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Vídeo: Bolsonaro deixa Flávio em situação difícil, “se errou, é pau”

Apesar das evidências robustas de que o gabinete do filho foi usado para desviar salários de funcionários para a rachadinha, Jair Bolsonaro criticou, em live no Facebook, a operação que atinge sua família e ‘pessoas inocentes’. “Se errou, pau. Mas não precisar quebrar sigilo de um monte de gente”, completou.

Jair Bolsonaro criticou os processos que envolveu seu nome e o de seu filho Flávio Bolsonaro – no caso da rachadinha, que tem como alvo o ex-assessor Fabrício Queiroz – e afirmou, como se não devesse nada sobre os casos: “se errou, é pau”. “Mas não precisa quebrar sigilo de um monte de gente inocente”, completou.

Ele live no Facebook, ele voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de direcionar a investigação do Ministério Público do Estado para lhe atingir, uma vez Witzel “quer ser presidente”. “Isso é uma armação que vem lá do governo do Rio de Janeiro. Ele quer ser presidente da República, então quer me destruir, tudo faz para derrubar a gente”. “O Flávio é um instrumento para chegar a mim”, disse ainda.

Sobre críticas de que teria articulado para “trancar o processo” durante as eleições, respondeu: “Se eu pudesse armar, eu teria cancelado, anulado”. “Se o Flávio for absolvido hoje, vão falar que eu interferi”, afirmou. Para ele, o processo “está todo contaminado” na primeira instância.

Bolsonaro comentou ainda sobre o caso que envolve seu nome na investigação da morte da vereadora Marielle Franco. “Eu duvido que essa história seja verdadeira”, declarou, sobre o depoimento do porteiro, que contou ter ligado para sua casa a fim de liberar a entrada de um carro de um dos suspeitos de envolvimento no assassinato. “Ele não falou por livre e espontânea vontade dele”. “Qual interesse eu teria com a Marielle? Interesse zero. Nunca me viram conversando com ela”, afirmou ainda.

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/812854049160017/

 

 

 

*Com informações do 247

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Freixo: Bolsonaro despachava no gabinete de Flávio e Queiroz às sextas

“Jair Bolsonaro, às sextas-feiras, quando deputado federal, era assíduo frequentador do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. Trabalhava de lá. Ele sempre controlou os mandatos dos filhos com pulso muito forte. Inclusive havia um rodízio de pessoas e parentes entre os gabinetes. Há indícios de que esse vínculo criminoso com ex-policial Fabrício Queiroz não começa, nem termina com Flávio, mas envolve toda família.”

A declaração é do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que foi colega de legislatura de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio e presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, na mesma casa, em 2008. Ele afirma que a instalação de uma CPI das Milícias no Congresso Nacional ganhou força após a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro envolvendo o primogênito do presidente da República e, hoje, senador, além do “faz-tudo” da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e ex-assessores do gabinete de Flávio – entre eles, parentes da ex-esposa de Jair.

De acordo com o MP, há indícios de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, organização criminosa.

“Bolsonaro ataca exatamente as instituições que investigam os crimes em que sua família estaria envolvida. O presidente trata o caso como “pequeno”. Mas não é o presidente que determina o tamanho da denúncia contra seus filhos, mas os órgãos que o investigam – órgãos, esses que ele ataca para que não investiguem seus filhos”, diz Freixo.

Para ele, que ainda tem que andar escoltado por ter presidido essa CPI, se dinheiro público foi parar nas mãos de um chefe de um grupo de extermínio como o “Escritório do Crime”, acusado de envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o caso é de cadeia. “Daí, torna-se necessário perguntar: onde realmente ficava o Escritório do Crime?”

Como você avalia as acusações do presidente Jair Bolsonaro ao Ministério Público do Rio de Janeiro, de servir aos interesses do governador Wilson Witzel, em resposta às investigações envolvendo seu filho, Flávio?

A família Bolsonaro está envolvida com o que há de pior no Rio de Janeiro, que são as milícias. O nome Bolsonaro, hoje, mais do que um laço familiar, é um laço criminoso. Isso precisa ser muito bem investigado. O descontrole do presidente com os jornalistas, na frente do Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta, combina com a gravidade da denúncia contra a sua família.

Bolsonaro se elege dizendo que não fazia parte da política. Por isso, sempre atacou o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público, todas as instituições, para criar uma ilusão de que estava fora da política. Mas nunca esteve, pelo contrário, fazia parte da pior política possível – que é a política do toma-lá-dá-cá, da corrupção, do desvio de dinheiro público, do vínculo com o crime.

Ele ataca exatamente as instituições que investigam os crimes que sua família estaria envolvida. O presidente trata o caso como “pequeno”. Mas não é o presidente que determina o tamanho da denúncia contra seus filhos, mas os órgãos que o investigam – órgãos, esses, que ele ataca para que não investiguem seus filhos.

Esse vínculo com crimes do qual você fala incluem vínculos com milícias?

O Ministério Público diz que Flávio Bolsonaro é chefe de quadrilha. E um comandante dessa quadrilha é Queiroz, já tão conhecido da sociedade brasileira. Alguém que mexeu com milhões de reais em dinheiro ilícito vindo dos gabinetes da família Bolsonaro e tem ligação direta com milícia – e não sou eu quem está dizendo isso, mas o MP.

Uma das pessoas homenageadas por Flávio Bolsonaro, que contava com relações com o Queiroz, que tinha parentes empregados, inclusive como “laranjas”, dentro do gabinete do então deputado estadual, é Adriano Nóbrega, hoje, um foragido da Justiça por chefiar um grupo de extermínio. Jair Bolsonaro sempre defendeu as milícias. Mas, ao que parece, as relações são mais profundas do que isso.

Quem colocou Queiroz no cargo para comandar a quadrilha? Foi o Flávio, que tinha poucos anos de idade quando Jair conheceu o ex-policial ou foi o próprio presidente? Jair Bolsonaro, às sextas-feiras, quando deputado federal, era assíduo frequentador do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. Trabalhava de lá. Ele sempre controlou os mandatos dos filhos com pulso muito forte. Inclusive havia um rodízio de pessoas e parentes entre os gabinetes. Há indícios de que esse vínculo criminoso com ex-policial Fabrício Queiroz não começa, nem termina com Flávio, mas envolve toda família.

Falar disso não é politizar o caso. Quem está politizando o caso é Jair Bolsonaro, tentando diminuir e impedir investigações e acusar os órgãos competentes para isso.

Você que já investigou milícias no Rio, o que significa a proximidade do gabinete de Flávio com o líder do Escritório do Crime?

Se as investigações comprovarem que dinheiro público – e é bom sempre lembrar que o dinheiro era público – foi parar nas mãos de Adriano Nóbrega através de gabinete de Flávio, daí torna-se necessário perguntar: onde realmente ficava o Escritório do Crime? Quem comandava o verdadeiro Escritório do Crime? Seria Adriano ou Bolsonaro. Pode ser que o verdadeiro Escritório do Crime não tenha Adriano como líder, mas o líder seja outro. Se dinheiro público foi parar nas mãos de um chefe de grupo de extermínio através da família Bolsonaro, isso é um caso de cadeia.

A gente está diante de uma crise muito grave na República brasileira. Não é admissível que uma família de políticos esteja envolvida com a milícia neste grau. É importante dizer que milícias comandam vasto território no Rio, fazem extorsão contra pessoas, é responsável por milhares de homicídios.

Quem colocou Queiroz lá? O Queiroz obedecia a quem de verdade? O Queiroz operou esses milhões em nome de quem? Por que esse cheque de R$ 24 mil, que Bolsonaro diz ser retorno de empréstimo de Queiroz, parou na conta da primeira-dama? Qual a relação que esse grupo tinha com a milícia em termos de domínio territorial? Se dinheiro foi mesmo para o Adriano Nóbrega, pagou quais serviços? Qual serviço que o Adriano poderia devolver à Família Bolsonaro?

O que o Congresso Nacional deve fazer diante dessas novas informações?

Já havia um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as milícias. Após o recesso parlamentar, isso vai ganhar força. Flávio Bolsonaro pedir no Supremo para não ser investigado é uma vergonha, uma confissão de culpa, praticamente. Não basta os elementos que mostram que a loja de chocolate do então deputado e, hoje, senador era usada para lavagem de dinheiro. Não dá para reduzir chamando de “rachadinha” apenas. É crime, é quadrilha, é grupo mafioso.

Fui presidente da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro. Em uma Comissão Estadual, você investiga a questão territorial. No Congresso Nacional, o principal é investigar relações políticas. Que redes políticas se elegem com essas milícias? A milícia é o único grupo criminoso que transforma domínio territorial em eleitoral, que tem projeto de poder político. Quando um grupo familiar alimenta e é alimentado por milícias, isso é uma ameaça democracia.

 

 

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Seu Jair da casa 58 é o verdadeiro chefe de Queiroz

Em 2016, Donald Trump disse que nem um flagrante de homicídio abalaria a fidelidade de seus eleitores. “Eu poderia atirar em alguém no meio da Quinta Avenida e não perderia nenhum voto, ok? É incrível!”, gabou-se.

Ao que tudo indica, Jair Bolsonaro acredita dispor dos mesmos superpoderes. Só isso pode explicar o fato de o presidente ter se referido às investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio como “pequenos problemas”.

O presidente disse ontem que não tem “nada a ver” com o vaivém de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. É uma versão capenga, porque as principais decisões tomadas ali passavam pelo chefe do clã.

Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da “rachadinha” do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai.

“Conheço o senhor Queiroz desde 1984. Nós somos paraquedistas. Nasceu ali, e continua, uma amizade”, disse Bolsonaro quando o escândalo veio à tona. Em maio, ele contou que o amigo lhe pediu ajuda quando enfrentava “problemas” na polícia. “Aí ele começou a trabalhar conosco”, relatou, usando a primeira pessoa do plural.

Queiroz depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente atribuiu os repasses a um empréstimo informal. Nunca explicou por que o ex-PM precisaria de sua ajuda financeira — de acordo com o Coaf, ele movimentou R$ 7 milhões em três anos.

O amigo de Bolsonaro recebeu ao menos R$ 203 mil da mãe e da mulher do miliciano Adriano da Nóbrega, hoje foragido da polícia. As duas estavam penduradas no gabinete do Zero Um, que condecorou o ex-capitão do Bope quando ele estava preso por homicídio. O dinheiro passou por contas de Adriano antes de ser devolvido a Queiroz.

De acordo com o Ministério Público, Flávio usava uma loja de chocolates para lavar dinheiro da “rachadinha”. Ontem ele citou o negócio para justificar uma série de repasses suspeitos. Segundo o senador, o sargento que depositou R$ 21,2 mil em sua conta gastou tudo com doces. Se atirasse em alguém na rua, Trump teria uma desculpa mais criativa.

 

*Por Bernardo Mello Franco (O Globo)

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Advogado de Queiroz joga a toalha e pula fora do caso

O advogado Paulo Klein, responsável pela defesa do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (RJ- sem partido), Fabrício Queiroz, e seus familiares, abandonou o caso. Klein afirmou ao UOL se tratar de uma “decisão de foro íntimo” e reiterou ter “convicção da honestidade dos —agora— ex-clientes”.

A decisão foi tomada pouco mais de 24 horas depois de operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Queiroz, e a parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente. Ele permaneceu à frente da defesa por mais de um ano.

A suspeita é que Flávio Bolsonaro e Queiroz comandem um esquema de desvio de dinheiro a partir da “rachadinha” de salários de funcionários do gabinete do ex-deputado estadual pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Queiroz chegou a depositar um cheque de R$ 24 mil, que foi parar na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente da República justificou dizendo que seria a quitação de um antigo empréstimo, mas disse não ter nenhum documento para comprovar a operação.

Empresa de chocolates na mira

Funcionários do MP estiveram em uma empresa de Flávio Bolsonaro para recolher documentos.

A ação foi realizada pelo Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), responsável pelas investigações do Caso Queiroz.

Os investigadores estiveram na sede da empresa Bolsotini Chocolates e Café Ltda —franquia da loja de chocolates Kopenhagen localizada no shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A administração do Via Parque confirmou que houve o cumprimento do mandado no local.

Empresa foi alvo de quebra de sigilo

A empresa de Flávio Bolsonaro vem figurando com frequência nas investigações do Caso Queiroz.

O senador usa frequentemente o fato de ser proprietário da loja como justificativa para suas movimentações financeiras e evolução patrimonial —ambas investigadas pelo MP do Rio

Em abril, a empresa teve os sigilos fiscal e bancário quebrados pelo juiz Flávio Itabaiana, 27ª Vara Criminal do Rio. No mesmo pedido, Flávio e sua mulher, a dentista Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, também foram alvos das medidas cautelares. Em entrevista à RedeTV em janeiro deste ano, Flávio citou suas atividades empresariais como fonte de seu patrimônio.

“Sou empresário. Eu movimento no ano, recebo no ano, do lucro desta minha empresa, muito mais do que eu recebo como deputado.

No comércio, você pega dinheiro”, afirmou, em referência a movimentações com valores em espécie. “A origem [dos recursos investigados] é a minha empresa e o imóvel que eu vendi, no valor de R$ 2,4 milhões.

Você acha que, se fosse um dinheiro ilícito, eu ia depositar na minha conta”, questionou. Porém, relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) divulgado em janeiro pela revista Veja contradiz a versão do senador para explicar seus ganhos financeiros.

O documento apontou movimentação atípica de Flávio Bolsonaro R$ 632 mil entre agosto de 2017 e janeiro de 2018.

Segundo o RIF (Relatório de Inteligência Financeira), Flávio recebeu no período R$ 120 mil como lucro da loja.

O valor é menor do que sua remuneração à época como deputado estadual, que somou R$ 131 mil no mesmo período. O órgão não conseguiu identificar a origem de outros R$ 90 mil recebidos pelo filho mais velho do presidente.

 

 

*Gabriel Sabóia/Uol

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Passando recibo de culpa, Defesa de Flávio Bolsonaro entra com Habeas Corpus preventivo no Supremo

O caso, que tramita sob sigilo, está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, que tramita sob sigilo, está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes. O “cuidado” foi tomado após a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que mira denúncias de “rachadinha” no gabinete de Flávio no tempo em que era deputado estadual.

Como o habeas corpus foi protocolado na noite da última quarta-feira (18) no Supremo, às 23h43, o processo ainda pode ser analisado por Gilmar Mendes, mesmo com o início do recesso do STF, que fez a sua última sessão plenária hoje.

Fontes ouvidas pelo Estadão que acompanham o caso acreditam que as maiores chances de o senador obter uma vitória seria durante o período do recesso, que ficará sob comando de Toffoli e do vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux até o final de janeiro.

Tanto Toffoli quanto Fux já deram – também durante o plantão do Supremo – liminares que beneficiaram o filho do presidente da República neste ano.

 

 

*Com informações da Forum

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Vídeo: Bolsonaro jogou uma “pica do tamanho de um cometa” no colo do filho Flávio

O senador Flávio Bolsonaro está assando em praça pública após a operação de busca e apreensão do Ministério Público do Rio de Janeiro vasculhar endereços vinculados a ele, ao “faz-tudo” da família, Fabrício Queiroz, e a ex-assessores dele na Assembleia Legislativa do Rio. Entre os alvos, parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.

A expectativa seria a de que o presidente da República estivesse sentindo, com toda essa movimentação, um misto de ansiedade e remorso. Ansiedade por que a “pica do tamanho de um cometa”, previsto por Queiroz, está chegando com potencial cataclísmico contra seu governo. Remorso pelo fato da origem da relação entre o clã Bolsonaro e o ex-assessor ser Jair, não Flávio. Foi o, agora, presidente que o colocou lá para ajudar a organizar a coisa toda. Teria, portanto, ajudado a jogar o próprio filho na fogueira.

Mas pelas declarações dadas, nesta quinta (19), remorso foi substituído pelo reflexo de auto sobrevivência. Bolsonaro não quis comentar o caso e tirou o corpo fora. “Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”. Os “outros”, no caso, são seu primogênito que “herdou” um problema chamado Queiroz do pai.

O ex-assessor atuava, a partir do gabinete da Alerj, para organizar o esquema que tomava de volta parte dos salários de funcionários. A imprensa já mostrou, diversas vezes, a existência de fantasmas que “trabalhavam” nos outros mandatos do clã. A hipótese é de que Queiroz estaria cuidando de uma holding dos gabinetes do clã.

De acordo com dois deputados do Rio com os quais o blog conversou, o agora presidente utilizava, eventualmente, o gabinete do filho 01 na Alerj para despachar, às sextas-feiras, enquanto deputado federal. Não cabe a ele, portanto, nem o benefício da dúvida quanto às atividades ilícitas que ocorriam no gabinete onde Queiroz trabalhava.

Duas histórias merecem foco especial. Primeiro, o depósito no valor de R$ 24 mil na conta da, hoje, primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz. Bolsonaro disse que era a devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil, mas não deu provas e nem mostrou como o resto dos recursos foram devolvidos.

Isso reforça que estamos diante de um esquema familiar de “rachadinha”, envolvendo crimes de peculato, lavagem de dinheiro (usando loja de chocolates e compra de imóveis) e organização criminosa. E, provavelmente, de um assessor que pagava contas.

A segunda história é a relação do gabinete de Flávio e, portanto, do clã Bolsonaro com milícias e, mais especificamente, com o Escritório do Crime. A especialidade desse grupo não é vender “gatonet”, mas matar por encomenda para quem tem bastante dinheiro. Queiroz era próximo de Ronnie Lessa, preso pela acusação de executar a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes, e do foragido Adriano Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime. Até agora a investigação não trouxe o mandante das execuções.

Investiga-se o repasse de recursos, via Queiroz, a milícias em Rio das Pedras, à rede do grupo de matadores. Adriano e Ronnie, contudo, não são pés de chinelo, cobram caro pelo serviço. Não é, portanto, apenas o dinheiro de rachadinha que conectaria ambos grupos.

Há uma proximidade ideológica, tornada explícita nas condecorações que Flávio fez a eles, quando deputado na Alerj, e nos discursos de defesa de sua atuação criminosa que Jair proferiu no Congresso Nacional. O compartilhamento de visões de mundo pode ter aberto caminho também para o apoio político. Imagine as possibilidades trazidas a grupos de extermínio com amigos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto?

A prisão de Flávio Bolsonaro, que já está sendo pedida por deputados federais da oposição, segue algo difícil, mas o início de um processo de cassação de mandato é mais plausível – com capacidade de travar um governo que não conta com uma vistosa recuperação econômica para ampará-lo. Depende daquilo que ainda será revelado e a consequente ojeriza a isso por parte da população nos próximos meses.

A repercussão disso é incalculável. E a contaminação, irreversível. Por que, nas responsabilidades do esquema familiar, onde se lê “Flávio”, deveríamos ler “Jair”.

 

*Com informações do Blog do Sakamoto

*Foto: Esmael de Moraes

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MP diz que Flávio Bolsonaro ‘lavou’ R$ 638 mil em compra de imóveis com dinheiro vivo

Para os promotores, o uso de recursos em espécie tinha como objetivo lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio.

O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma ter indícios de que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e sua mulher, Fernanda, pagaram em dinheiro vivo de forma ilegal R$ 638,4 mil na compra de dois imóveis em Copacabana (zona sul).

Para os promotores, o uso de recursos em espécie tinha como objetivo lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), que consiste em coagir servidores a devolver parte do salário para os deputados.

A informação sobre os imóveis consta do pedido de busca e apreensão de 111 páginas feito pelo MP-RJ à Justiça fluminense, autorizado e cumprido em operação nesta quarta-feira (18).

A suspeita dos promotores decorre do fato de Glenn Dillard, responsável por vender os imóveis a Flávio e Fernanda, ter depositado ao mesmo tempo em sua conta os cheques entregues pelo casal e a quantia em dinheiro vivo. No dia 27 de novembro de 2012, Flávio e a mulher compraram dois imóveis em Copacabana. A escritura aponta o valor da operação como sendo de R$ 310 mil.

O pagamento ocorreu em duas etapas. Primeiro, foi feito um sinal de R$ 100 mil pago em cheques no dia 6 de novembro. Dois cheques (que somam R$ 210 mil) foram entregues na data da assinatura da escritura. O MP-RJ afirma que, no mesmo dia da concretização do negócio, Dillard esteve no banco HSBC, onde tinha conta, para depositar os valores. A agência usada fica a 450 metros do cartório onde foi assinada a escritura, que, por sua vez, fica a 50 metros da Assembleia Legislativa do Rio.

O norte-americano, segundo a investigação, depositou ao mesmo tempo os cheques e R$ 638.400 em dinheiro vivo. A Promotoria afirma que Dillard não realizou outra transação imobiliária no segundo semestre de 2012, que poderia ser uma origem para o depósito diversa do dinheiro da transação do senador.

Ao mesmo tempo, os promotores escrevem na petição que Flávio e Fernanda também não haviam vendido nenhum imóvel naquele ano e não tinham disponibilidade financeira para a operação. Isso indica, para os investigadores, que a única origem possível para os recursos em espécie é o recolhimento de dinheiro feito junto a ex-assessores.

Como revelou a Folha, Flávio Bolsonaro vendeu os imóveis pouco mais de um ano depois, tendo declarado um lucro de R$ 813 mil. Pelas contas do Ministério Público, o rendimento real foi de R$ 176,6 mil. O uso de imóveis para lavagem de dinheiro consiste no subfaturamento da compra para que, numa futura venda lucrativa, o patrimônio final esteja justificado pela transação imobiliária.

Para o MP-RJ, os R$ 638,4 mil passaram a ter aparência legal após a revenda feita por Flávio ser declarada à Receita Federal. A operação desta quarta-feira ocorreu após quase dois anos do início das investigações contra Fabrício Queiroz, policial militar aposentado que era assessor de Flávio e cujas movimentações financeiras atípicas estenderam as suspeitas ao filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Agentes do Ministério Público cumpriram 24 mandados de busca e apreensão ligados à apuração sobre a prática de “rachadinha”. Estão sendo investigados crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

O Ministério Público aponta suspeitas sobre mais um policial militar, uma loja de chocolate e imóveis do senador Flávio como meios para lavagem de dinheiro da suposta “rachadinha” no gabinete dele na Assembleia Legislativa de 2007 a 2018.

A apuração sobre Flávio começou em janeiro de 2018. O antigo Coaf enviou espontaneamente na época um relatório indicando movimentação financeira atípica de Queiroz de R$ 1,2 milhão de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia do Rio.

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual. A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários finais dos valores.

O advogado do senador, Frederick Wassef, afirmou que recebeu a informação sobre a operação “com tranquilidade”. O senador não comentou a suspeita específica sobre a transação. Em janeiro, o senador disse à Folha de S.Paulo que o negócio foi fechado “de forma legal entre as partes, numa negociação normal, como qualquer outra compra e venda de imóvel”.

“Todos sabem do boom imobiliário pelo qual passou o Rio de Janeiro à época, razão pela qual as quitinetes foram vendidas por valores superiores”, disse Flávio. O Rio de Janeiro viveu desde 2008 um forte aumento de preço nos imóveis. De acordo com dados do Secovi, contudo, a média de valorização não triplicou o preço dos apartamentos de 2012 a 2014, como no caso do senador eleito.

Segundo Flávio, os dois imóveis são quitinetes de 29 metros quadrados. As tabelas do Secovi apontam que unidades de um quarto em Copacabana tiveram valorização de até 70% no período -não há dados para conjugados.

ALVOS:
Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Márcia Oliveira de Aguiar, mulher do ex-assessor
Evelyn Queiroz, filha do ex-assessor
José Procópio Valle, ex-sogro de Bolsonaro
Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro
Francisco Diniz, primo de Ana Cristina Valle (ex-mulher de Jair Bolsonaro)
Daniela Gomes, prima de Ana Cristina Valle
Juliana Vargas, prima de Ana Cristina Valle
Maria José de Siqueira e Silva, tia de Ana Cristina Valle
Marina Siqueira Diniz, tia de Ana Cristina Valle
Guilherme dos Santos Hudson, tio de Ana Cristina Valle
Ana Maria Siqueira Hudson, tia de Ana Cristina Valle

QUESTÕES AINDA SEM RESPOSTA NO CASO QUEIROZ

– Quem eram os assessores informais que Queiroz afirma ter remunerado com o salário de outros funcionários do gabinete de Flávio?
– Por que o único assessor que prestou depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro não confirmou esta versão de Queiroz?
– Como Flávio desconhecia as atividades de um dos seus principais assessores por dez anos?
– Por qual motivo Jair Bolsonaro emprestou dinheiro a alguém que costumava movimentar centenas de milhares de reais?
– De que forma foi feito esse empréstimo pelo presidente e onde está o comprovante da transação?
– Onde estão os comprovantes da venda e compra de carros alegadas por Queiroz?
– Por que há divergência entre as datas do sinal descrita na escritura de permuta de imóveis com o atleta Fábio Guerra e as de depósito em espécie fracionado na conta de Flávio?

INCONSISTÊNCIAS NO PEDIDO DO MP-RJ
Pessoas não nomeadas por Flávio Bolsonaro
Há três casos de pessoas sem vínculo político com Flávio que foram alvo de quebra de sigilo. Elas estavam nomeadas no gabinete da liderança do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando o senador assumiu o cargo e, em seguida, as demitiu

Remuneração de Queiroz
Ao comparar gastos com vencimentos de Fabrício Queiroz, o Ministério Público considera apenas salário da Assembleia e ignora remuneração que ele recebe da Polícia Militar

Saques
Há erro na indicação do volume de saques feitos por Queiroz em dois dos três períodos apontados

Laranja potencial
Promotoria atribui ao gabinete de Flávio servidora da TV Alerj que acumulava cargo com outro emprego externo

Patrimônio
Ao falar sobre um negócio que envolve 12 salas comerciais, os promotores do Ministério Público do Rio escreveram que Flávio adquiriu os imóveis por mais de R$ 2,6 milhões, quando, na verdade, ele deteve apenas os direitos sobre os imóveis, que ainda não estavam quitados e continuaram sendo pagos em prestações por outra empresa que assumiu a dívida.

 

*Folhapress

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MP do Rio revela detalhes de esquema de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro

Relatório do MP obtido pela revista Crusoé aponta que Flávio Bolsonaro e sua esposa compraram dois apartamentos em Copacabana para lavar dinheiro arrecadado por meio da “rachadinha” e os venderam por um valor 300% maior.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, compraram em 2012 dois apartamentos em Copacabana para lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” – esquema ilegal de repasse de salários de assessores – que acontecia no gabinete do então deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj). As informações constam em um relatório do Ministério Público obtido pela revista Crusoé.

De acordo com o MP, os apartamentos foram comprados de um norte-americano, mas os imóveis pertenceriam, na verdade, a outro indivíduo dos EUA que não teria autorizado a transação. A Crusoé informa que chamou a atenção de promotores do MP o valor da compra e venda dos apartamentos para a efetivação do esquema de lavagem. Segundo as investigações, ambos os imóveis foram comprados por um valor 30% menor do que o antigo dono havia pago e, depois, foram vendidos por Flávio por um valor 300% maior.

O casal da família Bolsonaro, de acordo com a investigação, teria lucrado 292% na venda de um dos apartamentos e 273% no outro.

O MP apontou, no relatório, que Flávio e a esposa obtiveram uma “lucratividade expressiva” e “desproporcional”, já que a valorização dos imóveis na região, à época, foi de apenas 10%.

Busca e apreensão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpre na manhã desta quarta-feira (18) uma série de mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Entre os alvos estão endereços do ex-PM Fabrício Queiroz, que seria o responsável por um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e parentes da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

As medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no gabinete do filho de Jair Bolsonaro na Alerj.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

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Na terra das farsas do mensalão e do petrolão, tapioca é escândalo, cartel de milicianos é rachadinha e roubo da Fundação Lava Jato nem notícia é

O cinismo da mídia brasileira com a difusão de escândalos fabricados contra inimigos e a minimização de formação de cartéis e o silêncio sobre gigantescos roubos de aliados definem a índole das redações.

É uma mídia feita sob medida para as classes média e alta tão cínicas quanto ela. Nesse caso, a tapioca de R$ 8,30 é escândalo mundial e uma fundação arquitetada para arrombar os cofres da maior estatal do país é literalmente ignorada pelas tintas dos jornalões e telejornais brasileiros.

O que são R$ 2,5 bilhões gatunados da Petrobras pelos aliados da mídia com o cartel Lava Jato perto dos R$ 8,30 gastos com uma tapioca? um escândalo de proporções interplanetárias.

Por isso se diz que, em política, não existem inimigos e sim aliados ou adversários. Aos aliados, tudo; aos adversários, a lei. No caso de Lula, nem a lei.

Agora mesmo vê-se a mídia chamar de rachadinha um cartel de décadas que montou um esquema coletivo como se fosse uma cooperativa de ladrões dos cofres públicos que pode estar diretamente envolvido no assassinato de Marielle.

Mas é assim com esse nome mimoso “rachadinha” que a mídia chama o esquema do clã Bolsonaro, que envolve não só a família do atual Presidente da República como as famílias de muitos milicianos.

Já o mensalão, nome criado por Roberto Jefferson, um dos maiores pilantras da história desse país, para se vingar do PT, depois de ser pego em grossa corrupção nos Correios, virou um dos principais mantras da cobertura da mídia brasileira.

No seu trololó coletivo, Jefferson criou na base do improviso a história mais inverossímil em que ele foi construindo várias narrativas, na mesma coletiva, em que uma se chocava com a outra. Primeiro ele disse que “alguém” do PT tinha se juntado ao carequinha Marcos Valério para distribuir mensalmente à metade da Câmara, aproximadamente 257 deputados, um pagamento para que votassem com o governo, mas não citou um único deputado que tenha recebido esse dinheiro, a não ser ele próprio que disse que recebeu um dinheirão, R$ 4 milhões, botou no cofre e que ninguém viu e nem ele provou ter recebido a tal grana.

Perguntado pela primeira vez se Zé Dirceu sabia do esquema, o fanfarrão do Jefferson responde que não, pois foi ele próprio que deu a notícia a Dirceu que teve uma reação explosiva dando um tapa da mesa, dizendo que aquilo não poderia ocorrer. Cinco minutos depois, o boquirroto do PTB, sentindo que sua mentira não tinha colado, na tentativa desesperada de se livrar da denúncia de envolvimento no roubo dos Correios, do nada, sem ter a preocupação de, ao menos fazer uma introdução, sapecou a frase “Zé Dirceu é o chefe do mensalão”.

Nunca nada disso foi provado. Na verdade, como disse Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal, quando foi acionada para investigar o caso, não achou resquício da fábula contada por Roberto Jefferson, já Roberto Gurgel, o ex-PGR, inspirado nas frases de efeito de para-choque de caminhão de Ayres Britto, jogou todo o seu “capital” com frases curtas acusatórias sem apresentar um único cisco de prova do que dizia.

Mas está aí o mentirão rodando pelos  anais folclóricos desse país como se verdade fosse.

Vendo que o negócio seria fácil, a Globo, que já era coautora do mensalão, convocou Moro para, juntos, criar a grife Lava Jato e estruturar um golpe parlamentar contra Dilma com a ajuda de Cunha, Aécio e Temer e, em seguida, prender Lula como chefe universal do petrolão, o que acaba de ser desmentido por um juiz independente que não faz parte do cartel de Curitiba, dizendo que não há qualquer indício de crime no que foi apresentado pela turma do corrupto pai Januário e seus filhotinhos tão vigaristas quanto ele.

A coisa é tão descarada que Dallagnol e seus comandados, junto com Moro, nem quiseram recorrer ao tabefe na cara que tomaram do juiz .

Mas, e daí, quantas horas, quantos dias a mídia martelou que Lula era chefe de uma organização criminosa para, depois, usar oito segundos para dizer que o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, que julgou o pastelão policialesco, riu do vazio absoluto de provas que a denúncia trazia.

Assim, a coisa fica como está, mensalão, petrolão e pode-se perfeitamente criar uma facada sem sangue, sem cicatriz e transformar Bolsonaro, o escapulário da milícia brasileira, em exemplo de combate à criminalidade otimizado pela figura dessa zorra institucional dentro do aparelho judiciário do Estado, ninguém menos do que embusteiro, vigarista, corrupto e ladrão, Sergio Moro.

Estes são os termos com que se deve começar o debate sobre o baronato midiático nesse país, sobretudo a Globo, porque no final das contas, os trabalhadores perderam direitos, aposentadoria e, enquanto a bolsa de valores bate recordes de ganho, o bolsão de miséria bate recordes de crescimento estampando o Brasil de volta ao mapa da fome.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Queiroz e Flávio Bolsonaro são alvos de busca e apreensão por cartel de laranjas, fantasmas e outros esquemas do clã

Ministério Público do Rio de Janeiro cumpre mandados em endereços ligados a Fabrício Queiroz e assessores de Flávio Bolsonaro para investigar denúncias de “rachadinha”. Entre os alvos está a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (18), em endereços ligados ao senador Flávio Bolsonaro, acusado de praticar “rachadinha” quando o atual senador era deputado estadual do Estado do Rio de Janeiro.

A ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, está entre as investigadas. O MPRJ também deve cumprir mandado em endereço ligado a Fabrício Queiroz.

Os mandados são cumpridos no contexto da investigação sobre práticas de lavagem e desvio de dinheiro público no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando exerceu cargo de deputado estadual do Rio de Janeiro.

Os mandados atingem ex-assessores que já estão com o sigilo bancário e fiscal quebrados pela justiça, informou o portal G1.

Em 31 de julho de 2018, investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram ao Ministério Público indícios de movimentações financeiras atípicas envolvendo Fabrício Queiroz, desencadeando as investigações de possível prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

 

*Com informações do Sputnik