Categorias
Uncategorized

Bolsonaro demite novamente Vicente Santini recontratado pelo filhos e culpa Onix pela lambança

No ano passado, Onyx Lorenzoni havia calculado que a carteira do PPI poderia gerar 2 trilhões de reais em investimentos. Agora, Bolsonaro resolveu punir Onix e passou a carteira para Paulo Guedes.

Isso foi só uma forma de dizer que Carluxo não é culpado pela recontratação de Santini e sim Onix.

O fato é que, vendo a gritaria nas redes e na mídia contra a recontratação de Santini foi grande e atingiu os filhos, Bolsonaro deu uma que a culpa é de Onix que está lá no governo para isso mesmo, virar saco de pancada da ala familiar do clã.

Nesta quarta-feira (29), as notas na mídia sobre o caso diziam que “O presidente e Vicente Santini conversaram, e o presidente entendeu que Santini deve seguir colaborando com o governo.”

Hoje, Bolsonaro recuou, cancelou a contratação do amigo dos filhos e jogou o abacaxi no colo do Onix, o mesmo que foi perdoado por Moro por crime de caixa 2.

O presidente Jair Bolsonaro informou via Twitter na manhã desta 5ª feira (30.jan.2020) que vai tornar sem efeito a admissão de Vicente Santini para a Casa Civil e transferirá o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) para o Ministério da Economia.

 

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Dados de emprego do Caged comprovam falácia do discurso de Guedes em Davos

Na Suíça, governo abre mão de ferramentas para impulsionar economia forte e sustentável enquanto mercado só da conta de criar empregos de baixa renda.

Na última sexta-feira (22), o Ministério da Economia divulgou os números de 2019 do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O governo e a imprensa tradicional comemoraram o resultado de criação de 644 mil novas vagas no mercado de trabalho, o melhor desempenho em seis anos. O que pouca gente destacou foi que não houve saldo positivo de crescimento em postos de trabalho com rendimento acima de 2 salários mínimos. Ou seja, seguimos fechando mais empregos de maior renda e qualidade e gerando, lentamente, empregos de baixa remuneração. Deste total, cerca de 106 mil postos foram nas chamadas modalidades de contrato intermitente, estabelecida pela Reforma Trabalhista de Michel Temer, ou parcial/por período determinado, no setor de serviços e comércio.

No mesmo dia, o ministro Paulo Guedes voltava de sua viagem ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde anunciou a adesão do Brasil ao Acordo sobre Compras Governamentais (GPA), da Organização Mundial do Comércio (OMC). Pelo GPA, os países signatários ficam obrigados a tratar empresas nacionais e estrangeiras com isonomia para aquisição de bens, serviços e obras. Qualquer medida de proteção às empresas nacionais deixa de ser permitida. Aos jornalistas, Guedes declarou que a adesão ao acordo permitirá ao Brasil “receber maiores fluxos de investimentos e se integrar às cadeias globais de negócios”. Na avaliação de economistas ouvidos pela CARTA MAIOR, a medida pode aprofundar os problemas registrados nos números do Caged.

“Trata-se de um processo de abertura que vai ajudar a liquidar as empresas brasileiras em nome de trazer pra cá empreiteiras estrangeiras. Nenhum país grande faz isso; ninguém abre mão do poder de Estado no desenvolvimento nacional para contratar empresas de fora. Primeiro as suas”, lembrou o economista Sérgio Mendonça, que foi Secretário Nacional de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento e Supervisor Técnico do Dieese e hoje coordena o projeto Reconta Aí (https://recontaai.com.br/). “Mas essa equipe é contra qualquer estratégia de desenvolvimento industrial a partir da ação do Estado. Acham que temos que abrir a economia e, com o choque de fora, vamos nos redimir de problemas de corrupção nas empreiteiras, como se não houvesse corrupção em empresas como a Alstom e a Halliburton. É uma visão darwinista e que acredita que o de fora é melhor do que o dentro. É o contrário. E isso vai nos destruir”, alerta.

Para a professora de Economia da Universidade de Brasília, Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, quaisquer melhoras para o setor que possam vir de acordos internacionais não podem eliminar o cuidado e atenção com a demanda interna, porque é ela que afeta e beneficia a população brasileira. “Quando você faz um acordo de liberalização de compras governamentais, cria demanda lá fora e agrada o mercado externo em vez de criar aqui dentro e de estruturar um desenvolvimento menos excludente. Temos que aproveitar todas as oportunidades, mas isso não pode se dar à revelia de uma política econômica de desenvolvimento sustentável a partir da demanda interna. E o que importa é o desenvolvimento econômico atrelado ao social. Não só uma questão de números”, afirma.

A urgência da retomada de uma política econômica sustentável no médio e longo prazo é mostrada justamente pelos números divulgados pelo Caged. Em 2018, o trabalho intermitente respondia por 10% dos postos, agora subiu para 13%, e quem consegue voltar a ter carteira assinada passa a ganhar, em média, 10% a menos do que antes da demissão. Ao mesmo tempo, a indústria, responsável por vagas mais qualificadas, segue perdendo espaço no Produto Interno Bruto (PIB). Caiu de 28,5% em 2005 para 21,2% em 2018. Na prática, quem tem pouca qualificação migra pra informalidade e quem tem se vê obrigado a passar ao trabalho autônomo, como microempreendedores individuais (MEI) ou prestadores de serviço como motoristas de Uber – que em Davos se reuniu com o ministro para dizer que quer ampliar suas operações no país. O resultado comprovado é a queda da renda e, consequentemente, da demanda, o que, em médio prazo, impede a economia de decolar.

“A visão conservadora da equipe de Paulo Guedes é a de que a oferta é o que determina as condições de demanda e o crescimento da economia. Mas no capitalismo ninguém produz se não houver perspectiva de lucro, algo que depende da demanda. E todas as medidas do governo vão no sentido de reduzir a demanda, e não de aumentá-la”, explica Maria de Lourdes Mollo.

A economista enumera, em primeiro lugar, a Reforma Trabalhista, que precarizou o trabalho e derrubou a renda. Depois, a Reforma da Previdência, que vai ser responsável por uma pauperização enorme da população brasileira. Depois as mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo, que não vai subir mais de acordo com o PIB. E a indústria brasileira, que está sendo destruída sem que tenha alcançado um patamar sustentável.

“Isso tudo resulta num mercado de trabalho que não está conseguindo absorver os empregos que tinha pouco tempo atrás nem gerar novos, diante dessas reduções de demanda. O governo tenta aumentar a demanda com a liberação do fundo de garantia. Mas isso dá impacto na hora e depois não se sustenta. O que sustentaria seria um crescimento de mais de 4%, para reincorporar as pessoas cujos empregos foram perdidos em condições melhores. E isso não virá com a política de austeridade, que reduz a capacidade do Estado, que é alta, de gerar demanda. É uma concepção que entrega as ferramentas do governo para implementar uma política econômica mais forte”, acrescenta, relacionando com a entrada do país no GPA.

Crescimento com desigualdade

Outro risco da política do governo Bolsonaro propagada em Davos é a de um crescimento que, além de baixo, pode trazer maior concentração de renda. Guedes destacou, em sua passagem pela Suíça, a reunião com o ministro britânico Sajid Javid e a construção de um possível acordo de livre comércio com o Reino Unido, após a saída do país da União Europeia. Guedes falou também de um possível acordo comercial com a Coreia do Sul, numa volta ao modelo bilateral de negociações estrangeiras.

“ A lógica de Guedes é anti-multilateral. É de se submeter ao que o império manda e ao que os interesses bilaterais determinam. É uma lógica colonial, em vez de fortalecer emergentes e economias em desenvolvimento que tem características um pouco semelhantes às nossas, como pobreza, desigualdade e concentração de renda. Questões estruturais não se resolvem com quem quer tirar vantagem de acordos unilaterais feitos com você. São acordos lesivos, que não vão potencializar o desenvolvimento econômico social porque são baseados na lógica do crescimento com concentração de renda”, acredita Regina Camargos, pesquisadora da Unicamp.

Ela lembra do chamado “milagre econômico”, durante a ditadura militar, quando o Brasil chegou a crescer até 11% ao ano, mas concentrou renda absurdamente. Além desses patamares de crescimento serem impensáveis na atual conjuntura, até para países como a China, que tem um gigantesco mercado interno, o crescimento proposto pela equipe de Guedes seria um crescimento para poucos. “Se, com muito esforço o Brasil chegar a 2% de crescimento, vai ser algo que vai favorecer 1% da população, mantendo a economia funcionando para os mesmos, enquanto a maioria vai continuar com subempregos ou subocupada. Podemos ficar três anos assim, mas essa economia não se dinamiza e não se sustenta. O que dinamiza é o agravamento da desigualdade e da pobreza”, acrescenta Regina.

Para a pesquisadora, o foco deve ser na questão estrutural, “senão, segue sendo voo de galinha, que diante do primeiro espirro da economia central, no elo mais forte desses acordos bilaterais, impacta no elo mais fraco”. A meta do governo de gerar 1 milhão de empregos em 2020 está condicionada a um crescimento de 3% da economia nacional. Mas a previsão da Secretaria de Política Econômica para o PIV este ano é de 2,4%.

Na avaliação de Sergio Mendonça, quanto menos peso temos, mais devemos jogar no sistema multilateral, porque ali é possível diluir o peso das grandes economias. Mas Bolsonaro estaria seguindo o caminho de Trump, de enfraquecer os sistemas multilaterais. “Óbvio que os Estados Unidos não querem se submeter a regras multilaterais, mas para o Brasil isso é um erro. O comércio externo daqui depende muito mais de ter estratégia interna de desenvolvimento para se relacionar com outros países do que achar que vamos mudar a economia de fora pra dentro. Mas Guedes foi a Davos para reduzir ainda mais o papel do Estado e deixar para o mercado definir esses fluxos financeiros”, critica.

E o meio ambiente?

De alguns anos pra cá, Davos deixou de tratar de questões estritamente corporativas para analisar outros fatores e riscos que podem influenciar os negócios e o capitalismo em geral. Foi o que aconteceu quando o Fórum Econômico Mundial debateu os efeitos degenerativos da perda de controle do mercado financeiro pelos governos, quando começou a discutir desigualdade e, agora, a agenda ambiental. São temas que passaram a figurar no relatório de riscos globais, lançado anualmente no encontro. Mas, em Davos, Guedes não se mostrou muito preocupado com a agenda. Declarou em uma das mesas de que participou que é a pobreza a responsável pela destruição do meio-ambiente, bastando combatê-la – como se o governo Bolsonaro estivesse fazendo algo neste sentido – para evitar a destruição da natureza. Foi necessário o ex-vice presidente dos EUA Al Gore para desconstruir a fala.

Depois da passagem pela Casa Branca, Al Gore integra o conhecido grupo dos defensores do capitalismo civilizado, e tem sido consultor de grandes empresas que prospectam negócios na área da chamada economia verde, que pode movimentar 70 bilhões de dólares em investimentos nos próximos anos. A fala de Guedes na Suíça, além de não se sustentar por qualquer dado científico, desagradou assim quem pretende fazer negócios nessa área.

“São negócios muito lucrativos e o Brasil é, para o mundo capitalista, uma nova fronteira de negócios na área da biodiversidade, da água, da exploração sustentável. Como o governo brasileiro fez lambanças ambientais enormes nos últimos anos, Guedes tomou um pito lá. Como assim você vai queimar a galinha dos nossos ovos de ouro? O recado de Davos pra ele foi: ‘concordamos em quase tudo com o que você diz e podemos colocar dinheiro no Brasil, mas calma aí com a questão ambiental’. Se dependesse de Bolsonaro, o cuidado ambiental seria zero, porque ele tem fatura para pagar quem financiou sua campanha. Mas foi cobrado pelos fundos de investimento e empresas de olho na economia verde”, analisa Regina Camargos.

Paulo Guedes tampouco estava preocupado com isso em Davos. Foi reafirmar sua política neoliberal, mostrar currículo e tentar viabilizar a reeleição de Bolsonaro. Mas tem limites que até o Fórum Econômico Mundial não mais ultrapassa, mostrando que este é realmente um governo fora de seu tempo – no que há de pior e mais atrasado.

 

 

*Com informações da Carta Maior

Categorias
Uncategorized

Empresa de Salim Mattar, o cara das privatizações, cresce com benesse do governo Bolsonaro e desvio de função

O mineiro Salim Mattar se tornou uma figura icônica no empresariado, criador de uma marca nacional, Localiza, e um dos porta-vozes no país do pensamento ultraliberal, cujas ideias vem adotando como secretário de desestatização do governo Bolsonaro.

Ele defende privatizar “tudo” e deixar o mercado reger a economia, como reiterou nesta segunda (27) à rádio Itatiaia. Por isso muita gente deve estar boquiaberta, e decepcionada, com a revelação na Folha de S. Paulo de que o sucesso comercial de sua empresa está montando em cima de um típico esquema de capitalismo de Estado, via subsídios fiscais.

O esquema da Localiza é de matar qualquer empresário de inveja. Segundo a Folha, ela e duas concorrentes (Unidas e Movida) compram carros muito barato, beneficiando-se do programa que permite a empresas e grupos como taxistas e deficientes comprar diretamente das fábricas com alíquotas menores de ICMS e IPI

Além das benesses fiscais, as locadoras obtêm descontos de até 15% por serem grandes compradoras – aliás, as maiores no país a essa altura do esquema. Depois elas revendem os carros a preços de mercado.

O negócio é tão bom que já gera a maior parte das receitas. Nos balanços corporativos de 2019, ainda conforme a Folha, as vendas de carros usados representaram de 51% a 60% da receita bruta.

Ou seja, elas faturam mais com o comércio de seminovos do que com o aluguel de veículos. São mais revendedoras do que locadoras. Um caso de desvio de atividade-fim ou missão empresarial. E talvez de concorrência desigual.

Elas estão competindo em condições super favorecidas ou privilegiadas com milhares de empresários que atuam no mercado de carros usados, a maioria de pequeno porte. Será que todos os revendedores têm acesso aos mesmos benefícios de compra?

A mais favorecida de todas, por ser a maior, a Localiza viu a sua receita líquida crescer 30% nos últimos cinco anos, segundo declarações do diretor Paulo Henrique Pires ao site Mercado & Eventos. Desde 2017 ela ocupa uma sede própria e novinha com 25 andares, expressão imponente da sua grandeza e poderio econômico. Que deve continuar.

Apesar do discurso radical de Mattar contra o Estado, não há risco de que o processo de desestatização que ele gerencia em Brasília venha a afetar o super negócio da Localiza.

O chefe imediato do secretário, ministro Paulo Guedes, já desistiu de mexer na caixa preta dos subsídios fiscais; adiou o assunto espinhoso para 2026, ou seja, para o final de um possível segundo mandato do atual governo.

A privatização avançará a passos largos, alcançando “o máximo possível” de empresas segundo Mattar. Para a população o liberalismo chega cada vez mais forte, desde a reforma trabalhista no governo Temer. Mas, para a empresa do secretário e outros grandes empresários, o capitalismo de Estado não tem data para acabar. E salve Nossa Senhora da Hipocrisia!

 

 

*Raquel Faria – Os Novos Inconfidentes

Categorias
Uncategorized

Guedes torra as reservas internacionais do Brasil: menor valor em quatro anos

O Banco Central anunciou hoje (27) que o estoque de reservas internacionais atingiu US$356,9 bilhões em dezembro de 2019. A redução de US$9,5 bilhões nesse estoque, relativamente à posição de novembro, decorreu principalmente da liquidação de US$9,6 bilhões de vendas no mercado à vista e da concessão de US$1,8 bilhão em operações de linha com recompra. As variações por paridades e por preços contribuíram para elevar o estoque de reservas em US$1,1 bilhão, enquanto a receita de juros adicionou US$589 milhões ao estoque.

No ano, houve redução de US$17,8 bilhões no estoque de reservas internacionais, em função das vendas no mercado à vista, US$36,9 bilhões. Os principais fatores que atuaram em sentido contrário, contribuindo para a elevação das reservas, foram as receitas com juros, US$7,5 bilhões; as variações por preço, US$9,1 bilhões; e o retorno líquido de linhas com recompra, US$2,3 bilhões.

Espécie de seguro contra crises, as reservas internacionais do Brasil fecharam o ano passado no menor nível desde 2015. O estoque das reservas brasileiras encerrou 2019 em US$ 356,9 bilhões, informou nesta segunda-feira o Banco Central. Na comparação com o fim de 2018, a redução das reservas foi de US$ 17,8 bilhões.

Nesta segunda-feira, o Banco Central informou que, puxadas pela queda das exportações, as contas externas brasileiras registraram em 2019 o pior resultado para o ano desde 2015.

O movimento de redução das reservas internacionais brasileiras, que tende a continuar neste ano, teve início em agosto. Naquele mês, o Banco Central quebrou um tabu de dez anos e passou a vender dólar à vista pela primeira vez desde 2009. Foi quando a moeda teve a maior alta em 12 meses, afetada pela guerra comercial, crise em torno da Amazônia e o cenário político na Argentina.

 

 

*Com informações do Globo

 

Categorias
Uncategorized

Em Davos, Paulo Guedes defendeu a privatização do ensino público no Brasil

Em Davos, Paulo Guedes, respondendo uma pergunta sobre sua agenda para a juventude e combate à desigualdade, voltou a defender seu programa privatista de vouchers, neste caso para o ensino na primeira infância.

O ministro da economia segue a mesma cartilha neoliberal que a secretária da educação de Trump, Betsy DeVos, sua principal inspiração para a agenda de ataques contra a educação básica pública.

A secretária possui um histórico que se destaca pelo avanço na privatização de inúmeras escolas nos EUA, destinando bilhões da receita pública para o pagamento destes vouchers e para escolas com gestões privatizadas, representando os interesses do mercado na destruição da educação pública americana.

Até o jornal New York Times apresenta DeVos como uma das pessoas “mais apaixonadas pela ideia de afastar os dólares públicos das escolas públicas tradicionais”, atuando tanto em defesa dos cheques educação quanto da privatização da gestão das escolas.

O programa pró-mercado de vouchers defendido por Guedes, como colocado outro artigo do mesmo jornal, não produziram o tipo de grandes melhorias na realização acadêmica que os reformadores orientados para o mercado originalmente prometeram.”

Pelo contrário, nos Estados onde as medidas privatizantes foram tomadas, como em Michigan, o desempenho dos alunos piorou, e diversas pesquisas indicaram a falácia de que uma maior competição no sistema de ensino significa um aumento da qualidade e muito menos um combate à desigualdade, pelo contrário.

Paulo Guedes, disse que “nos Estados Unidos tudo é permitido, exceto o que é proibido. No Brasil, tudo é proibido, exceto o que é permitido“.

A frase pronta serviu para defender uma maior descentralização de recursos – logo seu desvio para o mercado – ao dizer que esse controle estatal dos recursos é a fonte da corrupção. Por isso defendeu disse que “(…) vamos apoiar um gigantesco [programa de] vouchers para a educação nos primeiros estágios.

Experiências recentes em São Paulo, que aprovou na Câmara um projeto de vouchers para creches, provam o contrário. O programa Mais Creche envolverá gastos à prefeitura de quase 300 milhões de reais, que irão diretamente para o bolso do setor privado. Não há combate algum contra a corrupção, já que muitas das entidades com fins lucrativos ou ONGs que participam destas associações público-privadas são denunciadas por simples fachada para o desvio de milhões da educação infantil.

O mais irônico é que esta proposta de Guedes foi apresentada como parte de um suposto combate à desigualdade, ao ser questionado pela plateia sobre a agenda dos países para os jovens e o combate à desigualdade social. Não só na economia como na educação, recorre à velha e submissa defesa dos modelos americanos, da mesma forma que sempre faz Bolsonaro.

 

 

*Com informações do Esquerda Diário

Categorias
Uncategorized

Não são só japoneses, indianos que repudiam Bolsonaro, ele é apontado no mundo todo como inimigo

Bolsonaro, em última análise, pode ser considerado o peido do planeta, pois aonde vai, é malquisto e representa o que há de mais retrógrado na civilização contemporânea, seja por instituições globais, países e povos.

Bolsonaro é uma tragédia e, com sua imagem deteriorada, arrasta a imagem do Brasil para o buraco e para o isolamento internacional.

É um psicopata com instintos selvagens, daí suas declarações estúpidas que inspiram outras ainda mais estúpidas, como a de Guedes em Davos, culpando os pobres pela devastação promovida por grileiros, madeireiros e outras milícias rurais pela devastação, com queimadas criminosas e desmatamentos que não cessam e, muito menos são combatidas pelo governo.

Bolsonaro é um cão raivoso que pode apanhar o que for que, na primeira oportunidade, vai atacar se não lhe colocar um focinheira. Não consegue se descolar da milícia carioca e, menos ainda, do seu passado de envolvimento com a pirataria rural formada por pistoleiros que exterminam índios e grileiros que, por sua vez, expulsam comunidades que formam o povo da floresta.

O sujeito é mau, não conseguiu sequer passar de tenente, arranjou uma patente de capitão depois que o exército, a fórceps, arrancou-lhe a farda. Agora vê generais saudosos da ditadura rendidos aos encantos de alguém que nem as Forças Armadas aturaram como soldado que conseguiu, no máximo, o apelido de cavalão.

Essa é a honraria do sujeito que preside o país e que, por conta desses generais de mercado que vivem do fetiche da guerra fria como velhotes saudosos da virilidade juvenil, perdem a noção da própria condição atual e fazem discursos que beiram à demência senil.

Aqui não se fala somente do general tapado que vive dando tapas na mesa, Augusto Heleno não está sozinho nessa, Mourão é tão imbecil quanto, assim como Sérgio Etchegoyen e o hipócrita Villas Bôas, que fizeram parte da sabotagem para promover o golpe contra Dilma, como Jucá já havia pronunciado.

Então, o que esperar de um caldo desse em que um Ministro da Justiça e Segurança Pública como Moro, apresenta-se como combatente da corrupção e tráfico de drogas, sendo parte de um governo em que o presidente é envolvido até a medula com o cartel da milícia, fato sabido pelo mundo inteiro, que governa a cidade e o estado do Rio de Janeiro.

Não há panos quentes que façam com que a mídia segure tantas tragédias promovidas por Bolsonaro para salvar o projeto de desmonte do país impulsionado por Paulo Guedes.

O projeto tucano, apoiado pela mídia, era para ser executado por Aécio, aquele corrupto que disse que mataria o próprio primo antes de delatá-lo.

É dessa gente e desse meio que surge esse troço repudiado por japoneses, por indianos e até por grandes capitalistas no mundo por ser frontalmente contrário a uma agenda global de desenvolvimento sustentável menos predador ao menos na aparência.

Então, dizer que povo A ou povo B repudia Bolsonaro, é chover no molhado. Surpresa seria se ele fosse benquisto em algum canto do planeta que não fosse a Casa Branca na qual ele se comporta como garçom de Trump.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro, de quem a palavra de hoje não vale amanhã e desmente a de ontem, lançou Moro à presidência para 2022

Quando se vê o colunismo contratado por Bolsonaro tentando colar com cuspe a aliança entre Bolsonaro e Moro, é porque ficou evidente que o que sustenta Bolsonaro ou ao menos o sustentou até aqui, é o ódio e não eleitores, muito menos eleitores fieis.

É nítido que, diante de tantos escândalos internacionais de Bolsonaro, fazendo o Brasil se tornar um pária, somado ao que já pipocou sobre suas relações criminosas de próprio punho com um imenso laranjal e nele uma relação parental com a milícia que comanda a mais alta cúpula da bandidagem carioca, seu eleitorado tenha se mostrado mais efêmero do que se imaginava.

Não é exatamente uma surpresa a migração do eleitorado tucano, no caso da última eleição, do eleitorado de Aécio, para o mundo encantado do baixo clero miliciano de Bolsonaro. Essa gente estava aí perdida com sangue nos olhos por ter amargado a quarta derrota política e suas posições de repúdio a pobres, negros e, com Bolsonaro, ganhou outros fermentos para fazer um pacote de iras que pudesse impulsionar qualquer candidato que freasse os avanços no debate sobre os direitos das minorias.

A guerra entre Bolsonaro e Moro, como se viu nas redes sociais, foi uma covardia. Moro massacrou Bolsonaro não exatamente pela estrela de Moro, mas pelo desgaste de Bolsonaro diante do seu eleitorado, que fingia estar casado com ele na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e outros clichês do divino juramento.

O que ali foi revelado é um eleitor esbaforido por passar um ano cercando frango para justificar o injustificável festival de lambanças promovido por Bolsonaro em todas as áreas do governo, com desculpas que sabiam ser esfarrapadas, vindas do, também esfarrapado, astrólogo Olavo de Carvalho, vocalizadas pelo escritório do ódio comandado por Allan dos Santos sob a batuta dos filhos de Bolsonaro, principalmente por Carlos e Eduardo.

O fato é que a fake news, usada como estratégia na campanha de Bolsonaro, perdeu sua eficácia, em parte pelo abuso dessa prática criminosa e também pela própria incapacidade do governo de dar respostas concretas à sociedade brasileira dos seus problemas cotidianos que só se agravaram.

As pautas de Paulo Guedes ultraneoliberais, que são tucanas na essência, foram extremamente respaldadas pela mídia, porque atendem ao mesmo patrão do baronato midiático, o sistema financeiro, especuladores, rentistas, enfim à plutocracia.

Assim, Bolsonaro foi fazendo a impaciência silenciosa ou não confessada de seus eleitores que migraram do tucanato para o baixo clero para que, na primeira oportunidade, o chamasse de traidor, aproveitando a guerra entre ele e Moro, que é parte do governo, mas que os bolsonaristas de ocasião que são a quase totalidade de seu rebanho, vissem ali a oportunidade de expurgar um furúnculo com a justificativa de apoiar Moro e a Lava Jato em nome da velha falsa moral e do combate à corrupção.

Isso é muito pouco para sustentar Moro, até porque o último resultado divulgado do ranking internacional sobre a percepção da corrupção foi um soco no estômago dos hipócritas, porque fez o Brasil piorar 17 posições, mostrando que o combate à corrupção de Moro não passa de um slogan saído de alguma agência de marketing.

Isso abre uma nova perspectiva para que o país volte a respirar um mínimo de civilidade em 2020 com uma frente de esquerda capaz de unir o fragmentado campo progressista em torno de pautas concretas que se sobreponham ao receituário de ódio pelo ódio que se transformou em obelisco de uma direita sem projetos e, muito menos capaz de governar o país.

Bolsonaro, nesse seu vai e vem em relação à pasta da Segurança Pública, anunciando que a tiraria das mãos de Moro e depois recuando da decisão, desdizendo o que disse, acabou não só lançando a candidatura do xerife de Curitiba para 2022, como deu oportunidade aos bolsonaristas de dizerem que estão de saco cheio com o ex-mito e exorcizá-lo de seu corpo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Economia

Raio X do Caged: A falsa comemoração de números trágicos de emprego, por Luis Nassif

A toda crise aguda se segue um processo rápido de recuperação, a menos que seja provocado por descontroles nas contas externas.

As manchetes foram vibrantes: “Brasil gera 644 mil empregos formais em 2019, melhor resultado em 6 anos”

Reflete dois fenômenos. O primeiro, a necessidade de destacar notícias positivas na economia. A segunda, a queda brutal da dimensão das expectativas no país.

Compare a euforia de Rogério Marinho, braço direito de Paulo Guedes, no Twitter. Agora, debruce-se sobre o quadro real.

A toda crise aguda se segue um processo rápido de recuperação, a menos que seja provocado por descontroles nas contas externas. No caso brasileiro, a recuperação não ocorreu até hoje. A tragédia econômica é fruto dos gênios das finanças, Joaquim Levy, Henrique Meirelles e Paulo Guedes.

Em comum, os três colocaram em prática a mesma receita econômica, de proceder a choques fiscais, tarifários, sem deixar a economia com nenhuma alavanca de crescimento.

Vamos a outras maneiras de ler os dados.

O CAGED mede o emprego formal no Brasil.

Em 2019, houve a criação de 644.029 empregos formais, daí a manchete retumbante. O setor que mais empregou foi Serviços; o que menos empregou foi a Administração Pública.

Mas se esticar a análise para 2014, percebe-se o tamanho da tragédia brasileira. De lá para cá houve a redução de 1.314.571 empregos formais. Desse total, a Indústria de Transformação – aquela com mais efeito multiplicador na economia – desempregou 1.094.1253 pessoas. Dos 8 setores da economia, 5 registraram saldo negativo e em apenas 3 a geração de empregos foi positiva.

https://i0.wp.com/jornalggn.com.br/sites/default/files/2020/01/raio-x-do-caged-a-falsa-comemoracao-de-numeros-tragicos-de-emprego-por-luis-nassif-caged02.jpg?w=580&ssl=1

Mas não apenas isso. De 2014 para cá, a PEA (População Economicamente Ativa) aumentou 7,23%. Para manter o mesmo nível de 2014, o estoque de empregos formais deveria estar em 41,7 milhões de carteiras assinadas: está em apenas 39 milhões, ou 6,54% abaixo de onde deveria estar.

Medindo-se apenas o estoque total de emprego, sem o indexador de crescimento da PEA, percebe-se que houve uma recuperação do emprego formal, a partir de 2016. Mas com a nova lei trabalhista, houve queda no estoque total. A diferença foi para a informalidade.

Nessa composição negativa, o baque maior, além da Indústria de Transformação, foi na Construção Civil.

Quando se abre pelos subsetores, percebe-se que o maior dinamismo veio do comércio ou de empresas de serviços.

Mas o ponto central de comparação é quando se junta, pelo IBGE, os dados de desemprego e precarização do trabalho. Ai a tragédia se completa, e a relação sobre a Força de Trabalho salta de 23,7% em 2014 para 47,7% em 2019.

 

*Com informações do GGN

Categorias
Uncategorized

Dilma detona Paulo Guedes: entreguista!

A ex-presidente Dilma Rousseff diz que o governo Bolsonaro está jogando a pá de cal no desmonte das empresas nacionais promovido pela Lava Jato.

“Bolsonaro desfecha novo golpe contra empresas nacionais. Política de destruição do setor se aprofunda com abertura do mercado a empresas estrangeiras, anunciada pelo ministro da Economia, na Suíça”, afirmou.

Ontem, em Davos, Paulo Guedes anunciou que acabará com qualquer medida que garanta a preferência nas contratações feitas pelo poder público no Brasil.

Guedes, mais tarde, usou o mesmo argumento da Lava Jato. “Vai acabar com a corrupção”, afirmou, como se empresas estrangeiras fossem dirigidas por anjos.

Em janeiro de 2017, no governo Temer, a Petrobras decidiu convidar apenas estrangeiras para participar da licitação para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), projetada para receber o gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos.

Um levantamento realizado pelo DCM mostrou que todas elas já tinham sido denunciadas por corrupção.

É o caso da norte-americana Bechtel Corporation, a quarta por ordem alfabética da lista da Petrobras, que tinha se declarado culpada num processo por corrupção.

O então vice-presidente foi condenado a 42 meses de prisão, por ter pago 5,2 milhões de dólares em propinas para manipular o processo de licitação para contratos de energia com uma estatal do Egito.

A inglesa Amec Foster Wheeler tinha sido acusada pelo Comitê de Proteção do Petróleo do Azerbaijão de operar “com violações da lei”. A acusação principal era a de não respeitar regras trabalhistas no país e sonegar impostos.

A proteção a empresas nacionais é uma prática comum no mundo desenvolvido. Em 2017, por exemplo, quando autorizou a construção de dois oleodutos nos Estados Unidos, Donald Trump assegurou que as compras deveriam ser feitas em empresas instaladas no território americano.

“Insisto em que, se vamos construir oleodutos, que as tubulações sejam construídas nos Estados Unidos”, disse. “Vamos construir nosso próprio oleoduto, nossos próprios canos, como nos bons tempos”, acrescentou.

Para Dilma Rousseff, o anúncio de Paulo Guedes representará menos empregos no Brasil e mais empregos no exterior.

“É a pá de cal no desmonte promovido pela Lava Jato na engenharia nacional”, escreveu em sua página no Facebook. “Pior. O governo abre mão de ter uma política de compras públicas que leve em conta os brasileiros. A concorrência pode estrangular diversos setores empresariais”, finalizou.

No último ano de normalidade de seu governo, em 2014, o Brasil teve a menor taxa de desemprego da história do Brasil — menos de 5%, hoje está acima de 11%.

Depois de 2014, com o movimento político em curso para derrubá-la, a economia foi inviabilizada, e a então presidente não conseguiu aval do Congresso para fazer os ajustes necessários.

Os brasileiros mais pobres pagaram a conta.

E agora vão pagar de novo, caso o governo Bolsonaro leve adiante sua proposta de dar o mercado brasileiro de presente para os tubarões do capitalismo mundial.

 

 

*Joaquim de Carvalho – DCM

Categorias
Uncategorized

Tratar investidores internacionais como idiotas, culpando os pobres pelo desmatamento, foi a maior burrice de Guedes

Paulo Guedes, em Davos, achou que estava num clube militar falando para abestados que tratam a questão ambiental com piadinhas e preconceitos, como fez Bolsonaro na Hebraica contra índios e quilombolas.

Imaginou que, culpando os pobres pelo desmatamento no Brasil, arrancaria da plateia risadinhas, aplausos e gritos de “mito”, como ocorreu com Bolsonaro em 2018 no interior do clube da Hebraica no Rio de Janeiro.

A conexão entre grilagem e desmatamento é o grande problema do Brasil que se agravou muito com a chegada de Bolsonaro à Presidência totalmente comprometido com os criminosos da floresta.

Disso o mundo inteiro já sabe.

Os donos das terras são os que desmatam. Gente rica, violenta e perigosa, mas sobretudo aliada política de Bolsonaro.

Como isso é feito, por quem, a quais interesses serve e quais são as consequências sociais e ambientais desse crime incentivado pelo governo Bolsonaro, também já é sabido pelos investidores internacionais que estão se negando a investir no Brasil enquanto Bolsonaro não parar de incentivar a depredação da natureza.

Guedes desrespeitou o Fórum com sua tola acusação de que ‘a fome provoca nos pobres a necessidade de cometer crimes ambientais para sobreviverem’.

É muita falta de seriedade de um governo que trata o mundo como uma população de bobocas quando todos em Davos sabem os valores de quem destrói a teia da vida, ao tornar a vida de povos tradicionais e a natureza produtos baratos e, muitas vezes, desprezíveis na grande cadeia econômica que o desmatamento predatório incentivado por Bolsonaro produz.

O desmatamento é um dos mais graves problemas ambientais da atualidade, pois, além de devastar as florestas e os recursos naturais, compromete o equilíbrio do planeta em seus diversos elementos, incluindo os ecossistemas, afetando gravemente também a economia e a sociedade.

Mas Paulo Guedes achou por bem tratar essa, que é a principal agenda da economia global em Davos, com galhofa e sentiu o amargo do refluxo contra seu discurso e quanto isso pode custar ao Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas