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Segundo a PF, delegado é suspeito de receber propina de R$ 400 mil para obstruir o caso Marielle

A Polícia Federal afirmou, em relatório reservado ao MP-RJ (Ministério Público do Rio), que o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa deve ser investigado pela suspeita de ter recebido propina no valor de R$ 400 mil para evitar que fossem conhecidos os reais culpados pelo duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

Sem citar nomes, o MP-RJ confirmou que investiga Barbosa. O delegado nega que tenha sido subornado por quem quer que seja ligado ao Caso Marielle.

Barbosa, que já chefiou a Polícia Civil do Rio, é citado em uma conversa telefônica como recebedor de propina, como consta no relatório da PF.

“Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios [DH], especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios”, afirmou o delegado federal Leandro Almada, em documento enviado no último dia 2 de maio ao MP-RJ.

Almada comandou o inquérito federal sobre um esquema para atrapalhar as investigações do atentado que matou Marielle e Anderson.

Os fatos [são] merecedores de escorreita investigação, especialmente por investigação de natureza patrimonial, que confirme ou afaste a hipótese de [policiais civis] terem se utilizado dos cargos e da lotação para ganhos ilícitos, haja vista as reiteradas acusações e indícios.

Quem fala tem que provar, diz Barbosa

Procurado pelo UOL, Rivaldo Barbosa afirmou que desconhece o relatório da PF e o conteúdo da conversa telefônica entre o vereador Marcello Sicilliano e o miliciano Jorge Alberto Moreth, durante a qual é dito que o delegado recebeu dinheiro de suborno (leia mais abaixo). Ele ainda negou ter cometido qualquer irregularidade enquanto esteve à frente da Delegacia de Homicídios ou da Polícia Civil.

“Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém.”

Ele não quis comentar as investigações do caso Marielle. Disse que nunca atrapalhou ou obstruiu a investigação. Afirmou ainda que quem fala sobre as supostas propinas deve apresentar as provas sobre a existência delas. “Quem fala tem que provar.”

A Polícia Civil afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Miliciano acusou Rivaldo Barbosa O miliciano Jorge Alberto Moreth afirmou, em conversa telefônica com o vereador Marcello Sicilliano (PHS), que Rivaldo Barbosa recebeu dois pagamentos de R$ 200 mil cada, por meio de um inspetor da DH da Capital identificado como “Marcos”.

O UOL já havia revelado, anteriormente, que Moreth havia dito na mesma conversa que o político Domingos Brazão é o mandante e pagou R$ 500 mil aos assassinos pelo atentado que resultou nas mortes de Marielle e Anderson.

A conversa telefônica ocorreu em fevereiro deste ano e o arquivo foi encontrado no celular de Sicilliano por agentes federais.

Conhecido como Beto Bomba, Moreth é um dos chefes da milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.

Em determinado momento do diálogo, Sicilliano, que chegou a ser investigado como mandante, perguntou se a DH estaria agindo de má-fé. Leia:

Sicilliano: Mas a DH tá junto na sacanagem, né irmão?

Beto Bomba: Tá junto porque levaram duzentos cruzeiros na primeira e depois levaram mais duzentos porque viu que ia babar. Então o malandragem lá, o delegado, botou tudo em você junto com aquele rapaz lá que tá preso [referência ao miliciano Orlando Curicica, também falsamente acusado de ser o mandante].

Apesar de ter dito que Brazão era o mandante, Beto Bomba não identifica claramente quem teria feito o pagamento ao delegado.

Beto Bomba: E não perderam pouco [dinheiro] não, perderam duas vezes, perderam uma de duzentos e mais outra de duzentos, foram quatrocentos cruzeiros. Para desvirtuar para outro canto, entendeu? Ô, chefe, quem rodar em bagulho de Marielle, porra, meu irmão, tá fodido, chefe.

Sicilliano insiste em saber a qual delegado Beto Bomba se referia. Se Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil na época do atentado, ou Giniton Lages, primeiro responsável pelo inquérito na DH da Capital.

Sicilliano: Mas quem estava na sacanagem era o Rivaldo, né? Ou era o Giniton?

Beto Bomba: Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu?

No decorrer da conversa, Beto Bomba nega que o delegado Giniton Lages esteja envolvido na trama.

Beto Bomba: “Chefe, quem levou o dinheiro para eles, para esse delegado [Rivaldo Barbosa], foi um inspetor que trabalha com o delegado. Não foi nem o delegado que recebeu o dinheiro em mãos.”

Sicilliano: “Foi o Marcos?”

Beto Bomba: “Isso aí, foi o inspetor que levou para ele o dinheiro! Das duas vezes.”

Exatos 21 dias após a PF enviar o relatório ao MP-RJ, Beto Bomba se entregou, no dia 23 de maio. Ele estava foragido por causa de um mandado de prisão no âmbito da Operação Intocáveis, que investiga milicianos de Rio das Pedras. O MP não respondeu à reportagem se ele já foi interrogado em relação ao telefonema a Sicilliano.

Gaeco confirma investigação

Não é a primeira vez que Barbosa é citado como envolvido em esquema de propina para abafar o Caso Marielle.

Em depoimentos ao MPF (Ministério Público Federal) e PF, o miliciano Orlando Curicica afirmou que o delegado e outros agentes recebiam dinheiro da contravenção e de milicianos para arquivar inquéritos de homicídios cometidos pelo grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Barbosa já chefiou também a própria DH da Capital e, atualmente, está à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.

Ao UOL, o Gaeco do MP-RJ (Grupo de Combate ao Crime Organizado) confirmou que abriu investigação com base no relatório da PF.

“O Gaeco também ressalta que todas as informações contidas estão sendo rigorosamente checadas e investigadas nos procedimentos relacionados ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes que tramitam sob sigilo”.

 

 

*Com informações do Uol

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Lula: “Moro é canalha e Bolsonaro governa para milicianos”

Lula, em seu discurso, sem qualquer ódio ou rancor, mostra que não está para brincadeira. Voltou para liderar uma oposição forte contra o fascismo que tomou o Brasil de assalto.

Com entusiasmo, força e altivez, Lula disse a que veio.

“A gente não pode permitir que milicianos acabem com o País que construímos”, diz ex-presidente em ato no Sindicato dos Metalúrgicos, em SP.

O ex-presidente Lula começou, por volta das 15h, a fazer o primeiro pronunciamento à Nação na tarde deste sábado (9), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Ao lado do ex-presidenciável Fernando Haddad, de lideranças do PSOL e do PCdoB, Lula fala ao povo brasileiro depois de deixar a prisão em Curitiba na tarde de sexta (8), um dia após o Supremo Tribunal Federal derrubar a prisão em segunda instância.

Lula abriu o discurso partindo para o confronto direto com Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato. “Eu poderia ter ido para uma embaixada, um outro País, mas eu tomei a decisão de ir lá [Curitiba], porque eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando.”

O procurador da República Deltan Dallagnol, segundo Lula, “não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria. Ele montou uma quadrilha na Lava Jato, inclusive para roubar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras.”

Lula também afirmou que Jair Bolsonaro “governa para milicianos” e que é preciso uma investigação independente para apurar as verdadeiras circunstâncias da morte de Marielle Franco.

“Veja, esse cara foi eleito. Nós aceitamos o resultado das eleições. Mas ele foi eleito para governar para o povo brasileiro, não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro. Eles não podem fazer investigação como fizeram na morte de Marielle. Não é a gravação dos filhos dele que vale.”

 

 

*Com informações do GGN

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Luis Nassif: Carluxo escancara parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro

O depoimento vazado mostra que há uma apuração paralela do MPE-RJ apenas para levantar informações úteis a Carlos Bolsonaro. Ou seja, a Policia Civil apura; o MPE-RJ boicota.

A divulgação, por Carlos Bolsonaro, do depoimento do suposto assassino de Marielle Franco ao Mistério Público Estadual do Rio de Janeiro, dizendo que trabalhou para o PT, mostra fatos polêmicos:

1 – O depoimento vazado mostra que há uma apuração paralela do MPE-RJ apenas para levantar informações úteis a Carlos Bolsonaro. Ou seja, a Policia Civil apura; o MPE-RJ boicota.
2 – O episódio mostra os malefícios da derrubada da PEC-37, que impedia investigações por parte do Ministério Público, e cuja campanha de derrubada selou o pacto do MPF com a mídia nas manifestações de 2013.
3 – O vazamento é criminoso e visa criar obstáculos à investigação.

 

 

*Do GGN

 

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Depoimento do porteiro que apontou “Seu Jair” foi gravado

A polícia do Rio filmou o depoimento do porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro, o que pode complicar ainda mais a situação do clã. Ele anotou no livro de registros da portaria o número 58 (casa de Bolsonaro) e disse ter ouvido o ‘ok’ do “seu Jair” quanto ao ingresso de Élcio de Queiroz no condomínio. Élcio é um dos acusados do assassinato de Marielle Franco.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro filmou o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra (RJ), que anotou no livro de registros o número 58 (da casa de Jair Bolsonaro) e disse ter ouvido o ‘ok’ do “seu Jair” quanto ao ingresso de Élcio de Queiroz no condomínio. Élcio é um dos acusados do assassinato de Marielle Franco em 14 de março de 2018, dia em que esteve no condomínio de Bolsonaro.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim.

A Polícia Civil do Rio sabe que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro, do PSC-RJ (veja aqui).

A polícia, no entanto, ainda não periciou a voz dos dois porteiros para fazer a comparação. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) não deve fazer uma nova perícia nas gravações alegando que o procedimento só pode ser feito a mando do Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do suposto envolvimento de Bolsonaro, que tem foro privilegiado.

Quando o porteiro fez as anotações, quem havia chegado ao condomínio no dia 14 de março do ano passado era o policial Élcio de Queiroz, acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. Ronnie Lessa teria sido o autor dos disparos, apontaram as investigações.

Bolsonaro disse ter pego as gravações da portaria do condomínio. Segundo o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), trata-se de uma estratégia para federalizar as investigações, com o objetivo de se blindar, ao deixá-las com o ministro Sérgio Moro (Justiça) e com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Na manhã desta terça-feira (5), Jair Bolsonaro e o seu filho Carlos Bolsonaro confessaram o crime de obstrução judicial e resolveram atacar o PT. Leia na reportagem publicado pelo Brasil 247:

Mais uma vez, Jair Bolsonaro e seu filho Carlos admitiram o crime de obstrução de Justiça nas investigações do assassinato de Marielle Franco em tweets no início da manhã desta terça-feira (5). Antes das 7h, eles já haviam confessado mais uma vez que tiveram acesso a gravações da portaria do condomínio onde moram depois de elas terem se tornado peças de uma investigação policial. E partiram para o ataque ao PT. Os tweets foram claramente coordenados, com redações quase idênticas.

Os alvos da agressão do clã foram a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e os líderes do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Humberto Costa (PE). Ela deve-se ao fato de os três, em nome do PT, terem ingressado nesta segunda-feira (4) no STF com ação solicitando que sejam determinadas busca e apreensão de todo o material apropriado de forma ilegal por Bolsonaro e seu filho, com a realização de perícia para que sejam verificadas eventuais alterações nas provas.

 

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Vassalo da milícia, Moro diz que Bolsonaro copiar áudio não é crime

O ministro não vê obstrução de justiça no acesso ao sistema de segurança da portaria do condomínio em que os dois têm casa O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou na noite de segunda-feira não considerar irregular a cópia de áudios, pelo filho Carlos do presidente Jair Bolsonaro, obtidos do sistema de segurança da portaria do condomínio em que os dois têm casa.

“Copiar áudio não é obstrução de justiça”, afirmou Moro durante jantar promovido pelo site “Poder 360”, do qual o Valor participou com outros jornalistas e empresários. Para ele, o crime de obstrução de justiça seria caracterizado se Carlos tivesse acessado eventuais provas e as destruído.

Carlos publicou nas redes sociais o material para rebater as informações de que o nome do presidente da República teria sido citado nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), quando um dos suspeitos de matá-la entrou no condomínio para encontrar outro suspeito.

Prescrição de crimes

Ainda no evento, Moro afirmou também que a proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para tentar reduzir as possibilidades de prescrição de crimes é positiva, mas não resolve o problema da impunidade.

“Se você não tiver um processo com começo, meio e fim, você tem um problema”, afirmou o ministro, destacando seu respeito ao papel institucional do STF. Ele disse não saber se poderia haver reação das ruas, dependendo da decisão da Corte.

Para o ministro, o placar do julgamento deve ser seis a cinco, divisão que enfraqueceria o argumento segundo o qual a prisão após condenação em segunda instância fere alguma cláusula pétrea da Constituição. Perguntado, Moro não respondeu se teria um “plano B” para o caso, se o Supremo de fato alterar seu atual entendimento sobre o assunto. No entanto, sugeriu que nada impediria que o Congresso pudesse mudar o texto constitucional em sentido oposto.

Eleições 2022

Moro ainda voltou a descartar ter a pretensão de disputar a próxima eleição presidencial, afirmando que Bolsonaro já se autoafirmou como candidato à reeleição.

“Sou ministro do governo. Não tenho condições, até por uma questão de lealdade”, destacou Moro.

Lembrado por um dos presentes sobre sua popularidade, o ministro disse que isso é ilusão, pois popularidade “vai e vem”. Ele afirmou ainda que a pauta da segurança pública e de combate à corrupção é popular sem ser populista.

 

 

*Com informações do Yahoo/O Globo

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Caso Marielle: Porteiro que aparece em áudio não é o mesmo que diz ter falado com ‘seu Jair’

Polícia Civil já sabe que funcionário que prestou depoimento não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa em gravação divulgada por Carlos Bolsonaro.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já tem algumas novidades nas investigações sobre a portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde Jair Bolsonaro morou até 31 de dezembro e onde mora Carlos, um dos filhos do presidente.

A Polícia já sabe que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro e periciado em duas horas pelo Ministério Público.

Trata-se de outro porteiro.

O porteiro que prestou os dois depoimentos em outubro — e disse ter ouvido o o.k. do “seu Jair” quando Élcio Queiroz quis entrar no condomínio — ainda está de férias.

Queiroz é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. E Lessa é suspeito de ter disparado os tiros.

A notícia foi publicada agora há pouco na coluna de Lauro Jardim, no Globo, o que fez muita gente do Planalto coçar a cabeça, porque sabe que o governo Bolsonaro ficou na beira da linha do trem.

 

*As informações são do Globo

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Impeachment de Bolsonaro Urgente: hashtag impeachment de Bolsonaro amanhece em primeiro nos TTs

O tuitaço é uma reação à confissão de Bolsonaro de que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa, para que não fossem adulteradas.

A hashtag #ImpeachmentdoBolsonaroURGENTE amanheceu entre os assuntos mais comentados do Twitter, na manhã deste domingo (3). O tuitaço é uma reação à confissão do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), feita neste sábado (2) para jornalistas, de que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa, para que não fossem adulteradas.

“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro.

De acordo com matéria publicada na Fórum neste sábado, um grupo de juristas divulgou uma nota em que alerta para a gravidade da ação do presidente Jair Bolsonaro, que declarou ter confiscado provas sobre a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Na análise dos advogados, trata-se de reconhecimento de crime.

Veja abaixo alguns tuítes:

https://twitter.com/PapaiBozo/status/1190969894084513792?s=20

https://twitter.com/olulalibre/status/1190982445060853760?s=20

 

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro: “E aí Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo, ou não?

Esta frase de Bolsonaro é característica de blefadores.

Ninguém na mídia está acusando Bolsonaro de ter mandado matar Marielle, ele que está se colocando na linha de tiro por pura agonia e ansiedade.

Lógico que a coisa vai tomando forma a partir das declarações do próprio Bolsonaro que confessou: “Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro, numa confissão que revela sua interferência direta no caso.

Soma-se a isso a vizinhança do condomínio da qual é parte um dos três assassinos de Marielle, que também é um traficante de armas, sem falar que a mulher de Ronnie Lessa fotografou a planilha onde constava o número 58 da casa de Bolsonaro e enviou para o celular do marido, fato confirmado pela polícia, o que vai ao encontro do que disse o porteiro em depoimento que, por sinal, ninguém sabe do seu paradeiro.

Então, vem o guru das fake news de Bolsonaro e começa a perguntar, quem mandou matar Celso Daniel, praticamente confessando que acredita que Bolsonaro está envolvido no assassinato de Marielle, numa tentativa de dar peso e medidas iguais a um caso que já foi exaustivamente investigado e concluído, como o de Celso Daniel.

Sem argumento nenhum, Olavo de Carvalho conta com o gado bolsonariste, usando esse embuste para produzir uma contraofensiva, admitindo, com isso, que o clã não tem saída. E, desesperadamente, sai atirando para todos os lados.

E é isso que Bolsonaro faz hoje, um dia após confessar que obstruiu a justiça ao tomar posse da gravação das ligações feitas da portaria de seu condomínio.

Lógico que Bolsonaro não fez essa pergunta de forma aleatória, assim como não confessou de graça que mexeu na cena do crime, numa indiscutível violação, o que é crime, que deveria lhe render uma prisão preventiva.

Mas como bem disse Lauro Jardim em sua coluna no Globo, que Bolsonaro, orientado por seus advogados, optou por se antecipar na confissão para tentar minimizar os danos. E Moro, para piorar, quer federalizar o caso para engavetar tudo o que já se tem de informação sobre o crime, como mostram as publicações no twitter de Marcelo Freixo e Flávio Dino.

A única conclusão a que se chega do deboche de Bolsonaro sobre a morte de Marielle, é que é puro blefe de quem não tem carta na manga para se defender.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro, como é prática na milícia, mandou Queiroz dar um sumiço em seu celular

Segundo Lauro Jardim do Globo, em janeiro, um mês depois de o caso Fabrício Queiroz/Flavio Bolsonaro estourar, Bolsonaro mandou um emissário de confiança dar a seguinte instrução ao ex-faz tudo da família:

Que Queiroz jogasse o aparelho de celular fora e comprasse uma nova linha.

E assim foi feito.

Essa é apenas uma prática criminosa de uma lista da bandidagem carioca que pode ser traçada hoje, atuando de dentro do Palácio do Planalto.

Como se soube neste sábado (02) pela própria boca de Bolsonaro, sumir com provas que podem incriminá-lo ou alguém de sua família, como a gravação do condomínio onde mora, do dia do assassinado de Marielle, que ele confessou ter pego, é a especialidade do presidente.

A afronta às instituições do Estado, como é prática da malandragem carioca, é cultuada pelo clã Bolsonaro. Mas, para alcançar esse grau de delinquência e de práticas criminosas, tem que se ter um portfólio de trinta anos no legislativo, como Bolsonaro, para se chegar ao ápice, como se vê na forma como ele trata essas questões, a ponto de não só confessar, mas também de debochar da morte de Marielle, como fez hoje com um jornalista do Globo, perguntando, “E aí Globo, já acharam quem matou a Marielle? Foi eu mesmo, ou não?

Na verdade, esse linguajar de Bolsonaro, característico de bandidos cariocas que ligam de presídios para extorquir suas vítimas, soma-se a um outro diálogo de Queiroz que, supõe-se, com ele mesmo no áudio vazado para a imprensa, onde, usando a mesma linguagem, ele faz questão de garantir que, se for traído, tem munição suficiente para detonar Bolsonaro, como é comum na guerra entre milicianos.

Esse é o modelo cívico brasileiro da era Bolsonaro, modelo cívico cultural, assim como o modelo cívico político que assassinou Marielle Franco e Anderson Gomes. É nas mãos dessa gente que o país está, que utiliza as próprias instituições do Estado para instalar um regime autoritário que se agrava perigosamente contra a democracia brasileira.

O fato é que a bandidagem hoje no Brasil sai das periferias cariocas e se transforma em uma situação estrutural a partir do governo Bolsonaro. Essa é a grande diferença, é como se os delinquentes tivessem conseguido chegar à maioridade, inclusive é o que está explicitado na briga particular entre Bolsonaro e Wilson Witzel, como uma guerra entre facções criminosas ligadas à milícias.

E a situação parece se agravar ainda mais quando se inclui nisso a prática nefasta de Moro, da república de Curitiba que, junto com Aras, tentou engavetar o crime de Marielle em que tem como fermento político o próprio clã Bolsonaro.

Estão todos no mesmo saco, fazem parte do mesmo grupo de delinquentes, agora, transformando esse comportamento numa ordem nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Foto: Diário da Manhã

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Juristas dizem que confissão de Bolsonaro é reconhecimento de um crime

Juristas e advogados que integram o grupo “Prerrogativas” divulgaram uma nota expressando o seu espanto com a confissão feita pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo quem ele próprio e outros — “nós” — tiveram acesso à memória das comunicações entre a guarita do condomínio Vivendas da Barra e os moradores. O presidente não disse quando isso aconteceu. Mas foi certamente antes de a procuradora Simone Sibilio encomendar uma perícia mequetrefe, de última hora. Perícia, note-se, que teve como alvo apenas a casa de Ronnie Lessa e que não descarta a possibilidade de exclusão ou renomeação de arquivos.

A nota foi publicada por Mônica Bérgamo, na Folha. Leia a íntegra.

“A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que se apoderou de provas da investigação dos homicídios que vitimaram Marielle Franco e Anderson Gomes assume máxima gravidade. Trata-se de reconhecimento de crime, de interferência ilícita em apuração criminal, voltada assumidamente a resguardar interesses pessoais e familiares, o que exorbita nitidamente das competências do cargo exercido.

Tal revelação deve mobilizar imediata reação das autoridades competentes, para assegurar a imparcialidade das investigações, garantidas todas as condições institucionais para tal, a fim de esclarecer o ocorrido e, se caso for, tomar as providências cabíveis.

Nesse sentido, o Estado Democrático de Direito possui diversos meios institucionais para investigar eventuais ilicitudes, por meio da Procuradoria Geral da República, além da necessária investigação da atuação do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, do Conselho Nacional do Ministério Público e e dos órgãos correcionais respectivos.

O episódio evoca precedentes históricos em que a sociedade civil se fez ouvir, com a Ordem dos Advogados do Brasil à frente, ao lado de instituições comprometidas com a

Democracia e com o Estado de Direito.”

 

 

*Reinaldo Azevedo/Uol