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Vídeo: Exibição de Filme sobre Chico Buarque no Uruguai é censurado pelo Itamaraty

Comunicado foi dado pela embaixada do Brasil em Montevidéu, uma das patrocinadoras do Festival que exibiria o filme.

O Itamaraty, através da embaixada do Brasil em Montevidéu, no Uruguai, censurou a exibição do filme “Chico: Artista Brasileiro”, de Miguel Faria, no Festival Cine de Brasil 2019, a ser realizado em outubro no país. A embaixada, uma das patrocinadoras do festival, avisou aos produtores do evento que o filme, que narra a trajetória musical de Chico nos últimos 50 anos, estava proibido de integrar a mostra.

Uma carta da produtora, JBM Producciones, foi enviada ao diretor Miguel Faria informando sobre a censura. Confira:

“Querido Miguel,
Quiero informar cómo van las cosas camino al estreno, finalmente, de CHICO en Uruguay. Junto a nuestra asociada ENEC quien además de distribuidores son exhibidores, habíamos planificado estrenar el filme en el Festival de Cine de Brasil 2019 que se lleva a cabo en octubre y entre otros es auspiciado por la Embajada de Brasil en Montevideo. Esta mañana recibo un sorpresivo mensaje del exhibidor diciéndome que los llamaron de la embajada para “pedirles” que NO se exhiba el filme de CHICO en ese festival. Si bien es lógico debido a la situación política de Brasil, en Uruguay es muy grave que se censure la exhibición de una película siendo que en este caso JMB Filmes de Uruguay es el distribuidor y este acto afecta nuestros intereses. Adjunto mas abajo copia del mensaje oficial de ENEC (dueños socios de la sala ALFA/BETA) comunicándomelo y un archivo adjunto de audio de la llamada de una señora, suponemos desde Brasil, que avisa a la sala de la desición de la embajda de Brasil en Uruguay.”

O cantor, compositor e escritor, Chico Buarque, foi um dos artistas mais censurados no auge da ditadura militar, que durou de 1964 até 1985. O próprio Chico diz, em um documentário sobre a sua vida: “a ditadura me encheu muito o saco, mas eu também enchi o saco da ditadura.

Chico chegou a dar um drible da vaca nos censores quando, em 1974, lançou o fictício compositor Julinho de Adelaide, uma espécie de heterônimo para assinar três de suas canções: “Jorge Maravilha”, “Acorda Amor” e “Milagre Brasileiro”. As músicas, que se fossem assinadas pelo Chico seriam censuradas, passaram sem problemas.

O fato gerou a obrigação, a partir de então a obrigação de cada letra ir para os censores acompanhada da cópia do RG dos autores.

Assista ao trailer

https://www.facebook.com/globofilmes/videos/489437511219936/?t=18

*Com informações da Forum

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O Sapo e o Escorpião

“Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
_Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – Perguntou o escorpião ao sapo.
_De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
_Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
_Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! – disse o sapo. E o escorpião simplesmente respondeu:
_Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la”

A relação de Moro com Bolsonaro é um capítulo à parte na história contemporânea da política brasileira.

Na realidade, Moro se acha proprietário do mandato de Bolsonaro, pois, sem ele, Bolsonaro não venceria a eleição porque Lula, que tinha tudo para vencer no primeiro turno, não seria preso sem provas.

Talvez por isso tenha prevalecido o medo de Bolsonaro de entregar nas mãos de Moro o Coaf. Não abandonaria um campo que sabe que está minado para ele deixando nas mãos de quem negociou a prisão do adversário político em troca de um cargo, pois Moro não era merecedor de confiança e, num momento qualquer, usaria a vida íntima de Bolsonaro, exposta no Coaf, como braço de chantagem para somar forças a seu favor com o intuito de alçar um voo mais ousado para 2022, a própria cadeira de Bolsonaro.

É difícil saber se não foi o próprio Moro que deu um jeito de vazar, com a utilização de informações privilegiadas do Coaf, obtidas clandestinamente nas primeiras denúncias sobre Queiroz, que inclui o cheque repassado à primeira-dama Michelle Bolsonaro. O que parece é que Bolsonaro condenou o recado e tirou imediatamente das garras de Moro o órgão que subsidiou a denúncia.

A partir de então, a batalha entre Moro e Bolsonaro foi ficando mais explícita e sem retroceder, ao contrário, foi sendo precipitada, incisiva e mais explorada pelo núcleo morista da guerra.

Isso deveria ser visto como um fato natural, porque nenhum dos dois personagens tem decência. Neste caso, a ideia de comparar essa relação com a fábula do escorpião e o sapo revela que precisou apenas de uma cochilada de Bolsonaro para que Moro lhe envenenasse e, como se assiste, os dois estão morrendo abraçados.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro perde mais uma: Confirmada a queda do diretor-geral da PF indicado por ele

É questão de horas a queda do diretor-geral da PF indicado por Sérgio Moro e sua substituição pelo delegado bolsonarista Anderson Torres. O site O Antagonista, porta-voz de Moro, já reconheceu a derrota do ministro e informa que o atual delegado-geral, Maurício Valeixo, está limpando as gavetas enquanto Torres já monta sua equipe. Moro pedirá demissão, como tem ameaçado nos bastidores?

Torres está montando a nova equipe a quatro mãos, com Jair Bolsonaro. Ele foi, desde sempre, o candidato dos filhos de Bolsonaro para o cargo. O pai preferia o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, o também delegado da PF Alexandre Ramagem, que coordenou a segurança da campanha de Bolsonaro após a facada em Juiz de Fora. Mas, aparentemente, a vontade dos filhos prevaleceu mais uma vez: os três fizeram campanha por Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal.

O virtual novo delegado-geral da PF já respondeu a um processo por tortura. Ao término do processo, que correu entre 2007 e 2018, Torres foi absolvido.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Torres e uma equipe de cinco agentes teriam sequestrado, diante de testemunhas e à luz do dia, dois rapazes suspeitos de furtarem a residência de dois policiais federais. Ele também foi acusado de abrir um inquérito paralelo, embora a competência fosse da Polícia Civil. As investigações da Polícia Militar do DF, contudo, inocentaram os dois jovens.

Delegado da PF há 16 anos, Torres passou metade do tempo da carreira como chefe de gabinete do deputado de extrema-direita Fernando Francischini (PSL-PR), ele também delegado da Polícia Federal.

 

 

*Com informações do 247

 

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A dois passos do inferno, clã Bolsonaro se desespera e parte para a agressão em estado bruto

Razões íntimas de decoro ligadas a fatos repugnantes na vida do clã Bolsonaro devem ter ocorrido para que episódios como os desta semana aflorassem tanto a ira do universo bolsonarista, a ponto de expor ao conhecimento e exame públicos, cenas tão grotescamente agressivas.

Quando recapitulamos o que disse Flávio Bolsonaro à parlamentar do PSL, senadora Selma Arruda, exigindo dela servidão ao clã, gritando, “Vocês querem me foder! Vocês querem foder o governo!” e, por outro lado, Carluxo (Carlos Bolsonaro), numa atitude ainda mais condenável, quando perguntado sobre o seu esquema de rachadinha, responde que “A rachadinha da sua mãe merece respeito? Canalha mentiroso!”, é porque o desespero já tomou conta do clã.

https://twitter.com/CarlosBolsonaro/status/1172275102832111621?s=20

O fato é que, tanto a família de Bolsonaro quanto gente do governo, que sabem dos inúmeros crimes que envolvem essa família, acreditaram que bastaria uma cera, uma catimba aqui e outra ali para que cenas e episódios criminosos envolvendo o clã ficassem sepultadas, sem encontrar na grande mídia alguém que recapitulasse a trajetória bandoleira dos Bolsonaro.

Bolsonaro bem que tentou soluções radicais, construindo capítulos e mais capítulos imundos de um governo que está apenas há oito meses no poder, expondo-se ao extremo na interferência no Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Coaf e Ministério da Fazenda para que sua imagem não entrasse em colapso diante de uma irremediável ruína pessoal chamada Queiroz.

Nada disso serviu de muro de contenção, ao contrário, a polêmica travada em torno dessas atitudes autoritárias, prevaleceu. Pior, não há como Bolsonaro se desvencilhar da imagem de interventor em benefício próprio e, muito menos conseguir arrefecer o incêndio de seu governo causado por um mar de corrupção, fantasmas, laranjas, milicianos, entre outros crimes que, certamente, evidenciam o comportamento de uma máfia extremamente perigosa e violenta que chegou ao poder através de fraudes e farsas e que está prestes a desabar da noite para o dia. A conferir.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Moro de Saias: Cassada por caixa 2, Senadora do PSL ameaça deixar o partido depois de pressão de Flávio Bolsonaro

Selma Arruda, cassada pelo TRE, defende “limpeza geral” no STF e quer ver CPI da Lava Toga acontecer.

A senadora Selma Arruda (PSL-MT) publicou nesta terça-feira (10) uma nota afirmando que “está avaliando” deixar o PSL devido a “divergências internas”. A principal causa, segundo ela, é a “pressão partidária” promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), para que parlamentares da sigla retirem suas assinaturas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A senadora Juíza Selma esclarece que devido a divergências políticas internas, entre elas a pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga, está avaliando a possibilidade de não permanecer no PSL”, disse em nota. Ela ainda afirmou que já recebeu convites de outras legendas e que seguirá apoiando o governo Bolsonaro.

Na segunda-feira (9), bolsonaristas insatisfeitos com a postura de Flávio lançaram a hashtag #AssinaFlavioBolsonaro em que criticavam o pedido do senador e cobravam que ele colocasse seu nome na lista dos que pediam a abertura da comissão.

As 27 assinaturas necessárias para a instalação da comissão no Senado haviam sido conseguidas na última semana, mas, na segunda-feira, a senadora Maria do Carmo (DEM-SE) recuou. Flávio e Bivar estariam na empreitada de derrubar a Lava Toga junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do STF, Dias Toffoli.

Senadora cassada

O mandato de Selma, ex-juíza federal e conhecida como “Moro de saias” pelo seu discurso anticorrupção, foi cassado em primeira instância pelo TRE-MT por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela recorre do processo e segue com o mandato, por enquanto. O PSL, inclusive, a indicou para presidir a Comissão de Ética do Senado.

 

 

*Com informações da Forum

 

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CPI da Vaza Jato: Oposição obtém assinaturas suficientes e protocola pedido

A oposição ultrapassou a barreira das 171 assinaturas e protocolou o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa da Lava-Jato, no contexto dos diálogos revelados pelo site The Intercept.

Passada a fase de conferência das assinaturas, caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedir aos partidos que indiquem os membros da CPI e, posteriormente, promover a sua instalação.

O grupo de congressistas mais simpático ao hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, vai tentar protelar ao máximo a instalação e tentar garantir que seja feita, ao mesmo tempo, uma outra CPI, esta para investigar a forma como os diálogos publicados pelo The Intercept foram obtidos.

São as duas faces de um assunto que promete gerar mais tensão no Parlamento, com um grupo defendendo e outro procurando desgastar a imagem do ex-juiz.

 

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Volume de obras conduzidas pelo exército é infinitamente maior com Lula e Dilma do que com Bolsonaro

No auge do PAC, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Exército tinha R$ 1,2 bilhão em obras contratadas com o governo federal. Agora, na gestão de Jair Bolsonaro, os militares conquistaram, até o momento, apenas a obra emergencial de uma ponte, orçada em R$ 547 mil. Desapontado, depois de se preparar com equipamentos e pessoas, o Exército pressiona e tem, pela primeira vez, a promessa de novos contratos. Mas estas obras não serão tão importantes como no passado.

Além da ponte no Amazonas, o Exército deve fechar, ainda neste ano, o contrato de manutenção da BR-226 no Rio Grande do Norte, um negócio avaliado em R$ 60 milhões. Além disso, os militares olham outras duas obras, que só deverão sair do papel em 2020: melhorias na BR-452, em Minas Gerais (R$ 139 milhões) e a duplicação de cerca de 10 quilômetros da BR-101 em Alagoas (R$ 80 milhões). Mas nem mesmo para estes trechos há garantias de que serão concedidos.

“O exército está mais preparado que nunca. Após o boom das obras do PAC foram comprados equipamentos de ponta e uma nova geração de engenheiros foi formada. Mas com os contratos acabando, isso tudo poderá ficar ocioso”, disse um militar de alta patente, sob sigilo.

O presidente Jair Bolsonaro não cansa de elogiar o exército e mostrar, nas redes sociais, obras que os militares fazem pelo país, principalmente em rodovias. O presidente que mais contratou o exército foi Temer, com 32 obras, seguido de Dilma e Lula. Em sete meses Bolsonaro só assinou um contrato, contra média anual de 6,4 desde 2003.

E estas são obras concedidas em governos antigos, que estão próximas do fim. De fato as duas maiores obras que estão hoje com os fardados (duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul, em contrato de R$ 207 milhões, e pavimentação da BR-163 no Pará em contrato de R$ 140 milhões) foram concedidas em 2017 e 2018 pelo governo de Michel Temer, com seu fim já previsto no curto horizonte. Das atuais 30 obras em execução pelo Exército, 16 acabaram ainda em 2019.

Obras para o exército por mandato presidencial

1º mandato de Lula = 6

2º mandato de Lula   = 18

1º mandato de Dilma = 29

2º mandato de Dilma = 10

mandato de Temer = 32

mandato de Bolsonaro = 1

(Fonte: Exército)

Isso ocorre, segundo fontes do setor, por causa das restrições orçamentárias que cortam em cheio os investimentos e pela necessidade de se ampliar empregos no país, o que ocorreria se empreiteiras privadas assumissem essas construções. O uso massivo do Exército como empreiteira ocorreu no segundo mandato do presidente Lula, quando a economia crescia e os militares foram acionados para resolver gargalos como a duplicação da BR-101 no Nordeste, a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e a execução da Transposição do São Francisco. Na época, o Exército chegou a figurar como uma das grandes “empreiteiras” do Brasil.

O Dnit confirma que, além destes trechos, o Exército poderá assumir obras no Maranhão e no Amapá, em trechos que somente serão

concedidos no longo prazo.

“Esta parceria já é antiga. Para o Exército é bom para o adestramento de seu pessoal, como chamamos o treinamento. Para o Dnit conseguimos obras com qualidade e preço razoáveis”, afirmou o general Antônio Leite dos Santos Filho, que coordena o Dnit no Ministério da Infraestrutura.

A falta de recursos orçamentários explica parte deste problema. Mas o Dnit, embora não esteja na velocidade que gostaria, continua contratado. Dados compilados pela RHS Licitações apontam que, de janeiro a 25 de agosto deste ano, foram contratadas 237 obras e manutenções, uma alta de 9,7% sobre o número de contratos em igual período de 2018. Ou seja, enquanto o Dnit concedeu uma obra ao Exército em todo o período, segundo o levantamento, foi concedida uma média de uma obra por dia à iniciativa privada. A maior parte destes contratos dizem respeito à manutenção dos cerca de 50 mil quilômetros sob responsabilidade do Dnit.

 

*Com informações do Globo

 

 

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MORO SOFRE DERROTA: Juiz nega quebra de sigilo de David Miranda, marido de Glenn

A jogada do vazamento seletivo do COAF, na tentativa de atingir o jornalista Glenn Greenwald, através de seu marido, o deputado federal David Miranda, não contou apenas com a divulgação de movimentações atípicas, mas com a tentativa de quebra de sigilo bancário do deputado. A devassa, programada pelo contra-ataque da Lava Jato, às publicações de Glenn Greenwald, das conversas entre Moro, Dallagnol e procuradores, começa a esbarrar em uma nova barreira provocada pela perda de credibilidade desses atores políticos, a legalidade.

O juiz auxiliar da 16ª Vara de Fazenda do Rio de Janeiro, Marcelo Martins Evaristo Silva, negou o pedido do COAF para a quebra do sigilo bancário do deputado do PSOL e de quatro assessores de seu gabinete. Para o juiz, o sigilo não pode ser quebrado antes que os investigados sejam ouvidos. É a forma correta de garantir o direito de ampla defesa.

A elaboração do relatório ocorreu dois dias após a divulgação dos primeiros diálogos da Vaza Jato, como forma de realizar uma devassa na vida do marido do jornalista, buscando atingi-lo, como forma de retaliação. Na ocasião, o COAF ficava sobre jurisdição do Ministério da Justiça liderado por Sérgio Moro. Glenn é o jornalista responsável pelo escândalo da Vaza Jato e fundador do The Intercept Brasil, site que vem divulgando os diálogos.

 

*Do A Postagem

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VÍDEO – Os delegados da PF e a origem fraudulenta da Lava Jato

Neste vídeo reportagem, o jornalista Joaquim de Carvalho conta como a Lava Jato se consolidou na Superintendência da PF de Curitiba a partir de escutas ilegais e da manipulação de sindicâncias e inquéritos. Você verá depoimentos exclusivos de delegados.

Certos aspectos da prostituição da PF, MP e judiciário só puderam acontecer subsidiados pela grande mídia, sobretudo a Globo.

Baseado em plano de ação em que a justiça era mutilada, a Globo e congêneres trabalhavam como um braço livre da Lava Jato para garantir trono aos componentes da Força-tarefa, evocando um combate à corrupção tendo justamente agentes corruptos do Estado à frente dessa cruzada dirigida por Moro.

Por isso não foram suficientemente cautelosos, pois acreditaram que o patriarcado midiático podia tudo, bastando uma doutrina sistemática que manipulasse parte da população. No entanto, essa visão precipitada das coisas seduziu os lavajatistas e, com isso, foram deixando rastros pelo caminho.

Depois da apoteose midiática que embotou os olhos dos próprios componentes do califado de Curitiba, vem a ressaca e, com ela, o desabamento de uma farsa.

Assista ao vídeo

 

*Vídeo: DCM

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Moro poderá se demitir caso diretor da Polícia Federal seja exonerado

Embora tenha topado amaciar o presidente aqui e ali no Twitter, em lives do Facebook e até publicamente, Sergio Moro ainda não se sente entre os seus. Quase não tem interlocutores no governo. Conversa com poucos na Esplanada, entre eles Paulo Guedes e Eduardo Villas Bôas. Com o restante, a relação é protocolar. Sente-se especialmente desconfortável com o linguajar de Bolsonaro sobre uma série de assuntos.

Mas, até semanas atrás, tudo parecia valer a pena em nome de colocar de pé, agora no Executivo, estruturas eficazes no combate à corrupção. Em nome de avançar numa agenda dura de repressão ao crime de colarinho branco, valeria ignorar as frases grosseiras de Bolsonaro, muitas vezes ditas a seu lado, os escândalos do PSL e do gabinete de Flávio Bolsonaro, a bizarrice cometida pelos ministros da selva olavista.

Uma cadeira no Supremo Tribunal Federal seria consequência de um bom trabalho no Ministério da Justiça. Mas tudo mudou. Em seu nono mês como ministro, Moro está exaurido. E, segundo pessoas de sua confiança, decidido: se uma canetada de Bolsonaro tirar Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal (PF) e não colocar em seu lugar alguém da confiança de Moro, o ministro deixará o governo.

Quando veio a Vaza Jato, Bolsonaro comentou com um de seus filhos que aquilo tinha um lado positivo para ele, pois Moro agora dependeria mais do Planalto, o que, de certa maneira, é verdade. Um ministro da Justiça que nunca teve de se explicar agora precisaria do governo para defendê-lo. Mas a fritura de Moro começou bem antes.

O desconvite para a especialista em segurança pública Ilona Szabó, a Funai goela abaixo (com a escolha de seu presidente feita por Bolsonaro e não por Moro), a retirada do Coaf do Ministério da Justiça e a posterior reformulação do conselho, a desautorização pelas indicações no Cade, mandando o Senado devolver os nomes ao Planalto, a demissão via imprensa do delegado que comandava a PF no Rio de Janeiro, a ordem para que a tramitação do pacote anticrime ficasse mais lenta e até o veto a uma propaganda do projeto… A lista de vezes em que as asas de Moro foram cortadas é extensa. Nenhum outro ministro foi tão podado por Bolsonaro quanto Moro.

 

 

*Com informações da Época