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No dia da morte de seu delator, Aécio vai ao topo no Twitter pela macabra frase: “tem que ser um que a gente mata antes”

A morte do delator de Aécio acendeu a memória de muitos brasileiros por conta da frase que marcou para sempre a sua história na política “tem que ser um que a gente mata antes de delatar”.

A frase foi dita no momento em que combina a propina que receberia de Joesley e que foi registrada em áudio, concretizada e filmada com seu primo levando as malas de dinheiro da JBS para Aécio.

Esse fato do contraventor Aécio se dá ironicamente um dia depois de Dilma ser ovacionada na Universidade de Sorbonne, na França.

Mas a coisa não para aí, Aécio, hoje, é deputado federal, o que mostra que, diante de tantas provas, ele jamais foi incomodado por Moro e seus capangas da Lava Jato. Mais que isso, há um consenso tanto da mídia quanto da justiça e de toda a direita de que o nome de Aécio precisa ficar sob folhagens para que sua impunidade se eternize, o que prova a descarada proteção que ele teve de Moro, do STF e da Globo. Isso dito num exame superficial, porque Aécio sempre foi representante da oligarquia patriarcal que ainda vigora no país.

Indiscutivelmente, Aécio é hoje um morto vivo fugindo da prisão, imantado pelo foro privilegiado, mas em termos de política é uma matéria morta. Mas há um outro fato que ocorre na mesma semana que sacudiu o país, as confissões de Temer no Roda Viva de que Dilma sofreu um golpe e que se não fosse Moro vazar o grampo criminoso para a Globo, Lula seria Ministro-chefe da Casa Civil e Dilma não seria golpeada.

Isso tudo somado, revela o papel nefasto da mídia, do judiciário, das Forças Armadas, do Ministério Público e Polícia Federal que implantaram uma ditadura cordial no Brasil em que vários arquitetos trabalharam. Aécio, Cunha e Temer, formaram a tríade mais repugnante que deu início à escalada fascista do governo Bolsonaro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Tribunal militar gasta R$ 100 mil em viagem à Grécia de ministros em férias

Três ministros participaram de seminário de dois dias em hotel cinco estrelas.

O STM (Superior Tribunal Militar) gastou cerca de R$ 100 mil em passagens e diárias com a viagem de três ministros à Grécia, em julho, durante as férias coletivas. Eles participaram de um seminário de dois dias, em Atenas, promovido pela Associação Internacional das Justiças Militares, uma entidade privada.

O evento foi realizado no Athens Plaza Hotel, estabelecimento de cinco estrelas, próximo à Acrópole (diárias de R$ 2.800 a R$ 10 mil, além de taxas).

O presidente do STM, almirante Marcus Vinícius Oliveira dos Santos, proferiu palestra no dia 5 de julho sobre “Forças Armadas e atuação na garantia da lei e da ordem”. Viajou no dia 27 de junho e retornou em 16 de julho.

O Superior Tribunal Militar disse que Santos “intercalou o evento com o seu período de férias no recesso do Judiciário”.

As passagens do presidente custaram R$ 28,3 mil. As dos ministros do STM Álvaro Luiz Pinto e Péricles Aurélio Lima de Queiroz custaram R$ 13,8 mil. O tribunal informou que as passagens “foram expedidas para período e classe diferentes”.

Cada um dos três recebeu sete diárias (cerca de R$ 14 mil, segundo a cotação média do euro no período).

O seminário recebeu patrocínio do Bradesco, que mantém a folha de pagamento da Justiça Militar em São Paulo. O banco não informou o valor do patrocínio. O encontro não foi divulgado no site do STM.

A reportagem consultou ministros, juízes e ex-membros do Conselho Nacional de Justiça, sob o compromisso de terem os nomes preservados. Dois deles foram corregedores.

Eles criticam o fato de as férias terem sido interrompidas para o seminário, e, no caso do presidente, de a viagem ter sido prorrogada, com recursos públicos.

A interrupção ou fracionamento de férias não foi prevista na Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional). Em 2018, o CNJ entendeu que a possibilidade de interrupção de férias deve ocorrer “somente para os cursos oficiais das escolas judiciais”. Não é o caso da viagem à Grécia.

A Associação Internacional das Justiças Militares tem sede em Florianópolis. Foi criada em 2003 e reúne representantes de mais de 15 países.

A ideia de criação de uma entidade para “congregar os estudiosos da Justiça Militar e do direito militar” foi lançada em 2000, durante encontro realizado em Brasília.

O presidente é o juiz paulista Paulo Adib Casseb, ex-presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo. Casseb é coordenador da Justiça Militar na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

A AMB disponibilizou dez vagas para associados participarem do seminário em Atenas. Eles pagariam passagens, hospedagem, transporte e alimentação. Não foram preenchidas as vagas.

Em 2012, ministros do Superior Tribunal de Justiça e presidentes de Tribunais Regionais Federais visitaram tribunais e universidades da Alemanha. Viajaram em primeira classe, com despesas pagas pelo erário. Dez juízes pagaram passagens, hospedagem e alimentação.

OUTRO LADO

O Superior Tribunal Militar informou que “os afastamentos de ministros para participação em eventos representando oficialmente o STM, inclusive com o recebimento de diárias, depende de autorização do plenário da corte”.

“Quando o evento coincide com o período de férias coletivas dos magistrados, há a suspensão temporária das mesmas para os ministros participantes. Foi o que ocorreu no caso em apreço”, informou a assessoria. “O STM sempre arca com as despesas dos seus servidores quando em representação ou em serviço”, afirmou.

A corte disse ainda que a AIJM (Associação Internacional das Justiças Militares) “não tem qualquer ligação institucional com o tribunal”. Ainda segundo a assessoria, não houve divulgação do seminário no site do tribunal “porque o evento não era organizado pelo STM”.

A AIJM informou que viajaram cinco magistrados e que membros da diretoria viajaram “com afastamento regular, pagaram com recursos próprios e sem diárias”.

Sobre o patrocínio do Bradesco, informou que “os magistrados militares não julgam ações relacionadas a bancos e instituições financeiras, inexiste conflito de interesse nesse patrocínio, cujo único objetivo do patrocinador é a divulgação da marca”.

“Sendo a associação uma entidade privada, que não recebe subvenção ou recurso público, se reserva ao direito de não tratar dos valores concernentes ao patrocínio do evento”, informou.

O Bradesco informou que patrocinou o seminário “pelo interesse comercial junto aos clientes e potenciais clientes dessa categoria profissional, para a colocação de produtos e serviços financeiros”. “Atualmente, o Bradesco mantém a folha de pagamento da Justiça Militar de São Paulo, a qual foi adquirida em processo licitatório”, informou.

 

 

*Com informações de O Tempo

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O Brasil vive uma ditadura cordial e precisa denunciar ao mundo

É preciso dizer ao mundo que o futuro da Amazônia depende da democracia, melhor, depende do fim desse circo democrático montado pela oligarquia com o judiciário e as Forças Armadas, sublinhado pela mídia.

A patética frase que surgiu nas redações da Globo e congêneres, durante e depois do golpe em Dilma, de que as instituições estavam funcionando, transcreve o tipo de justificativa que deveria tomar o espírito dos nucleozinhos civilizatórios do Brasil.

Essa casta escravocrata, que até hoje não aceitou abolição da escravidão e que os brasileiros conhecem bem, tem uma cultura doentia de manter o país nas mãos de ditadores em pleno século XXI, tem que ser banida do poder pela força da democracia. E se as instituições hoje no Brasil são a própria treva, que a luz se faça de fora para dentro e que se denuncie ao mundo que jamais um incêndio nas proporções em que aconteceu na Amazônia, agora, aconteceria se de fato o Brasil vivesse uma democracia.

O discurso uniformizado que ganhou molde no país para desabrochar uma ditadura com o golpe em Dilma e a prisão de Lula, tem que ser desmascarado.

O Brasil vive hoje subordinado à lei geral dessa casta do dinheiro, das Forças Armadas, do judiciário e da mídia. Se até aqui quem pagou o preço por esse inferno ditatorial foram os brasileiros, o mundo precisa saber que o grande espetáculo do fogo, promovido por Bolsonaro na Amazônia, só foi possível porque, junto com Dilma, golpearam a democracia e a aprisionaram junto com Lula. Não hã como descolar uma coisa da outra.

É inútil enxugar gelo, acreditando que uma legião de golpistas, num determinado tempo apagará as luzes e sairá do poder. Isso não ocorrerá sem uma gigantesca mobilização popular dentro do Brasil e uma pressão econômica internacional, como já está ocorrendo por conta do crime incendiário promovido pelo governo na Amazônia, porque a essa altura do campeonato, não há ingênuo que acredite que o governo Bolsonaro não é o grande protagonista desse incêndio criminoso.

Bolsonaro sempre trouxe fogo nos olhos contra a floresta, os povos que lá habitam, índios, quilombolas para que, com o poder nas mãos, colocasse em prática seu diabólico plano de extinguir ao menos a metade da floresta, como cansou de afirmar.

E não há como, diante desse cheiro de enxofre que exala do Planalto, os militares que compõem esse governo fazerem cara de paisagem. A nata dos militares, como mostrou o general Augusto Heleno, num discurso explosivo, trouxe a noção clara do que fez o estouro da boiada para incendiar a Amazônia e provocar uma fumaceira que chamou a atenção do mundo.

O general, exaltado, afirmou, em nome de uma soberania enviesada, que o Brasil tem direito de tacar fogo em sua floresta e que ninguém tem nada com isso, bem ao estilo dos ditadores mais chulés ao redor do mundo.

É hora de encarar a realidade, porque, nesse processo, diante da enorme quantidade de provas, revelada pelo Intercept e denunciada por grandes juristas internacionais, da criminosa manipulação da Lava Jato para prender Lula e mudar os resultados das eleições no Brasil, como mudou, sem que Lula fosse imediatamente solto e a Lava Jato imediatamente anulada, acreditar que o Brasil vive uma democracia, é acreditar numa descarada e já desmoralizada mentira.

A palavra de ordem é mobilização, dentro e fora o país, para fazer desabar essa ditadura institucional, cordial como é do feitio das classes economicamente dominantes.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Depois de criticar Macron por usar foto antiga, Bolsonaro faz o mesmo para divulgar ação na Amazônia

Bolsonaro não acerta uma. Depois de criticar Macron, com aquela forma pedante, dizendo que presidente da França usou fotos antigas para ilustrar o incêndio atual da Amazônia, a Folha descobre que Bolsonaro fez o mesmo, compartilhando uma foto divulgada pelo Ministério da Defesa que misturou foto antiga com imagens novas feitas neste sábado (24).

Como no dito popular, Bolsonaro atou uma broxa à calda de um burro, como mostra a matéria da Folha:

Ao divulgar pelo Twitter ações de combate a focos de incêndio na região da Amazônia, o ministério da Defesa misturou uma foto antiga com imagens novas feitas neste sábado (24). As mensagens foram compartilhadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na primeira postagem, feita por volta das 16h, o ministério publicou uma foto de uma aeronave soltando água em cima de uma região com fogo, o que dava a entender ser relacionada com a ação atual. “Nosso papel é atuar em prol da nação. Mais de 43 mil militares das Forças Armadas reforçam ações de combate a incêndios na #Amazônia”, escreveu a Defesa no post. A mesma imagem, no entanto, aparece também vinculada a uma notícia de novembro de 2015, sobre o trabalho realizado para conter chamas na Chapada Diamantina (BA).

Por volta de 17h, Bolsonaro pegou a mesma foto com parte do texto e compartilhou em sua conta no Twitter. Mais tarde, por volta das 18h, o ministério usou de novo a rede social para divulgação das ações na região da Amazônia, dessa vez com imagens feitas na tarde deste sábado. “A @portafab [conta do Twitter da Força Aérea Brasileira] emprega, a partir de hoje (24/08), duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na #Amazônia, partindo de Porto Velho (RO). Confira a ação”, texto que aparece acompanhando o vídeo postado, que Bolsonaro também compartilhou em sua rede

A assessoria de imprensa do ministério confirmou que a primeira foto postada era antiga e disse que foi usada de forma “meramente ilustrativa”, para tratar sobre uma atividade que ainda iria ocorrer. A imagem faz parte de um banco de dados da FAB (Força Aérea Brasileira).

Na última quinta (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, usou uma foto antiga para falar sobre a disparada no número de queimadas na Amazônia. A imagem foi feita pelo fotojornalista da National Geographic Loren McIntyre, que morreu em 2003, nos EUA. McIntyre era um explorador, que inclusive dá nome a uma das nascentes do Rio Amazonas, a Lagoa McIntyre, no Peru.

Bolsonaro assinou na tarde de sexta-feira (23) um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas na Amazônia. De acordo com o documento, militares poderão atuar em “áreas de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal”.

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Vídeo: No mesmo dia, Lula diz a Bob Fernandes que no seu governo voltou a dar comida para soldados, Bolsonaro diz que vai tirar

O corte da alimentação dos soldados do exército foi um dos ingredientes que marcaram a entrevista de um Bolsonaro amarelo, nitidamente abatido quando avisa que, “O exército vai entrar em meio expediente porque não tem comida para dar para o recruta”. Enquanto o mesmo tema foi abordado por Lula, também hoje em entrevista com Bob Fernandes dizendo que, quando recebeu o governo das mãos de Fernando Henrique, as Forças Armadas estavam na mesma situação, sem recursos para pagar a comida dos soldados e, por isso, tinham que ser dispensados às 11 horas. E que ele, Lula, não só deu alimentação aos soldados, como também reformou todo o uniforme da tropa e promoveu cursos de qualificação técnica aos mesmos soldados.

Essa gigantesca diferença mostrando as formidáveis glórias do governo Lula e as acachapantes derrotas do governo Bolsonaro em apenas sete meses, explicam o tranco que o país levou depois de todas as manobras golpistas que derrubaram a presidenta Dilma, prenderam Lula e colocaram Bolsonaro no poder.

Assista:

Assista à entrevista de Lula com Bob Fernandes

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Juíza negou a Lula direito a cumprir pena em sala de Estado Maior como ex-presidente

Advogados argumentaram que, em função do cargo que ocupou por 2 mandatos, Lula teria a prerrogativa de ficar preso em São Paulo, em estabelecimento a ser escolhido e informado pelas Forças Armadas.

Antes de acolher o pedido da Polícia Federal para transferir Lula de Curitiba para São Paulo, a juíza Carolina Lebbos, que cuidava da execução penal do ex-presidente no caso triplex, indeferiu pedido da defesa para que o petista tivesse direito a uma sala de Estado Maior.

Os advogados do ex-presidente argumentaram que, em função do cargo que ocupou por 2 mandatos, Lula teria a prerrogativa de ficar preso em São Paulo, em estabelecido a ser escolhido e informado pelas Forças Armadas, e não pela PF sob Sergio Moro – como ocorreu em Curitiba.

Lebbos, contudo, afirmou que não existe lei que possibilite a Lula usufruir dessa prerrogativa, e que, em sua visão, a Sala de Estado Maior só serve a ex-presidentes quando a prisão se dá durante o processo de julgamento. No caso de Lula, a condenação na ação penal envolvendo o apartamento no Guarujá construído e reformado pela OAS já passou dessa fase.

“(…) embora o ordenamento jurídico brasileiro contemple hipóteses de recolhimento em prisão especial ou Sala de Estado Maior, essas se restringem à prisão processual. Não há previsão em tal sentido concernente à prisão para cumprimento de pena, decorrente de condenação criminal confirmada em grau recursal”, anotou.

A juíza ainda sustentou que, por se tratar de ex-funcionário da administração federal, poderia recair sobre Lula o artigo 84 da Lei de Execução Penal, que prevê que o preso seja apartado dos demais.

“Esse dispositivo legal (art. 84, §§ 2º e 3º, IV) aplica-se no caso em análise. Assim como ocorre com a hipótese de funcionários da Administração da Justiça criminal, em que a própria lei estabelece a necessidade de recolhimento em separado de presos comuns, embasada em razões de preservação da segurança e integridade, a peculiaridade do cargo já ocupado pelo executado, consideradas todas as atribuições a ele inerentes, impõe cautela estatal para a garantia de sua segurança.”

Em outra passagem, Lebbos sugeriu que uma sala de Estado Maior ou algo semelhante, embora não seja direito de Lula, em sua visão, poderia ser considerada apenas se não houver outro local adequado ao cumprimento da pena em São Paulo, que garanta a cautela inerente ao cargo de ex-presidente.

“(…) não obstante ausente imposição abstrata para o recolhimento em Sala de Estado Maior ou local assemelhado, possível que tal contexto se verifique, apenas se necessário à preservação da segurança e à garantia do efetivo cumprimento da pena, caso ausente outro local adequado.”

O juiz Paulo Sorci, de São Paulo, decidiu que Lula ficará preso em Tremembé 2, onde presos famosos estão alojados. O argumento usado na imprensa é que estes presos, envolvidos em casos de repercussão nacional, estiveram seguros ao longo de todos os anos de cumprimento de pena, e o mesmo aconteceria com Lula.

 

 

*Com informações do GGN

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Nota do PT: Transferência de Lula é novo ato de perseguição; segurança de Lula estará em risco

O juiz corregedor Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou a transferência do ex-presidente Lula para a Penitenciária II de Tremembé “José Augusto César Salgado”, localizada no interior de São Paulo. A informação é do jornal O Globo.

Nota do PT

Lula sequer deveria estar preso em lugar nenhum porque é inocente e foi condenado numa farsa judicial”, traz a nota subscrita por Gleisi, Pimenta e Humberto Costa.

1) A decisão de transferir o presidente Lula de Curitiba para São Paulo é de exclusiva responsabilidade da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que solicitou a medida, e da juíza de Execuções Penais Carolina Lebbos, que deferiu o pedido sem considerar os argumentos da defesa do ex-presidente.

2) Lula não deveria estar preso em lugar nenhum porque é inocente e foi condenado numa farsa judicial. Não deveria sequer ter sido julgado em Curitiba, pois o próprio ex-juiz Sergio Moro admitiu que seu processo não envolvia desvios da Petrobrás investigados na Lava Jato.

3) A decisão da juíza Carolina Lebbos caracteriza mais uma ilegalidade e um gesto de perseguição a Lula, ao negar-lhe arbitrariamente as prerrogativas de ex-presidente da República e ex-Comandante Supremo das Forças Armadas.

4) O Partido dos Trabalhadores exige que os direitos de Lula e sua segurança pessoal sejam garantidos pelo estado brasileiro, até que os tribunais reconheçam a sua inocência, a parcialidade da sentença de Moro e a ilegalidade da prisão, onde quer que seja cumprida.

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados
Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal

Brasília, 7 de agosto de 2019

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Que o presidente da República apresente fontes e provas do que diz

Por COLETIVO RJ MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA, EQUIPE CLÍNICO-POLITICA DO RIO DE JANEIRO, FILHOS E NETOS POR MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA, OCUPA DOPS

NOTA DE REPÚDIO

O senhor Jair Bolsonaro afirmou hoje saber as circunstâncias do desaparecimento forçado e da ocultação do cadáver, em 1974, do funcionário público Fernando Santa Cruz. Seu dever é, portanto, revelar essas informações à Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Lei 9.140) e à Justiça, para que a sociedade e, sobretudo, a família de Fernando Santa Cruz, possam encerrar uma busca que já dura mais de 40 anos.

É preciso, ainda, que ele venha a público dizer se possui informações sobre outros casos de mortos e desaparecidos políticos, e que apresente suas fontes e as provas do que diz.

Como se sabe, os arquivos das Forças Armadas se mantêm fechados até hoje, ao mesmo tempo em que os agentes da ditadura sustentam um pacto de silêncio sobre as graves violações de direitos humanos cometidas no período de 1964-1985. Assim, caso ele não revele as informações que possui, estará utilizando a cadeira da Presidência da República para acobertar crimes contra a humanidade, e, por isso, deve ser responsabilizado.

Do contrário, caso ele não tenha conhecimento de informações sobre os crimes que levaram à morte e ao desaparecimento de mais de 400 militantes de resistência à ditadura, então esta terá sido apenas mais um declaração leviana, irresponsável e cruel de Bolsonaro, pela qual ele deve ser igualmente responsabilizado.

 

 

*Da Carta Maior

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O Brasil se transformou em um “foda-se” institucional

O Estado brasileiro, entregue ao mercado, transformou-se num monstro truculento de onipotência e selvageria. Não há mais regra pra nada, um país em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chora

de emoção por ter tirado dinheiro da velhinha para entregar nas mãos de um banqueiro; os generais de pijama comandando as próprias Forças Armadas que seguem o roteiro dos ditadores de 1964 em uma guerra declarada à constituição; o judiciário podre de cabo a rabo; a soberania nacional totalmente entregue aos Estados Unidos; os escândalos revelados pelo Intercept mostrando que a Lava Jato é a caricatura do próprio país, aonde procuradores e juízes corruptos transformam-se em paladinos do combate à corrupção e são calorosamente protegidos por uma classe média que perdeu a vergonha de ser tão corrupta quanto seus heróis. Assim como a mídia, sobretudo a Globo, que trata tudo isso com total naturalidade e apoio à balbúrdia institucional.

Certamente, os Marinhos estão lucrando muito com isso, pois eles não jogam para perder. Essa, que deve ser a família mais odiosa do país, é o próprio câncer da nação.

As instituições brasileiras estão sendo desmanchadas em peças e se convertendo em milícias bolsonaristas como as do Queiroz e cia. O país segue sendo desparafusado e o bolsonarismo, dentro do estado, transformou-se num comboio de selvagens sem o mínimo de vergonha na cara nas cenas diárias de corrupção, nepotismo e vigarice explícita.

Ninguém sabe aonde isso vai dar, o que se sabe é que esse desmonte que atinge diretamente o lombo do povo em nome dos plutocratas do mercado, dos banqueiros e da agiotagem generalizada já está chegando nas costas dessa classe média burra e preconceituosa.

O fato é que ninguém sabe como desatar esses nós, porque não se tem justiça, não se tem Ministério Público, Forças Armadas, Congresso e, muito menos, governo. Tudo é conduzido pelo mercado, mostrando que o fascismo e o neoliberalismo são estacas de uma mesma construção selvagem de sociedade.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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No arremedo chamado Brasil, as “instituições” estão funcionando

A imagem da Ministra do STF, Cármen Lúcia posando, em self, com o jovem sábio do neoliberalismo tardio, Kim Kataguiri, mostra que as entranhas do poder dentro do Estado são bem mais remosas do que se denuncia.

Moro, debaixo dos escombros que desabaram em sua cabeça, teve uma colossal salva de palmas, de pé, num evento da XP, vinda da macabra gleba dos maiores investidores (sonegadores) do país. Ou seja, este é o Brasil nu e violento em que vivemos e que vemos se aprofundar num terreno cada vez mais pantanoso.

O escândalo, que vem sendo revelado pelo Intercept, agora em parceria com veículos da mídia tradicional, deixa cada vez mais estupefatos os brasileiros. Por outro lado, é nítido que uma teocracia elitista mantém, dentro das instituições brasileiras, os mesmos vícios da velha república que não deixam a luz e, menos ainda, o povo penetrar.

É aí que se aloja Bolsonaro, um fascista zombeteiro que empurra o país para o precipício civilizatório com a ajuda das Forças Armadas e do capital financeiro.

O judiciário, filho desse matrimônio, dá a exata tonalidade sombria dessa imagem que todos nós estamos vendo.

No meio disso, está a Globo, a mesma que produziu os reinos de Temer e Bolsonaro em parceria com Moro, tendo como principal nutriente escândalos forjados, delações combinadas e toda a forma de excrescência jurídica para derrubar Dilma Roussef, uma presidenta honrada, eleita por voto direto e, em seguida, com requinte de crueldade, condenar e manter preso Lula, o presidente mais popular da história e a maior liderança política do país.

Então, vem a pergunta: o que fazer diante desse quadro escabroso em que as instituições brasileiras são verdadeiros pardieiros? Na verdade, o Brasil está diante de uma prova final em que a questão central está na fratura exposta das instituições capturadas pelo capital e o modelo de Estado que atenda ao povo.

Como construir uma composição política que mobilize a sociedade e contemple a luz de uma janela para o futuro do país?

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas