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Cada vez mais isolado, dentro e fora do governo, Moro tenta barrar CPI da Vaza Jato que lhe custará a cabeça

Moro, que já foi uma griff brasileira de intocável pelo medo que muitos tinham da Globo em enfrentá-lo, parece que vê pipocar o abandono do campo de batalha de antigos aliados e, com isso, sua irremediável ruína.

Para quem achou que o judiciário era um latifúndio de sua propriedade e que, no Brasil, não existia quem o parasse, porque os fatos fabricados pela Lava Jato ganhavam dimensão brutal dos holofotes do Jornal Nacional e já precipitava uma decisão contra qualquer um que Moro apontasse o dedo, agora parece escravo das próprias súplicas na tentativa de salvar o pescoço. Sem falar dos fatores que amedrontavam a muitos, como as prisões arbitrárias para lhe servir de trunfo na acusação de suas vítimas preferenciais, políticos do PT, coisa que hoje se tornou impossível para Moro instrumentalizar o judiciário.

Era fácil, bastava manchar a honra de alguém pela boca de Bonner para Moro já cantar sua vitória e impor no cativeiro suas normas para a liberdade.

Todos sabiam que, para conseguir a liberdade, a senha era delatar algum político do PT, mesmo sem provas, mas, sobretudo Lula, o grande troféu almejado por Moro.

Mas o Brasil não parou e, muito menos o PT e, principalmente Lula. Ao contrário, Lula, de dentro do seu cárcere político, vai se transformando num personagem mundial da envergadura de um Mandela, porque a história já interpretou todo o estado emotivo produzido por Moro e Globo na preparação psicológica das massas para prender Lula sem provas. Isso foi feito por Moro sem escrúpulos, sem alma, sem nada, como se o Brasil fosse uma sociedade primitiva, mas não é. O Brasil não está cativo e, assim, depois do rapto de Lula, foram surgindo vários pontos de resistência e luta contra a sua prisão política.

A parte decente da justiça imediatamente denunciou Moro e seus comandados, entre tantas manifestações nacionais e internacionais de grandes políticos, juristas, artistas e intelectuais, mas o destino reservou para Lula e Moro um mesmo ponto com sinais trocados, os vazamentos que o Intercept publicou, resultando numa multiplicação de veículos que estabeleceram parceria com Glenn Greenwald e passaram também a publicar.

Isso obrigou a Globo a se manter distante, porque, na verdade, manteria-se distante de si mesma, da delinquência jornalística que praticou junto com Moro.

Moro, hoje, tem que advogar em causa própria, porque sua prostituição jurídica não encontra mais eco dentro do governo, dentro do congresso e, sobretudo na Globo, tendo espaço somente para tentar angariar apoios no varejo que impeçam a CPI da Vaza Jato já com assinaturas suficientes para dar início aos trabalhos e prevalecer a verdade oculta na Lava Jato, tendo como destino a condenação de todos os crimes cometidos por Moro, Dallagnol e cia.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Reintegração de posse deixa 700 famílias sem teto em Carapicuíba (SP)

“O neoliberalismo se radicaliza para expropriar até os mais miseráveis e, para isso, necessita e não titubeia em reanimar todas as formas de opressão, exclusão e destruição dos diferentes grupos sociais e classes sociais e frações de classe que se opuserem a esta ferocidade exploradora. E, sobretudo neste contexto, o sadismo e o prazer pela humilhação e eliminação dos definidos pelo imaginário autoritário, por séculos, como “os outros, os inimigos” são acionados para orientar as instituições oficiais e atiçar a “opinião pública”. Atiçamento este sustentato com ódios, medos e toda sorte de representações racistas, misóginas, homofóbicas e xenofóbicas de modo a engrossar os uivos de parcelas populacionais mais diversas, porém, concentradas nas classes médias e na burguesia para aplaudirem e até mesmo participarem desta verdadeira chacina social que se tornam os contextos de avanço neoliberal neofascista contra negros, pobres, mulheres, indígenas, LGBTTS e dissidentes políticos.” (Sergio Luiz de Souza)

Área pertence à Cohab desde 1980 e tem como finalidade construção de habitação popular; favela foi formada há pelo menos uma década.

O olhar se perde ao tentar contar a quantidade de prédios entre os quilômetros 17 e 18 do Rodoanel, na divisa das cidades de Carapicuíba e Osasco, na Grande São Paulo. São dezenas de apartamentos da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), que garantem moradia a milhares de famílias. No entanto, nem todos ali têm um teto. Na área entre os conjuntos da Cohab 2 e da Cohab 5, que formam o bairro Vila Jussara, 700 famílias perderam suas casas em uma reintegração de posse na manhã desta quinta-feira (12/9).

Famílias inteiras, com mãe, pai, filhos, avós e seus bichos de estimação tiveram que sair com tudo o que tinham, mas deixaram para trás as paredes e o teto sob o qual dormiam. Em minutos, o que era um lar virou ruína. “É muito injusto, moro aqui há nove anos. Nove! Isso não dá direito a usucapião?”, questiona Inês Souza, enquanto carrega uma caixa com pertences retirados às pressas de sua casa.

O terreno é público, de propriedade da Cohab desde a década de 1980. A companhia prestou queixa de que ali havia gente morando irregularmente apenas em agosto de 2017. Consta como objetivo da terra o uso para a construção de unidades habitacionais, exatamente como ocorreu nos terrenos nos quais estão os prédios vizinhos. Onde a comunidade foi construída, não. E, agora, as unidades habitacionais existentes, ainda que precárias e com situação legal irregular, deixarão de existir.

Os moradores relatam que há quem vivia no local há mais de 30 anos. E as construções demonstram que o terreno não é recém-ocupado. Para isso, bastava entrar em uma das casas de alvenaria abandonadas. Tinham piso, azulejo, todo revestimento feito de forma caprichosa. Alguns barracos de madeira ainda tinham tijolos dentro, um indicativo de que o morador juntou suas economias para investir naquela casa que, em minutos, deixou de existir.

“É uma injustiça muito grande”, lamenta Francisco de Oliveira. “Você vê esse monte de casa aqui, vai tudo para o chão, enquanto tem outras que ninguém nem vai tocar. E são do lado”, continua. Sua reclamação era pelo fato de a reintegração ser dividida em três partes, com a casa dele integrando o terreno da primeira parte.

A Justiça determinou a reintegração em janeiro de 2017 e manteve a decisão em duas oportunidades: em janeiro e setembro do ano passado. Essa última, a decisão do juiz Paulo Ricardo Cursino de Moura, trata de que há a cobrança de estrutura para a retirada das pessoas, como ambulâncias do Samu, apoio da PM, acompanhamento do Conselho Tutelar, MP (Ministério Público) e caminhões para realização das mudanças.

A remoção das demais áreas ainda não tem data exata para acontecer, mas a probabilidade maior é que seja no início de 2020, segundo informou à Ponte uma representante dos moradores, que pediu para não ter o nome divulgado. Ela diz que levou um tiro de bala de borracha da polícia em um dos protestos feitos por quem morava na terra e, por isso, teme sofrer ameaças.

O relógio ainda marcava 6h15 quando a reportagem chegou ao local. Havia grande movimentação, seja dos que retiravam itens de casa, seja dos policiais que escoltavam os oficiais de justiça. Foi possível caminhar e verificar a situação em que as pessoas moravam, o chão com parte em cimento e parte de terra. No entanto, não demorou muito tempo até a Polícia Militar do Estado de São Paulo convidar os jornalistas a se retirarem, alegando questão de segurança. As demais pessoas seguiram ali normalmente.

A área ocupada pela comunidade, desintegrada por máquinas ao longo desta quinta-feira, é tão grande que há quatro entradas: três por cima, no topo do morro, e uma no pé do rodoanel. A Ponte conseguiu entrar novamente na favela com a ajuda de moradores, que queriam denunciar a retirada das 700 famílias que ali viviam.

Em mais 20 minutos de observação, o clima de tristeza e de revolta ganhou mais força. Sem poder ficar no espaço que considerava seu lar, dois moradores decidiram não entregá-lo pacificamente e atearam fogo como forma de protesto. Um deles chegou a ser totalmente destruído pelas labaredas, forçando a ação do Corpo de Bombeiros. Enquanto a reportagem via o trabalho no segundo foco de incêndio, fomos convidados pela PM a nos retirar do local. Pior foi o caso de uma moradora, que tentou buscar seu gato em meio ao fogo, mas acabou detida pelos policiais.

Camas ocupavam a calçada em uma esquina junto de botijões de gás, armários, sofás e pertences menores, todos arrumados de modo que era possível serem colocados no caminhões da prefeitura de Carapicuíba. Tinha como levar, mas muitos moradores não tinham um destino. “Não tenho para onde ir, vou levar essas coisas para onde? Um albergue?”, pergunta Joana Azevedo. Ela vivia na comunidade com o filho e o companheiro.

A Ponte questionou a Cohab sobre o pedido de reintegração de posse e os objetivos para o uso futuro do terreno e, segundo a Companhia, o espaço foi comprado na década de 1970. “Nesse terreno, foram construídas cerca de 15 mil unidades habitacionais, local conhecido como Complexo Habitacional Presidente Castelo Branco (Carapicuíba). A invasão, que começou em 2016, se encontra na área remanescente desses empreendimentos”, justifica, dizendo que havia na comunidade 783 famílias e que disponibilizou transporte para as mudanças.

“Após a reintegração, a área será utilizada para a construção de unidades habitacionais para atender a demanda do Município”, diz a nota enviada às 14h03. “No momento existem tratativas para a transferência de algumas áreas, objeto de convênios, para a Prefeitura de Carapicuíba, como foi realizado recentemente no Parque dos Paturis. Vale salientar que em muitas dessas áreas da Cohab estão instalados equipamentos públicos, como escolas, creches, postos de saúde, bases de Policia Militar e outros”, finaliza a Cohab.

A reportagem também acionou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, comandada pelo general João Camilo Pires de Campos neste governo de João Doria (PSDB), para questionar a detenção da moradora que tentou resgatar seu animal de estimação. No entanto, nenhum dos dois órgãos respondeu até a publicação desta reportagem.

 

 

*Por Arthur Stabile/Ponte

 

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Vídeo: Exibição de Filme sobre Chico Buarque no Uruguai é censurado pelo Itamaraty

Comunicado foi dado pela embaixada do Brasil em Montevidéu, uma das patrocinadoras do Festival que exibiria o filme.

O Itamaraty, através da embaixada do Brasil em Montevidéu, no Uruguai, censurou a exibição do filme “Chico: Artista Brasileiro”, de Miguel Faria, no Festival Cine de Brasil 2019, a ser realizado em outubro no país. A embaixada, uma das patrocinadoras do festival, avisou aos produtores do evento que o filme, que narra a trajetória musical de Chico nos últimos 50 anos, estava proibido de integrar a mostra.

Uma carta da produtora, JBM Producciones, foi enviada ao diretor Miguel Faria informando sobre a censura. Confira:

“Querido Miguel,
Quiero informar cómo van las cosas camino al estreno, finalmente, de CHICO en Uruguay. Junto a nuestra asociada ENEC quien además de distribuidores son exhibidores, habíamos planificado estrenar el filme en el Festival de Cine de Brasil 2019 que se lleva a cabo en octubre y entre otros es auspiciado por la Embajada de Brasil en Montevideo. Esta mañana recibo un sorpresivo mensaje del exhibidor diciéndome que los llamaron de la embajada para “pedirles” que NO se exhiba el filme de CHICO en ese festival. Si bien es lógico debido a la situación política de Brasil, en Uruguay es muy grave que se censure la exhibición de una película siendo que en este caso JMB Filmes de Uruguay es el distribuidor y este acto afecta nuestros intereses. Adjunto mas abajo copia del mensaje oficial de ENEC (dueños socios de la sala ALFA/BETA) comunicándomelo y un archivo adjunto de audio de la llamada de una señora, suponemos desde Brasil, que avisa a la sala de la desición de la embajda de Brasil en Uruguay.”

O cantor, compositor e escritor, Chico Buarque, foi um dos artistas mais censurados no auge da ditadura militar, que durou de 1964 até 1985. O próprio Chico diz, em um documentário sobre a sua vida: “a ditadura me encheu muito o saco, mas eu também enchi o saco da ditadura.

Chico chegou a dar um drible da vaca nos censores quando, em 1974, lançou o fictício compositor Julinho de Adelaide, uma espécie de heterônimo para assinar três de suas canções: “Jorge Maravilha”, “Acorda Amor” e “Milagre Brasileiro”. As músicas, que se fossem assinadas pelo Chico seriam censuradas, passaram sem problemas.

O fato gerou a obrigação, a partir de então a obrigação de cada letra ir para os censores acompanhada da cópia do RG dos autores.

Assista ao trailer

https://www.facebook.com/globofilmes/videos/489437511219936/?t=18

*Com informações da Forum

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O Sapo e o Escorpião

“Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
_Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – Perguntou o escorpião ao sapo.
_De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
_Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
_Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! – disse o sapo. E o escorpião simplesmente respondeu:
_Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la”

A relação de Moro com Bolsonaro é um capítulo à parte na história contemporânea da política brasileira.

Na realidade, Moro se acha proprietário do mandato de Bolsonaro, pois, sem ele, Bolsonaro não venceria a eleição porque Lula, que tinha tudo para vencer no primeiro turno, não seria preso sem provas.

Talvez por isso tenha prevalecido o medo de Bolsonaro de entregar nas mãos de Moro o Coaf. Não abandonaria um campo que sabe que está minado para ele deixando nas mãos de quem negociou a prisão do adversário político em troca de um cargo, pois Moro não era merecedor de confiança e, num momento qualquer, usaria a vida íntima de Bolsonaro, exposta no Coaf, como braço de chantagem para somar forças a seu favor com o intuito de alçar um voo mais ousado para 2022, a própria cadeira de Bolsonaro.

É difícil saber se não foi o próprio Moro que deu um jeito de vazar, com a utilização de informações privilegiadas do Coaf, obtidas clandestinamente nas primeiras denúncias sobre Queiroz, que inclui o cheque repassado à primeira-dama Michelle Bolsonaro. O que parece é que Bolsonaro condenou o recado e tirou imediatamente das garras de Moro o órgão que subsidiou a denúncia.

A partir de então, a batalha entre Moro e Bolsonaro foi ficando mais explícita e sem retroceder, ao contrário, foi sendo precipitada, incisiva e mais explorada pelo núcleo morista da guerra.

Isso deveria ser visto como um fato natural, porque nenhum dos dois personagens tem decência. Neste caso, a ideia de comparar essa relação com a fábula do escorpião e o sapo revela que precisou apenas de uma cochilada de Bolsonaro para que Moro lhe envenenasse e, como se assiste, os dois estão morrendo abraçados.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro perde mais uma: Confirmada a queda do diretor-geral da PF indicado por ele

É questão de horas a queda do diretor-geral da PF indicado por Sérgio Moro e sua substituição pelo delegado bolsonarista Anderson Torres. O site O Antagonista, porta-voz de Moro, já reconheceu a derrota do ministro e informa que o atual delegado-geral, Maurício Valeixo, está limpando as gavetas enquanto Torres já monta sua equipe. Moro pedirá demissão, como tem ameaçado nos bastidores?

Torres está montando a nova equipe a quatro mãos, com Jair Bolsonaro. Ele foi, desde sempre, o candidato dos filhos de Bolsonaro para o cargo. O pai preferia o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, o também delegado da PF Alexandre Ramagem, que coordenou a segurança da campanha de Bolsonaro após a facada em Juiz de Fora. Mas, aparentemente, a vontade dos filhos prevaleceu mais uma vez: os três fizeram campanha por Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal.

O virtual novo delegado-geral da PF já respondeu a um processo por tortura. Ao término do processo, que correu entre 2007 e 2018, Torres foi absolvido.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Torres e uma equipe de cinco agentes teriam sequestrado, diante de testemunhas e à luz do dia, dois rapazes suspeitos de furtarem a residência de dois policiais federais. Ele também foi acusado de abrir um inquérito paralelo, embora a competência fosse da Polícia Civil. As investigações da Polícia Militar do DF, contudo, inocentaram os dois jovens.

Delegado da PF há 16 anos, Torres passou metade do tempo da carreira como chefe de gabinete do deputado de extrema-direita Fernando Francischini (PSL-PR), ele também delegado da Polícia Federal.

 

 

*Com informações do 247

 

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A dois passos do inferno, clã Bolsonaro se desespera e parte para a agressão em estado bruto

Razões íntimas de decoro ligadas a fatos repugnantes na vida do clã Bolsonaro devem ter ocorrido para que episódios como os desta semana aflorassem tanto a ira do universo bolsonarista, a ponto de expor ao conhecimento e exame públicos, cenas tão grotescamente agressivas.

Quando recapitulamos o que disse Flávio Bolsonaro à parlamentar do PSL, senadora Selma Arruda, exigindo dela servidão ao clã, gritando, “Vocês querem me foder! Vocês querem foder o governo!” e, por outro lado, Carluxo (Carlos Bolsonaro), numa atitude ainda mais condenável, quando perguntado sobre o seu esquema de rachadinha, responde que “A rachadinha da sua mãe merece respeito? Canalha mentiroso!”, é porque o desespero já tomou conta do clã.

O fato é que, tanto a família de Bolsonaro quanto gente do governo, que sabem dos inúmeros crimes que envolvem essa família, acreditaram que bastaria uma cera, uma catimba aqui e outra ali para que cenas e episódios criminosos envolvendo o clã ficassem sepultadas, sem encontrar na grande mídia alguém que recapitulasse a trajetória bandoleira dos Bolsonaro.

Bolsonaro bem que tentou soluções radicais, construindo capítulos e mais capítulos imundos de um governo que está apenas há oito meses no poder, expondo-se ao extremo na interferência no Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Coaf e Ministério da Fazenda para que sua imagem não entrasse em colapso diante de uma irremediável ruína pessoal chamada Queiroz.

Nada disso serviu de muro de contenção, ao contrário, a polêmica travada em torno dessas atitudes autoritárias, prevaleceu. Pior, não há como Bolsonaro se desvencilhar da imagem de interventor em benefício próprio e, muito menos conseguir arrefecer o incêndio de seu governo causado por um mar de corrupção, fantasmas, laranjas, milicianos, entre outros crimes que, certamente, evidenciam o comportamento de uma máfia extremamente perigosa e violenta que chegou ao poder através de fraudes e farsas e que está prestes a desabar da noite para o dia. A conferir.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Moro de Saias: Cassada por caixa 2, Senadora do PSL ameaça deixar o partido depois de pressão de Flávio Bolsonaro

Selma Arruda, cassada pelo TRE, defende “limpeza geral” no STF e quer ver CPI da Lava Toga acontecer.

A senadora Selma Arruda (PSL-MT) publicou nesta terça-feira (10) uma nota afirmando que “está avaliando” deixar o PSL devido a “divergências internas”. A principal causa, segundo ela, é a “pressão partidária” promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), para que parlamentares da sigla retirem suas assinaturas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A senadora Juíza Selma esclarece que devido a divergências políticas internas, entre elas a pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga, está avaliando a possibilidade de não permanecer no PSL”, disse em nota. Ela ainda afirmou que já recebeu convites de outras legendas e que seguirá apoiando o governo Bolsonaro.

Na segunda-feira (9), bolsonaristas insatisfeitos com a postura de Flávio lançaram a hashtag #AssinaFlavioBolsonaro em que criticavam o pedido do senador e cobravam que ele colocasse seu nome na lista dos que pediam a abertura da comissão.

As 27 assinaturas necessárias para a instalação da comissão no Senado haviam sido conseguidas na última semana, mas, na segunda-feira, a senadora Maria do Carmo (DEM-SE) recuou. Flávio e Bivar estariam na empreitada de derrubar a Lava Toga junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do STF, Dias Toffoli.

Senadora cassada

O mandato de Selma, ex-juíza federal e conhecida como “Moro de saias” pelo seu discurso anticorrupção, foi cassado em primeira instância pelo TRE-MT por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela recorre do processo e segue com o mandato, por enquanto. O PSL, inclusive, a indicou para presidir a Comissão de Ética do Senado.

 

 

*Com informações da Forum

 

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CPI da Vaza Jato: Oposição obtém assinaturas suficientes e protocola pedido

A oposição ultrapassou a barreira das 171 assinaturas e protocolou o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa da Lava-Jato, no contexto dos diálogos revelados pelo site The Intercept.

Passada a fase de conferência das assinaturas, caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedir aos partidos que indiquem os membros da CPI e, posteriormente, promover a sua instalação.

O grupo de congressistas mais simpático ao hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, vai tentar protelar ao máximo a instalação e tentar garantir que seja feita, ao mesmo tempo, uma outra CPI, esta para investigar a forma como os diálogos publicados pelo The Intercept foram obtidos.

São as duas faces de um assunto que promete gerar mais tensão no Parlamento, com um grupo defendendo e outro procurando desgastar a imagem do ex-juiz.

 

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Volume de obras conduzidas pelo exército é infinitamente maior com Lula e Dilma do que com Bolsonaro

No auge do PAC, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Exército tinha R$ 1,2 bilhão em obras contratadas com o governo federal. Agora, na gestão de Jair Bolsonaro, os militares conquistaram, até o momento, apenas a obra emergencial de uma ponte, orçada em R$ 547 mil. Desapontado, depois de se preparar com equipamentos e pessoas, o Exército pressiona e tem, pela primeira vez, a promessa de novos contratos. Mas estas obras não serão tão importantes como no passado.

Além da ponte no Amazonas, o Exército deve fechar, ainda neste ano, o contrato de manutenção da BR-226 no Rio Grande do Norte, um negócio avaliado em R$ 60 milhões. Além disso, os militares olham outras duas obras, que só deverão sair do papel em 2020: melhorias na BR-452, em Minas Gerais (R$ 139 milhões) e a duplicação de cerca de 10 quilômetros da BR-101 em Alagoas (R$ 80 milhões). Mas nem mesmo para estes trechos há garantias de que serão concedidos.

“O exército está mais preparado que nunca. Após o boom das obras do PAC foram comprados equipamentos de ponta e uma nova geração de engenheiros foi formada. Mas com os contratos acabando, isso tudo poderá ficar ocioso”, disse um militar de alta patente, sob sigilo.

O presidente Jair Bolsonaro não cansa de elogiar o exército e mostrar, nas redes sociais, obras que os militares fazem pelo país, principalmente em rodovias. O presidente que mais contratou o exército foi Temer, com 32 obras, seguido de Dilma e Lula. Em sete meses Bolsonaro só assinou um contrato, contra média anual de 6,4 desde 2003.

E estas são obras concedidas em governos antigos, que estão próximas do fim. De fato as duas maiores obras que estão hoje com os fardados (duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul, em contrato de R$ 207 milhões, e pavimentação da BR-163 no Pará em contrato de R$ 140 milhões) foram concedidas em 2017 e 2018 pelo governo de Michel Temer, com seu fim já previsto no curto horizonte. Das atuais 30 obras em execução pelo Exército, 16 acabaram ainda em 2019.

Obras para o exército por mandato presidencial

1º mandato de Lula = 6

2º mandato de Lula   = 18

1º mandato de Dilma = 29

2º mandato de Dilma = 10

mandato de Temer = 32

mandato de Bolsonaro = 1

(Fonte: Exército)

Isso ocorre, segundo fontes do setor, por causa das restrições orçamentárias que cortam em cheio os investimentos e pela necessidade de se ampliar empregos no país, o que ocorreria se empreiteiras privadas assumissem essas construções. O uso massivo do Exército como empreiteira ocorreu no segundo mandato do presidente Lula, quando a economia crescia e os militares foram acionados para resolver gargalos como a duplicação da BR-101 no Nordeste, a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e a execução da Transposição do São Francisco. Na época, o Exército chegou a figurar como uma das grandes “empreiteiras” do Brasil.

O Dnit confirma que, além destes trechos, o Exército poderá assumir obras no Maranhão e no Amapá, em trechos que somente serão

concedidos no longo prazo.

“Esta parceria já é antiga. Para o Exército é bom para o adestramento de seu pessoal, como chamamos o treinamento. Para o Dnit conseguimos obras com qualidade e preço razoáveis”, afirmou o general Antônio Leite dos Santos Filho, que coordena o Dnit no Ministério da Infraestrutura.

A falta de recursos orçamentários explica parte deste problema. Mas o Dnit, embora não esteja na velocidade que gostaria, continua contratado. Dados compilados pela RHS Licitações apontam que, de janeiro a 25 de agosto deste ano, foram contratadas 237 obras e manutenções, uma alta de 9,7% sobre o número de contratos em igual período de 2018. Ou seja, enquanto o Dnit concedeu uma obra ao Exército em todo o período, segundo o levantamento, foi concedida uma média de uma obra por dia à iniciativa privada. A maior parte destes contratos dizem respeito à manutenção dos cerca de 50 mil quilômetros sob responsabilidade do Dnit.

 

*Com informações do Globo

 

 

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MORO SOFRE DERROTA: Juiz nega quebra de sigilo de David Miranda, marido de Glenn

A jogada do vazamento seletivo do COAF, na tentativa de atingir o jornalista Glenn Greenwald, através de seu marido, o deputado federal David Miranda, não contou apenas com a divulgação de movimentações atípicas, mas com a tentativa de quebra de sigilo bancário do deputado. A devassa, programada pelo contra-ataque da Lava Jato, às publicações de Glenn Greenwald, das conversas entre Moro, Dallagnol e procuradores, começa a esbarrar em uma nova barreira provocada pela perda de credibilidade desses atores políticos, a legalidade.

O juiz auxiliar da 16ª Vara de Fazenda do Rio de Janeiro, Marcelo Martins Evaristo Silva, negou o pedido do COAF para a quebra do sigilo bancário do deputado do PSOL e de quatro assessores de seu gabinete. Para o juiz, o sigilo não pode ser quebrado antes que os investigados sejam ouvidos. É a forma correta de garantir o direito de ampla defesa.

A elaboração do relatório ocorreu dois dias após a divulgação dos primeiros diálogos da Vaza Jato, como forma de realizar uma devassa na vida do marido do jornalista, buscando atingi-lo, como forma de retaliação. Na ocasião, o COAF ficava sobre jurisdição do Ministério da Justiça liderado por Sérgio Moro. Glenn é o jornalista responsável pelo escândalo da Vaza Jato e fundador do The Intercept Brasil, site que vem divulgando os diálogos.

 

*Do A Postagem