Categorias
Uncategorized

‘Fora Bolsonaro’ em 7 de setembro pode ter a participação de Lula

Lula se reúne com movimentos para discutir possível participação em atos de 7 de setembro.

Ex-presidente tem reunião marcada com associações como CUT, MST e Central de Movimentos Populares.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) vai se encontrar na tarde desta terça-feira (31) com movimentos sociais que participam da coordenação da campanha Fora Bolsonaro, como CUT, MST e Central de Movimentos Populares (CMP), para discutir, entre outros temas, a possibilidade de que participe das manifestações de 7 de setembro.

Lula decidiu não participar de atos anteriores da campanha para não gerar aglomerações durante a pandemia da Covid-19 e também pela incerteza a respeito das condições de sua segurança individual.

Desta vez, no entanto, tem ganhado força no entorno do ex-presidente a discussão de que a comoção sobre o 7 de setembro é inspirada por um embate entre autoritarismo e democracia do qual o petista deveria fazer parte.

A campanha Lula Livre, formada por movimentos aliados do ex-presidente que sustentaram as manifestações pelo fim da sua prisão, já produziu material associando a imagem do ex-presidente e as manifestações de 7 de setembro, por exemplo.

*Com informações da Folha

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

OIT cobra explicações do Brasil por minar direitos trabalhistas na pandemia

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) cobra do governo de Jair Bolsonaro explicações sobre mudanças legislativas ocorridas durante a pandemia da covid-19 e que, na visão dos trabalhadores, violaram convenções internacionais.

Em um detalhado informe circulado entre governos e entidades trabalhistas, o Comitê de Aplicações de Convenções da OIT deixa claro sua preocupação diante da reforma trabalhista e de leis adotadas nos últimos meses no país. A pressão sobre o governo deve dominar a participação do país na reunião anual da agência, marcada para maio.

No centro do debate estão as medidas provisórias 927 e 936, estabelecidas pelo governo nos primeiros meses da pandemia, em 2020. Foi por meio delas quer o governo criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A norma, que permitia a suspensão temporária dos contratos de trabalho e a redução de salário e jornada proporcional em até 70%, foi alvo de questionamentos e chegou a ser chamada da MP da Morte e MP do Extermínio de Salários.

Sindicatos como CUT e outros alegaram aos órgãos da OIT que tais MPs prejudicaram “de forma severa” o direito à negociação coletiva ao garantir que acordos individuais prevaleceriam sobre todas as outras fontes legislativas e coletivas de direito do trabalho. A nova lei ainda permitiria ao empregador “o poder unilateral de decidir se deve ou não prorrogar a aplicação dos acordos coletivos que expiraram e que não podem ser renovados devido à crise sanitária”.

Diante da OIT, o governo refutou qualquer violação das convenções internacionais. Para Brasília, as MPs tornaram “possível salvaguardar imediatamente os empregos ameaçados pela crise, em uma situação de grande incerteza, incluindo a possibilidade de negociação coletiva em um contexto de distanciamento físico”.

As leis, segundo o governo, permitiram “salvar mais de 10 milhões de empregos” e foram “unanimemente transformada em um instrumento legislativo pelas duas câmaras do Congresso através da Lei nº 14.020 de 2020”.

A OIT, porém, optou por manter a pressão sobre o governo. “O Comitê reconhece plenamente as circunstâncias excepcionais vividas pelo país devido à pandemia e a necessidade absoluta de adotar medidas urgentes para mitigar os efeitos econômicos e sociais da crise resultante. Ao mesmo tempo, o Comitê lembra sua posição geral de que as medidas adotadas durante uma crise aguda que ponham de lado a aplicação dos acordos coletivos em vigor devem ser de natureza excepcional, limitadas no tempo e oferecer garantias para os trabalhadores mais afetados”, alertou.

Ainda que a MP 927 não esteja mais em vigor, o Comitê solicita ao governo que especifique se as cláusulas dos acordos coletivos que possam ter sido temporariamente suspensas por acordos individuais são novamente plenamente aplicáveis.

No que se refere à MP 936, o órgão da OIT indicou que “entende” que o objetivo seja o de permitir a redução da jornada de trabalho e suspensão temporárias de contrato durante a pandemia, assim como a criação de um mecanismo de compensação.

Mas, ainda assim, alerta que alguns critérios precisam ser seguidos. Um deles é de que mesmo com a redução da jornada, o salário por hora precisa ser mantido. O acesso a fundos de compensação por meio de acordos coletivos deve ser compulsório para determinados grupos e acordos coletivos devem, sempre, prevalecer sobre acordos individuais.

“O Comitê (da OIT) encoraja o governo a reforçar o diálogo com as organizações representativas de empregadores e trabalhadores com vistas a avaliar o impacto da implementação da Lei No. 14.020, garantindo a aplicação dos acordos e acordos coletivos que estão em vigor e promovendo, para todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção, a plena utilização de mecanismos de negociação coletiva como meio de alcançar soluções equilibradas e sustentáveis em tempo de crise. O Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre este assunto”, solicita o órgão internacional.

Violência contra trabalhadores

Um outro ponto levantado pela OIT se refere às alegações dos sindicatos de violência e intimidação por parte da polícia contra trabalhadores durante greves e assembleias.

O governo reagiu, minimizando os ataques. De acordo com Brasília, “houve três casos isolados para os quais as informações fornecidas não oferecem por si só prova da ocorrência de abusos pela polícia ou pelas autoridades judiciais”.

O governo ainda alegou que “não é possível apurar o que realmente aconteceu sem uma análise detalhada da ação da polícia”. Brasília, por fim, tentou alertar à OIT que, se houvesse necessidade, seria a Justiça brasileira que cuidaria da queixa. “O sistema jurídico brasileiro oferece recursos judiciais adequados para lidar efetivamente com este tipo de situação”, indicou.

Uma vez mais, a OIT optou por manter a cobrança sobre o governo. “Enfatizando a importância de que as organizações de trabalhadores possam exercer suas atividades legais em defesa dos interesses de seus membros em geral e da negociação coletiva em particular em um contexto livre de violência, o Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre os resultados das investigações relativas aos casos encaminhados”, completou.

Jamil Chade/Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Siga-nos no Telegram: https://t.me/joinchat/IMjlP7niNwYSId8X

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

OEA põe freio no Cavalão fascista e o convoca a dar explicações sobre ataques à imprensa

Audiência será em março e é resultado de denúncias diárias de diferentes entidades, como CUT e Abraji.

A pedidos de diversas entidades e movimentos sociais do Brasil, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), vai convocar, em março, o governo de Jair Bolsonaro para uma audiência sobre a escalada de violações à liberdade de expressão no país.

Faz parte das denúncias levadas ao órgão o recente ataque do presidente à jornalista da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello. Em entrevista na manhã desta terça-feira (18), quando voltou a falar com jornalistas, Bolsonaro fez ilações sobre uma suposta ligação da repórter “com o PT” e ironizou as fake news propagadas pela milícia virtual sobre o depoimento de Hans River.

“Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, ironizou Bolsonaro, provocando risos em apoiadores que acompanharam a entrevista.

Ao longo dos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro cometeu inúmeros ataques aos direitos humanos e à liberdade de expressão, estratégia vista como uma institucionalização da censura no país. “O Brasil sempre conviveu com muitos casos de violação à liberdade de expressão, mas eram casos difusos. O que diferencia este histórico do momento presente é que, a partir do governo Bolsonaro, essas violações passaram a ser política de Estado”, explica Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Os organismos internacionais têm sido notificados quase que diariamente sobre violações cometidas pelo governo Bolsonaro. Apesar do acúmulo de ataques, o processo de solicitação de uma audiência não foi fácil, já que concorre com pedidos do mundo inteiro. Por isso, a convocação do governo em março foi vista como uma vitória dos movimentos sociais, que agora terão a oportunidade de dar visibilidade internacional ao cenário de censura e perseguição política e ideológica por parte do governo.

Dentre as organizações que assinaram a solicitação, estão a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Instituto Vladimir Herzog.

 

 

*Com informações da Forum

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Bolsonaro abandona entrevista quando perguntado sobre crítica do Ministro Celso de Mello

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) abandonou hoje entrevista à imprensa brasileira ao ser questionado sobre a crítica do ministro decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, a um vídeo postado em seu perfil oficial no Twitter que criticava a Corte.

Ao sair do hotel onde está hospedado em Riade, capital da Arábia Saudita, para compromisso com membros da realeza saudita, Bolsonaro comentou sobre as expectativas da visita oficial e do jantar de ontem à noite com o príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman. Quando um repórter fez menção a Celso de Mello, porém, interrompeu a entrevista e se retirou do local.

Leão e hienas

Em vídeo publicado no Twitter, Bolsonaro é comparado a um leão cercado por hienas, batizadas com os nomes de quem o presidente considera ser seus inimigos que o atacam.

Entre eles, estão o STF, o próprio PSL, veículos de imprensa, movimento feminista, ONU (Organização das Nações Unidas), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), MBL (Movimento Brasil Livre), Greenpeace, lei Rouanet, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e partidos de oposição ao governo, como PT, PSDB e PCdoB. Após críticas, o vídeo foi deletado da conta pessoal do presidente.

Em nota, Celso de Mello classificou o comportamento como uma “absoluta falta de ‘gravitas’ e de apropriada estatura presidencial”.

Para o ministro do STF, com a postagem, “torna-se evidente que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um Chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções, pois o vídeo que equipara, ofensivamente, o Supremo Tribunal Federal a uma ‘hiena’ culmina, de modo absurdo e grosseiro, por falsamente identificar a Suprema Corte como um de seus opositores”.

É imperioso que o Senhor Presidente da República —que não é um ‘monarca presidencial’, como se o nosso país absurdamente fosse uma selva na qual o Leão imperasse com poderes absolutos e ilimitados— saiba que, em uma sociedade civilizada e de perfil democrático, jamais haverá cidadãos livres sem um Poder Judiciário independente, como o é a Magistratura do Brasil”, completou.

Mulheres gostariam de passar tarde com príncipe, diz Bolsonaro

Pela manhã, Bolsonaro recebeu em audiência o presidente do grupo bancário Goldman, Sachs &Co, John Waldron. A entrevista aconteceu quando saía do hotel para se encontrar em reunião reservada com Mohammed bin Salman.

O presidente disse que serão tratados possíveis acordos comerciais nas áreas de defesa, agronegócio e segurança alimentar, por exemplo.

Questionado sobre a prioridade do Brasil em relação às oportunidades com a Arábia Saudita, Bolsonaro disse que “tudo é prioridade, tudo é importante”.

“Vamos tocar o barco, aê. É nossa chance. Isso pesa para todos nós do Brasil, sem exceção”, falou.

À noite, Bolsonaro participa de jantar em homenagem aos chefes de Estado e de governo presentes no fórum “Iniciativa de Investimento Futuro” oferecido pelo príncipe na cidade antiga de Al-Diriyah.

Em relação ao jantar de ontem com Bin Salman, Bolsonaro afirmou que foi “excelente” e disse que o príncipe é “descontraído”. Quando indagado sobre a agenda de hoje com o príncipe, o presidente afirmou que todos gostariam de passar uma tarde com ele, em especial as mulheres.

“Todo mundo gostaria de passar a tarde com um príncipe. Principalmente vocês, mulheres, né?”, declarou, ao acrescentar ter certa afinidade com Bin Salman por terem se encontrado durante cúpula do G20, no Japão, em junho deste ano.

 

 

*Com informações do Uol

Categorias
Uncategorized

‘Meus dias em Curitiba’, o relato de Lula sobre o tempo na prisão

Sou muito agradecido às manifestações dos artistas. Tenho visto pelo pen drive shows no mundo inteiro. Aliás, acho que o PT e os movimentos sociais deveriam fazer da questão cultural uma das bandeiras mais importantes. A gente não pode deixar que esses caras destruam a cultura. A cultura não tem propriedade do Estado. A cultura é uma prioridade da sociedade – ela que se aproveite da cultura e a criatividade que o nosso povo tem nesse país. Não podemos abdicar disso.

Por Luiz Inácio Lula da Silva*

“Quando eu vim para cá, algumas pessoas me aconselharam a escrever um diário. Eu sinceramente não achei vantajoso escrever, eu sozinho, vivendo sozinho todo dia. Ia escrever o quê? “Hoje, fui no banheiro, acordei cedo”. Li o diário do Mandela na cadeia. Li a biografia de muita gente, do Getúlio, do Marighella, do Padre Cícero de Juazeiro, do Gandhi, do Roosevelt. Acabei de ler a Biografia a Duas Vozes, do Fidel Castro.

Uma coisa que me interessa muito é ler sobre a escravidão. Estou aprendendo porque o Brasil é do jeito que é, porque ainda existe preconceito. Sempre gostei muito de música e estou ouvindo bastante, recebo um pen drive com músicas. Gosto muito de samba, ouço Chico, ouço Caetano, o Gil, ouço muitas músicas daquelas, como chama, cânticos gregorianos. Às vezes, eu durmo com cantos gregorianos. Eu recebo muita coisa. E muito debate também.

Peço a alguns companheiros que gravem análises de conjuntura para mim. Então, às vezes o João Paulo [do MST] grava uma análise de conjuntura, às vezes o Genoíno me grava, a [Marilena] Chauí me grava, o [Luiz] Dulce me grava, a Gleisi [Hoffmann] me grava, o Jessé [de Souza], o Eduardo Moreira, o Aloizio Mercadante. Eu vou pedindo às pessoas, que vão gravando.

Como não tem o que fazer, sento para ler, ou sento e fico vendo as pessoas falarem, fico discutindo sozinho com as pessoas, discordando das pessoas. Às vezes, fico puto como as pessoas falam bobagens a meu respeito. E não estou lá para dizer: “Não é assim, rapaz”.

Assim vou vivendo. Eu vou dormir por volta de meia-noite, 1 hora da manhã. Acordo todo dia às 6h30, faço meu café, faço um café de qualidade. Acho que não tem ninguém que faça um café melhor do que eu.

Quero que vocês saibam que essa história de eu falar que vou casar é verdade. Na verdade, encontrei uma meia cara que está me ajudando a vencer essa barreira aqui. Então, não vou deixar a solidão tomar conta de mim, não vou deixar o ódio tomar conta de mim, não vou desanimar, não vou ficar deprimido. Não conheço a palavra depressão. Se já tive, não sei.

Como fui corintiano e fiquei 23 anos sem ganhar um título, perdendo para o Santos 15 anos consecutivos, vendo Pelé humilhando o Corinthians – eu ia ao estádio, chegava lá e dava 3 a 0, 4 a 0 –, então acho que não vou ter depressão. Tenho certeza, posso dizer para vocês comunicarem o pessoal lá fora, que vou sair mais maduro, mais preciso naquilo que quero fazer – vou sair mais lutador do que fui.

Estou bem fisicamente. Obviamente que sei que a natureza é implacável, mas como me decidi que vou viver até os 120 anos, que a “Caetana” não venha bater na minha porta, que não tem espaço para ela entrar [referência ao livro A Moça Caetana – A Morte Sertaneja, de Ariano Suassuna”]. Tenho muita coisa para fazer ainda.

Então, estou assim, nesse momento da minha vida. Obviamente, fico sonhando em sair daqui, decidir onde vou morar. Quando deixei a Presidência, tinha vontade de morar no Nordeste, vontade de voltar para meu Pernambuco, vontade de morar não perto da praia, mas num lugar em que pudesse ir à praia. Pensava em ir para Bahia, Rio Grande do Norte, mas a Marisa não quis ir porque ela nasceu em São Bernardo [do Campo], e o mundo dela era São Bernardo. Eu não tenho mais o que fazer em São Bernardo.

Não sei para onde ir, mas quero me mudar para outro lugar. Quero viver. Espero que o PT me utilize, espero que a CUT me utilize, espero que os sem-terra me utilizem, espero que os LGBT me utilizem, espero que os quilombolas me utilizem, espero que as mulheres me utilizem, espero que todo mundo me utilize para fazer com que eu tenha utilidade nessa minha passagem pelo planeta Terra.

Vou sair daqui tranquilo. Não vou dizer que cumpri minha missão, mas vou sair daqui tranquilo, como cidadão consciente do seu papel na história.

Sou muito agradecido às manifestações dos artistas. Tenho visto pelo pen drive shows no mundo inteiro. Aliás, acho que o PT e os movimentos sociais deveriam fazer da questão cultural uma das bandeiras mais importantes. A gente não pode deixar que esses caras destruam a cultura. A cultura não tem propriedade do Estado. A cultura é uma prioridade da sociedade – ela que se aproveite da cultura e a criatividade que o nosso povo tem nesse país. Não podemos abdicar disso.

É isso que vocês vão levar daqui. Quero que vocês digam para todo mundo que estou bem, estou muito disposto a brigar. Tenho certeza de que o Moro não dorme com a consciência tranquila como durmo. Tenho consciência de que o Dallagnol está precisando tomar remédio para dormir, talvez tarja preta, porque ele sabe que é mentiroso, ele sabe que foi canalha no meu processo. Estou aqui, para a raiva deles.

Porque acho que eles ficam com mais raiva quando eles percebem que estou bem. Então, muito obrigado. Quero que vocês transmitam um abraço a todo mundo. Quando sair daqui, espero que a gente faça uma boa entrevista – e um churrasco.

Há um livro que li que me impressionou muito, chamado Um Defeito de Cor, de uma moça chamada Ana Maria Gonçalves. Eu li Escravidão, do Laurentino Gomes, muito bom. Eu tenho lido muito. Li, da escravidão, O Alufá Rufino [de Flávio dos Santos Gomes, João José Reis e Marcus J. M. de Carvalho]. É muito bom. É um tema que me apaixonou, porque nunca consegui entender.

Não sei se vocês lembram, quando eu era presidente, a gente tentou, foi aprovada uma lei, o Fernando Haddad [então ministro da Educação] deve se lembrar disso, para ensinar a história africana no Brasil, que era umas formas que eu achava que a gente iria vencer o preconceito nesse país. Não sei se aconteceu. Pelo que estou vendo, até universidade afro-brasileira está sendo destruída lá em Redenção (CE). Acho que eles estão desmontando isso. Mas estou aprendendo muito. As pessoas são muito generosas, as pessoas mandam muitos livros, muito material importante.

Esses dias, recebi uma cartinha bonita daquela menina que está em Oxford e participou da equipe daquele médico que ganhou um prêmio Nobel de Medicina; uma menina do Rio Grande do Norte que está com ele, é brasileira. Ela mandou uma cartinha bonita. Eu recebo muita coisa bonita, muita gente generosa.

Eu não sei se vou ter força para abraçar todo mundo quando eu sair daqui. Se a minha bursite não voltar…”

* Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente do Brasil (2003-2010). Está preso injustamente em Curitiba desde abril de 2018

Este depoimento é baseado na entrevista que Lula concedeu nesta semana ao Brasil de Fato.

 

*Do DCM

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Em frente ao Ministério da Justiça, Gleisi diz, “Não temos medo de você, Moro”

A verdade está vindo à tona, e agora vai ter que se ‘vê’ com o Congresso dos EUA; Gleisi Hoffmann

No Ministério da Justiça petistas pedem liberdade a Lula e prisão para Moro e Dallagnol.

No dia em que Lula completa 500 dias na prisão em Curitiba, a Bancada do PT na Câmara promoveu um protesto em frente ao Ministério da Justiça, nesta terça-feira (20), em Brasília.

Em um ato simbólico, dezenas de parlamentares denunciaram a injusta e arbitrária prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Todos pediram a liberdade de Lula e o afastamento imediato do ministro Sérgio Moro, ex-juiz, que criminosamente condenou o ex-presidente em 2018.

“Nós fizemos questão de vir a frente do Ministério da Justiça. Nós não temos medo de você, Moro. Nós vamos enfrentar, porque a verdade sempre prevalece. Como disse o presidente Lula, a verdade fica doente, mas não morre. E ela está vindo à tona”, discursou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

A deputada fez questão de falar diretamente ao ex-Juiz Sérgio Moro.

“Você, Moro, que não teve a decência de se honrar como juiz, que aceitou um cargo de ministro de um presidente que só foi eleito porque você tirou o Lula do caminho, presidente que só foi eleito, porque você pegou o processo e fez barbaridades com ele”, criticou.

Para o líder da Bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), Moro e o procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, deveriam estar na cadeia.

“Lula foi condenado de uma maneira perversa, em um processo totalmente irregular, ilegal, no conluio entre Moro e Dallagnol que deveriam estar no banco dos réus pelos crimes que cometeram”.

Pimenta afirmou que esse é o momento para reafirmar que Lula é um preso político e deixou claro que a disposição de luta e de resistência continua.

Para o deputado, é “nas ruas, com o povo organizado que nós vamos restabelecer a democracia, o Estado Democrático de Direito e conquistar a liberdade do presidente Lula”.

“E ao presidente Lula nós só queremos justiça, direito, dignidade. Queremos o direito de ele ter um julgamento justo, com um juiz isento, que permita que ele possa se defender no processo, que ele possa apresentar suas provas de inocência e elas serem consideradas”, cobrou a presidenta Gleisi.

Governo norte-americano

“Agora, Moro, você vai ter que se ‘vê’ com o Congresso Norte-Americano. Os deputados democratas estão pedindo para que o governo dos Estados Unidos explique porque te ajudou a praticar condutas ilegais. Que feio, Sérgio Moro”, discursou Gleisi Hoffmann.

De acordo com matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, os deputados do Partido Democrata enviaram nesta terça-feira (20), uma carta ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos em que questionam a colaboração do órgão com o Ministério da Justiça brasileiro, por causa de possíveis abusos da Operação Lava Jato.

No documento, endereçado ao secretário de Justiça, William Barr, os 12 deputados se dizem “preocupados com o envolvimento do Departamento de Justiça em procedimentos jurídicos brasileiros recentes que geraram controvérsia significativa e podem desestabilizar a democracia do país”.

“Hoje você está desmoralizado. De juiz super-herói você virou um vilão, um bandido, um criminoso, que apostou num crime dentro do processo eleitoral. E agora você está sendo descoberto”, denunciou Gleisi.

Além de os parlamentares petistas, participaram do ato representantes dos movimentos sociais, entre eles o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, militantes petistas e de outras siglas.

https://www.facebook.com/ptnacamara/videos/515262732565455/?t=0

 

*Com informações do Viomundo

Categorias
Uncategorized

Centrais Sindicais, professores e estudantes vão às ruas em 13 de agosto contra a reforma da Previdência

Sindicatos e parlamentares querem usar recesso legislativo para ampliar informação sobre prejuízos do projeto que desmonta as aposentadoria.

Centrais sindicais e organizações de estudantes e professores preparam nova agenda de mobilização contra a “reforma” da Previdência, aprovada em primeiro turno, na semana passada, pelo Câmara dos Deputados. A ideia é ampliar, nas próximas semanas, o volume de informação sobre os impactos negativos que o relatório da Proposta de Emenda Constituição (PEC) 6/2019. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pretende concluir o segundo turno de votação no plenário da Casa no início do próximo mês.

Serão realizados abaixo-assinado, assembleias, panfletagem nas portas das fábricas e centros de grande circulação de pessoas, com o objetivo de explicar o quanto a PEC 6/2019, como está, ainda inviabiliza o direito de aposentadoria para grande parte dos brasileiros.. Em 13 de agosto, está previsto um dia nacional de manifestações em defesa da Previdência pública e da educação.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse ontem (15) durante reunião na sede da central que a resistência dos trabalhadores, até o momento, foi responsável por amenizar diversos pontos da “reforma”, na comparação com a proposta inicial apresentada pelo governo Bolsonaro, mas há ainda muitos pontos “cruéis” que precisão ser alterados.

“Para fazer uma grande mobilização no dia 13 é preciso manter o ritmo de pressão nos parlamentares em suas bases, nos municípios onde eles moram e foram eleitos, nos aeroportos e no Congresso Nacional”, afirmou Nobre. Entre as propostas “cruéis”, ele destacou a redução da na pensão por morte. Pela proposta aprovada até aqui, a viúva ou viúvo deverá receber 60% do valor original da aposentadoria recebida pelo cônjuge falecido, mais 10% para cada filho ou dependente.

Jogo não terminou

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) destacou que o adiamento da votação da proposta em segundo turno da “reforma”, na Câmara, anteriormente prevista para ser realizada antes do recesso parlamentar, significa que a proposta ainda pode ser alterada, com a supressão de artigos “mais nefastos” aos trabalhadores.

“O jogo na Câmara e nas ruas ainda está sendo jogado. Eles não conseguiram os 308 votos para retirar a Previdência da Constituição, não aprovaram a capitalização, não conseguiram acabar com a aposentadoria do trabalhador rural, nem diminuir o valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada)”, afirmou o parlamentar. Para Padilha, não é hora de “retirar a chuteira e o uniforme nem de baixar a cabeça”. Ele propôs que os trabalhadores façam “marcação cerrada” nos parlamentares do PDT e do PSB que votaram a favor da “reforma”, contra a orientação dos próprios partidos.

“É preciso expor esses deputados na cidade onde eles têm voto. Tem cidades que são responsáveis por 30% dos votos de um deputado. Tem de expor a foto de quem votou a favor da reforma. Não tem dinheiro pra outdoor? faz uma faixa em frente aos sindicatos. Faz uma campanha direcionada com os sindicatos rurais, dos professores, dos metalúrgicos”, disse o deputado.

Redução de danos

Deputados de oposição afirmam que pretendem usar o recesso do Legislativo para conscientizar a população sobre os riscos dos direitos perdidos com a reforma e, assim, pressionar os demais deputados a votarem destaques supressivos à proposta de reforma, já que outras alterações não podem ocorrer nessa fase de votação.

“Vamos fazer com que a sociedade saiba quem votou a favor e quem votou contra. Muitos dos deputados que votaram pela reforma juravam nos palanques eleitorais que jamais votariam a favor de uma reforma dessa natureza. Evidentemente, eles vão sentir na base o reflexo disso”, projeta a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), em reportagem do Brasil de Fato. O deputado Ivan Valente (Psol-SP), líder do partido na Câmara, também diz que é importante ao menos reduzir a diferença para que a proposta de “reforma” siga enfraquecida para a votação no Senado.

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

Categorias
Uncategorized

Vídeo: O sucesso da greve geral: Mais de 45 milhões de brasileiros cruzaram os braços

Levantamento feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a greve foi abraçada por cerca de 45 milões de brasileiros. Até às 13hs, início da tarde desta sexta-feira mais de 300 cidades de todos os estados registraram paralisações e protestos.

Segundo boletim parcial das centrais sindicais e de movimentos populares, dezenas de cidades amanheceram com o transporte público total ou parcialmente parado – como São Paulo, Maringá (PR), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Brasília (DF), Volta Redonda (RJ), Sorocaba (SP), Feira de Santana (BA), Piracicaba (SP), Campo Grande (MS), Curitiba (PR e Salvador (BA).

Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização. Outras oito não tiveram interrupção no transporte coletivo por ônibus, mas registraram bloqueios de ruas ou estradas por manifestantes, ou tiveram paralisação parcial no metrô.

Além destes, estão paralisadas indústrias automobilísticas, universidades como UFRJ, UFSC, UFAL, UFBA e UFCG, bancários, pessoal da saúde, eletricitários, de acordo com os balanços feitos até o momento. Também com presença marcante no Brasil como um todo estão MST, MTST, Marcha Mundial das Mulheres, Movimentos dos Atingidos por Barreiras (MAB), com interdições de avenidas e rodovias.

Os bloqueios estão espalhados por todos os estados, Santa Catarina (Florianópolis e Chapecó), Alagoas (Maceió), Paraná (Araucária, Francisco Beltrão, Cascavel e Pato Branco), Pará (Belém e Eldorado doas Carajás), Pernambuco (em várias rodovias do entorno de Recife e outros pontos do estado, como Aliança, Jaboatão, Gravatá, Pesqueira e Caruaru), em Minas Gerais (Ouro Preto, Juiz de Fora, Congonhas e BH), Rio de Janeiro (Capital, Niterói e Campos dos Goytacazes), Sergipe (Aracaju e Monte Alegre), Rio Grande do Norte (Natal, Extremoz e João Câmara); em vários pontos na Paraíba; na Bahia (Barreiras, Catités, Santo Antonio de Jesus, Salvador); no Maranhão (São Luís), no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Eldorado do Sul), em Rondônia (Jaru), em Goiás (Goiânia) e em muitos outros locais.

Avenida Paulista só começando

https://www.facebook.com/MidiaNINJA/videos/2449466531782864/?t=7

 

Categorias
Uncategorized

A Greve Geral de 14 de junho promete ser histórica

Em entrevista ao DCM, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) fala sobre a greve geral marcada para o dia 14 de junho, que promete parar o Brasil.

Uma data para ficar na história, é o que está prometendo a organização, de acordo com as adesões das classes de trabalhadores do Brasil como um todo.

À frente da organização estão a CUT, as demais centrais sindicais, movimentos sociais, as Frentes, Popular e Povo sem Medo, MST, MTST, todos unidos para o sucesso da greve geral. A paralisação conta com o apoio de diversos setores da sociedade, dentre eles, a CNBB, além da mobilização de sindicatos de 26 estados mais o Distrito Federal.

Todos na luta contra a reforma da Previdência que é destrutiva para os brasileiros, sobretudo para os mais pobres.

O foco da greve é impedir que a reforma seja aprovada na Câmara dos Deputados, pois a PEC entregue ao Congresso pelo governo Bolsonaro é ainda pior que a do presidente ilegítimo Temer, porque quer impor aos trabalhadores um sistema privado que falhou e foi derrubado em mais de 60% dos países onde foi implementado, afirma Vagner.

A reforma da Previdência tem como objetivo dificultar o acesso, ampliar o tempo de contribuição à aposentadoria, além de destruir o sistema de seguridade social que garante aos trabalhadores e seus familiares o direito ao auxílio em caso de doença, invalidez, viuvez.

É por isso que o Planalto está gastando milhões com propaganda mentirosa para dizer ao povo que a reforma combaterá privilégios. Mentira! Somente penalizará os mais pobres.

Será uma greve geral em defesa do Brasil, de toda a população, contra a retirada dos direitos em todas as áreas, em defesa da democracia e, principalmente, contra o desmanche da Previdência e o fim da aposentadoria, disse Vagner.

Categorias
Uncategorized

Greve Geral: depois do sucesso das manifestações pela educação, a ideia é parar tudo em 14 de junho

Para o secretário-geral da CUT-SP, mobilização das últimas semanas fortaleceram luta contra a reforma da Previdência.

O sucesso das mobilizações pela educação, em todo o país, reforçou o chamamento para a greve geral contra a perda de direitos dos trabalhadores brasileiros, marcada para 14 de junho. O ponto-chave da greve é a defesa da Previdência pública e solidária que está sendo atacada pelo projeto de reforma do governo Bolsonaro.

“A reforma do Bolsonaro não é uma reforma, é uma destruição do sistema de seguridade social”, explica o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, em entrevista ao Brasil de Fato. Leia abaixo os principais trechos:

Brasil de Fato: Qual a importância das mobilizações da educação para o chamamento da Greve Geral?

João Cayres: A greve geral já estava sendo discutida antes do movimento da educação. (…) Foi muito bom porque foi um sucesso (…), e neste momento todo a gente também está agregando à discussão da Previdência, da Seguridade Social, e já estamos agregando também para a Greve Geral a questão dos cortes na Educação (…).

Em relação à Previdência, as centrais divergem em alguns pontos. Gostaria que você falasse um pouco nesse sentido.

Nós estamos lidando muito bem, pela primeira vez na história nós conseguimos fazer um 1º de Maio unificado, com todas as centrais sindicais. Algo inédito, cada central sindical fazia o seu, falava com seu público específico, mas a gente conseguiu depois de muita conversa unificar. Do ponto de vista da reforma, o que tem claro pra nós é que a reforma do Bolsonaro não é uma reforma, é uma destruição do sistema de seguridade social. O que ele apresenta, que é o sistema de capitalização, não agrada nenhum tipo de central sindical. Pode ter uma ou outra pensando alguma coisa, em fazer algum tipo de reforma, mas nós da CUT entendemos que as reformas já foram feitas. A última foi em 2015 com a Dilma, com o fator 85/95, que já virou 86/95, que já resolve vários problemas. E a reforma de 2003, (…) que foi essa história de combate aos privilégios. O pessoal fala muito disso, que agora funcionário público não vai mais receber isso aquilo, isso é mentira, por que isso já foi resolvido. (…) Então essa discussão pra nós está tranquila. Nós unimos neste sentido, de que somos contra o sistema de capitalização porque dentro da reforma da Previdência tem também umas mudanças que aprofunda o desastre da Reforma Trabalhista. Que é o caso da chamada Carteira Verde Amarela.

Em relação a diálogo com governo, há espaço ou é inviável?

É só pegar a declaração do Ministro da Economia, que diz que se mexer uma vírgula ele vai embora do país. É um garoto mimado que não aceita nada e que se não tiver o que ele está pedindo ele vai morar fora. Ou seja, não tem conversa.

Faltando cerca de 15 dias para a Greve Geral, vão ser realizadas atividades de mobilização até lá?

O que a gente tem feito, falando pela CUT e as subsedes de várias regiões de São Paulo, estamos realizando plenárias nos sindicatos debatendo justamente a forma de fazer as atividades. Vamos fazer panfletagem, assembleias nos locais de trabalho, mobilizando e conscientizando, usando as redes sociais também. Estamos conversando com setor de transporte e a ideia é parar tudo, como aconteceu no dia 28 de abril de 2017.

 

 

 

 

 

*Com informações do Brasil de Fato