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Pontos chave que podem ligar Bolsonaro à morte de Marielle

Por Luis Nassif

Gastou-se esforço para um objetivo inútil. Se Bolsonaro havia comparecido à sessão na Câmara naquele dia, é evidente que não estava no Rio. A questão a ser investigada era outra.

Uma das maiores fragilidades da mídia, ainda hoje, é a cobertura de fatos continuados complexos. São coberturas tão frágeis que, às vezes, passam a ideia de cumplicidade com o suspeito, quando, na maior parte dos casos, são frutos de um amadorismo geral.

Em geral, a cobertura concentra-se no dia a dia, na descoberta de fatos novos. Mas não existe uma sala de situação, alguém de fora do fragor do dia a dia juntando os fatos, formulando hipóteses direcionando a cobertura para esclarecer pontos chave.

No meu livro “Jornalismo dos anos 90” descrevo várias dessas situações, a mais emblemática das quais foi a CPI dos Precatórios.

Desde o começo a cobertura de Brasília centrava fogo no dono do Banco Vetor, um pequeno banco carioca que vendia o peixe dos precatórios para governos estaduais e municipais.

Percebi que o esquema era grande demais para um banco de pequena expressão. Havia uma brecha na Constituição de 1988, para emissão de novas dividas por estados e municípios. Seriam autorizados para pagar passivos contraídos antes da Constituição. Em cima dessa brecha, o esquema consistia em levantar falsos passivos, inflá-los com correções monetárias e pedir autorização ao Senado para emissão de novos títulos da dívida. A autorização era da Comissão de Finanças do Senado – na época presidida pelo notório Gilberto Miranda, braço operacional do prefeito de São Paulo Paulo Maluf. Depois da emissão, os títulos circulavam no mercado por um valor irrisório, mudavam de mão várias vezes, até que uma instituição maior os adquiria por um valor largamente superior. Ali se dava o esquentamento da propina.

Portanto, era um esquema complexo, que envolvia empreiteiras, governantes, instituições financeiras.

Juntando todas as pontas, conclui que o esquema nasceu com Paulo Maluf que, depois, ofereceu para prefeitos aliados de cidades vizinhas. Mais tarde, deu-se conta do potencial e terceirizou para o Banco Vetor oferecer para outros estados.

À medida em que ia desvendando o esquema, passei a receber tiros de Fernando Rodrigues, repórter da Folha em Brasília, que tentava a todo custo desviar o foco de Maluf. No início, achei que era ciumeira de repórter local. Depois do caso Ambev – quando aliou-se a Egberto Batista (irmão de Gilberto) na divulgação de um falso grampo destinado a comprometer o julgamento do CADE sobre a fusão da Ambev -, e a cobertura do caso Cayman, percebi que seu envolvimento com Maluf era mais amplo.No final da cobertura, minhas hipóteses estavam corretas. Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha, me telefonou, então, achando que tinha descoberto a maneira de conduzir uma investigação original: sempre que a mídia, como um todo, falasse A, a cobertura fixaria em B.

Expliquei-lhe que não era tão simples assim. Todos que falassem A não seriam cobrados. Quem ousasse falar B, indo contra a maré, é que seria questionado. Por isso mesmo, teria que ter bastante segurança para sustentar posições contra majoritárias. Sugeri a criação de salas de situação para orientar futuras coberturas continuadas. Mas creio que a sugestão nunca foi acatada. Historicamente, a marca da cobertura jornalística era o imediatismo, o que rendesse manchetes no dia seguinte.

Dou essa enorme volta para analisar a cobertura de como foi o dia de 14 de março de 2018 – dia da morte de Marielle – na vida de Jair Bolsonaro.

O aparecimento do Twitter daquele mesmo dia, da jornalista Thais Bilenky, mencionando conversas com assessores de Bolsonaro, que teriam dito que ele faltaria a sessão e iria para o Rio, devido a uma intoxicação alimentar, suscitou enorme discussão. O Twitter não dizia que Bolsonaro estava no Rio. Dizia de sua intenção de ir ao Rio naquele dia, fato reforçado pela descoberta de que seu gabinete comprara duas passagens de avião para o Rio naquele mesmo dia.

Abriu-se enorme e inútil discussão: Bolsonaro estava ou não no Rio no dia da morte de Marielle? Gastou-se esforço para um objetivo inútil. Se Bolsonaro havia comparecido à sessão na Câmara naquele dia, é evidente que não estava no Rio.

A questão a ser investigada era outra.

Havia um enorme conjunto de evidências sobre sua intenção de estar no Rio naquele dia.

  • Havia o Twitter da repórter,
  • a compra das passagens e
  • o registro na portaria do condomínio de que Helcio Queiroz mencionara a casa de Bolsonaro para obter autorização de entrada.

E há informações – que a imprensa burocraticamente evita – de que o sistema de telefonia do condomínio permite transferência para celulares. Portanto, seria perfeitamente factível que o porteiro tivesse transferido a ligação de Élcio para o celular de Bolsonaro.

A questão central era outra: porque Bolsonaro recuou no último momento, na ida ao Rio? Ele deveria ou não estar presente na reunião em que Élcio e Ronnie Lessa planejaram a morte de Marielle?

Colocando o foco correto, a cobertura jornalística sairia dessa masturbação midiática para focar nos pontos centrais:

  • Buscar explicações dos assessores sobre as razões de Bolsonaro ter afirmado
  • que iria para o Rio devido a uma intoxicação alimentar, e ter participado da sessão da Câmara sem aparentar nenhum incômodo.
  • Confirmar se o sistema de telefonia do condomínio permitia ou não transferência para celulares, especialmente de Bolsonaro.
  • Entender porque razão Carlos Bolsonaro – que só usava a casa no condomínio para ir à praia nos fins de semana – estava no condomínio naquele dia.
  • Insistir na perícia técnica do equipamento que registra as ligações.
  • Ouvir vizinhos sobre o relacionamento de Ronnie Lessa com os Bolsonaro. É inverossímil que ambos, vizinhos, ligados às milícias, não se conhecessem ou não compartilhassem os mesmos visitantes.

 

*Do GGN

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Vídeo: Traídos por Bolsonaro, invasores saem pelos fundos da embaixada venezuelana sem serem punidos

Depois da pressão internacional, Bolsonaro que tinha oficialmente apoiado a invasão da milícia de Guaidó à embaixada venezuelana, passou por um processo em que não conseguiu desfazer o novelo de bandidagem que construiu.

Primeiro, Bolsonaro faz uma declaração oficial contra a invasão e contra o próprio Guaidó, este reclama, Bolsonaro pipoca e solta uma segunda declaração em que a pipoca vira piruá, tirando o nome de Guaidó, num rodopio de 180º vexatório.

Mesmo sendo somente figuração, as duas declarações mostram que Bolsonaro, pela manhã, é um, à tarde, é outro e, à noite, é uma mistura dos dois. Ou seja, o presidente é falso até nas suas trincheiras ideológicas, leva com ele quem grita mais, sem o menor discernimento de certo ou errado, de legal ou ilegal, de oficial e clandestino.

O problema é que não dá para atribuir a invasão à embaixada somente a Guaidó, pois seu filho, Eduardo Bolsonaro, compartilhou o vídeo apoiando a milícia invasora.

Alguém acredita que isso foi pura vontade individual de Eduardo Bolsonaro sem o consentimento do pai?

Para piorar a história, os invasores, depois de serem traídos por Bolsonaro, saem pela porta dos fundos da embaixada sem serem incomodados pela polícia, pelo Ministério Público ou pelo judiciário, escancarando a omissão oficial com os criminosos, o que revela que esse país, com Bolsonaro, transformou-se numa balbúrdia miliciana, aonde o que vale é a lei do mais forte.

 

 

 

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Seu Jair omitiu que voltou para o Rio no dia 14 de março, dia do assassinato de Marielle

Tuíte da jornalista Thais Bilenky às 12h28 do dia 14 de março de 2018 diz que, segundo a assessoria do então deputado, Bolsonaro teria antecipado a volta para o Rio de Janeiro após passar mal por intoxicação alimentar.

No link abaixo pode-se ver mais detalhes da passagem de Jair Bolsonaro

https://www.camara.leg.br/cota-parlamentar/documento?nuDeputadoId=731&numMes=3&numAno=2018&despesa=999&cnpjFornecedor=07575651000159&idDocumento=Bilhete:%20WQ2GUH&idDocumentoFiscal=1541714

Um tuíte da jornalista Thais Bilenky no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, revela que Jair Bolsonaro poderia, sim, estar em sua casa no momento em que um porteiro do condomínio teria interfonado para anunciar a chegada de Elcio Queiroz, um dos acusados do crime.

A jornalista, ex-Folha de S.Paulo e atual revista Piauí, tuitou na ocasião que Bolsonaro teve “intoxicação alimentar” e voltou mais cedo para o Rio, creditando as informações à assessoria do então deputado.

“Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018.

Após reportagem do Jornal Nacional, que revelou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, teria ligado para a casa 58, de Bolsonaro, e teria sido autorizado pelo “Seu Jair” a permitir a entrada de Élcio Queiroz, o presidente reagiu aos berros em uma live, dizendo que estava em Brasília, cumprindo, segundo ele, intensa agenda no Congresso.

O tuíte da jornalista, no entanto, pode apontar uma contradição do então parlamentar.

Segundo a reportagem da Globo, Élcio Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio em que morava o presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu a casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle, que fica no mesmo condomínio.

Em depoimento, o porteiro que estava na guarita afirmou que uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio no mesmo dia do assassinato da vereadora.

 

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro acaba de legitimar oficialmente a invasão de milicianos de Guaidó a embaixada da Venezuela

Representante do Itamaraty, Maurício Correia, que acabou de chegar à embaixada da Venezuela, afirma que Brasil reconhece Guaidó como presidente e não Maduro. Governo Bolsonaro legitima a invasão. Qual é a ideia? Implodir o Brics a mando de Trump e dos EUA?

Vassalo dos Estados Unidos e Israel, Bolsonaro opera na Presidência da República como um lacaio a serviço da política mais espúria dos dois países, buscando isolar o Brasil e afrontar parceiros comerciais que vão custar muito às empresas e à população brasileira.

Não bastasse as denúncias que o aproximam do caso Marielle e da milícia carioca, Bolsonaro parece dobrar a aposta em um governo pirata que pretende caminhar fora da lei para produzir um confronto no Brasil de proporções perigosas.

Sua agressão pública a Mourão humilhando-o de forma inacreditável e sua guerra com ex-aliados do PSL, demonstram que Bolsonaro está sofrendo um surto de cólera, pois, além de apoiar o golpe na Bolívia ainda reconheceu a autoproclamada, senadora Jeanine Áñez, como presidente da Bolívia.

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Pesquisa revela que, com Lula livre, cresce a imagem negativa de Bolsonaro e Moro

A libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um efeito positivo para sua imagem. A rejeição à sua prisão subiu, segundo pesquisa da consultoria Atlas, feita na Internet entre os dias 10 e 11 de novembro — dois dias após sua soltura — com 2.000 pessoas de todas as regiões do Brasil. Na comparação com o levantamento feito em julho, houve uma alta de sete pontos percentuais no índice de rejeição ao cárcere do ex-presidente, que passou de 37,4%% para 44,4%, respectivamente. Ao mesmo tempo, a percepção da imagem de Lula melhorou. Na pergunta “Você tem uma imagem positiva ou negativa de Lula”, 40,7% pontuaram como positiva, enquanto que em agosto o índice era de 34%. Ainda assim, uma maioria de 53% ainda possui uma imagem negativa do líder petista.

Ainda sobre a condenação que levou Lula à cadeia por 580 dias, a pesquisa mostra alguns resultados aparentemente contraditórios. Enquanto 47,8% se mostram a favor de sua prisão e 44,4% contra, 52,2% dizem que ela foi justa, ao passo que 42,3% acreditam que foi injusta. “Isso sugere que uma parcela chave da população considera que Lula já pagou o suficiente pelos erros que consideram tê-lo levado a sua condenação”, explica o cientista político Andrei Roman, fundador da Atlas. Roman observa que esse grupo se mostra “disposto a perdoar” o líder petista.

O Atlas traz ainda mostra que a maioria dos entrevistados, ou 56,5%, rejeita a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou na última quinta-feira a execução de uma pena condenatória logo após o julgamento em segunda instância e que resultou, no dia seguinte, na soltura do ex-presidente e outros condenados da Operação Lava Jato. Apenas 29,4% se disseram a favor, enquanto que 14,1% não souberam opinar. Isso indica uma discrepância entre a rejeição da decisão do STF e a rejeição à prisão do ex-presidente. Roman opina que “boa parte dos eleitores do Lula esperaria que o STF fosse decidir por sua inocência, ao invés de adotar essa solução, que essencialmente deixa o petista refém no futuro, e faz dele um bode expiatório para a libertação de outros personagens, muitos deles bem controversos”.

Porém, o cientista político não sabe dizer se esse assunto abordado pelo Supremo e toda sua natureza complexa ficou articulada com tanta clareza na cabeça do eleitorado lulista. “De qualquer forma, a dinâmica do STF dos últimos anos foi de muitas contradições em relação a sua própria jurisprudência. Apesar de guiado muito pela opinião pública, as reviravoltas e a fragmentação da Corte deixou ela bastante desacreditada, tanto com os eleitores mais à esquerda, como mais à direita. A população enxerga essas contradições como oportunismo ou briga pelo poder, o que talvez explique por que a decisão não tem um apoio popular semelhante à rejeição da prisão de Lula”, argumenta.

Popularidade de Moro e Bolsonaro

A pesquisa Atlas também mediu a popularidade do Governo Bolsonaro. As percepções pouco mudaram e se moveram dentro da margem de erro desde agosto, mês da última pesquisa. O índice de eleitores que acha a gestão ruim ou péssima subiu de 39,8% para 42,1%. Já a taxa daqueles que acreditam que o Executivo é ótimo ou bom caiu de 28,2% para 27,4%. Os que opinam que o desempenho do ultradireitista é regular passaram de 28,7% para 29,6% dos entrevistados.

Ainda assim, a imagem de Moro e Bolsonaro continuam ligeiramente melhores que a de Lula: 40,7% dos entrevistados enxergam o petista de maneira positiva, enquanto que 53% o veem de forma negativa. Com Bolsonaro, as taxas ficam em 42,6% (positiva) e 51,6% (negativa). Os melhores números são para o ex-juiz da Lava Jato: 48,4% (positiva) e 45,6% (negativa). Porém, a Atlas destaca que é a primeira vez que a aprovação pessoal do ministro da Justiça se encontra abaixo dos 50%. Ele já havia perdido 10 pontos de apoio — de 60% para 50,4% — logo após a série de reportagens sobre a Lava Jato do site The Intercept Brasil.

Atrás de Moro, Bolsonaro e Lula estão, nesta ordem, o ministro da Economia Paulo Guedes, o ex-prefeito Fernando Haddad, o ex-candidato Ciro Gomes (PDT), o apresentador Luciano Huck, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, por último, o governador de São Paulo João Doria (PSDB). A rejeição a Doria tem avançado de modo acentuado. Em julho 42,5% diziam ter imagem negativa dele, índice que chegou aos 62% em novembro. “O centro sofre muito por conta da polarização, e qualquer candidato de centro que consiga chegar num segundo turno ganha a eleição. Mas chegar lá é quase impossível. É a história de Geraldo Alckmin ou Marina Silva nas eleições passadas no Brasil”, explica Roman.

O especialista ainda enxerga a possibilidade de que tanto Lula como Bolsonaro façam sinais em direção ao eleitorado mais indeciso e de centro. “No momento em que Lula consiga se posicionar como candidato com chances efetivas para ganhar, isso deveria servir como um incentivo de moderação para Bolsonaro, na busca do centro político”, argumenta. “Por outro lado, Bolsonaro nunca foi um político tradicional que atua de forma estratégica para construir o seu eleitorado. É disso que veio também sua aparente autenticidade, algo que acabou se transformando em sua maior fortaleza”, pondera.

Uma variável que ele acredita ser bastante importante é o desempenho da economia sob Bolsonaro. Não à toa o ex-presidente vem mirando suas críticas contra o ministro Paulo Guedes, por entender que o desapontamento com a situação econômica pode mudar a equação política. “Ninguém ilustrou isso melhor que Dilma Rousseff. A expectativa de Lula é que a economia não irá decolar e que isso irá afundar um governo Bolsonaro já bastante enfraquecido”, explica Roman. Ele ainda opina que pode-se esperar bastante moderação do petista. “‘Lula paz e amor’ foi uma fórmula que virou quase hegemônica. Certamente o ex-presidente entende isso e buscará isso. A tentativa de reconciliação com Ciro Gomes e os braços abertos para Marcelo Freixo e o PSOL são os primeiros exemplos”, completa.
Cenários para as eleições

Apesar da melhora significativa na imagem de Lula, 53,5% dos entrevistados não votariam no petista em umas eleições presidenciais, contra 43,3% com possibilidades de votar no petista. Deste total, 34% dizem que votariam “com certeza” no ex-presidente, o que indica a fidelização de parte significativa do eleitorado — o suficiente para levá-lo a um segundo turno. Além disso, 46,4% dos entrevistados acreditam que o petista venceria as eleições, enquanto que 45,8% disseram não acreditar em sua vitória.

Em dados concretos: 45,6% votariam no atual mandatário, de extrema direita; 41,3% votariam em alguém apoiado pelo petista; e 13,1% não sabem dizer, anulariam ou votariam em branco. Seguindo a mesma tendência, 47,6% votariam em Moro; 40,2% escolheriam o candidato de Lula; 12,2% não sabem dizer, anulariam ou votariam em branco. No entanto, o questionário da Atlas não considerou como cenário uma candidatura de Lula — que seria possível caso suas condenações sejam anuladas — e sua ida para o segundo turno. Ou seja, não foi possível saber qual seria o desempenho do próprio ex-presidente contra Bolsonaro e Moro.

Roman aponta para a contradição com os dados do Datafolha de 2 de setembro. Na ocasião, ainda que a imagem do ex-presidente Lula estivesse pior, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad venceria com 42% dos votos em um segundo turno contra Bolsonaro, que ficaria com 36%. Outros 18% votariam nulo ou branco e 4% não souberam responder, ainda segundo o instituto — que escutou 2.878 pessoas acima de 16 anos em 175 municípios do país nos dias 29 e 30 de agosto.

O cientista político pondera que muita coisa pode acontecer até 2022, de modo que há possibilidades de que o cenário sofra mais alterações. Foi o que aconteceu recentemente na Argentina. “Uma ampla maioria da opinião pública era cristalizada contra Cristina Kirchner. Até hoje existe uma maioria a favor de sua prisão. Mesmo assim ela conseguiu eleger-se e eleger o próximo presidente”, explica. “No Brasil, como em tantas outras democracias, estamos vendo uma intensificação muito forte da polarização. Isso faz com que a rejeição de uma figura seja relativizada pela intensidade da rejeição de outra figura. Lula pode não ter uma maioria natural para eleger-se ou eleger o seu candidato. Mas contra o Bolsonaro, isso pode ficar viável”. E vice-versa.
Apoio a ditadura

A Atlas também mediu a opinião do eleitorado em outros assuntos. Por exemplo, 74,7% se dizem contrários a uma ditadura, enquanto que 14% são favoráveis e 11,3% não souberam opinar. Além disso, 52,1% acreditam que a corrupção está aumentando. Nesta mesma linha, 56,6% sentem que a criminalidade também está subindo, apesar de os dados de 2018 e deste ano indicarem o contrário. A pesquisa da Atlas Político foi feita online entre os dias 10 e 11 de novembro com 2.000 pessoas de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2% e o índice de confiança é de 95%.

 

 

*Do El País

 

 

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O desespero de Bolsonaro: Em atendimento ao patrão, Aras manda pedido de prisão de Lula pra MP de São Bernardo

A mando de Bolsonaro, deputados do PSL recorreram à Lei de Segurança Nacional (LSN) para pedir novamente a prisão de Lula, alegando que ele incitou a violência em seu discurso sábado (9) em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Alçado por Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras informou aos deputados do PSL que protocolaram um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Lula nesta segunda-feira (12) que o caso será enviado ao Ministério Público de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde o ex-presidente tem residência fixa.

A mando de Bolsonaro, os deputados recorreram à Lei de Segurança Nacional (LSN) para pedir novamente a prisão de Lula, alegando que ele incitou a violência em seu discurso no último sábado (9), em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Em entrevista ao site O Antagonista, porta-voz da Lava Jato e de Sergio Moro, Bolsonaro já havia ameaçado usar a LSN contra Lula. “Temos uma Lei de Segurança Nacional que está aí para ser usada. Alguns acham que os pronunciamentos, as falas desse elemento, que por ora está solto, infringem a lei. Agora, nós acionaremos a Justiça quando tivermos mais do que certeza de que ele está nesse discurso para atingir os seus objetivos”.

O medo de Bolsonaro é que o país vá às ruas, como acontece no Chile, onde manifestantes reivindicam mudanças no governo Sebastián Piñera. O filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse em entrevista que se ocorrer no Brasil o que acontece no país andino, é possível reimplantar um novo AI-5.

 

 

*Com informações da Forum

*Foto: Uol

 

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O pacote fatal de Bolsonaro e Guedes é o mesmo que fez o Chile explodir

Ao descer o machado sobre o pescoço de sua vítima, o verdugo o faz seguindo ritos e formalidades, que fazem parte do “espetáculo” do qual ele é personagem central, visto ser o sujeito da ação por todos observada, a execução.

Na última terça-feira (05/11), o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, levaram ao Congresso seus projetos para ajuste fiscal recessivo.

Neoliberalismo radical com traços de fascismo.

Com pompa e circunstância, discursaram sobre seus supostos objetivos técnicos de “diminuir gastos desnecessários” e que, sem isso, o país não terá alternativa.

Argumentos desse tipo temos ouvido desde a reforma trabalhista do governo Michel Temer, em 2017.

O governo Bolsonaro repetiu-o para aprovar a reforma da previdência. E agora o repete de novo para atacar outros direitos sociais garantidos pela Constituição Federal, como saúde e educação.

Entre as propostas apresentadas no pacote de perversidades está o fim das vinculações orçamentárias para saúde e educação, hoje asseguradas pela Constituição Federal de 1988.

Os pisos constitucionais previstos para as duas áreas, com recursos próprios de municípios, estados e União foram vitórias da cidadania com vistas a assegurar valores mínimos para sustentação dos serviços absolutamente necessários do SUS e da educação.

Sem essas garantias constitucionais de financiamento, os sistemas de saúde e educação estarão sob grave ameaça, deixando a população à mercê da desassistência.

O projeto prevê juntar os percentuais de saúde e educação, hoje separados, não mais garantindo os valores mínimos para cada área.

A pretexto de dar maior “autonomia” a prefeitos e governadores para executar seus orçamentos, o bolsonarismo vai, de fato, desidratar os recursos de políticas públicas essenciais. Em consequência, jogar saúde contra educação na disputa por recursos públicos mínimos para suas atividades básicas.

Na proposta, é flagrante o desprezo pela educação e aos professores, alunos e livros.

O mesmo acontece com a saúde, médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, vacinas, medicamentos, etc, que já sofrem com o descaso governamental nesses primeiros dez meses de governo.

Não bastassem esses absurdos, o governo Bolsonaro quer outro: incluir os pagamentos de aposentados nas despesas com saúde e educação!!!

Isso fará desabar o financiamento existente para saúde e educação, já que no governo Temer foi aprovada a EC 95 que congelou os recursos para essas políticas públicas nas próximas duas décadas.

O ataque aos vínculos constitucionais é velha posição dos teóricos neoliberais.

Eles associam tais garantias à “vagabundagem” e à “falta de iniciativa” dessas áreas.

Só que, na verdade, a argumentação diversionista esconde outras e reais intenções.

Explico. Os recursos orçamentários dividem-se em custeio e investimento.

Os de investimento se destinam à compra de equipamentos e insumos perenes, material permanente, como computadores, veículos, construções, etc.

Já os de custeio são para o financiamento de ações diárias e não perenes, material de consumo e, principalmente, a pagamento de pessoal.

Como podem perceber, não há neutralidade na ciência contábil, assim como inexiste nas demais.

Ela classifica como investimento produtos e insumos que apenas o capital pode dispor.

Ou seja, para os neoliberais, o “bom” é investimento, que somente pode ser disponibilizado pelo capital que constrói pontes, escolas, hospitais, vende veículos, computadores, etc.

Já o “ruim” é o custeio, que deve ser reduzido, pois representa a gastança, o modelo perdulário a ser combatido.

Ele diz respeito principalmente ao pagamento da força de trabalho.

Acontece que nos orçamentos de municípios, estados e União os recursos para o SUS, são, em sua ampla maioria, de custeio.

Ou seja, destina-se ao pagamento de toda a força de trabalho do SUS: médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, veterinários, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, motoristas, entre outros profissionais.

O destino final do dinheiro é a conta bancária desses trabalhadores.

Esse dinheiro, por sua vez, faz girar a economia de seus municípios. Afinal, invariavelmente, educação e saúde são as áreas com maiores secretarias municipais em qualquer ponto do Brasil.

Portanto, além do aspecto assistencial — que é fundamental — existe também o econômico.

O SUS e a educação são políticas públicas que, devidamente financiadas, contribuem significativamente para a movimentação da economia local, gerando empregos formais, já que seus trabalhadores usam salários no comércio e serviços do município.

No caso do SUS, especificamente, o devido financiamento assegura acesso democratizado a tecnologias que seriam inacessíveis à esmagadora maioria do povo brasileiro.

Isso se dá na forma de medicamentos, insumos e procedimentos de áreas médicas, odontológicas, enfermagem, fisioterapia, nutrição, entre outras.

Acabar com os vínculos orçamentários constitucionais como querem Paulo Guedes — ele acusa população pobre de não poupar!– e Bolsonaro, vai desfigurar a seguridade social brasileira.

A intenção deles é algo nos moldes feitos pelo ditador chileno Augusto Pinochet, de quem são fãs.

E exatamente o que está levando o Chile a convulsionar, pois ampla parcela da população está na miséria enquanto os pouquíssimos rentistas festejam lucros cada vez maiores.

Na prática, minguarão as economias municipais, já mortalmente atacadas pela reforma da previdência, que levará à diminuição dos proventos dos aposentados, essenciais para fazer girar a economia local.

É concentrar renda, em escala ainda maior do que a atual.

Além da velha cantilena de reduzir gastos, o que o pacotaço de Bolsonaro e Guedes busca é fazer transferência brutal de renda às avessas.

Isso significa tirar dos pobres e engordar os ricos, deixando-os cada vez mais ricos, enquanto jogam milhões de pessoas na miséria e na absoluta insegurança social.

Esse objetivo se explicita ainda mais quando observamos todo o pacote de PECs — propostas de emendas constitucionais.

Não há uma única proposta de estímulo à economia.

Muito pelo contrário. Há apenas cortes, com efeito mais depressor sobre a economia.

Recursos de fundos públicos que existem há décadas serão usados para “pagar serviços de juros da dívida pública”.

Ou seja, bilhões de reais serão torrados para pagar juros da dívida pública.

Isso é ruim? Péssimo!

Explico.

Primeiro: porque é jogar bilhões de reais em recursos públicos em área morta da economia.

Esses bilhões não gerarão um único emprego nem fomentarão setores estratégicos da economia.

Apenas alimentarão a voracidade insaciável do mercado financeiro, o “capital vadio”, que não gera empregos mas deixa mais ricos os poucos extremamente ricos. Logo, estarão com suas bocarras escancaradas exigindo mais sacrifícios humanos e ambientais.

Segundo:porque não se fomenta economia queimando recursos de forma inútil. Seria muito mais eficiente usar esses recursos para ações que visassem à diminuição do desemprego e, consequentemente, aumento de arrecadação.

Não contente com tudo isso, o governo federal ainda prevê no pacote outra imensa perversidade. Havendo excesso de arrecadação, esse excedente não será utilizado em benefício da população, mas para — de novo– pagar serviços da dívida.

Ou seja, caso o Brasil consiga produzir e criar excedente, o País não gozará do resultado de seu trabalho.

É o vampirismo parasitário do capitalismo rentista, que quer transformar o Brasil num gigantesco campo de concentração para trabalho escravo.

Quando em 25 de outubro, Bolsonaro afirmou que colocaria o exército na rua, caso ocorresse no Brasil o mesmo que está acontecendo no Chile, ele já sabia o que enviaria ao Congresso dias depois.

Da mesma forma, seu filho Eduardo Bolsonaro ao dizer que “se a esquerda radicalizar, vamos reeditar o AI-5”.

As ameaças pareciam soltas, mas agora com o pacote apresentado, sabemos os motivos.

Ambos acenaram que as liberdades do mercado rentista serão garantidas às custas da democracia e dos direitos do povo.

Afinal, como defende o neoliberalismo, a democracia não é um valor absoluto se não tiver antes a liberdade dos capitais.

E é justamente isso que o governo está priorizando.

Bolsonaro se elegeu com discurso antissistema, mas, na verdade, é o candidato do sistema, como demonstram seus projetos.

As medidas adotadas do pacote de perversidades deprimirão ainda mais a economia, restringindo acesso da população aos serviços de saúde e educação, fragilizando a seguridade social e torrando bilhões de reais para alimentar a voracidade bulímica do mercado financeiro que arruína economias nacionais.

Cumprirão o script racista e genocida do neoliberalismo radical com traços de fascismo ao usarem seu machado sobre os pescoços da população, sob os aplausos do capital rentista e da grande mídia, sua caixa de ressonância.

Por isso fizeram o golpe de 2016. Ele não foi contra a Dilma, o PT e o Lula.

Foi contra o povo e contra a democracia.

Por isso, prenderam o o Lula. Do contrário, não conseguiriam avançar nessa agenda da morte. Agora querem receber suas partes no butim.

O caminho é pressionar parlamentares, mobilizar a sociedade civil e desmascarar o governo atolado em crimes até o pescoço.

O verdugo não pode ser apenas observado, deve ser derrotado.

 

 

* Luís Carlos Bolzan/Viomundo

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No Twitter, mais de 70% são favoráveis ao fim da prisão após 2ª instância

A decisão do STF sobre o fim da prisão após condenação em segunda instância mobilizou o Twitter. É o que mostra um levantamento da consultoria Levels ao analisar mais de 1,1 milhão de posts na rede social.

Em relação ao número de mensagens, 71% delas são favoráveis à decisão da Suprema Corte – 28% são contrárias.

Quanto ao número de usuários, 76% demonstraram apoio ao fim da prisão em segunda instância – 23% contra.

Fica explícito, então, que esse linchamento jurídico que a mídia tanto martela a favor da prisão após condenação em 2ª instância, é puramente mecânica e entra em choque com os ventos vindos da sociedade, ou seja, trocando em miúdos, é mais uma armação da mídia brasileira que, apoiando a direita e não vendo outra saída para não ser derrotada, abusa da ciência da mentira, da embocadura do fake news, do cinismo recorrente para fugir do seu próprio suplício.

E essa pesquisa foi encomendada pela Veja, parceira inseparável da direita brasileira. É totalmente insuspeita, o que deixa qualquer golpista boquiaberto e desmonta a tese de Moro que anda propagandeando apoios ao seu pacote pró-fascismo.

O que essa gente se esquece é que não está na década de 1960 e que, hoje, qualquer mentira contada diante da revolução digital, é imediatamente desmascarada com dados concretos, sem achismos ou ideologias carregadas de desejos e, neste caso, sublinha mais uma barbada da esquerda e uma fragorosa  derrota de Bolsonaro e seu gado adestrado.

A pesquisa ainda mostra que a esquerda dá de goleada no quesito humor.

Memes favoráveis à soltura do ex-presidente Lula repercutem em 40% da rede, satirizando principalmente a ameaça que Lula representa ao governo Bolsonaro.

 

*Com informações da Veja

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Putin chega esta semana ao Brasil e conversará com Bolsonaro sobre o apoio que deu ao golpe na Bolívia, diz assessor

Com uma chamada de “urgente”, o Sputnik avisa que o assessor de Putin, Yuri Ushakov, disse que ele quer ter uma conversa reservada com Bolsonaro sobre o golpe na Bolívia que o governo brasileiro apoiou.

No âmbito da cúpula do BRICS, os líderes da Rússia e do Brasil, Vladimir Putin e Jair Bolsonaro, planejam discutir questões da política bilateral e a situação na região, inclusive os eventos na Bolívia.

“Só houve um encontro com Bolsonaro em Osaka; agora será realizada uma conversa mais profunda, isso será, antes de mais, a agenda bilateral e, certamente, os problemas atuais internacionais e regionais, inclusive a situação na Bolívia”, disse Ushakov aos jornalistas.

Respondendo a uma pergunta sobre o tema da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e se os líderes vão discutir essa questão durante as negociações, o assessor do presidente russo disse que isso ficará ao critério dos próprios líderes e em primeiro plano estará a agenda bilateral.

“Eu não sei, isso será determinado pelos próprios líderes. Mas, antes de tudo, serão discutidas questões da agenda bilateral”, explicou Ushakov.

No âmbito da cúpula do BRICS no Brasil, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai se encontrar com o primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, e o presidente da China, Xi Jinping, no dia 13 de novembro e com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no dia 14 de novembro.

 

 

*Com informações do Sputnik Brasil

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Isolado no mundo: Governo Bolsonaro fracassa e convoca Moro para perseguir Lula e manter o gado no curral

Bolsonaro finge não saber que as manifestações de rua não são o seu problema, mas as manifestações cada vez mais irritadas das pessoas em supermercados na hora de comprar alimentos, assunto que ele foge como o diabo da cruz.

O tipo de manifestação espontânea que derruba um governo é exatamente esta, a pessoa em um supermercado diante de um produto que aumentou barbaramente o preço, manifesta-se espontaneamente com raiva e, por impulso, xinga o presidente. Nesse ato não há qualquer ideologia, é uma reação explosiva de quem sente os calos queimarem e reage com profunda irritação.

E são cenas como essa que se repetem cada vez mais numa velocidade impressionante no Brasil. Fora dessa falsa polarização criada por Bolsonaro para manter seu gado no curral, existe uma sociedade que está nitidamente de saco cheio com ele, porque sente no bolso, na mesa, na geladeira que sua vida piorou muito com esse governo. O salário fica cada vez mais curto diante dos 30 dias do mês com o neoliberalismo de Guedes. As pessoas não conseguem pagar suas contas, sobretudo suas dívidas com os bancos, que hoje chega a, aproximadamente a 70% de inadimplência de quem tomou empréstimos com.

Na realidade, Bolsonaro se beneficia da sombra que Lula faz sobre ele. Assim, ele cria um inimigo e mantém acesa uma polarização com Lula para tentar a impossível missão de esconder o seu fracasso. Sem falar do seu envolvimento com a milícia, com Queiroz e outros casos que precisam ser provados.

Quando convoca Moro para uma cena de seu teatro, para pressionar o Congresso a mudar a constituição em favor da prisão após condenação em 2ª instância, mesmo sabendo que não pode mudar uma cláusula pétrea, Bolsonaro joga para sua torcida de fascistas, cada mais constrangida diante da realidade.

Para piorar ainda mais, o Brasil sediará a próxima cúpula dos BRICS, mas já com o aviso da Rússia e China de que o país ficará cada vez mais isolado, principalmente depois do apoio ao golpe na Bolívia. Ou seja, Bolsonaro terá que desdobrar em palavrórios e fanfarronices ideológicas para tentar esconder que seu governo está cada vez mais nu e sem margem de manobra.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas