pacote de divulgação do site The Intercept Brasil teve início no final da tarde de domingo (9) e a pesquisa que foi realizada entre segunda-feira (10) e terça-feira (11) fez a constatação de que Moro perdeu quase 10 pontos percentuais em sua aprovação que, antes, era de 60% e, agora é de 50,4%, isso somente essa semana.

Já a avaliação negativa do ex-juiz saltou de 31,8% para 38,6%, ou seja, 58% das pessoas ouvidas reprovaram a conduta de Sergio Moro.

O levantamento, feito online com 2.000 pessoas de todo o país (o resultado tem margem de erro de 2% para cima ou para baixo), mostra que 73,4% dos entrevistados tomaram conhecimento das conversas entre Moro e Dallagnol, divulgadas pelo Intercept.

Na contramão, uma outra pesquisa feita sobre a aprovação da prisão de Lula, foi constatado que esta despencou de de 57,9% para 49,4%  e o percentual dos contrários à condenação de Lula subiu de 33,10% para 38,4%.

A mudança de posição sobre Lula não pode ser atribuída apenas à publicação das reportagens do Intercept, mas é a primeira vez que a queda da rejeição a sua prisão se cristaliza nos resultados de um levantamento, observa Andrei Roman, phD em Ciência Política pela universidade de Harvard, e sócio da Atlas Político, ouvido pela jornalista Carla Jiménez, do El País. Para Roman, há uma mudança de qualidade na visão sobre Moro:

“Havia muitos ataques à figura do ministro Sergio Moro, mas nunca houve impacto em sua imagem. O mesmo vale para o ex-presidente Lula. Sempre houve mensagens de defesa, mas não havia impacto em sua avaliação. É um ponto de inflexão”.

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Vídeo: O fim do culto à Lava Jato

Aquele timbre de voz vibrante, bem característico de Moro, sumiu, apesar de ter uma dicção menos agradável que Dallagnol, porém, a disposição que tinha pra falar sobre Lula, desapareceu, escureceu nesta segunda-feira, depois das bombásticas revelações do site The Intercept Brasil.

Sua voz, praticamente inaudível ao conceder uma coletiva nesta segunda (10). O assunto era Lula, mas, desta vez em posição inversa.

Na ânsia de desqualificar as revelações do Intercept, Moro, longe de desfrutar aquele prestigio de outrora, o sombrio herói perecia sem capa diante da imprensa. A enxurrada de perguntas, não tinha mais aquele aconchego a que Moro estava acostumado no auge como celebridade nos cinco anos de Lava Jato. E foi por conta de uma pergunta “imprópria” que o herói, o Super-Moro deu linha na pipa e saiu em disparada fugindo da imprensa.

O texto muxoxo lido pelo menino amarelo, veiculado, também nesta segunda-feira (10) pelo Jornal Nacional, contrasta com o esfuziante Dallagnol que passou a colecionar convites para palestras sobre moralidade pública no auge da Lava Jato, de tão encantador que ele se anunciava. Desconfio até que ele andou sendo convidado por debutantes para dançar em festas de Cinderelas com o aplauso emocionado da vovó.

Ontem, porém, o príncipe do Ministério Público Federal, incorporou a carapuça de um condenado. Boca seca, semblante sem brilho, voz em tom meia bomba e corpo sem aquela postura ereta de quem vinha a público acusar suas vítimas, numa arena midiática, diante de uma plateia ávida por sangue. Ninguém seria capaz de fazer uma propaganda tão negativa de si próprio e de Moro. Dallagnol se entregou no vídeo. Profundamente abatido, o ególatra, colecionador de afagos de uma classe média delirante, estava inacreditavelmente desfigurado e abatido, como se tivesse visto do outro lado, um Dallagnol nos tempos espetaculosos da Lava Jato, lhe acusando de contraventor.

Assista ao vídeo

 

 

Carlos Henrique Machado é músico, compositor e pesquisador da música brasileira

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Moro é abandonado pela Folha e Estadão que publicaram editoriais sugerindo a sua saída

Moro sempre foi tratado, durante anos, pela grande mídia como um rei, mas, agora, está sendo rechaçado. Depois de escancarada a sua prática de ilícitos e, sem ter como se defender, pois as provas são contundentes de sua armação contra Lula para tirá-lo do pleito de 2018 e como consequência eleger Bolsonaro, o que lhe renderia, como rendeu, a cadeira do Ministério da Justiça e de Segurança Pública, Moro está isolado. Ainda não completou seis meses à frente da pasta e a mesma grande mídia que o afagou, puxa-lhe a cadeira.

Sobre suas trocas de mensagens secretas com Dallagnol vindas à tona pelo site The Intercept Brasil, o Estadão disse:

“causou compreensível estupefação o conteúdo” das conversas que indicam “uma relação totalmente inadequada – e talvez ilegal – entre o magistrado e os procuradores da República, com implicações políticas e jurídicas ainda difíceis de mensurar”.

E o jornal segue:

“Fariam bem o ministro e os procuradores envolvidos nesse escândalo, o primeiro, se renunciasse e, os outros, se se afastassem da força-tarefa, até que tudo se elucidasse”.

A Folha, por sua vez, diz “mensagens oriundas de ato ilícito mostram comportamento às raias da promiscuidade”.

E segue com a execração:

“Não é forçando limites da lei que se debela a corrupção. Quando o devido processo não é estritamente seguido, só a delinquência vence”, diz o texto que tem como título “Pelo devido processo”.

E mais, “Trechos de mensagens privadas divulgados pelo site The Intercept sugerem que o juiz nem sempre observou a equidistância entre acusação e defesa. Deu dicas de estratégia processual aos procuradores sob o comando de Deltan Dallagnol, repassou-lhes o nome de um possível denunciante e cobrou-lhes pelo estio de operações policiais”.

Se Sergio Moro acreditou que sairia impune de suas artimanhas jurídicas, enganou-se. A grande mídia é assim, hoje um afago, amanhã, um tapa.