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Vídeo: Na USP, ato em defesa da Vaza Jato tem ‘Lula Livre’

Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, recebeu nesta segunda-feira (9), com o auditório lotado, um ato em defesa da democracia e da liberdade de expressão no Brasil, destacando o papel de Glenn Greenwald e do The Intercept na revelação as ilegalidades da Lava Jato. Centenas de presentes também pediram liberdade ao ex-presidente Lula.

O Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, recebeu nesta segunda-feira (9), com o auditório lotado, um ato em defesa da democracia e da liberdade de expressão no Brasil destacando o papel de Glenn Greenwald e do The Intercept na busca por um novo modelo de jornalismo de qualidade no país.

O evento foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e Instituto Vladimir Herzog, além dos centros acadêmicos da USP Lupe Cotrim, Vladimir Herzog e 11 de Agosto.

A nota de divulgação do evento postulava: “diante do atual cenário brasileiro, a manifestação tem como objetivo afirmar a importância da atividade jornalística como um dos pilares da sociedade democrática e agrupar cidadãs, cidadãos, entidades sindicais e sociedade civil em defesa da democracia.”

Os participantes também pediram a liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva:

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destacou que ” manifestação ocorre em meio a ataques sofridos por jornalistas e veículos de comunicação via redes sociais e outros meios. Os ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa em atos e discursos é um dos alvos de preocupação.”

A matéria ainda sublinhou: “entre outras ações, o presidente assinou em agosto uma MP (Medida Provisória) que acaba com a obrigatoriedade da publicação de balanços por empresas na mídia impressa —a ação foi considerada uma retaliação contra coberturas que desagradam Bolsonaro.”

https://twitter.com/Trom_Petista/status/1171195047565508609?s=20

https://twitter.com/demori/status/1171200802704302081?s=20

 

*Com informações do 247

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O Brasil não está quebrado, mas sendo “quebrado” para ser vendido

O Brasil não é um país quebrado, o Brasil é um país que sofre, cronicamente, o mal de ser um país sem projetos.

Como é que se pode dizer que está “quebrado” um país que tem a 6ª maior reserva cambial do mundo? Que tem um confortabilíssimo saldo comercial na sua corrente de comércio exterior? Que tem um parque industrial com 30% de ociosidade, pronto a trabalhar sem a necessidade de novos investimentos expressivos? Que está montado num mar de petróleo e tem a tecnologia – talvez não o capital, é certo – para explorá-lo em prazo reduzido.

Temos mão de obra ociosa aos montes que, empregada, produziria aumento da renda (e do consumo) sem grande pressão sobre custos e sobre a inflação. Isso, do lado humano.

Do lado físico, há cerca de 14 mil obras financiadas com recursos do Governo Federal que estão paradas ou se arrastando e muitas delas deteriorando-se. De novo, com investimento relativamente baixo se pode potencializar recursos que, hoje, estão deteriorando-se na chuva, no sol e no abandono.

Um plano consistente e focado de retomada tem toda a base material para funcionar, sem abalar nosso volume de reservas ou realizar endividamento irresponsável.

Mas a única política econômica com a qual se acena para o Brasil é a de liquidar seu patrimônio, em lugar de pô-lo a trabalhar.

Para “justificar” este criminoso objetivo é preciso criar o terror da falência, como para “justificar” a reforma da previdência foi preciso chantagear aposentados dizendo que eles parariam de receber seus proventos, para que concordassem em sacrificar filhos e netos pelas suas próprias sobrevivências.

Paulo Guedes anuncia agora a intenção, que estaria aprovada por Bolsonaro – de vender todas as empresas estatais. O dinheiro, claro, vai ser consumido na voragem do déficit e da dívida, embora déficit público e dívida não sejam obstáculos ao crescimento econômico no nosso “modelo” nos Estados Unidos que tem a um e à outra imensamente maiores que o Brasil, mesmo levando em conta a proporção com o PIB norte-americano.

Nenhum país – exceto os de economia “mixuruca” e sem potencial de crescimento – adotou uma política de cortes irracionais e foi bem sucedido em recuperação econômica.

Pior, diante da escassez de recursos para investir, Guedes fala em pulverizar entre estados e municípios o pouco que há para investir. Perde-se, portanto, grande parte dos filtros que poderiam assegurar relevância econômica para o país.

É a nossa “sofisticada” política a economia: venda-se tudo, dê-se uma parte da venda para cada agente político (deputados, senadores, prefeitos e governadores) e que cada um faça o que quiser. Não que um ou outro vá gastar bem os recursos, mas não precisa ser um gênio para saber que a grande maioria será malbaratada.

A classe dirigente brasileira, herdeira perdulária dos que construíram este país, agradece e vai viver de Bolsa de Valores.

 

 

*Com informações do Tijolaço

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Desabam as projeções para a produção industrial no governo Bolsonaro

Em pouco mais de oito meses, as projeções para a produção industrial despencaram no Brasil. Dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã de hoje pelo Banco Central (BC), mostram que os economistas do mercado financeiro passaram a projetar retração de 0,29% da produção industrial em 2019. No início do governo de Jair Bolsonaro, a expectativa era de crescimento de 3,17% para este ano.

A derrocada das projeções para a indústria brasileira ocorre em um ambiente de baixo crescimento da economia e alto desemprego, o que prejudica a demanda por produtos industriais.

Considerando o conjunto da economia, as projeções dos economistas indicam elevação de apenas 0,87% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.

No início do ano, o porcentual esperado era de 2,53%. No caso específico da indústria, a expectativa é de crescimento de apenas 0,32% do PIB este ano. Há oito meses, era de 2,80%.

Na semana passada, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já haviam indicado queda da produção industrial em 15 das 26 atividades econômicas monitoradas em julho. O índice geral de produção caiu 0,3% em julho, em relação a junho, e acumulou baixa de 1,7% em 2019 até julho.

De acordo com o IBGE, após recuar 8,3% em 2015 e 6,4% em 2016, a produção industrial avançou 2,5% em 2017 e 1,0% em 2018. Agora, as estatísticas mais recentes e as projeções no Focus indicam que o Brasil caminha, de fato, para fechar mais um ano de retração da indústria.

 

 

*Com informações do Uol

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Vídeo: Câmera flagra líderes internacionais inconformados com Bolsonaro

Num programa sobre os bastidores do G7 emitido pela rede CNews, Macron, Piñera e Merkel criticam as atitudes do presidente brasileiro. GENEBRA – Uma câmera que acompanhou os bastidores do G7 ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, flagrou o chefe-de-estado tecendo duras críticas contra o presidente Jair Bolsonaro, acompanhado por outros líderes internacionais igualmente inconformados diante das atitudes do brasileiro.

Num programa que foi ao ar pela rede CNews no fim de semana, Macron conversa com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre o fato de Bolsonaro ter chancelado uma ofensa contra sua mulher, Brigitte Macron.

A cena ocorre durante o almoço do segundo dia das reuniões, depois de uma coletiva de imprensa em que o francês criticou publicamente o brasileiro e disse torcer para que, logo, os brasileiros tenham outro presidente.

Foi Piñera, um dos poucos aliados de Bolsonaro, quem mostrou estar inconformado com o que o brasileiro fez em relação à primeira-dama francesa.

“Foi incrível”, disse o chileno.

Macron, respondeu: “Claro, eu tinha de reagir. Você entende?”

“Sim, eu concordo”, disse Piñera.

Macron então continuou a conversa. “Eu queria ser pacífico. Queria ser correto, construtivo com o cara (Bolsonaro) e respeitar sua soberania. Tudo bem. Mas eu não poderia aceitar isso”, justificou.

“Não!”, exclamou a chanceler alemã Angela Merkel que se aproxima e confirma, com a cabeça, a condenação diante dos comentários de Bolsonaro. Quem também está na roda de conversas é Donald Tusk, presidente do Conselho da Europa.

Macron não disfarça o mal-estar e insiste em atacar Bolsonaro. “Você sabe que, quando meu ministro de Relações Exteriores foi lá?”, perguntou a Piñera. “Ele (Bolsonaro) o deveria receber e cancelou no último minuto para ir cortar seu cabelo. E filmou a si mesmo. Desculpa. Mas isso não é a atitude de um presidente”, completou.

A crise entre Bolsonaro e Macron começou depois que o francês colocou o tema dos incêndios da Amazônia na agenda do G7 e sugeriu a internacionalização do assunto.

O vídeo, porém, revela o consenso que existiu entre os líderes internacionais ao desaprovar o ato do brasileiro. Bolsonaro, depois dos problemas envolvidos com sua atitude, apagou seus comentários nas redes sociais. E negou que tenha ofendido a primeira-dama.

Mas, há poucos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar, afirmando que a mulher de Macron “era feio mesmo”.

 

*Por Jamil Chade/Uol

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Vídeo: Nojo e asco, diz Guga Chacra na Globo News, espinafrando Bolsonaro, Guedes e o gado bolsonarista, vergonha mundial!

O desabafo sincero de Guga Chacra, no programa Globo News em Pauta, que mora há muitos anos fora do país, reflete a forma com que os estrangeiros estão olhando para o Brasil.

A limpidez com que Guga descreve o horror em que o Brasil se transformou, a partir do governo Bolsonaro, é de uma exata riqueza.

Impressionado com o baixo nível que o governo adotou como política de Estado, o jornalista usa todos os adjetivos possíveis para mostrar que tipo de cultura o Brasil está vendendo para o mundo através de Bolsonaro, de Paulo Guedes e outros ministros, assim como a manada de bolsonaristas felizes com a baixaria que esse governo coleciona diante do mundo, atacando chefes de Estado e suas famílias, representando, com isso, o que há de mais nefasto no submundo da política brasileira.

Assista ao vídeo postado pelo Deputado Federal Paulo Pimenta (PT) em seu twitter:

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Globo critica Bolsonaro, mas trata Moro como filigrana

É curioso esse comportamento da Globo que critica cada vez mais o governo Bolsonaro, esquecendo-se que está falando de um governo em que Moro ocupa o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ideia que se tem é de que Moro é um ambulante, um empreendedor individual que se inspira nos heróis de revista em quadrinhos para, como vingador, combater os vilões que põem em risco o planeta. Ou seja, para a Globo, Moro é um terceirizado não tem nada a ver com o governo que ele, praticamente, colocou no poder e desse mesmo poder se servir.

É admirável essa cara de pau dos Marinho com a própria cria que não param de lamber.

A cena pintada pelo jornalismo da Globo com críticas aos horrores promovidos por Bolsonaro e alguns dos seus ministros mais fascistas, não inclui Moro. Na verdade, Moro, nessa hora nem faz parte do elenco de apoio, e a tradição da Globo de ser mais nefasta sobre o que não noticia do que o que inventa, mantém-se firme, fixando como marca o jornalismo de filigranas.

Ora, se a Globo mostra que Bolsonaro protege o filho Flávio para proteger Queiroz e, consequentemente a si próprio, de uma fieira de crimes, a mesma Globo, descaradamente, suprime a informação ou a lembrança de que Moro é o Ministro da Justiça e Segurança Pública dessa organização criminosa. Esse processo criminoso em que Bolsonaro destrói as instituições brasileiras para aparelhá-las a modo e gosto para que não chegue a seus crimes, tem logicamente o aval de seu Ministro da Justiça e Segurança Pública sistematizadamente formando duas vozes no mesmo soneto.

A Globo, com uma originalidade jornalística formidável, revoluciona e, dentro dos estúdios de sua redação, hipnotiza a sociedade com o comportamento individual de Bolsonaro e de alguns de seus ministros olavistas, fechando a boca na hora de citar que essa maravilha toda só ocorreu porque o atual Ministro da Justiça, Sergio Moro, foi quem prendeu Lula, sem provas, para que Bolsonaro chegasse aonde chegou.

Não se sabe até quando a Globo vai ignorar o que imagina que está conseguindo barrar, que são os vazamentos do Intercept. As evidências de que a Globo quer se manter distanciada da Vaza Jato para não comprometer Moro, ficam cada vez mais escancaradas, o que acaba colocando-a na contramão do que ela diz denunciar na mesma cena, o que torna a natureza de suas críticas a Bolsonaro uma mula manca, sem começo, meio e fim, porque simplesmente Moro, junto com a própria Globo, é responsável por toda a política miliciana praticada por um governo de milicianos.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Tá lá um corpo estendido no chão! É a filigrana! É a Constituição!

Por Lenio Luiz Streck

Tomando café da manhã no domingo, detalhava a Rosane, minha esposa, os últimos diálogos publicados pela Folha e Intercept. Lia, da tela do celular, o diálogo de Deltan com seu colega Andrey, que lhe alertara acerca da ilegalidade dos grampos telefônicos e da ilegalidade da divulgação da conversa entre Lula e Dilma, naquele fatídico dia 16 de março de 2016. Deltan diz, então:

“Andrey, no mundo jurídico concordo com você, é relevante. Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é a política”.

Respondeu-me Rosane, sorvendo um gole da rubiácea que fumegava: Deltan agiu como o médico que abusa dos pacientes; ele abusou do o Estado de Direito. Perfeita a análise da bela Rosane. Um agente político do Estado, detentor das garantias máximas da magistratura, comporta-se como um militante político. Um militante político apaixonado pela causa. Disposto a tudo.

Para ele, a Constituição, que jurou defender quando assumiu o nobre cargo de Procurador da República, é filigrana. Aliás, Dallagnol só conseguiu permanecer como Procurador com decisão judicial, porque prestou concurso fora dos pressupostos legais – ou seja, já começou mal, sendo salvo por uma tese que hoje é rejeitada no STF, o “fato consumado”.

Filigrana: coisa sem importância, pormenor, minúcia. Esse é conceito que Deltan tem da Lei Maior. É isso que Deltan pensa do Direito brasileiro. Mais não precisa ser dito. Estou escrevendo um dicionário de direito constitucional e terei que colocar esse novo conceito, que já fora usado por Zélia Cardoso, quando lhe perguntaram sobre o congelamento da poupança, em 1989: a Constituição? Ah, isso é filigrana.

Aliás, filigrana é palavra comum nos diálogos. Nas conversas reveladas no dia 8.9.2019, os procuradores Januário e Carlos Fernando também consideram o Direito apenas filigrana. Pensemos então: como acreditar na Lava Jato se os acusadores consideram o Direito uma filigrana?

Pior é que, mesmo com tantas evidências, os procuradores e Moro continuam justificando tudo o que fizeram. Sem autocritica. Sem nenhuma vergonha.

Um agente político do Estado que desdenha da morte de familiares do réu e que chama o réu de “9”, fazendo chacota (rs, na mensagem) da falta de um dedo do ex-Presidente, o que dizer disso? Será que isso não é “parcialidade chapada”?

Pergunto: O que mais precisa vir à tona para colocar luz – e justiça – nessa conspiração (os diálogos mostram exatamente isso: uma conspiração) que envolveu o afastamento do ex-Presidente do cargo de Chefe da Casa Civil (os diálogos mostram que a Força Tarefa e Moro esconderam diálogos), da condução coercitiva e das ações penais?

Nossas autoridades vão dizer que tudo é normal? Que vergonha que sinto. Quase trinta anos de Ministério Público e tenho de ver alguns membros fazerem isso com a Instituição que a Constituição encarregou de garantir o Estado democrático, os direitos de todas as pessoas, inclusive os réus.

Participei dos preparativos para a Constituinte. Estava ingressando no Ministério Público, então. Os constituintes fizeram um ótimo trabalho. Colocaram o Ministério Público como algo à parte, como que a homenagear aquele que considero patrono da instituição, Alfredo Valadão (quem escreveu sobre isso na década de 50 do século passado), cujo mantra recitei na minha prova de tribuna, verbis:

o MP é instituição que, para além dos Poderes tradicionais, deve defender a sociedade, denunciando abusos, vindos deles de onde vierem, inclusive do próprio Estado (leia-se, o próprio MP e o Poder Judiciário).

Pois é. E hoje descobrimos que o MP agiu como militante político. Confessadamente conspirador. Quem diz que o Direito não importa conspira contra a democracia e contra o rule of law. E não venham dizer que não reconhecem os diálogos. Uma Procuradora, envergonhada, já pediu desculpas por ter ofendido a honra dos familiares mortos do ex-Presidente.

Há algo mais a dizer? O que diriam os médicos do Conselho de Medicina, depois de verem vídeos em que médicos abusaram de pacientes? Na alegoria, pergunto: o que dirão os juristas e as autoridades judiciárias e do MP diante das imagens de abuso do Estado de Direito reveladas (mais uma vez) pela Folha de São Paulo-Intercept?

Tá lá um corpo estendido no chão… (é de uma música famosa e eternizada no bordão do narrador Januário de Oliveira, quem a repetia quando um jogador estava deitado, esperando a maca – quem olhar o vídeo, verá a narração de Januário – Deltan é o zagueiro quem faz a falta!).

É a filigrana…quer dizer, a Constituição…que está lá estendida no chão.

Deltan conseguiu provar, em uma frase, que há dois mundos: o do direito e o da política. Para ele, vale mesmo é o da política. Vale tudo. Tudo vale. Os fins justificam os piores meios.

 

*Do Conjur

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Vídeo: Deputado Luis Miranda, apoiador de Bolsonaro, acusado de golpes e surta e desafia a Globo em entrevista ao fantástico

Isso a Globo não mostra, o deputado Luis Miranda (Dem), acusado de golpes milionários, numa longa reportagem exibida neste domingo (8), é que ele é ferrenho apoiador de Bolsonaro, além de desafiar a emissora.

A reportagem revelou que ao menos 25 pessoas acusam o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) de aplicar golpes milionários depois que elas aceitaram se tornar sócias dele em supostos negócios no Estados Unidos. Mas, o que a Globo não mostra é que o parlamentar surtou e saiu em defesa de Jair Bolsonaro ao ser indagado quem seriam “os bandidos da base do governo”, que teria citado em vídeo nas redes sociais.

 

“O presidente Bolsonaro vem sofrendo uma desconstrução pela Rede Globo, tentando fazer seu melhor. Vocês deixam o cara já doido. O governo Bolsonaro está sendo desconstruído porque vocês praticam um verdadeiro crime contra a imagem do cara. Deixa o cara trabalhar”, disse Luis Miranda, transtornado ao repórter do Fantástico, Maurício Ferraz, desafiando “a Globo a pagar sua dívida com a sociedade”.

Com uma campanha feita em cima de sua “vida de sucesso” nos Estados Unidos, ostentando carros – como a Lamborghini mostrada pelo Fantástico – e uma vida de luxo em Miami, Luis Miranda é um dos parlamentares do DEM com mais atividade no Palácio do Planalto, sendo recebido por diversas vezes pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

https://www.facebook.com/LuisMirandaUSA/videos/374537823479941/?t=0

Como mostrado no Fantástico, Luis Miranda se mudou em 2014 para os Estados Unidos após ser alvo de uma enxurrada de processos depois que o Conselho Regional de Medicina do DF proibiu a clínica de estética de Luis Miranda de realizar qualquer tipo de procedimento cirúrgico. Ele sofreu pelo menos 26 ações na Justiça — são processos de franqueados, sócios, pacientes e ex-funcionários.

Nos tempos em que morou nos Estados Unidos, o número de seguidores nas redes sociais de Luis Miranda foi aumentando. Nos discursos de motivação, dizia que “qualquer um pode ter uma casa na beira do mar, é só querer, é uma decisão”. Assim, começou a vender cursos on-line.

“Imagina você ganhar R$ 180 mil dentro de casa, com seus filhos, com seus amigos, tomando cerveja. Botar R$ 180 mil no bolso fazendo simplesmente, absolutamente, nada”, afirmou em um dos vídeos.

Candidato a deputado federal, Luis Miranda chegou em Brasília quando faltavam 25 dias para a eleição e investiu R$ 435 mil do bolso para bancar a campanha. Mas, antes mesmo de tomar posse, já havia se arrependido.

“Se fosse hoje, eu não disputaria, era mais fácil ficar lá, com a vida estabelecida. Eu ganhei honestamente e estão dizendo que dei iPhone para ganhar voto, mas eles próprios mostraram que o ganhador é de Miami. Estão tentando desconstruir minha imagem”, afirmou em entrevista à Revista Congresso em Foco.

Nas redes sociais, Luis Miranda agora ostenta as incursões que tem feito no Palácio do Planalto e nos meios bolsonaristas, colecionando fotos ao lado de figuras como Helio Negão (PSL-RJ), Alexandre Frota (PSDB-SP), o vice-presidente, Hamilton Mourão, e ministros de Bolsonaro – além do próprio presidente e de Onyx Lorenzoni.

 

 

*Com informações da Forum

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Luis Roberto Barroso, o ideólogo da barbárie

Barroso: falta alguém em Nuremberg, por Luis Nassif

Do lado direito do ringue, Gilmar Mendes, com sua fala sem rodeios, sem verniz, de uma objetividade chocante. Do lado esquerdo, Luis Roberto Barroso, diligente aluno de coaching, com seus maneirismos, falas ensaiadas, assobiando as sílabas, como quem toma sopa com colherzinha, para não expor a boca aberta, e regurgitando frases de efeito em favor do bem e da verdade.

Nesses tempos de sociedade do espetáculo, de avaliações superficiais, de manchetes profundas como mensagens de Twitter, se perguntasse a um leigo quem representava, ali, o Iluminismo e quem era o agente da barbárie, não haveria dúvidas: Barroso era a civilização, Gilmar a barbárie. Engano fatal!

Agora, o desnudamento da Justiça pelo dossiê The Intercept vai repondo os fatos no devido lugar. Cada capítulo do caso The Intercept é uma facada a mais na existência do Ministério Público Federal independente. Só um modelo institucional disforme para colocar nas mãos de figuras tão inexpressivas o destino da democracia brasileira, deixando o país sob o comando de um presidente suspeito de participação na morte de uma ativista política, tendo como blindagem o juiz que se consagrou como o símbolo da anticorrupção.

Há relação direta entre os procuradores imorais, retratados nos diálogos de hoje da Folha, e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, que autorizou a censura em uma feira de livros. E ambos têm como inspirador intelectual Luis Roberto Barroso, o Ministro que sancionou todos os abusos.

Foi Barroso quem trouxe as ideias de Constituição viva, sujeita às interpretações dos julgadores, que deveriam – subjetivamente – adaptá-la aos novos tempos e atender o clamor das ruas. É o aval ao qual recorreu um desembargador obscurantista para esquecer a Constituição e instituir a censura em uma feira de livros.

Desde que os ventos mudaram, consagrando o ódio e a revanche, Barroso se tornou um discípulo do juiz Charles Lynch, que consagrou esse tipo de interpretação da lei em Virgínia, EUA, em fins do século 18.

Assim como Barroso, Lynch criou sua própria lei ouvindo as vozes da rua. Quando os legalistas se insurgiram contra seus métodos, Lynch, outros juízes de paz, e seus milicianos, os prenderam, submeteram a julgamentos sumários em um tribunal informal. As sentenças incluíam açoites, apreensão dos bens. Essas selvagerias foram, depois, legitimadas pela Assembleia Geral de Virginia, em 1782. E consagraram o termo linchamento que acabou ressuscitando as práticas inquisitoriais.

Como leigo, acompanhei as discussões sobre a chamada hermenêutica do direito (ou seja, a interpretação das leis), entre os que entendiam a lei como um livro aberto, podendo ser interpretada livremente pelo julgador, e os que tratavam a lei como uma doutrina rígida, à qual o julgador teria que se submeter.

De um lado, Barroso; de outro, Lênio Streck e Gilmar Mendes.

Todo jurista tem que ser um profundo conhecedor da história, da ciência política, das ciências sociais, porque não existe o direito dissociado do mundo real ou de outras formas de conhecimento.

Sempre me surpreendeu, de um lado, a extrema superficialidade de Barroso, escandindo estereótipos de orelhas de livro, manipulando estatísticas em defesa de suas teses – como suas declarações sobre ações trabalhistas e sobre revisões de penas pelo STF. Nos seus escritos, o brasileiro é um indolente, apregoando falsas intimidades, recorrendo às pequenas malandragens, e com os direitos atrapalhando a produtividade.

O problema não é nem o preconceito e o conservadorismo entranhado, mas a extrema superficialidade das análises, típica de quem sempre tratou o direito de forma utilitária, adaptando-o para cada caso que defende – uma característica de advogados e pareceristas contratados, jamais de um jurista, menos ainda de um Ministro do Supremo.

No outro campo, Lênio esbanjando uma enxurrada de erudição, sofisticação analítica, solidez nos argumentos, capacidade única de levantar vários ângulos do tema tratado e estimular raciocínios e, especialmente, um respeito absoluto pela ciência do direito.
Lênio se tornou uma espécie de pensador maldito, assim como jornalistas, economistas, cientistas sociais que pensam fora da caixinha. E, aí, me dou conta de que há anos o Brasil fez a opção preferencial pela mediocridade. E nem me refiro aos terraplanistas, estes são apenas o reflexo de uma sub-elite intelectual que abdicou de pensar.

De seus pares, ouço que Michel Temer foi um constitucionalista medíocre; Alexandre de Moraes apenas um compilador de sentenças do STF e Barroso um constitucionalista mais consistente. Como pode um jurista sem nenhum conhecimento aprofundado de ciências sociais, filosofia, economia, antropologia, ser tratado como um grande constitucionalista?

Mesmo assim, seu pecado maior não é a superficialidade.

No futuro, quando o Brasil tiver seu tribunal de Nuremberg, que não se fixe nos Sergio Moro, Marcelo Bretas, no Desembargador Claudio de Mello Tavares, no genocida Wilson Witzel, nos procuradores da Lava Jato. Será preciso avaliar corretamente o peso das ideias na construção das barbaridades legais. As ideias matam mais do que as milícias.

Esses tempos de barbárie tiveram um ideólogo central: Luis Roberto Barroso.

* Falta Alguém em Nuremberg, título de um livro de David Nasser denunciando a participação de Felinto Muller nos crimes do Estado Novo.

 

*Do GGN

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“Tá na Globo News”, avisa Carlos Fernando aos comparsas da Lava Jato sobre o vazamento do grampo de Dilma e Lula

Não lembrar do papel da “redentora” Rede Globo no episódio do vazamento do grampo de Dilma com Lula e seu jornalismo “imparcial”, é não buscar a causa central de um fato que mudou o rumo do país.

Alguém imagina o que aconteceria se a Globo não fizesse um carnaval com o vazamento que Moro fez questão de se responsabilizar pela entrega aos Marinho? Nada. A “eclosão popular” da classe média, hoje bolsonarista, só ocorreu a partir dos suplícios da Globo para que um pequeno grupo fizesse gritaria em Brasília contra Dilma.

Se o fascista Bolsonaro, como presidente, é um produto da Lava Jato e a Lava Jato se tornou celebridade “patriótica” pelos holofotes da Globo, não é difícil concluir que ela, a Globo, é a matriarca do próprio fascista que ocupa a cadeira da presidência.

E a coisa não para por aí e talvez seja uma das coisas mais reveladoras do mais recente vazamento do Intercept quando, em uma troca de mensagens entre os procuradores, Eduardo Pelella pergunta “Vcs sabiam do áudio da Dilma?”, ou seja, aquele papo de que era Lula e não a presidenta Dilma que estava sendo grampeada, cai por terra. Moro tentou essa manobra dizendo que não tinha a intenção de grampear Dilma, mas sim Lula. Eles sabiam que estavam cometendo crime contra a Presidência da República, sobretudo porque a gravação já era ilegal e, principalmente porque se tratava de uma questão de segurança nacional. Mas Moro não perderia a oportunidade de entregar para a Globo, sua sócia no golpe, essa encomenda para que fosse divulgada à exaustão nas TVs abertas e fechadas do Grupo Globo.

Então, não se pode jamais esquecer que nada disso teria ocorrido sem que a Globo não estivesse mergulhada de cabeça no golpe contra Dilma, que foi efetivamente o pavio de todas das outras consequências que levaram os fascistas Bolsonaro à presidência e Moro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas