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Caetano Veloso, Duvivier e mais 15 artistas estendem faixa para Bolsonaro com a frase: “Ditadura nunca mais”

Caetano Veloso, Gregorio Duvivier e cerca de outros 15 artistas estenderam há pouco uma faixa com os dizeres “Ditadura nunca mais” na Praça dos Três Poderes, tendo o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto de Jair Bolsonaro à frente.

Os artistas participaram à tarde de uma audiência pública para debater o risco de censura ao cinema por um decreto de Bolsonaro.

No debate entre governo e artistas, os últimos se saíram melhor. Duvivier arrancou risadas de Rosa Weber, Caio Blat citou Guimarães Rosa — o autor preferido da relatora Cármen Lúcia —, e Dira Paes levou a plateia às lágrimas.

 

 

*Com informações da Época

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Janio de Freitas, cirúrgico: O Grande Impune

Sergio Moro é o maior e mais grave caso de impunidade no Brasil.

Moro fez nova afirmação fraudulenta ao dizer que acabou o Brasil sem justiça.

Muita coisa se embaralhou a partir da Lava Jato. Corrupção e impunidade, como conceitos e como fatos, passaram a ser um todo, dadas a dependência mútua e a incidência concentrada em grandes transações empresariais. Combate à corrupção e arbitrariedade associaram-se no permissivismo escandaloso, ao som de manchetes sensacionalistas, verdades e inverdades igualadas, sem memória de regras e leis. Sergio Moro é a figura simbólica dessa dissolução.

Em solenidade palaciana por seu projeto anticrime que não combate, antes estimula certos crimes, Sergio Moro não dispensou o bordão frequente na sua vulgaridade verbal: (…) “Os tempos do Brasil sem lei e sem justiça chegaram ao fim”.

Mais uma afirmação fraudulenta. Pode-se socorrê-la, no entanto, emprestando-lhe o entendimento de que as revelações do The Intercept Brasil põem fim à complacência dos Poderes com o regime “sem lei”, vigente por cinco anos. Ou desde a criação da Lava Jato em março de 2014.

Essa reação a contragosto mostra-se como um engasgo no Supremo, no Superior Tribunal de Justiça, nos conselhos nacionais do Judiciário e do Ministério Público (procuradores). Peça principal no impasse, o Supremo tergiversa. No caso fundamental da mutilação, em julgamentos por Sergio Moro, do tempo e outros direitos da defesa, ao menos 5 dos 11 ministros lutam com suas preferências. É a divisão do tribunal já conhecida, mas ainda não vista em situação tão significativa.

Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Edson Fachin priorizam, no exame do caso, a possível quantidade de anulações de sentenças. Propõem desde anulação só para casos futuros, o que deixaria em vigor as condenações em processos ilegítimos (Barroso), até a exigência de que o condenado prove prejuízo por falta da defesa final.

Mas o que está em questão para o Supremo não é o desconhecido número de condenados com direito à anulação, direito já reconhecido pelo tribunal. Também não é a opinião pública e muito menos é a anulação da sentença aplicada a Lula.

A questão posta aos ministros não é aritmética, não é burocrática, não é político-ideológica. É cristalinamente jurídica: a garantia da Constituição à ampla defesa está respeitada, ou não, na mutilação da ordem e do tempo de defesa no julgamento? Se “o processo legal” é ilegal e desrespeita a Constituição, a anulação não é imperativa? Quem e quantos são os condenados de maneira ilegal é assunto à parte. No dizer do decano Celso de Mello, nada é mais grave e inaceitável do que o desrespeito à Constituição.

O Intercept é comedido na liberação de revelações, para não ser tumultuoso, mas o que se sabe indica um estoque ainda muito farto.

O já divulgado é bastante, porém, para conduzir a uma certeza irrefutável com honestidade: a Lava Jato valeu-se de uma necessidade grave, no país humilhado por corrupção irreprimida, e desenvolveu com má-fé uma ação contra o eleitorado, os políticos e, portanto, contra o regime.

Sob o comando de Sergio Moro, o objetivo primordial foi manipular a eleição presidencial, o que ocorreu à vista de todo o país. Desse resultado desdobraram-se os efeitos econômicos, pré-sal à frente, e de política externa. Mais tarde serão conhecidas as influências do exterior, como em todos os episódios anômalos que envolveram petróleo e outras riquezas nacionais.

Nos limites da Constituição e da legalidade em geral, fartos embora, Moro e seus centuriões da Procuradoria da República e da Polícia Federal não atingiriam o objetivo primordial, perdendo os subsequentes. O “devido processo legal”, direitos, a moralidade da magistratura, a Constituição foram transgredidos até onde conveniente. E sem restrição do Supremo e dos órgãos de disciplinamento judicial.

​​Sergio Moro não precisou se preocupar, como se comprova nas revelações do Intercept Brasil, em ser reprimido. Tudo o que fez contou com a pronta associação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Daí às instâncias superiores, nada diferente. Sérgio Moro esteve acima da lei, dos tribunais, do Supremo. Ele diz que a Lava Jato acabou com a impunidade. Também aí há fraude. A Lava Jato lançou, isso sim, nova modalidade de crimes impunes. O Supremo se digladia pelos abusos de Moro, e nem sequer menciona sua autoria dessas violações.

Sergio Moro é o maior e mais grave caso de impunidade no Brasil.

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E a frouxa, não vai falar nenhuma frase de efeito do google contra a Lava Jato?

Carmen Lúcia é, certamente, a pessoa que presidiu o STF que mais agradou a Globo. Virou arroz de festa nos estúdios dos marinho, seja em telejornais ou programas como o do Bial.

Ela e os microfones da Globo viraram enamorados durante sua permanência como presidente do STF. Por isso se empenhou tanto em alimentar a mídia com suas derradeiras e ridículas frases pinçadas no google, sempre ditas de forma angulosa de frente para os holofotes da Globo.

Gilmar Mendes foi sarcástico com ela quando repetiu a frase vazada pelo Intercept em que os procuradores a chamavam de “frouxa”.

Na verdade, foi a palavra dita com mais ênfase por Gilmar Mendes para cutucar o brio de Cármen Lúcia, que se mostrou nenhum diante da avalanche de mensagens publicadas pelo Intercept, revelando toda a patifaria que está no submundo da república de Curitiba que, aliás, promete ser muito mais explosiva daqui para frente do que já foi.

Cármen Lúcia, que anda mais encolhida do que sua insignificância, era tão detalhista, até em, burramente, tentar corrigir Dilma sobre a sua preferência por ser chamada de presidenta, dizendo que, em nome do bom português, preferia ser chamada de Presidente do STF e, sendo corrigida por centenas de pessoas, que mostraram a ela que não há erro de português em chamar uma mulher de presidenta.

Por isso, imagino eu, Gilmar tenha sido sarcástico com ela ao narrar a palavra “frouxa” que fez questão de exaltar.

Cármen Lúcia todos os dias emplacava uma frase pinçada do google e, agora, está literalmente muda, é outro termômetro da parcialidade midialesca que tomou conta do judiciário nativo. Aquelas bem ensaiadas frases em que se buscava por inteiro seus ângulos faciais, sumiram, viraram deusas mortas, pois todas aquelas tolices que davam projeção à imagem de Cármen, puxaram o carro e, agora, que a frouxa é chamada de frouxa pelos lavajatistas, não se vê uma gota de emoção, com aquela força vigorosa que ela demonstrava quando se referia a alguém do PT, em nome do manual da Globo.

Até agora, Cármen Lúcia não esboçou um balbúcio sequer sobre as revelações do Intercept, por parcialidade ou porque é mesmo frouxa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Vídeo: Gilmar desenhou hoje em sua fala o powerpoint da quadrilha Lava Jato

Gilmar Mendes chama Moro e Deltan de gangsters e torturadores por usarem a prisão provisória como tática de intimidação.

“Gangster e torturador nunca esteve tão na moda”

“A Lava Jato prendeu para poder ter delatores”

Gilmar leu reportagens da Vaza Jato no plenário e fez críticas duríssimas aos procuradores, chegando a dizer que a operação Lava Jato tortura investigados e constitui um projeto político.

O fato é que Gilmar Mendes sambou na cara de Moro e Dallagnol.

Por tabela, ainda acertou em Fux, Fachin, Carmen Lúcia e, sobretudo, em Barroso.

A melhor frase de Gilmar: ‘Um sujeito tão vaidoso (Dallagnol), que dialogava com o espelho’

Como disse Kennedy Alencar:

“Fala de Gilmar Mendes sobre Lava Jato pode levar PGR a investigar pela 1ª vez conteúdo da Vaza Jato. Ministro criticou duramente Moro, Dallagnol e cia. Representante da PGR pediu a Gilmar que encaminhasse fatos narrados”

https://twitter.com/ProfSergiones/status/1179543650126180354?s=20

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Garantias constitucionais estão sob ameaça no Supremo

Mais uma vez, Supremo mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas em questão essencial para o regime democrático’.

Apesar de o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria no entendimento de que um réu tem o direito de apresentar sua defesa por último antes do juiz formular a sentença, essa garantia Constitucional corre o risco de ser mutilada na próxima semana, quando o colegiado se reunirá para formular um entendimento conclusivo sobre o tema.

O alerta é de Janio de Freitas, na coluna deste domingo (29), na Folha de S.Paulo. Na quinta-feira (26), por 6 a 3 votos, o STF formou maioria em favor da tese que pode anular condenações em primeira instância da Lava Jato, e isso inclui a do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.

A decisão do STF correu no âmbito do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-gerente de empreendimentos da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado pelo ex-juiz Sergio Moro, na Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro. Seu advogado alegou que o cliente teve o direito de defesa prejudicado, isso porque no momento das alegações finais não foi escutado por último.

No início de agosto, a Segunda Turma do STF realizou um julgamento semelhante em favor de uma ação colocada pela defesa do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, que levou à primeira anulação de uma pena imposta por Sergio Moro na Lava Jato.

Essas duas decisões do STF – no Plenário e Segunda Turma – devem ser usadas pelas defesas de outros réus da Lava Jato pedindo a revisão dos julgamentos. No caso do ex-presidente Lula, o novo entendimento poderá alterar o resultado da condenação no sítio de Atibaia (SP). Em novembro do ano passado, a juíza Gabriela Hardt fixou prazo de “dez dias para as defesas” apresentarem as manifestações finais, sem distinguir entre delatores e delatados.

“Se, em casos da Lava Jato, entre a acusação por um delator e a sentença não houve tempo para a defesa, ficaram impossibilitados o contraditório e a ampla defesa. Para isso, o método de Moro consistia em dar o mesmo prazo para as “razões finais” da acusação e da defesa. Benesse, só para a ânsia condenatória de Moro”, explica Janio de Freitas.

O articulista também observa as entrelinhas dos magistrados durante a votação na quinta-feira (26). “Luís Roberto Barroso, terceiro a votar, propôs que, se confirmada para o réu a última palavra, assim seja apenas daqui por diante. Logo, caso o Supremo declarasse incorretos os métodos condenatórios, a seu ver o incorreto deveria permanecer intocado. Nem ao menos era caso de regra nova e não retroativa. Azar o de quem não teve a defesa final e está na cadeia”, destaca o articulista.

Luís Roberto Barroso foi um dos três ministros, ao lado do relator Edson Fachin e de Luiz Fux, que votaram contra o pedido de habeas corpus, ou seja, entendendo que o réu não foi prejudicado porque, no momento das alegações finais, não teve o direito de argumentar depois dos delatores que o acusaram.

Janio destaca ainda que, apesar de ter adiantado no fechamento da sessão de quinta-feira que concorda com o entendimento da maioria, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, propôs modular o entendimento para que, na próxima semana, o Plenário estabeleça os limites da decisão, ou seja, se terá validade para as sentenças já impostas no Judiciário.

Janio avalia ainda que, apesar de ter votado em favor do habeas corpus de Márcio de Almeida Ferreira, a ministra Cármen Lúcia poderá acompanhar o entendimento de aplicação em novos casos, para não haver revisão de decisões da Lava Jato.

“(…) com a adesão de Dias Toffoli, que anunciou outra ‘proposta de modulação’, os propensos a mutilar o direito constitucional à ‘ampla defesa’ têm possibilidade de fazer maioria. Situação ameaçadora, porque, como disse Gilmar Mendes, ‘a questão não é Lava Jato, é todo um sistema de Justiça penal’”, prossegue o articulista.

“Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas e argumentos artificiosos no trato de questão essencial para o regime democrático”, conclui Janio.

 

 

*Por Janio de Freitas/GGN

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Lava Jato sai derrotada do julgamento: maioria do STF vota a favor da tese que pode anular sentenças da operação

Placar no plenário do Supremo é de 6 votos a favor e 3 contra em relação ao argumento de que réus delatados devem falar por último no processo, formando maioria pela anulação de sentenças que não seguiram essa ordem.

O Supremo Tribunal Federal retomou nesta quinta-feira (26) o julgamento de um habeas corpus que defende que réus delatados deveriam apresentar alegações finais após os réus delatores em ação penal.

O julgamento trata especificamente do caso de Márcio de Almeida Ferreira, ex-gerente da Petrobras, em razão da tese aberta no caso do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que teve sua sentença anulada pela mesma Corte. Por se tratar de habeas corpus, não tem repercussão geral, mas deverá servir de orientação para todo o Judiciário.

O relator da matéria, ministro Edson Fachin, votou contrário à tese, que pode levar à anulação de sentenças da Operação Lava Jato. O voto foi realizado na sessão desta quarta, quando foi iniciado o julgamento. Nesta quinta, Fachin foi seguido pelos votos de Luis Roberto Barroso, Luiz Fux e parcialmente Cármen Lúcia.

Primeiro ministro a votar nesta tarde, Alexandre de Moraes abriu divergências com o voto de Fachin. “Interesse do corréu é a sua absolvição. Se precisar instigar o juiz contra o outro corréu, ele o fará, mas o interesse processual do corréu é sua absolvição. Interesse do delator não é sua absolvição, porque ele já fez acordo”, argumentou. “O direito de falar por último no processo criminal é do corréu delatado”, disse Moraes.

A ministra Rosa Weber acompanhou Moraes na divergência, assim como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

A ministra Cármen Lúcia concordou que o réu delatado deve se manifestar por último, mas entendeu que no caso em questão não houve prejuízo ao réu.

Portanto, o placar em relação ao argumento de que réus delatados devem falar por último no processo é de 6 votos a favor e 3 contra, já formando maioria no tribunal contra a Lava Jato.

“O STF ainda precisará decidir se a tese se aplica a todos os casos indistintamente ou se há condições para a anulação das sentenças. Alexandre de Moraes, por exemplo, votou no sentido de beneficiar réus que contestaram o fato de serem ouvidos ao mesmo tempo que delatores”, lembra o portal jurídico Jota no Twitter.

 

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Mais de 1.500 mulheres indígenas ocupam o Ministério da Saúde contra os ataques de Bolsonaro

Mais de 1500 mulheres indígenas, de 100 povos diferentes ocupam neste momento a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, em Brasília.

Os policiais tentaram impedir que as mulheres indígenas entrassem para entregar o documento escrito por elas, mas não conseguiram.

O grupo deve permanecer na Sesai durante boa parte do dia.

A tarde, 17h, uma delegação de 10 lideranças serão recebidas em audiência pelas Ministras do STF, Rosa Weber e Carmen Lúcia.

A ação faz parte da programação da 1@ Marcha das Mulheres Indígenas que está sendo realizada em Brasília entre os dias 9 à 14, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”.

O objetivo é dar visibilidade às ações das mulheres indígenas, discutindo questões inerentes às suas diversas realidades, reconhecendo e fortalecendo os seus protagonismo e capacidade na defesa e na garantia dos direitos humanos.

Assista: Ocupação de SESAI @Kamikia Kisedje / Cobertura Colaborativa

 

*Com informações do Viomundo

 

 

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No arremedo chamado Brasil, as “instituições” estão funcionando

A imagem da Ministra do STF, Cármen Lúcia posando, em self, com o jovem sábio do neoliberalismo tardio, Kim Kataguiri, mostra que as entranhas do poder dentro do Estado são bem mais remosas do que se denuncia.

Moro, debaixo dos escombros que desabaram em sua cabeça, teve uma colossal salva de palmas, de pé, num evento da XP, vinda da macabra gleba dos maiores investidores (sonegadores) do país. Ou seja, este é o Brasil nu e violento em que vivemos e que vemos se aprofundar num terreno cada vez mais pantanoso.

O escândalo, que vem sendo revelado pelo Intercept, agora em parceria com veículos da mídia tradicional, deixa cada vez mais estupefatos os brasileiros. Por outro lado, é nítido que uma teocracia elitista mantém, dentro das instituições brasileiras, os mesmos vícios da velha república que não deixam a luz e, menos ainda, o povo penetrar.

É aí que se aloja Bolsonaro, um fascista zombeteiro que empurra o país para o precipício civilizatório com a ajuda das Forças Armadas e do capital financeiro.

O judiciário, filho desse matrimônio, dá a exata tonalidade sombria dessa imagem que todos nós estamos vendo.

No meio disso, está a Globo, a mesma que produziu os reinos de Temer e Bolsonaro em parceria com Moro, tendo como principal nutriente escândalos forjados, delações combinadas e toda a forma de excrescência jurídica para derrubar Dilma Roussef, uma presidenta honrada, eleita por voto direto e, em seguida, com requinte de crueldade, condenar e manter preso Lula, o presidente mais popular da história e a maior liderança política do país.

Então, vem a pergunta: o que fazer diante desse quadro escabroso em que as instituições brasileiras são verdadeiros pardieiros? Na verdade, o Brasil está diante de uma prova final em que a questão central está na fratura exposta das instituições capturadas pelo capital e o modelo de Estado que atenda ao povo.

Como construir uma composição política que mobilize a sociedade e contemple a luz de uma janela para o futuro do país?

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Cármen Lúcia diz que está “aberta” a mudar seu voto sobre a suspeição de Moro em ação que pode libertar Lula

“O julgamento não acabou, e o acervo do Intercept que pode ser trazido ainda com comprovações posteriores não impede o uso para a garantia dos direitos do paciente [Lula]”, disse a ministra.

Não é somente Celso de Mello um enigma no julgamento do habeas corpus de Lula a respeito da suspeição de Sergio Moro, adiado sem data marcada pela segunda turma do STF nesta terça-feira (25).

Conversas começam a aparecer e, entre elas, a de que a ministra Cármen Lúcia pode mudar seu voto declarando Sergio Moro um juiz parcial no âmbito do recurso que pode tirar Lula da prisão em Curitiba.

O julgamento do HC começou em dezembro de 2018 e, naquele mês, votaram Edson Fachin e Cármen contra seu provimento.

Depois dos vazamentos do Intercept Brasil, Cármen Lúcia declarou-se “aberta” a rever o voto. É o que informa a Folha de S. Paulo, sobre a ministra ter sido que há uma “mudança de quadro, dada a gravidade do que vem se apresentando no sentido de eventual parcialidade” de Moro.

“É bom que se lembre que, mesmo o ministro relator [Edson Fachin] e eu, que já votei no mérito o acompanhando inicialmente, estamos abertos — pelo menos eu estou aberta — porque o julgamento não acabou, e o acervo que pode ser trazido ainda com comprovações posteriores não impede o uso de instrumentos constitucionais e processuais para a garantia dos direitos do paciente Lula.”

Em se tratando de Cármen Lúcia, é bom esperar e ver para crer.

 

*Com informações do GGN

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‘O resultado da votação poderia ser outro se réu não fosse Lula’, diz Lewandowski

O Ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que votou pela liberdade de Lula, disse:

“Não sei se é porque o paciente ou o réu é uma determinada pessoa, mas eu me lembro que aqui inúmeras vezes em circunstâncias análogas, quando houve uma lesão a esse direito fundamental que é o da participação do advogado em julgamento, inclusive com sustentação oral, com prévia intimação, quantos e quantos processos anulamos porque o advogado não foi intimado? Até esqueço quantos, tão grande foi o número”.

Na votação sobre o primeiro HC, impetrado após o STJ negar a liberdade de Lula, Gilmar e Lewandowski votaram a favor do Habeas Corpus. Cármen Lúcia, Edson Fachin e Celso de Mello foram contra.

Na primeira votação, os ministros do STF estavam pautando um recurso dos advogados do ex-presidente contra a decisão do ministro do STJ Felix Fischer, que, no dia 23 de novembro do ano passado, rejeitou a absolvição de Lula. Na ocasião, a defesa da principal liderança popular do País havia destacado na que não houve aviso prévio e direito à sustentação oral.