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Após fala de Damares, PF e governo do Pará dizem que desconhecem ‘denúncia’ de assédio sexual

Ex-ministra do governo Bolsonaro falou de crimes contra crianças em culto, mas órgãos de investigação não receberam nenhuma acusação.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, a Polícia Federal não recebeu nenhuma denúncia e nem está investigando nenhum esquema de tráfico de crianças e de exploração sexual de menores na ilha de Marajó como o descrito pela ex-ministra Damares Alves num culto da Assembleia de Deus em Goiânia, no último sábado (8).

Duas fontes da Polícia Federal com quem conversei e que teriam sido acionadas caso a denúncia tivesse sido feita afirmaram que a corporação investiga vários casos de pedofilia na região Norte do Brasil, mas nenhum com as características mencionadas pela ex-ministra dos Direitos Humanos.

Hoje, inclusive, a Polícia Federal está realizando uma investigação sobre crimes sexuais de menores com mandados de prisão, mas que também não tem relação com o caso.

No domingo, em uma parada do périplo que está fazendo pelo Brasil em campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro, Damares afirmou em um culto em que estavam várias crianças: “Eu vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”, relatou.

Ela disse ainda que as meninas e meninos comiam comida pastosa “para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”.

A ex-ministra disse também que os casos de estupros de recém nascidos explodiram nos últimos sete anos.

Ao final de seu discurso, ela apelou: “a gente agora como igreja, a gente tem uma decisão para tomar. A gente vai continuar esta luta e tirar essas crianças da mão de Moloque (Deus dos amonitas adorado em Canaã, conhecido por receber sacrifícios de crianças dos adoradores) ou nos vamos entregar essa nação?”

Além das fontes da Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do Pará, que também poderia ter sido acionada caso os casos que Damares diz ter presenciado fossem denunciadas, também informou que não recebeu nenhuma denúncia. “A Polícia Civil do Pará encaminhará ofício para que a ex-ministra repasse os conteúdos citados, para que sejam apurados minuciosamente, e que, ainda que de comunicação obrigatória por qualquer agente público que tome conhecimento, até o momento não foram denunciados”

O Ministério Público Federal no Pará também divulgou nota, em que informa ter acionado o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) pedindo “informações sobre supostos crimes contra crianças” apontados por Damares.

O ministério ocupado por Damares até março deste ano divulgou uma nota pública em que afirma que aspas falas foram baseadas em “numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.

Não informou, porém, se ela denunciou ou não os casos que diz ter presenciado à alguma autoridade competente.

No culto de que participou no domingo, Damares disse que estava em uma viagem com Jair Bolsonaro à ilha de Marajó para conhecer um programa de desenvolvimento social – o “Abrace o Marajó” , criado por sua pasta.

Segundo registros do próprio ministério a viagem ocorreu em outubro de 2020. Desde então a ministra já esteve outras vezes na ilha paraense, mas os casos mencionados por ela nunca foram divulgados. E agora sabemos que nem sequer denunciados ou investigados.

No último dia 2, Damares venceu a disputa por uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, derrotando outra ex-ministra de Bolsonaro, Flávia Arruda.

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Povo Pataxó denuncia ao CNDH: Pistoleiros ignoram decisões judiciais, atacam aldeias e matam indígenas na Bahia

Apesar de decisões judiciais favoráveis, povo Pataxó segue sofrendo ataques armados na Bahia

Presente em Brasília, delegação indígena tem se reunido com órgãos públicos e cobrado providências para proteção das comunidades e investigação dos agressores.

Ao menos duas decisões judiciais recentes garantiram ao povo Pataxó o direito de permanecer em áreas retomadas dentro do perímetro já identificado e delimitado como parte da Terra Indígena (TI) Barra Velha do Monte Pascoal, no município de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.

Apesar disso, os ataques de pistoleiros e grupos armados que os indígenas identificam como “milicianos” contra as comunidades Pataxó das TIs Barra Velha e Comexatibá, no município de Prado, têm sido recorrentes.

O mais recente dos ataques armados contra o povo Pataxó ocorreu na aldeia Nova, na TI Barra Velha, no dia 12 de setembro, sem deixar feridos. No dia 6 de setembro, um ataque armado já havia aterrorizado a mesma aldeia, também sem registro de feridos.

No dia 3 de setembro, um ataque contra uma retomada da TI Comexatibá resultou no assassinato de Gustavo Silva da Conceição, Pataxó de apenas 14 anos, e deixou outro indígena, de 16 anos, ferido no braço. As duas terras indígenas são contíguas, separadas apenas por um “corredor” que é ocupado por fazendas.

Em razão dos contínuos ataques e ameaças, uma delegação de lideranças do povo Pataxó está em Brasília, realizando uma série de incidências e cobrando providências de órgãos públicos.

Nessa terça-feira (13/09), lideranças dos Pataxó e de povos indígenas do Maranhão, Minas Gerais e Roraima participaram de uma audiência com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e levaram suas denúncias à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF).

Decisões judiciais

No dia 9 de junho, a juíza federal da subseção judiciária de Teixeira de Freitas (BA), Celia Regina Ody Bernardes, negou pedido liminar de reintegração de posse contra a aldeia Quero Vê, retomada estabelecida pelos Pataxó na TI Barra Velha, em janeiro de 2022.

A TI Barra Velha possui uma área demarcada na década de 1980 com apenas 8,6 mil hectares, que deixou de fora a maior parte do território Pataxó. Por esta razão, em 2008, a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou o reestudo da área e, em 2014, como fruto dessa revisão, identificou e delimitou a TI Barra Velha do Monte Pascoal com 52,7 mil hectares.

Desde então, contudo, o processo demarcatório encontra-se paralisado. A falta de espaço para sobrevivência e reprodução de seu modo de vida tradicional, assim como o avanço de fazendeiros, posseiros e empreendimentos imobiliários sobre o território, motivaram uma série de retomadas do povo Pataxó, dentro do perímetro já identificado como parte de sua terra tradicionalmente ocupada.

A decisão de junho garantiu aos Pataxó a permanência na área retomada em janeiro, explica Lethicia Reis, assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Leste e advogada da comunidade indígena no processo.

“Essa decisão determina a manutenção da comunidade na aldeia Quero Vê, uma vez que ela faz parte, e isso está mais do que comprovado, da TI Barra Velha. Vai na linha de garantir os Pataxó na área, por entender que eles não podem ser responsabilizados pela demora na demarcação”, analisa a assessora.

Violência disseminada

As garantias obtidas por meio das decisões judiciais não têm sido suficientes para barrar os ataques contra as comunidades Pataxó do extremo sul da Bahia. As lideranças presentes em Brasília denunciaram a situação à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF) e ao CNDH, pedindo proteção às comunidades e lideranças ameaçadas.

“Nós estamos realmente acuados”, relata Mandy Pataxó, liderança da TI Comexatibá. “Não estamos tendo ninguém por nós lá, só nosso Deus e a esperança de nosso povo, que enviou a gente para cá para voltar com algo que estanque a violência. Nós não temos fuzil, nem metralhadora, nem colete à prova de balas e nem dinheiro, como o que estão colocando contra nós. Somos formiguinhas”.

As lideranças relataram às autoridades que os ataques têm sido articulados e até antecipados em grupos de whatsapp locais, com atuação de políticos, policiais e fazendeiros. Foi o que ocorreu no dia do ataque na TI Comexatibá que resultou no assassinato de Gustavo da Silva Pataxó.

Os dois ataques mais recentes na TI Barra Velha foram contra a comunidade denominada “aldeia Nova” – que, apesar do nome, é uma aldeia já estabelecida há anos na área já identificada da terra indígena e que ainda aguarda o fim do processo de regularização.

*Com Viomundo

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Justiça

Justiça arquiva denúncia contra Lula, Dilma e Mercadante

A Justiça Federal em Brasília arquivou uma denúncia contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, além do ex-ministro Aloizio Mercadante, todos do Partido dos Trabalhadores (PT). Os três eram acusados de obstruir as investigações da operação Lava Jato. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (12) pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal, que seguiu o entendimento do Ministério Público Federal (MPF), informa o Congresso em Foco.

“Todavia, realizadas as diligências investigativas não se logrou apurar indícios de autoria e materialidade da prática delitiva. Conforme asseverado pelo Parquet [MP], as provas entabuladas decorrem dos áudios da conversa que foi registrada por José Eduardo Marzagão, assessor parlamentar de Delcídio do Amaral, não havendo elementos probatórios a caracterizar obstrução à investigação criminal”, afirmou o juiz Ricardo Leite.

Lula, Dilma e Mercadante foram denunciados no ano de 2007 pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As investigações sobre a suposta tentativa de obstruir a investigação da Lava Jato teve como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (na época, o parlamentar estava afastado do PT). Inicialmente, a denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas como os três não tinham mais o foto privilegiado foi remetida à Justiça Federal em Brasília.

O procurador da República Marcus Marcelus Gongaza Goulart afirmou à Justiça que como se passaram mais de seis anos dos fatos atribuídos aos ex-presidentes Lula e Dilma foi decidida pela prescrição do caso. A fala do procurador foi dada ainda em abri deste ano. Como ex-presidentes têm mais de 70 anos, o prazo para prescrição de uma eventual pena cai pela metade. Os fatos da denúncia ocorreram entre os anos de 2005 e 2016.

Já em relação ao ex-ministro Mercadante, a justiça entendeu que as investigações não reuniram elementos suficientes. Na época da denúncia, Delcídio afirmou em delação que o ex-ministro ofereceu ajuda jurídica e financeira à sua família para que ele não realizasse a delação.

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Justiça

MPF denuncia presidente da Funai por acusações falsas

Marcelo Xavier usou notificação para pressionar servidores em processo de licenciamento ambiental; pena pode chegar a oito anos de prisão, segundo o GGN.

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça contra o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), pelo crime de denunciação caluniosa.Xavier acusou diversos servidores da Funai, além de integrantes da Associação Waimiri Atroari e pessoas jurídicas, dos crimes de tráfico de influência e de prevaricação, mesmo sabendo que eram inocentes.

Essa notificação contra servidores seria um instrumento de pressão política dentro do processo de licenciamento ambiental, em especial ao componente indígena, da linha de transmissão de energia entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR), o Linhão de Tucuruí.

Tal inquérito foi arquivado, com o MPF apontando a ausência de hipótese investigativa seja pela falta de caracterização mínima como crime das condutas apresentadas, quanto pela ausência de indícios de autoria e de materialidade.

Mesmo assim, Marcelo Xavier representou criminalmente contra o procurador da República Igor Spíndola, responsável pelo despacho de arquivamento.

A representação apresentava três condutas que não caracterizam crime, sem apresentar provas ou indícios de irregularidade.

O MPF pede a condenação de Marcelo Xavier, por duas vezes, pelo crime de denunciação caluniosa, previsto no artigo 339 do Código Penal, com pena de prisão de dois a oito anos e multa.

A ação penal também inclui o pedido de condenação do presidente da Funai a pagar R$ 100 mil em indenização por danos morais causados às vítimas e à sociedade, além da perda da função pública.

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Corrupção

Senador denuncia Pacheco, Alcolumbre e Do Val ao STF por corrupção

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) entrou com uma notícia-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) contra três colegas senadores por corrupção. Os alvos da denúncia são o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES), segundo o Uol.

Vieira acusa Pacheco e Alcolumbre de corrupção ativa e Do Val de corrupção passiva no caso do orçamento secreto. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marcos do Val afirmou que recebeu R$ 50 milhões em emendas de relator por apoiar Pacheco para a presidência do Senado.

Na mesma entrevista, Do Val disse ter sido informado da verba por Alcolumbre, que era o então presidente do Senado e articulou a campanha de seu sucessor. Segundo Do Val, os recursos seriam uma forma de “gratidão”.

No documento enviado ao STF, Vieira compara o caso ao Mensalão. “Causa espanto a naturalização de verdadeira negociata de votos dentro do Senado Federal com uso de dinheiro público”, afirmou no texto.

Alessandro Vieira também protocolou uma queixa no Conselho de Ética da Casa, pedindo que os três sejam enquadrados por quebra de decoro.

Após a repercussão da entrevista ao Estadão, Marcos do Val emitiu uma nota em fala que houve “má interpretação” da reportagem e afirma que fez referência à existência de critérios no Senado para indicações transparentes de recursos por senadores. Ele, porém, não voltou atrás nas afirmações.

Hoje, confrontado por jornalistas na CNN Brasil, Do Val disse que a “narrativa” de suposta compra de votos na eleição de Pacheco deveria ser contida “porque ela não era verdadeira” e ameaçou interromper a participação no canal.

Pacheco foi eleito presidente do Senado em fevereiro do ano passado. Ele derrotou Simone Tebet (MDB) por 57 votos a 21. O mandato na cadeira principal da Casa vai até fevereiro de 2023.

Em entrevista coletiva no Senado na tarde de hoje, Pacheco chamou a denúncia de “oportunismo político”. “Eu lamento isso de alguém que não é capaz de reconhecer aquilo que eu tenho buscado fazer desde que assumi a presidência”, disse.

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Governo federal tem uma denúncia de assédio sexual por dia

Segundo dados da CGU, houve 214 casos no primeiro semestre de 2022. No ano passado, foram 251, alta de 65% em relação a 2020, segundo O Globo.

As denúncias de assédio sexual que levaram à queda do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, vão além do banco estatal e cresceram 65,1% no governo federal em 2021, atingindo um volume recorde com 251 denúncias, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU) dos últimos sete anos. Somente em 2022 houve, em média, um caso por dia, o dobro do ano anterior.

Registradas nas ouvidorias federais da administração federal, as denúncias são compiladas por auditores da CGU em um sistema que monitora cada procedimento aberto. Os canais de contatos para as vítimas vão desde ministérios a órgãos subsidiários, como universidades federais.

Mas, não são computados informações de estatais como a Caixa ou a Petrobras. Para proteger as vítimas, os nomes envolvidos no caso são preservados sob sigilo.

Nos últimos três anos, as denúncias de assédio sexual registradas no governo federal deram um salto, passando de 155, em 2019, para 251, em 2021. Neste ano, somente no primeiro semestre, os casos somaram 214.

Procurados para explicar o aumento do número de denúncias de abuso sexual no governo, o Palácio do Planalto preferiu não se manifestar e disse que a resposta ficaria a cargo da CGU — que, por sua vez, não respondeu até o fechamento desta reportagem.

12,5% de casos arquivados

Do total de denúncias de assédio sexual registradas em ministérios, segundo a CGU, 31 foram feitas por funcionários da pasta da Justiça e Segurança Pública. O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos vem em segundo lugar, com 23 denúncias, seguido pela Educação, com 18. A ouvidoria da Presidência da República também recebeu denúncias de assédio sexual: quatro no total.

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Matéria

Empresário dá detalhes da cobrança de propina para obter repasses do MEC

Edvaldo Brito, que denunciou esquema no Ministério da Educação, revelou pedido de R$ 100 mil por parte de pastor próximo a Jair Bolsonaro.

O empresário Edvaldo Brito, responsável por denunciar o esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC) que levou à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, deu detalhes sobre como funcionava a cobrança de propina para receber repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em entrevista ao Fantástico neste domingo (26), segundo o 247.

O FNDE é responsável por distribuir verbas do MEC para estados e municípios. A polícia entende que, por intermédio dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, próximos de Milton Ribeiro e Jair Bolsonaro (PL), era cobrado o pagamento de propina para organizar reuniões e direcionar os recursos do FNDE.

“Eu descobri que o ministro tinha um gabinete itinerante. Os técnicos do FNDE iam para um determinado município, organizavam um evento em parceria com os municípios, e aí todos os outros municípios eram atendidos”, disse Brito.

O empresário e radialista, então, conseguiu o contato de Gilmar Santos e agendou reunião em Brasília, em maio de 2021. “Eu vi que realmente tinha uma mesa lá em que ele atendia, conversava. Depois, chamava o outro na mesa.” Após a conversa, foi aprovada a ida do gabinete itinerante a Nova Odessa, cidade de Brito.

No entanto, depois disso, os pastores fizeram dois pedidos ao empresário: que ele e o prefeito do município interiorano fossem a Brasília para gravar um vídeo com o então ministro Milton Ribeiro, e o pagamento de uma propina no valor de R$ 100 mil, sob o pretexto de uma ‘doação para uma obra missionária’.

“O próprio Arilton disse: ‘Olha, eu preciso que você faça uma doação. É para uma obra missionária’. Eu falei: ‘Tudo bem. E de quanto é essa doação?’, aí ele falou: ‘Ah, por volta de R$ 100 mil reais é a doação’. Eu falei: ‘É muito. Eu não tenho. Eu não tenho condição. Mas eu tenho amigos, pessoas, empresários que costumam investir na obra e que eu vou pedir a doação’”, detalhou Brito.

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Vídeo: A denúncia do delegado Saraiva sobre a “máfia da Amazônia” que banca deputados, inclusive Carla Zambelli

Delegado da PF Alexandre Saraiva citou integrantes do que ele chamou de “bancada de marginais, de bandidos”: Carla Zambelli, Telmário Motta, Jorginho Melo e outros.

Durante participação de Saraiva no programa Estudio I, da Globonews, Saraiva foi perguntado se já havia sido ameaçado de morte e afirmou que “a maior parte dos políticos do Norte” trabalharia para o crime organizado: “deputados, senadores e governadores”.

“Vou dizer nomes: Zequinha Marinho, Telmário Mota, Mecias de Jesus, Jorginho Mel (de Santa Catarina!), mandou ofício… Carla Zambelli foi lá também, defender madeireiro junto com Ricardo Salles. Nós temos uma bancada do crime. Na minha opinião, de marginais. São bandidos”, afirmou Alexandre Saraiva.

Em 2021, Alexandre Saraiva foi transferido da Superintendência da PF no Amazonas após comandar a maior apreensão de madeira ilegal da história do Brasil e foi retirado do cargo um dia após apresentar ao STF uma notícia-crime contra Ricardo Salles. Saraiva acusava Salles de dificultar as investigações.

Confira:

https://twitter.com/ProfSergioFS/status/1536782815152447488?s=20&t=1Ap_l6gKemjwSCGMVr2_VA

*Com 247

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Política

Malafaia promete denúncia “arrasa quarteirão” contra dois ministros de Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia anunciou no Twitter que divulgará uma denúncia “arrasa quarteirão” contra dois ministros do governo de Jair Bolsonaro, que segundo ele “perderam condição moral” de estarem no cargo.

Ele chamou as autoridades de “inescrupulosas” e prometeu que a divulgação será um “verdadeiro arrasa quarteirão”. Segundo ele, os nomes serão divulgados nesta segunda-feira (11), em um vídeo.

Na sexta-feira (8), Malafaia publicou um vídeo em que acusa o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, de indicar nomes de seu interesse pessoal à vaga disponível no STF. “Saiba o que está por trás da safadeza de tentar impedir a indicação de Bolsonaro para o STF”, diz o anúncio dele ao vídeo.

O nome indicado por Bolsonaro para a vaga no Supremo é de André Mendonça, evangélico que tem o apoio de Malafaia. A sabatina de Mendonça no Senado vem sendo barrada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Neste domingo, Bolsonaro disse a apoiadores que “o que Alcolumbre está fazendo não se faz”.

Aguardemos.

*Com informações do 247

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Anatomia de um embuste. Ou: Dallagnol me atacou em papo com Moro, seu chefe

Quando se afirma que Lula foi condenado sem provas por Sergio Moro, que nem juiz era da causa, muitos tendem a entortar o nariz e se sair com boçalidades como: “Ah, então quer dizer que não houve corrupção na Petrobras e que diretores da empresa não fizeram nenhuma safadeza?”

A pergunta é estúpida. Não quer dizer nada disso. Não quer dizer nem mesmo que Lula seja inocente — desde, claro!, que se saiba de que crime é acusado. A questão que interessa à democracia é outra: saber se foi condenado com ou sem provas.

E Lula foi condenado sem provas. Já chego lá. O JURISTA REINALDO AZEVEDO Deltan Dallagnol protagonizou o seu show grotesco em 14 de setembro de 2016, data da apresentação da denúncia. Dois dias depois, lá estava ele a conversar com Sergio Moro no Telegram. E evidencia preocupação com as críticas deste escriba e do jurista e professor Lenio Streck:

“Ainda, como a prova é indireta, ‘juristas’ como Lenio Streck e Reinaldo Azevedo falam de falta de provas. Creio que isso vai passar só quando eventualmente a página for virada para a próxima fase, com o eventual recebimento da denúncia, em que talvez caiba, se entender pertinente no contexto da decisão, abordar esses pontos”.

Vejam que coisa… Em 2016, o ex-chefão da Lava Jato estava preocupado com as minhas críticas, né? Uma informação relevante: pouco me importa que ele me chame “jurista”, com aspas, como a indicar que jurista não sou. E não sou mesmo. Mas Streck é um dos mais importantes do país. Tentaram me tirar do debate no ano seguinte com uma farsa. Não conseguiram.

A DENÚNCIA

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal é explícita: afirma, com todas as letras, que os recursos que resultaram no tal tríplex do Guarujá derivaram de três contratos mantidos por consórcios integrados pela OAS com a Petrobras: um para obras na Refinaria Getúlio Vargas-Repar e dois para a Refinaria Abreu e Lima. Você não precisa acreditar só em mim. Acredite em você. A íntegra está aqui.

Transcrevo o trecho com o miolo da acusação:

Com efeito, em datas ainda não estabelecidas, mas compreendidas entre 11/10/2006 e 23/01/2012, LULA, de modo consciente e voluntário, em razão de sua função e como responsável pela nomeação e manutenção de RENATO DE SOUZA DUQUE [RENATO DUQUE] e PAULO ROBERTO COSTA nas Diretorias de Serviços e Abastecimento da PETROBRAS, solicitou, aceitou promessa e recebeu, direta e indiretamente, para si e para outrem, inclusive por intermédio de tais funcionários públicos, vantagens indevidas, as quais foram de outro lado e de modo convergente oferecidas e prometidas por LÉO PINHEIRO e AGENOR MEDEIROS, executivos do Grupo OAS, para que estes obtivessem benefícios para o CONSÓRCIO CONPAR, contratado pela PETROBRAS para a execução das obras de “ISBL da Carteira de Gasolina e UGHE HDT de instáveis da Carteira de Coque” da Refinaria Getúlio Vargas – REPAR e para o CONSÓRCIO RNEST/CONEST, contratado pela PETROBRAS para a implantação das UHDT´s e UGH´s da Refinaria Abreu e Lima – RNEST, e para a implantação das UDA´s da Refinaria Abreu e Lima – RNEST. As vantagens foram prometidas e oferecidas por LÉO PINHEIRO e AGENOR MEDEIROS, a LULA, RENATO DUQUE, PAULO ROBERTO COSTA e PEDRO JOSÉ BARUSCO FILHO [PEDRO BARUSCO], para determiná-los a, infringindo deveres legais, praticar e omitir atos de ofício no interesse dos referidos contratos.” COMO SE FAZ NO DEVIDO PROCESSO LEGAL? Ora, se a acusação era essa, o MPF estava obrigado a apresentar provas de que, dos contratos listados, saíram os recursos que resultaram no tal tríplex — que, reitero, ficou provado, não pertencia a Lula.

COMO SE FAZ NO DEVIDO PROCESSO LEGAL?

Ora, se a acusação era essa, o MPF estava obrigado a apresentar provas de que, dos contratos listados, saíram os recursos que resultaram no tal tríplex — que, reitero, ficou provado, não pertencia a Lula.

Ocorre que isso não aconteceu. As provas jamais apareceram. O processo se transformou numa longa tentativa de provar que o tal apartamento pertencia a Lula, o que também não conseguiram. Reitero: a empresa de que Sergio Moro agora é sócio, a Alvarez & Marsal, que fez a recuperação judicial da OAS, asseverou que o imóvel pertencia à construtora.

Então veio a sentença de Moro. Também nesse caso, você pode acreditar no que seus olhos leem se quiser. A íntegra está aqui.

Moro condena Lula e simplesmente esquece a denúncia, o que é fabuloso. Vale dizer: o ex-presidente se tornou réu por uma coisa e acabou sendo condenada por outra — e, pasmem!, também sem provas, só com base na conversa de delatores que asseguravam que Lula sabia de tudo o que se passava na Petrobras. Ainda que verdade fosse: qual era mesmo a acusação?

DALLAGNOL SUGERE A SENTENÇA A MORO

Voltem lá ao diálogo em que Dallagnol faz ironia com o meu nome e com o de Lenio Streck. Ele, claramente, pede a Moro que aborde em sua decisão, ao aceitar a denúncia e tornar Lula réu, os pontos do seu PowerPoint — o que o então juiz efetivamente fez.

Mas não o fez apenas na aceitação da denúncia. A sua sentença é uma longa e mal escrita catilinária contra Lula, seguindo os passos da fantasia vendida pelo ex-chefe da Lava Jato de Curitiba na encenação do PowerPoint.

Ou por outra: Moro ignorou o conteúdo da denúncia e condenou o ex-presidente pelo, digamos, conjunto da obra. Escrevo de outro modo: Lula foi condenado porque era Lula.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

E, então, vieram os embargos de declaração. A defesa do ex-presidente quis saber em que trecho da sentença estavam as provas de que o tríplex, que de Lula não era, tinha origem nos tais contratos, como afirmou o Ministério Público. E então recebeu esta fabulosa resposta:

“Este juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”.

Bom, então ele nem era o juiz da causa, como agora reconhece Edson Fachin, ainda que possa fazê-lo por motivos nem tão nobres. E Moro tentou justificar assim a sua sentença:

“A corrupção perfectibilizou-se com o abatimento do preço do apartamento e do custo da reforma da conta geral de propinas, não sendo necessário para tanto a transferência da titularidade formal do imóvel”.

Não há uma só evidência nos autos de que haveria uma “conta geral de propinas” da OAS. Isso foi arrancado de Léo Pinheiro, que estava interessado em fazer a segunda delação — a primeira tinha sido anulada —, que, por sua vez, jamais apresentou uma miserável prova.

Eis a anatomia de uma barbárie judicial.

O juiz que juiz não era da causa condenou um réu sem provas, com base num único depoimento de alguém que estava desesperado para fazer uma delação. O resto ele recheou com as divagações de Dallagnol em seu PowerPoint.

O resto ele recheou com as divagações de Dallagnol em seu PowerPoint.

E ainda sou obrigado a ouvir os lamentos de algumas carpideiras, que choram o fim da Lava Jato, dizendo que, assim, não teremos um país decente.

São pessoas que acreditam que país decente se constrói condenando sem provas aqueles de quem elas não gostam ou que ameaçam seus interesses.

*Reinaldo Azevedo/Uol

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