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Opinião

Com discurso cretino, dizendo-se sinceríssimo, Bolsonaro diz que deu possibilidade de armar as mulheres para enfrentar os valentões

Apologista compulsivo de um numeroso cardápio de frases misóginas e sexistas, Bolsonaro faz um discurso diametralmente oposto aos interesses das mulheres, para angariar simpatia, dizendo, em outras palavras, que a solução para defender as mulheres vítimas de agressões pelos homens, é matá-los. Por isso, em nome da harmonia entre os seres humanos, as mulheres deveriam considerar a possibilidade de andar com uma pistola 9mm na cintura e meter o dedo em quem agredi-las.

O problema é que a opinião de Bolsonaro é sinceríssima, é o que ele tem de mais precioso para oferecer como reflexo de sua opinião a respeito do bem-estar das mulheres.

Desse modo, o maior apologista de um bang bang nativo, em prol dos interesses da indústria das armas, Bolsonaro fez essa homenagem às mulheres brasileiras para ver se coloca um pouco de carvão na sua campanha direcionada à faixa do eleitorado que mais o rejeita.

Então, pensa-se, a quem esse animal pede opinião para soltar um torpedo desse num evento carregado de “cavalheirismo” com as mulheres? Que mulher é merecedora de tão grande homenagem e de profunda simpatia?

Na verdade, Bolsonaro fez um elogio incondicional às armas, tratando metralhadoras e fuzis como flores e bombons para tentar açucarar a sua imagem diante de quem ele meteu a mão, os dedos e os pés para tê-las na ponta da mira do que existe de pior em termos de referência machista para agregar a escória masculina em torno de um ideal supremo, em que uma grande besta machista passa a ser o ponto de referência positiva na relação entre homem e mulher.

Ou seja, esse gatafunho é o máximo que essa figura tosca consegue desenhar em seu cérebro de 1/4 de neurônio e figurar como futurista no sentido mais moderno do termo.

Bolsonaro não consegue existir sem suas extravagâncias e expor ainda mais quem tem coragem de apoiá-lo com a fisionomia cada dia mais parecida com a de Hitler.

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Nordeste, mulheres, mais ricos e mais pobres elegem Lula, mostra PoderData

Lula ampliou em 17 pontos a vantagem contra Jair Bolsonaro em um segundo turno, mostra pesquisa PoderData.

Lula ampliou em 17 pontos a vantagem contra Jair Bolsonaro em um segundo turno, mostra pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta (22). Antes, a diferença era de 10 pontos.

Lula registrou mais da metade dos votos dos eleitores (52% das intenções) contra 35% do atual presidente, na pesquisa realizada entre 19 e 21 de junho.

A pesquisa anterior, no início do mês, mostrava Lula com 50% contra 40% de Bolsonaro, uma diferença considerada apertada.

No primeiro turno, Lula obtém 44% das intenções de voto, 10 pontos a mais do que Bolsonaro (34%). Apesar de dentro da margem de erro, a oscilação também foi benéfica ao candidato do PT, aumentando 1 ponto percentual e Bolsonaro caindo 1 ponto.

Nordeste dá vitória a Lula

É possível perceber que a vitória de Lula seria decidida pelos nordestinos. É nesta região que o ex-presidente tem larga vantagem, de 58% contra 25% de Bolsonaro no 1º turno.

Lula também tem maioria nas regiões Norte (46% contra 39%) e Sul (44% contra 39%). No Sudeste e Centro-Oeste, há empate técnico, com diferença de 1 ponto percentual para Bolsonaro.

Lula ganha com mulheres, mais ricos e mais pobres

Ainda na estratificação dos eleitores, as mulheres preferem Lula (49% contra 26%) e os homens Bolsonaro (43% contra 39%). E tanto os mais ricos, quanto os mais pobres preferem Lula (47% contra 32% em ambos), sendo Bolsonaro escolhido pela classe média (40% contra 32%).

Repasse de votos

Assim como as demais pesquisas eleitorais, os resultados indicam que Lula poderia vencer as eleições ainda no 1º turno se todos os eleitores de Ciro Gomes (PDT) migrassem para Lula. O pedetista tem 6% das intenções de voto.

A pesquisa PoderData também mostrou que os demais candidatos não tem chances nas eleições presidenciais: Simone Tebet (MDB), escolhida como a “terceira via” com o apoio dos partidos de centro e centro-direita, tem somente 1% das intenções de voto.

Ainda, a soma de todos os demais candidatos, incluindo Bolsonaro, quase empata com os números de Lula, chegando a 44%.

Foram feitas 3 mil entrevistas, em 302 cidades do país, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

*Com GGN

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Pesquisa

Datafolha: Esquerda predomina entre mulheres e pretos; direita concentra homens e ricos

Grupos historicamente desfavorecidos endossam com mais vigor posições de esquerda na área econômica do que em comportamento.

O pensamento de esquerda é mais forte entre mulheres, jovens de 16 a 24 anos, quem tem renda familiar de até cinco salários mínimos e pretos, enquanto a direita se concentra em homens, faixa etária acima dos 60 anos, pessoas com renda acima de dez salários e brancos.

É o que revela a avaliação socioeconômica da pesquisa Datafolha sobre o perfil ideológico dos brasileiros. O levantamento mostrou, a partir de respostas dos entrevistados sobre temas controversos de comportamento e economia, que 49% da população se identifica com ideias de esquerda.

A observação dos resultados dentro de cada subgrupo da pesquisa aponta números maiores de alinhamento com a esquerda em camadas historicamente menos privilegiadas sob critérios como gênero, renda e raça. O inverso também ocorre.

Uma situação que destoa dessa relação diz respeito à escolaridade. Embora a esquerda seja predominante nas duas pontas, o percentual é maior entre os que têm nível superior (55%) do que entre os que estudaram menos e só possuem o ensino fundamental (42%).

Na pesquisa, o Datafolha fez perguntas nos campos de costumes e de economia a 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26.

A categorização teve como base a pontuação atingida pelo entrevistado em temas que vão de drogas e homossexualidade a legislação trabalhista e papel do Estado no crescimento nacional.

O percentual de 49% da população à esquerda é superior ao de 41% em 2017, ano da rodada anterior do mapeamento. É também o maior índice desde que a sondagem começou a ser feita, em 2013. A direita, por sua vez, tem o menor patamar histórico, 34% (ante 40%). O centro passou de 20% para 17% agora.

Na distribuição por gênero, a esquerda norteia a visão de mundo de 55% das mulheres, ante 42% da dos homens. Já a direita é essencialmente masculina: 41% deles trafegam nessa via, ante 27% delas.

O percentual da esquerda também é numericamente mais elevado entre pretos (53%), seguidos por pardos (50%) e brancos (47%). No espectro da direita, a distribuição é mais equitativa de acordo com a cor autodeclarada, com tendência de mais brancos (38%). Pretos são 30% e pardos, 32%.

*Com Folha

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Pesquisa

Datafolha: Pesquisa reforça vantagem de Lula entre mulheres de todas faixas de renda

O eleitorado feminino é o núcleo de resistência ao desempenho de Bolsonaro, segundo as pesquisas feitas de 2018 até agora (confira levantamento abaixo).

Desde o início de 2022, as pesquisas revelam que, se dependesse das mulheres, Lula estaria eleito no primeiro turno.

A novidade da última pesquisa DataFolha é o recorte das faixas de renda. Registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022, a pesquisa foi contratada pela Folha e ouviu 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país.

O levantamento mostrou que a intenção de voto em Bolsonaro entre as mulheres, em todas as rendas, é sempre numericamente inferior à registrada entre os homens, tanto na pesquisa espontânea (quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) quanto nas estimuladas de primeiro e segundo turno.

O eleitorado feminino é o núcleo de resistência ao desempenho de Bolsonaro, segundo as pesquisas feitas de 2018 até agora (confira levantamento abaixo).

Desde o início de 2022, as pesquisas revelam que, se dependesse das mulheres, Lula estaria eleito no primeiro turno.

A novidade da última pesquisa DataFolha é o recorte das faixas de renda. Registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022, a pesquisa foi contratada pela Folha e ouviu 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país.

O levantamento mostrou que a intenção de voto em Bolsonaro entre as mulheres, em todas as rendas, é sempre numericamente inferior à registrada entre os homens, tanto na pesquisa espontânea (quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) quanto nas estimuladas de primeiro e segundo turno.

“É evidente que a crise econômica atinge com muito mais violência as mais pobres. Mas até mesmo aquelas com maior faixa de renda rejeitam Bolsonaro. Isso demonstra que a desaprovação vai além do fiasco econômico do governo e passa também pelo rechaço à cultura da violência, do ódio e da misoginia que o bolsonarismo propaga”, analisa Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.

No resultado geral, a pesquisa reforça a vantagem de Lula no eleitorado feminino. Entre as mulheres, o presidente Lula chega a marcar 49%, ante 23% do atual mandatário.
Evangélicas

No setor evangélico, elas despontam com voto em Lula, 39%, contra 30% em Bolsonaro, segundo a pesquisa DataFolha realizada no início do mês, focada nesse público. O comportamento das evangélicas é exatamente oposto ao do setor masculino, em que 26% declarou votar em Lula e 48% em Bolsonaro.
Elas rejeitam Bolsonaro

Datafolha 2018: Bolsonaro era o candidato mais rejeitado entre o eleitorado feminino. Cerca 43% das mulheres entrevistadas não votariam no militar de “de jeito nenhum”.

DataFolha 2019: 56% das mulheres rejeitam a Reforma da Previdência de Bolsonaro

PoderData 2021 (mar): duas em cada três brasileiras refutam o governo, um recorde. Desde dezembro de 2020, a impopularidade do presidente entre as brasileiras cresceu de 49% para 64%.

DataFolha 2021 (mai): Gênero: Apenas 21% das mulheres aprovam o governo contra 29% dos homens. Recorte racial: Mais de 50% dos eleitores que se declararam pretos responderam “ruim ou péssimo”. Já os brancos dão à gestão de Bolsonaro o maior percentual de ótimo ou bom (27%), taxa semelhante à que ocorre entre os pardos (24%). Entre os pretos, são 18%.

DataFolha 2021 (set): Só 18% das mulheres aprovam o governo. Só 17% dos mais pobres aprovam o governo.

Genial/Quaest 2021 (nov): 59% das mulheres rejeitam Bolsonaro e 16% aprovam.

Genial/Quaest 2022 (mar): Eleito no 1 turno. Lula tem 48% das intenções de voto feminino. Já Bolsonaro obteve apenas 20%.

DataFolha 2022 (mai) – Evangélicas. Elas ‘racham’ o setor evangélico e tendem a votar em Lula. Elas despontam com voto em Lula, 39%, contra 30% em Bolsonaro.

Genial/Quaest 2022 (mai): Eleito no 1 turno. Margem aumenta. Lula venceria Bolsonaro com 51% dos votos femininos contra 22%.

DataFolha 2022 (mai): A intenção de voto em Bolsonaro entre as mulheres, em todas as faixas de renda, é sempre numericamente inferior à registrada entre os homens.

*PT Eleitoral

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Pesquisa

Genial/Quaest: Se dependesse apenas do voto feminino, Lula venceria no primeiro turno

Se dependesse apenas do voto feminino, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), continua na dianteira e venceria no primeiro turno, de acordo com dados da Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10/5).

Se as eleições presidenciais dependessem apenas do voto feminino, Lula venceria Bolsonaro com 51% dos votos contra 22% em um eventual primeiro turno. Entre os homens, o petista ainda tem maioria, mas uma vantagem menor sobre o atual inquilino do Palácio do Alvorada, de 42% contra 28%.

A pesquisa feita pela Quaest em parceira com a Genial Investimentos mostra ainda que a preferência do eleitor por Bolsonaro para vencer as eleições encolheu, passando de 31% para 29%, entre abril e maio. Com isso, Lula, que teve a preferência variando de 46% para 45%, teve uma leve ampliação na vantagem de 15 pontos percentuais para 16.

O levantamento também indica que o voto já está cristalizado para 63% dos eleitores. Em 2018, este grau de decisão só aconteceu em setembro. Em outra pergunta, os entrevistados puderam dizer quem gostariam que vença a eleição: 45% preferem Lula e 29% optam por Bolsonaro.

De acordo com a pesquisa, Bolsonaro também perde de Lula quatro regiões do país sendo que, no Nordeste, a vantagem de Lula é a mais expressiva, de 62% contra 20%. O chefe do Executivo ainda tem a dianteira apenas no Centro Oeste.

A Pesquisa Genial/Quaest ouviu, presencialmente, 2.000 pessoas entre os dias 5 e 8 de maio. O levantamento vem ocorrendo desde julho de 2021, e é a mais longa série de sondagens feitas presencialmente no país para as eleições presidenciais deste ano.

O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.

*Com Correio Braziliense

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As mulheres serão responsáveis pela derrota de Bolsonaro na eleição

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) naufraga. Isso não é novidade. Mas uma pesquisa divulgada recentemente deixa claro: a porcentagem da população insatisfeita com o governo e que não pretende voltar em Bolsonaro de jeito nenhum é maior entre as mulheres do que entre os homens.

Os dados são do levantamento PoderData, do site Poder360. Segundo o estudo, apenas 17% das mulheres pretendem reeleger o atual presidente. No caso dos homens, a intenção de voto em Bolsonaro é de 41% e, entre eleitores masculinos, ele fica em primeiro lugar.

Resumindo: se só homens votassem, Bolsonaro teria chances muito grandes de ganhar. Já se fossem só mulheres, seria melhor ele nem concorrer.

Por que a diferença é tão marcante?

Bem, Bolsonaro sempre foi rejeitado por boa parte do eleitorado feminino. Vamos lembrar que o maior movimento contra sua eleição foi o Ele Não, organizado por mulheres do Brasil inteiro e que reuniu milhares de pessoas em diversas capitais.

Essas mulheres protestaram porque, entre outras coisas, Bolsonaro sempre demonstrou desprezo pelas causas femininas e disse frases do estilo “você não merece ser estuprada” (para a deputada Maria do Rosário).

Quatro anos depois, a situação é muito pior. Quase 28 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza, de acordo com levantamento da FGV Social. E, no mapa da desgraça brasileira, as mulheres perderam mais.

De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego entre as mulheres chegou a 17,9% no primeiro trimestre de 2021. No caso dos homens, o número foi de 12,2%. A fome e a insegurança alimentar (quando a pessoa não sabe se terá comida no dia seguinte, por exemplo) também são maiores nos lares chefiados por população feminina.

Como se não bastasse todas essas perdas e essa luta diária pela sobrevivência, são as mulheres que ainda se responsabilizam por cuidados com a escola dos filhos, vacinação, cuidam quando eles ficam doentes. Como elas aprovariam um presidente que dificulta que seus filhos tenham acesso à vacina e que se nega, ele mesmo, a tomá-la?

Mas o presidente foi além e disse, semana passada, sobre a morte de crianças por coronavírus: “Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento profundamente, tá? Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também.”

Mulheres são as principais cuidadoras de crianças, sejam mães, tias, avós. Qual delas aceitaria uma frase dessa?

Além de cuidarmos de crianças, também somos as principais responsáveis pelos cuidados com os idosos e os doentes.

Imagina o que foi para alguém que cuidava de um parente com coronavírus ouvir o presidente falar, no início da pandemia, em abril de 2020, sobre o aumento do número de mortos por coronavírus: “E daí? Não sou coveiro!”

Razões para esse desprezo por Bolsonaro não faltam. Inclusive porque ele sempre nos desprezou.

*Nina Lemos/Uol

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Vídeo: Falando em higiene das mãos contra o coronavírus, quem e o que vai salvar quem vive do lixão?

A quantidade de lixões no Brasil disparou depois do golpe em Dilma.

O crescimento médio foi 4,2% ao ano.

Estradas de terra cortam o Lixões de fora a fora e por elas trafegam caminhões abarrotados de resíduos.

O ar é insuportável, devido ao cheiro azedo misturado aos gases provenientes de decomposição de produtos descartados, principalmente domésticos.

É nesse ambiente que milhares de brasileiros buscam sobreviver na miséria que vivem nos dias que correm.

As condições são insalubres, contudo, não impedem a presença de milhares de homens e mulheres que disputam cada metro quadrado dos muitos lixões a céu aberto do Brasil em busca da sobrevivência.

Quem vai olhar para eles nessa hora?

A pandemia de coronavírus não escolhe suas vítimas, mas certamente as maiores vítimas serão os pobres e miseráveis, por serem o principal grupo de risco a partir de sua própria realidade social.

https://youtu.be/-njQUjX8JYM?t=2

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro e Moro se desdobram para esconder os crimes do clã com a milícia

A apreensão dos 13 celulares de Adriano da Nóbrega, a história do porteiro do condomínio de Bolsonaro, o vizinho de porta de Bolsonaro, Ronnie Lessa, que assassinou Marielle e foi capturado com o maior arsenal de fuzis da história do Rio, dentre outros, são casos que, até hoje, seguem sem elucidação.

O desaparecimento de Queiroz, braço direito de Bolsonaro no ministério do crime, o porto de Itaguaí e os interesses da milícia de Rio das Pedras, a mudança da diretoria do Inmetro para facilitar a vida de milícia na adulteração de combustíveis, são apenas algumas das dezenas de lacunas que seguem sem respostas e envolvem não só o presidente da República como seu Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o mentiroso, que trabalha diuturnamente usando o aparelho do Estado para encobrir ou abafar os crimes da família presidencial.

Bolsonaro seguirá, e até aumentará, seus ataques a jornalistas, mulheres, negros, índios, gays, assim como a Lula e Dilma para tirar o foco do universo de denúncias de crimes que cercam a sua família.

Continuará, junto com seu capanga, a produzir fatos que tirem o foco do lado macabro da vida do presidente e de sua família, envolvidos até o último fio de cabelo com o mundo do crime.

À esquerda, cabe colocar os crimes do clã Bolsonaro na pauta do dia, todos os dias, até que tudo seja devidamente apurado e que o clã vá para a cadeia junto com o capanga da milícia.

Não pode, de forma nenhuma, dar refresco ao motim da milícia palaciana.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Mangueira dá uma chinelada no bolsonarismo

“E se fôssemos ensinados, desde criança que Jesus também poderia ser uma mulher, será que o Brasil estaria no topo do feminicídio?” (Evelyn Bastos)

Muito mais do que uma disputa política, do ponto de vista eleitoral, a Mangueira produziu, na maior manifestação cultural do mundo, os temas que são especialidade da escola, as várias formas de segregação que as camadas mais pobres da população estão sofrendo com um governo que nega cidadania aos negros, aos índios, aos gays e às mulheres, o que sintetiza a própria imagem de Bolsonaro, mas sobretudo do bolsonarismo, que consegue ser muito pior do que a criatura que ele pariu, porque, antes de qualquer coisa, não se pode perder de vista que o bolsonarismo é um vírus que sofreu mutação política depois de ter o PSDB como nascedouro dessa onda de ódio que conduziu uma pessoa inclassificável como Bolsonaro à Presidência da República.

Talvez seja esse o grande problema a ser enfrentado pela sociedade, a imposição de limite ao ódio de classe que, potencializado pela grande mídia, principalmente pela Globo, contra qualquer causa social que ameace o poder das oligarquias.

Baianas da Mangueira vieram fantasiadas como orixás crucificados

A Mangueira, com um dos sambas enredo mais bonitos de 2020, tem autoridade para colocar esse tema tão urgente na avenida, porque sua história se confunde com as marcas de um modelo de civilização herdado da escravidão e que marcou o próprio território e que marca até hoje as relações entre o Estado e a comunidade.

O cálculo político da Mangueira foi perfeito, Jesus, a quem os hipócritas bolsonaristas rogam e do qual Bolsonaro faz uso político, foi apresentado de várias formas em seu sentido mais profundo, mostrando que a situação dos negros, dos índios, dos gays e das mulheres, no Brasil, é idêntica ao que Jesus sofreu por ser pobre e ter levantado a voz contra as injustiças, pagando com o próprio martírio da crucificação.

Quando o Presidente da República chama de herói Adriano da Nóbrega, um miliciano que assassinou um flanelinha por ter denunciado a milícia, no dia seguinte da denúncia, ele sublinha a questão central da crítica que a Mangueira trouxe, assim como todos os Cristos representados pelos oprimidos que a Mangueira soube muito bem destacar na avenida, respaldada em dados reais, do aumento significativo da violência contra esses Cristos, com a chegada de Bolsonaro ao poder e o esgoto bolsonarista que cerca essa visão de mundo baseada no ódio ao outro.

O que não se pode esquecer é que os governadores Dória e Witzel, que promoveram os maiores massacres, com suas PMs, nas favelas e periferias de São Paulo e Rio de Janeiro, são frutos do  bolsonarismo e se elegeram na carona do fascismo tropical e, logicamente, da hipocrisia cordial, baseada numa falsa legalidade inspirada nas práticas de Moro e de seus comandados da Lava jato. Por isso, não por acaso, ele é o Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.

A Mangueira sintetizou, de forma precisa e organizada, o desfile que denuncia os elementos característicos do bolsonarismo que condena as pessoas consideradas socialmente inferiores, a partir de sua régua, respaldado na ideia de que o governo precisa organizar o país na base do racismo, do preconceito e da discriminação para se chegar à condição celeste de ser a pátria do evangelho, na ótica dos opressores contra os oprimidos.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1231907007449444352?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Professor negro agredido diz: “As pessoas perderam a vergonha de serem racistas”

No Dia da Consciência Negra, Juarez Xavier, 60 anos, foi chamado de macaco e golpeado duas vezes com um estilete por um desconhecido.

O professor universitário Juarez Xavier, 60 anos, dá aulas no curso de Jornalismo na Unesp (Universidade Estadual Paulista) desde 2011. Querido por estudantes e colegas da universidade, Juarez é aguerrido na militância da luta antirracista, tanto que coordena o Núcleo Negro da universidade. Nesta quarta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, o professor foi vítima de racismo e de agressão de um desconhecido.

Juarez foi chamado de “macaco” na rua. Ao tirar satisfação, ele levou dois golpes de estilete e cinco pontos nos dois ferimentos (três nas costas e dois no ombro). Mais do que os ferimentos físicos, o professor conta que o caso evidencia a “intolerância tirada das cavernas”.

“É um ato absurdo e estimulado pelas eleições passadas. As pessoas perderam a vergonha de serem racistas e preconceituosas”, define Juarez à Ponte.

Pergunta. Em qual momento aconteceu a ofensa e a agressão?

Resposta. Eu estava voltando do médico, fui marcar uma consulta. Vinha andando para casa em Bauru e esse homem estava apontando algo para mim, parecia uma chave de carro ou controle de portão. Fiquei aguardando ele passar por mim, estava sendo muito ofensivo, fiquei olhando para ele. Em seguida, atravessou a rua, levantou as mãos e me chamou de macaco. Minha reação foi a de tirar satisfação para saber por qual motivo ele tinha me chamado daquela forma. Aí ele já virou com a faca na mão. Veio para me agredir, tentei contê-lo, joguei no chão e segurei as mãos, só depois vi que tinha sido acertado no ombro esquerdo e do lado direito das costas. Na hora não consegui ver. Chegaram as pessoas, ele foi contido, preso, e eu fui para a UPA fazer todo o tratamento e, em seguida, registrar o boletim de ocorrência.

P. Qual a gravidade dos ferimentos?

R. Uma surpresa ele não ter me atingido dessa forma, não foram profundos, coisa de dois centímetros. Pegou no músculo do braço e na parte superior nas costas, perto de áreas de vulnerabilidades. Um palmo para cima e era no meu pescoço. Seria algo mais grave. Os médicos classificaram as lesões como de porte médio. O tratamento é tranquilo, ontem [quarta-feira] fizeram ponto, três nas costas e dois no braço, estou tomando medicamento e aplicaram vacinas antitetânicas e outras. É um procedimento básico feito com feridas de armas brancas. Passei por tudo, as pessoas foram super atenciosas. Não estou tendo dor, mas quando baixou a adrenalina tive desconforto.

P. É mais impactante a agressão ter acontecido no Dia da Consciência Negra? Juarez logo após notar que havia sido ferido com um estilete.

R. Foi grave e na data… Foi mais emblemático por isso. Tive uma surpresa. Quando ele me xingou, pensei que se tratava de provocação banal no Dia da Consciência Negra. Eu tinha postado uma palavra de ordem internacional nas redes sociais, que diz: “macaco é macaco, banana é banana, e racismo é crime”. Não era uma pessoa que eu conhecia nem nada. Houve série de reportagem dizendo que chamar negros de macaco é ofensivo, o que pode ter estimulado ele a fazer o que fez. Foi um ato de provocação ostensiva em pleno dia. Ele sabia a natureza do dia, sabia como poderia ser ofensivo. Chamou a atenção como aconteceu e eu agi como qualquer militante antirracista agiria: fui tirar satisfação. Não imaginei que ele pudesse estar armado. Não quis ficar de costas, poderia ser pior. Lembrei do que aconteceu com o Mestre Môa [morto por um eleitor de Jair Bolsonaro na Bahia]. Tentei conter, pensei que tivesse sido bem sucedido, mas não senti absolutamente nada. E, quando fui tomar um copo d’água, vi que estava sangrando. É uma situação de grande estranhamento, mas entendendo a natureza do racismo do Brasil, essa coisa estrutural, isso tem afetado negros no país todo.

P. O que aconteceu com seu agressor?

R.Teve audiência de custódia. Fui informado que o rapaz pagou fiança e saiu. É algo extremamente grave estar em liberdade e nós vamos manter o argumento de que foi uma tentativa de homicídio atrelada ao crime de racismo, que é um crime inafiançável. Ele respondeu por lesão corporal e injúria racial, pagou um salário mínimo [R$ 998,00] e está de volta às ruas.

P. Você considera que o discurso de ódio e ataques que dominou o período eleitoral e se manteve em seguida incentiva este tipo de atitude?

R. Não tenho dúvida! É um fenômeno mundial desde 2008: a Alemanha tem tido isso com partido nazifascista, aconteceu na Itália e foi assim no Brasil. O tratamento dado pela imprensa foi ruim em captar essa extrema direita da forma como fez. Estimulou as pessoas a perderem a vergonha de serem racistas e preconceituosas. Tem um artigo na Folha de São Paulo, do deputado federal Hélio Lopes (PSL-SP), negando racismo no Brasil. Isso só mostra como é necessário haver o enfrentamento da questão racial. As eleições estimularam esse grupo, deram argumentos e criaram coragem para saírem das cavernas. É uma intolerância tirada das cavernas. É um ato absurdo e, sem dúvida, estimulado desde as eleições presidenciais. É fundamental para a defesa do estado democrático de direito garantir os direitos da população negra. O combate ao racismo é importante com políticas públicas que assegurem, também, as lutas de enfrentamento ao machismo, mantenham todas as conquistas dos negros, mulheres, LGBT+, etc. Precisamos manter e alcançar mais conquistas.

 

 

*Do El País