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Polícia Federal dá início à perseguição, pelo COAF, a Glenn Greenwald

Wadih Damous (PT-RJ)  postou em sua rede social uma denúncia contra o ex-juiz e atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio moro, cuja dimensão é realmente preocupante.

De acordo com Damous, Moro, que é o chefe da Polícia Federal e alvo de uma série de reportagens do portal The Intercept Brasil, editado pelo jornalista Glenn Greenwald, vencedor do prêmio Pulitzer em matéria que envolve o vazamento de informações da NSA, é alvo de Investigações pelo Coaf, a pedido da Polícia Federal. A informação seria da porta-voz da operação Lava Jato.

Caso se confirme o pedido de investigação do jornalista ao Coaf, seria uma clara prova de perseguição política do ex-juiz que tem suas decisões questionadas, justamente pela parcialidade e o viés político de sua atuação na Lava Jato. Casos como o este, não se vê no Brasil desde a ditadura militar.

Desde os vazamentos do caso, conhecido como Vaza Jato, a insustentabilidade de Sérgio moro no Ministério da Justiça é patente, por possíveis casos como essa investigação da PF, liderada por ele, ao jornalista que o pôs em suspeita. Dessa maneira, Moro estaria agindo de modo a utilizar e instrumentalizar politicamente instituições do Estado.

Veja a publicação de Wadih Damous:

“A Polícia Federal pediu ao Coaf um relatório das atividades financeiras de Glenn Greenwald. A informação é do porta voz oficial da organização Lava Jato, O Antagonista. Se isso for verdade, vai se configurar ato de improbidade da autoridade que determinar a medida. #VazaJato”.

 

*Do A Postagem

 

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Moro, o “bom criminoso” vira coqueluche no mundo dos tontos

Com a abertura da caixa de Pandora e a mentira da Lava Jato com o rabo de fora, Moro está sendo proclamado entre os tontos como “o criminoso do bem”.
Culturalmente falando, isso significa que, através das janelas históricas de grupos de extermínio, de milícias e de esquadrão da morte, Moro ganha um aconchego nesse ambiente do submundo do crime como um juiz com práticas inconstitucionais e, por isso mesmo, transforma-se num novo tipo de herói na moldura retórica ornamentada por tolices.

Esse fato não deixa de ser revelador, porque resulta de uma confissão, de uma rendição à realidade. Moro é visto hoje, por quase a totalidade da população, como um juiz que incorporou em seu vestuário a capa preta do vingador, do justiceiro, do objeto mais cínico que a justiça pode produzir, o faroeste jurídico.

O Brasil, agora, encontra-se mergulhado numa crise institucional em que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, numa ofensiva pelas práticas criminosas que teve como juiz, transforma-se num capataz de um governo cravejado de denúncias de ligação com milícias, tráfico, assassinatos e exaltação à tortura. Isso dentro de um imenso laranjal.

O que vale hoje no Brasil não é a realidade concreta, mas a virtual, aonde abandona-se os fatos para que o discurso das versões ganhe luz e cor. Essa é a miséria do Brasil atual.

O discurso fatalista de que, ser um fora da lei, é a lei em si, é a nova vestimenta hipócrita da moromania.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Entenda reportagem e diálogos que mostram que Lula foi condenado sem provas, por Reinaldo Azevedo

Acabou a conversa mole, e está revelada a patranha. Reportagem publicada pela Folha neste domingo, em parceira com o site “The Intercept Brasil”, evidencia que os procuradores da Lava Jato sempre souberam que não havia provas para condenar o ex-presidente Lula no caso do tríplex. Este post é longo, sim, leitor! Vai ajudá-lo a entender a reportagem da Folha. O assunto me é especialmente caro porque entrei na mira dos idiotas quando afirmei, tão logo Deltan Dallagnol apresentou a denúncia contra Lula, no dia 14 de setembro de 2016, que não havia provas. E fiz o mesmo quando o Moro expediu a sentença condenatória, em 12 de julho de 2017.

Se você ler a sentença de Moro que condenou Lula, não vai encontrar os fatos — NESSE CASO, TAMBÉM CHAMADOS DE PROVAS — que justificam a denúncia apresentada pelo MPF. E a culpa não será sua, leitor. Não se trata de um déficit de entendimento. É que as tais provas não foram apresentadas pelo MPF porque os procuradores não as tinham.

Se você pertencer à seita morista, a exemplo dos que vão “protestar a favor” (!?) do ex-juiz neste domingo, faça como o seu herói: dê de ombros, não ligue, olhe para o outro lado. Afinal, o doutor eternizou nos autos esta maravilha:

“Este juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”.

Entenderam? O glorioso Sérgio Moro transformou a condenação sem provas, alicerçada em suposições que nada têm a ver com os autos, numa nova categoria da Justiça brasileira. E alguns bocós saem por aí a dizer: “Ah, mas a sentença foi referendada pelo TRF-4 e pelo STJ”. É mesmo? A Terra se tornará quadrada se tribunais de segunda e terceira instância resolverem comprar de um juiz de primeira instância a versão da quadratura do planeta?

Ora, se o próprio juiz diz que o apartamento não tem origem nos contratos da OAS com a Petrobras, cabem duas perguntas:

1: por que ele chamou para si um caso que nada tinha a ver com a Petrobras se ele era o juiz designado para cuidar apenas dos casos que tinham vínculos com a… Petrobras?

2: o doutor, então, condenou Lula com base em quê?

AS RESPOSTAS

A pergunta número um não tem resposta. Moro, então, não era o juiz do caso. Ademais, a primeira leva de diálogos revelada pelo site “The Intercept Brasil” deixa clara a manobra para levar para Curitiba a investigação do tal tríplex do Guarujá, que se dava em São Paulo e estava relacionada ao caso Bancoop. Não sei se lembram: ao tratar do assunto, Dallagnol usou até a palavra “tesão”.

Esse mundo é vasto e variado, e as pessoas têm o direito de sentir tesão por porco-espinho, cabo de guarda-chuva e suco de jiló. O tesão é livre em relações consensuais, desde que não incluam crianças. Recomendo também que se excluam os bichos, coitadinhos! O que não pode é uma inclinação erótica contribuir para prender pessoas sem provas.

A pergunta número dois tem resposta, e ela nos conduz, então, à reportagem deste domingo publicada na Folha. Moro explicou por que condenou Lula: “A corrupção perfectibilizou-se com o abatimento do preço do apartamento e do custo da reforma da conta geral de propinas, não sendo necessário para tanto a transferência da titularidade formal do imóvel”

DE VOLTA À REPORTAGEM

Conta geral de propinas?” Mas qual “conta geral de propinas”?

Isso simplesmente não estava nos autos e era um assunto ignorado pelos senhores procuradores que cuidavam do caso. E agora isso fica ainda mais claro nas conversas dos valentes, publicada pela Folha:

26.ago.2016 Anna Carolina 19:52:11 Tinha isso de conta clandestina de Lula? 19:52:19 Esses Advs não valem nada Jerusa 19:53:02 Nao que eu lembre Ronaldo 20:45:40 Também não lembro. Creio que não há. Sérgio Bruno 21:01:10 Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja. Diziam q não tinha crime. Nunca falaram de conta.

A reportagem evidencia que os procuradores desconfiavam das versões apresentadas por Léo Pinheiro. Os elementos que levaram o juiz Sérgio Moro a condenar Lula, pois — QUE NADA TINHAM A VER COM OS CONTRATOS COM A PETROBRAS (logo, ele nem era juiz da causa) — foram a tal conta geral de propina, de que os procuradores nunca tinham ouvido falar ao longo da investigação, e uma suposta orientação de Lula para o empresário destruir provas. E isso? Já havia aparecido nos autos? Deixemos a resposta com a procuradora Jerusa Viecili:

Jerusa 13:32:25 Houve ordem para destruição das provas. Nisso a empresa foi desleal, pois nunca houve afirmação sobre isso. Salvo quando leo falou no interrogatório sobre destruição de provas, não houve menção a este assunto. 14:09:21 Leo parece que está escondendo fatos também

UM INTERROGATÓRIO, UMA CONDENAÇÃO, UM PRÊMIO

Como se nota, na fala acima, há uma menção ao interrogatório. Informa a Folha:

Em seu depoimento, em 24 de abril, o empreiteiro [Léo Pinheiro] afirmou que tinha uma conta informal para administrar acertos com o PT, introduzindo pela primeira vez o tema em sua versão. Além disso, acusou Lula de orientá-lo a destruir provas de sua relação com o partido após o início da Lava Jato. O depoimento foi decisivo para o desfecho do caso do tríplex, porque permitiu a Moro conectar o apartamento à corrupção na Petrobras, justificando assim a condenação do ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mensagens trocadas por Deltan com seus colegas e Moro nessa época, publicadas pelo Intercept no início do mês, revelam que a força-tarefa se preocupava com a fragilidade dos elementos que tinha para estabelecer essa conexão, essencial para que o caso ficasse em Curitiba e fosse julgado por Moro.

Entenderam?

Ao longo de toda a investigação, nem Léo Pinheiro nem seus advogados haviam mencionado a tal “conta geral de propinas” ou a destruição de provas. Isso só veio a público no depoimento dado pelo empreiteiro no dia 24 de abril de 2017. Informa a Folha:

“No mês seguinte, o Ministério Público pediu a Moro que reduzisse pela metade a pena do empreiteiro no caso do tríplex, como prêmio pela colaboração no processo. Em julho, o juiz o condenou a 10 anos e 8 meses de prisão, mas o autorizou a sair quando completasse 2 anos e 6 meses atrás das grades.”

Como não há limites para a falta de decoro e como parece haver na Força Tarefa mais a determinação de parecer honesto do que a de ser honesto, Deltan Dallagnol, sempre ele, se preocupava, então, com as aparências. Moro condenou Lula no dia 12 de julho de 2017. No dia seguinte, Deltan conversava com seus pares:

13.jul.2017 Deltan 17:10:32 Caros, acordo do OAS, é um ponto pensar no timing do acordo com o Léo Pinheiro. Não pode parecer um prêmio pela condenação do Lula

Vale dizer: não podia parecer aquilo que, de fato, era: um prêmio! Até porque, ora vejam, Pinheiro já havia feito antes uma delação, mas foi suspensa por Rodrigo Janot. E as negociações só foram oficialmente retomadas depois que o empresário acusou a existência de uma suposta conta geral de propinas — DE QUE NÃO SE TEM PROVA NENHUMA — e de uma suposta orientação de Lula, também impossível de ser demonstrada, para esconder provas.

Vejam acima o diálogo de 26 de agosto. Nas tratativas para a primeira delação, Léo Pinheiro já havia sido indagado sobre o apartamento e sustentava, segundo o procurador Sérgio Bruno, “que não havia crime”.

O “JURISTA REINALDO AZEVEDO” É por isso, leitor amigo, que, caso você decida ler a denúncia do Ministério Público Federal e a sentença de Moro — os links estão neste texto —, não vai encontrar as provas. Elas não existem. Como os diálogos evidenciam, Lula foi condenado em razão de um único depoimento de Léo Pinheiro a Sérgio Moro.

Deltan Dallagnol apresentou a denúncia contra Lula no dia 14 de setembro de 2016. Dois dias depois, como revelou “The Intercept Brasil”, ele trocou mensagens com Sérgio Moro. Reproduzo trecho:

No dia seguinte, quarta-feira, 14, a Lava Jato mostraria sua primeira denúncia contra Lula, numa entrevista coletiva em uma sala de reuniões de um hotel de luxo em Curitiba. O triplex – segundo a Lava Jato, reformado pela OAS e doado ao político como propina em contratos da empreiteira com a Petrobras – era a peça central da denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Dallagnol voltaria ao assunto numa conversa privada com o então juiz Sergio Moro, em 16 de setembro, dois dias após a denúncia. O procurador estava sendo duramente criticado por parte da opinião pública, que alegava fragilidade na denúncia. Tinha virado, também, alvo de chacotas e memes pelo PowerPoint que apresentou na entrevista coletiva.

O coordenador da Lava Jato escreveu a Moro: “A denúncia é baseada em muita prova indireta de autoria, mas não caberia dizer isso na denúncia e na comunicação evitamos esse ponto.” Depois, entrou em detalhes técnicos: “Não foi compreendido que a longa exposição sobre o comando do esquema era necessária para imputar a corrupção para o ex-presidente. Muita gente não compreendeu porque colocamos ele como líder para imperar 3,7MM de lavagem, quando não foi por isso, e sim para imputar 87MM de corrupção.”

Em privado, Dallagnol confirmava a Moro que a expressão usada para se referir a Lula durante a apresentação à imprensa (“líder máximo” do esquema de corrupção) era uma forma de vincular ao político os R$ 87 milhões pagos em propina pela OAS em contratos para obras em duas refinarias da Petrobras – uma acusação sem provas, ele mesmo admitiu, mas que era essencial para que o caso pudesse ser julgado por Moro em Curitiba.

Preocupado com a repercussão pública de seu trabalho – uma obsessão do procurador, como demonstra a leitura de diversas de suas conversas –, ele prossegue: “Ainda, como a prova é indireta, ‘juristas’ como Lenio Streck e Reinaldo Azevedo falam de falta de provas. Creio que isso vai passar só quando eventualmente a página for virada para a próxima fase, com o eventual recebimento da denúncia, em que talvez caiba, se entender pertinente no contexto da decisão, abordar esses pontos”, escreveu a Sergio Moro.

Dois dias depois, Moro afagaria o procurador: “Definitivamente, as críticas à exposição de vcs são desproporcionais. Siga firme.” Menos de um ano depois, o juiz condenaria Lula a nove anos e seis meses de prisão.

CONCLUINDO

Como fica evidente, a pantomima do PowerPoint buscava apenas disfarçar a falta de provas, que já era apontada por este “jurista”. O espetáculo foi só um jeitinho de tentar transformar o apartamento em prova de propina, O QUE SERGIO MORO IGNOROU EM SUA SENTENÇA.

Para acusar Lula, ele recorreu ao depoimento de Léo Pinheiro, com afirmações que não tinham como ser comprovadas.

Os diálogos dos procuradores evidenciam de forma cabal que, ao longo das investigações, nunca se havia falado em conta geral de propinas e em orientação para destruir provas.

E assim se mandou um ex-presidente para a cadeia e se elegeu um presidente da República.

E assim se fez um ministro da Justiça.

Este mesmo que está sendo incensado nas ruas neste domingo.

Em nome do combate à corrupção.

Não é uma bela história?

 

*Por Reinaldo Azevedo – Uol

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Um rato encurralado

Glenn Greenwald está correto quando diz que Moro sabe que a crise está aumentando.

Diria mais, Moro sabe que seus dias estão contados.

Ele sente que o espaço para retóricas está encurtando e o ar se esgotando.

Mais do que ninguém, ele entende que os tontos que foram para as ruas defendê-lo são só uns tontos de uma manada de zumbis intelectualmente nula e desprovida de capacidade de servir de barragem para a velocidade e quantidade da lama da Lava Jato que rompeu com as mensagens reveladas pelo Intercept.

Como bem disse Saul Leblon no Carta Maior:
“Os atos pró-Moro deste domingo não agregam nada ao ex-juiz. Na verdade, evidenciam o declínio do apoio maciço que ele já teve e a Lava Jato tb. A espiral ascendente é a do esfarelamento, com trincas dentro do próprio MP.”

Os vazamentos foram demolidores.

O enredo do Intercept, revelado a conta-gotas promete ser ainda mais ácido com o algoz de Lula que agora posa de vítima de um misterioso hacker.

Moro está liquidado fora do curral do gado domesticado.

O que emerge das mensagens vazadas pelo Intercept, é uma deliberada orquestração de Moro para fazer de Lula seu troféu político.

Isso é tão escancarado que mereceu críticas contundentes até dos procuradores da Força-tarefa,

Ou seja, a lama que rompeu a barragem contra Moro tem densidade suficiente para arrastá-lo e, junto, o próprio governo Bolsonaro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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A Bomba, por Leandro Fortes

“Bastaria (…) um único vazamento, para anular TODA a Operação Lava Jato, tirar Lula da cadeia e iniciar um processo judicial contra Moro e essa figuras lamentáveis que se criaram nesse lodo do MP. Mas os isentões, essa massa de caráter gelatinoso que apoiou o golpe contra Dilma que se diz abismada com as loucuras de Bolsonaro, acha que ainda é preciso uma bomba”.

Iniciou-se um movimento, dentro das redes, que mistura, num mesmo balaio, jornalistas isentões, arrependidos de última hora e a esquerda namastê em torno dos vazamentos do The Intercept Brasil.

Cada grupo, dentro de narrativas próprias, tenta jogar para baixo o impacto e a importância do conteúdo das mensagens porque, segundo eles, a montanha tem parido ratos – para ficar na utilização de um termo, em latim macarrônico, usado pelo ex-juiz Sérgio Moro, em seu desespero dissimulado.

Essa avaliação, partindo do princípio de alguma honestidade intelectual, só pode ser explicada pela naturalização do absurdo, no Brasil, pela mídia necrosada, por parte da sociedade que a consome e por certa esquerda desejosa de apoiar a Lava Jato para conquistar nacos do eleitorado conservador.

Os arquivos do Intercept mostram, com clareza absoluta, que Moro conduzia o Ministério Público, sem nenhum pudor, para condenar o ex-presidente Lula – a quem, como juiz, deveria julgar com imparcialidade.

Bastaria isso, num único diálogo, num único vazamento, para anular TODA a Operação Lava Jato, tirar Lula da cadeia e iniciar um processo judicial contra Moro e essa figuras lamentáveis que se criaram nesse lodo do MP.

Mas os isentões, essa massa de caráter gelatinoso que apoiou o golpe contra Dilma e, agora, se diz abismada com as loucuras de Bolsonaro, acha que ainda é preciso uma bomba.

A esquerda namastê, entre uma ciranda e outra, vai na onda. Esperavam mais, os anjos.

Moro indica testemunhas para Deltan Dallagnol que, por sua vez, dirige a delação e as benesses de Leo Pinheiro contra Lula, para garantir a farsa do triplex do Guarujá.

“Não pode parecer um prêmio pela condenação do Lula”, avisa Deltan, no mais recente vazamento, sobre a redução de pena do delator da OAS.

Isso! Não pode parecer que foi armação, sacanagem, crime.

E vem uma manada de babacas, noves fora os mentecaptos do bolsonarismo, pedir uma bomba, porque ainda está fraco.

Pelo que já foi revelado, era para essa gente estar toda na cadeia, eles sim, abrindo o bico para contar o que ganharam – e quem os pagou – para destruir a economia do País, tornar o Poder Judiciário um chiqueiro e transformar o Ministério Público de fiscal da lei numa mesa de pôquer de mafiosos.

 

*Por Leandro Fortes – 247

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A primeira carta de Lula após a Vaza Jato

A carta do ex-presidente preso sem provas não tem somente o endereço de um grande amigo. É um documento para a história.

Diz Celso Amorim ter sido honrado por ser o destinatário da carta de Lula datada do dia 24 passado. O ex-ministro não deixa de acentuar que se trata de um documento histórico destinado a todos os democratas que almejam pela Justiça tão tragicamente humilhada e ofendida no Brasil.

Querido amigo,

A cada dia fico mais preocupado com o que está acontecendo em nosso Brasil. As notícias que recebo são de desemprego, crise nas escolas e hospitais, a redução e até mesmo o fim dos programas que ajudam o povo, a volta da fome. Sei que estão entregando as riquezas do País aos estrangeiros, destruindo ou privatizando o que nossa gente construiu com tanto sacrifício. Traindo a soberania nacional.

É difícil manter a esperança numa situação como essa, mas o brasileiro não desiste nunca, não é verdade? Não perco a fé no nosso povo, o que me ajuda a não fraquejar na prisão injusta em que estou faz mais de um ano. Você deve se lembrar que, no dia 7 de abril de 2018, ao me despedir dos companheiros em São Bernardo, falei que estava cumprindo a decisão do juiz, mas certo de que minha inocência ainda seria reconhecida. E que seria anulada a farsa montada para me prender sem ter cometido crime. Continuo acreditando.

Todos os dias acordo pensando que estou mais perto da libertação, porque o meu caso não tem mistério. É só ler as provas que os advogados reuniram: que o tal tríplex nunca foi meu, nem de fato nem de direito, e que nem na construção nem na reforma entrou dinheiro de contratos com a Petrobras. São fatos que o próprio Sergio Moro reconheceu quando teve de responder o recurso da defesa.

É só analisar o processo com imparcialidade para ver que o Moro estava decidido a me condenar antes mesmo de receber a denúncia dos procuradores. Ele mandou invadir minha casa e me levar à força para depor sem nunca ter me intimado. Mandou grampear meus telefonemas, da minha mulher, meus filhos e até dos meus advogados, o que é gravíssimo numa democracia. Dirigia os interrogatórios, como se fosse o meu acusador, e não deixava a defesa fazer perguntas. Era um juiz que tinha lado, o lado da acusação.

A denúncia contra mim era tão falsa e inconsistente que, para me condenar, o Moro mudou as acusações feitas pelos promotores. Me acusaram de ter recebido um imóvel em troca de favor, mas, como viram que não era meu, ele me condenou dizendo que foi “atribuído” a mim. Me acusaram de ter feito atos para beneficiar uma empresa. Mas nunca houve ato nenhum e aí ele me condenou por “atos indeterminados”. Isso não existe na lei nem no direito, só na cabeça de quem queria condenar de qualquer jeito.

A parcialidade dele se confirmou até pelo que fez depois de me condenar e prender. Em julho do ano passado, quando um desembargador do TRF4 mandou me soltar, o Moro interrompeu as férias para acionar outro desembargador, amigo dele, que anulou a decisão. Em setembro, ele fez de tudo para proibir que eu desse uma entrevista. Pensei que fosse pura mesquinharia, mas entendi a razão quando ele divulgou, na véspera da eleição, um depoimento do Palocci que de tão falso nem serviu para o processo.

O que o Moro queria era prejudicar nosso candidato e ajudar o dele.

Se alguém ainda tinha dúvida sobre de que lado o juiz sempre esteve e qual era o motivo de me perseguir, a dúvida acabou quando ele aceitou ser ministro da Justiça do Bolsonaro. E toda a verdade ficou clara: fui acusado, julgado e condenado sem provas para não disputar as eleições. Essa era a única forma de o candidato dele vencer.

A Constituição e a lei determinam que um processo é nulo se o juiz não for imparcial e independente. Se o juiz tem interesse pessoal ou político num caso, se tem amizade ou inimizade com a pessoa a ser julgada, ele tem de se declarar suspeito e impedido. É o que fazem os magistrados honestos, de caráter. Mas o Moro, não. Ele sempre recusou a se declarar impedido no meu caso, apesar de todas as evidências de que era meu inimigo político.

Meus advogados recorreram ao Supremo Tribunal Federal, para que eu tenha finalmente um processo e um julgamento justos, o que nunca tive nas mãos de Sergio Moro. Muita gente poderosa, no Brasil e até de outros países, quer impedir essa decisão, ou continuar adiando, o que dá no mesmo para quem está preso injustamente.

Alguns dizem que ao anular meu processo estarão anulando todas as decisões da Lava Jato, o que é uma grande mentira, pois na Justiça cada caso é um caso. Também tentam confundir, dizendo que meu caso só poderia ser julgado depois de uma investigação sobre as mensagens entre Moro e os procuradores que estão sendo reveladas nos últimos dias. Acontece que nós entramos com a ação em novembro do ano passado, muito antes de os jornalistas do Intercept divulgarem essas notícias. Já apresentamos provas suficientes de que o juiz é suspeito e não foi imparcial.

Tudo que espero, caro amigo, é que a justiça finalmente seja feita. Tudo o que quero é ter direito a um julgamento justo, por um juiz imparcial, para poder demonstrar com fatos que sou inocente de tudo o que me acusaram. Quero ser julgado dentro do processo legal, com base em provas, e não em convicções. Quero ser julgado pelas leis do meu País, e não pelas manchetes dos jornais.

A pergunta que faço todos os dias aqui onde estou é uma só: por que tanto medo da verdade? A resposta não interessa apenas a mim, mas a todos que esperam por justiça.

Quero me despedir dizendo até breve, meu amigo. Até o dia da verdade libertadora.

Um grande abraço do Lula

Curitiba, 24 de junho de 2019

 

*Da Carta Capital

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Não vai sobrar Moro sobre Moro

As vulcânicas revelações da Vaza-Jato provocaram o desmanche de um impostor.

O califado de Curitiba, em mensagens vazadas ontem e hoje, entrou e erupção.

O ritmo das revelações que surgiram nas últimas 24 horas, incluindo a matéria do Correio Brasiliense, em que um procurador da lava jato in off avaliza a veracidade das mensagens liberadas pelo Intercept, lembra a implosão de um espigão que desaba em segundos depois de dinamitado.

Uma explosão viral nas redes sociais deu um contra-relógio em Moro.

O ritmo em que as mensagens e respostas do Intercept deu a Monique Cheker, rodou nas redes foi de um Bolt na pista de 100 metros rasos nos melhores dias de glória.

Os vazamentos do Intercept vitaminaram-se e muito quando foram compartilhados pela Veja, Folha e Estadão como uma retroescavadeira cíclica.

O chão da sociedade brasileira tremeu com o abalo provocado pelas próprias declarações dos procuradores sobre as manobras nada republicanas do todo poderoso Moro.

Foi um abate.

Moro e o powerpoint de Dallagnol caíram no abismo moral.

O roteiro das mensagens encerra a carreira de dois embustes atingido frontalmente por uma imensa e detalhada teia de mensagens vazadas.

Se a tarefa de Curitiba era destruir o maior símbolo popular da história do Brasil, o tiro saiu pela culatra.

Enquanto Moro e Dallagnol encontram-se em estado avançado de decomposição moral, Lula, em sentido oposto, restabelece suas bases, somando-se a outras contra a tirania lavajatina.

Ainda falta um bocado de revelações que prometem ser vazadas pelo Intercept.

Mas uma coisa já sabemos, não sobrará pedra sobre pedra como previu Dilma. Neste caso, não sobrará Moro sobre Moro.

A ver.

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Como Moro vai enfrentar antigos parceiros como a Veja, Folha, Estadão e Band?

Está se fechando o cerco contra Moro e não é apenas do Intercept.

Os editoriais do Estadão, Folha, Veja e Band festejam mais uma saraivada de mensagens publicadas pela Vaza jato.

A faísca que ateia fogo e queima Moro como um papel de seda num alto-forno em brasa é do Intercept, mas as parcerias com revistas e jornais que serviram a Moro em sua tática de vazamentos seletivos de delações, agora se inclinam contra o próprio.

A publicação do material vazado é nitroglicerina pura.

A agitação explosiva e viral nas redes foi automática.

O Brasil ficou acordado para manter os olhos bem abertos à espera da prometida nova bomba contra Moro, e ela veio.

O que se lia em plena madrugada é que tinha valido a pena a espera.

Esquecendo-se que foi através de antigos parceiros que a lama da Lava Jato vazou com mais intensidade, Moro chamou a matéria e fofoqueira e criminosa.

Claro, não teve coragem de atacar a Veja, Estadão e Folha que participaram em tempo real das revelações junto com o Intercept.

Aí está o novo detalhe.

A violenta e fanática manada que o apoia, que é a mesma dos tontos do bolsonarismo débil, atiçada por Moro, ameaçou o Intercept.

A pergunta é:

Agora Moro vai abrir a porteira para sua manada atacar as antigas parceiras de vazamentos seletivos?

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Monique Cheker: “Moro ajudou a derrubar a esquerda”

O lodo que escorre das novas conversas entre procuradores da Lava Jato reveladas pelo site The Intercept Brasil, hoje, é  pauta dominante sobre a atuação parcial de Moro contra Lula e o PT e sua “escadinha” política.

Bom, esse é um pedaço da crosta vazada que revela o que muita gente já dizia. Moro fez da Lava Jato um mercado político para vender sua alma pra direita e, depois, utilizar-se disso com algum cargo político.

E assim foi feito.

Prendeu Lula, sem provas, e virou ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro.

A ganância política de Moro tinha uma equação, e ele seguiu à risca.

E isso assombrou até os procuradores, como se lê nos diálogos

O golpe que Moro ajudou a dar em Dilma prometeu ir além.

Lula era um estorvo para as pretensões políticas de Moro.

Então, um gigantesco esforço retórico na mídia e de mobilização do MPF e PF para construir a narrativa contra Lula tinha que ser feito, como foi. Além disso, Moro contou com o fanatismo ideológico raso para fazer sua “escadinha”

A tirania dos salvadores da pátria sempre agradou os salões, a classe média e o dinheiro grosso.

Essa lógica que produz um ambiente fascista, sedimenta-se sempre no justiçamento e o resultado é esse que vivemos.

Um Bolsonaro como presidente e Moro como seu ministro da justiça e segurança pública.

A incubadora desse desastre, não resta mais dúvidas, foi a Lava Jato.

Moro, usando todo o corporativismo da santa toga, prestou-se ao papel de determinar quem deveria ser o presidente e, em seguida, cobrar seu torrão nesse latifúndio.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Urgente: Sai a prévia da nova bomba do The Intercept Brasil; procuradores da Lava Jato não confiavam em Moro

Acaba de sair a prévia do próximo lote de mensagens comprometedoras da Lava Jato; nesta leva, os procuradores se mostram chocados com a conduta de Sergio Moro. Eles dizem não confiar em Moro e postulam: “Moro viola sempre o sistema acusatório”

“O Moro é inquisitivo, só manda pro MP quando quer corroborar suas ideias, decide sem pedido do MP e respeitosamente o MPF do PR sempre tolerou isso pelos ótimos resultados alcançados pela Lava Jato”, disse uma das procuradoras em uma prévia dos vazamentos divulgada pelo The Intercept Brasil

https://twitter.com/ggreenwald/status/1144805326065197066

O jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, divulgou na madrugada deste sábado (29) uma prévia de novas conversas vazadas entre procuradores da Lava Jato. A íntegra do mais novo capitulo da Vaza Jato deve ser divulgada ainda neste sábado.

O pequeno trecho de uma conversa divulgada pelo jornalista mostra procuradores da Lava Jato admitindo que o ex-juiz Sérgio Moro agia de maneira parcial.

“O Moro é inquisitivo, só manda pro MP quando quer corroborar suas ideias, decide sem pedido do MP e respeitosamente o MPF do PR sempre tolerou isso pelos ótimos resultados alcançados pela Lava Jato”, diz uma procuradora identificada como Monique. Tudo indica que ela seria a procuradora Monique Cheker.

Na mesma conversa, um procurador identificado como Angelo diz: “Cara, eu não confio no Moro, não. Em breve vamos receber cota de delegado mandando acrescentar fatos à denúncia. E, se não cumprirmos, o próprio juiz resolve”. Tudo indica que ele é o procurador Ângelo Goulart Villela.

 

*Com Informações da Forum