“Tenho medo de injustiçamento. Esses inquéritos têm que acabar”, afirmou o deputado bolsonarista.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) pediu a investigadores que encerrem o inquérito sobre o suposto envolvimento dele nos atos golpistas do 8 de janeiro em Brasília (DF), quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes. De acordo com as apurações, o parlamentar teria passado orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas no estado do Rio de Janeiro.
“Não tenho medo de justiça. Tenho medo de injustiçamento. Esses inquéritos têm que acabar. Somente em ditaduras, os líderes da oposição são perseguidos”, afirmou Jordy em coletiva de imprensa na capital federal.
Ministros do Supremo Tribunal Federal condenaram 30 acusados pela Procuradoria-Geral da República de executarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro. As penas vão de três a 17 anos de prisão.
A maioria foi condenada por cinco crimes – associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado e tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República denunciou mais de 1,4 mil pessoas – 1.345 são réus e mais de 1 mil negociam o acordo de não persecução penal.
MUITO TRISTE: Carlos Jordy gravou vídeo chorando, rodeado de Carla Zambelli e pelo Flávio Bolsonaro, dizendo que as investigações têm que parar. Alguém ficou com pena?pic.twitter.com/ObsMw4kK1K
Presos e envolvidos em atos golpistas de 08 de janeiro tinham ações coordenadas e de desafio às autoridades, diz jornalista.
As investigações dos golpistas envolvidos com os atos de vandalismo cometidos no 08 de janeiro em Brasília mostram um conjunto de pessoas com perfil e ação devidamente planejados.
Em linhas gerais, as pessoas detidas por conta das ações realizadas no começo do ano desafiam o poder das autoridades em todas as frentes, como em lives ou repetindo comportamentos desafiadores.
Um exemplo citado pela jornalista Camila Bomfim, do G1, envolve uma mulher que chegou a ser liberada após ser levada para a Academia da Polícia Federal ao lado de centenas de pessoas: as autoridades não só encontraram planos de incitação de golpe de Estado, como também dados sobre os atos de vandalismo no Congresso Nacional.
Alvo de mandado de prisão não cumprido, uma advogada chegou a esconder celulares de seus clientes e colegas ligados à invasão de Brasília, em sua maioria pessoas da cidade de Sinop (MT), para evitar que a Polícia Federal acessasse informações que pudessem levar aos golpistas.
Os últimos eventos que se sucederam em que o resultado causou outros tantos efeitos dramáticos contra Bolsonaro, eram previstos.
Nada do que está sendo revelado pelas investigações da Polícia Federal, causou surpresa, mas sem o poder para controlar a maré que viria sobre seu bando, Bolsonaro se mostrou muito mais fraco do que se imaginava ou se tinha certeza.
Para piorar, o imbrochável além de brochar se comporta como um camundongo assustado fora do bueiro que o protegia.
O resultado é o papel covarde de quem arrotava valentia quando tinha o poder nas mãos.
Bolsonaro nunca teve o poder da palavra. Disseminava suas mentiras na base da massificação operada pelos robôs de Carluxo.
Com a derrota de Bolsonaro nas urnas, a peça central que se mantinha sobre a mesa, caiu e sua derrocada foi fluindo em cadeia.
A desconstrução de Bolsonaro se dá pela sequência de revelações criminosas.
Ele que se prepare, pois a coisa tende a se agravar cada vez mais.
Primeiro, seu poder foi derrubado. Depois, seu espaço de ação política foi extremante limitado e, agora, tudo está desabando ao seu redor
De mãos atadas e vendo tudo acontecer sem ter como reagir, Bolsonaro chora de maneira desavergonhada.
Não há nada que possa mudar a dura realidade que Bolsonaro enfrenta e enfrentará. Coisas ruins só puxam outras.
Bolsonaro não pode abrir a boca, pois tudo o que fala, volta-se contra ele.
Ou seja, não há caminhos para Bolsonaro voltar. É daí para a cadeia.
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Requerimento foi apresentado por grupo estratégico montado pelo MP para apurar atos golpistas; caberá à presidente do STF, Rosa Weber, analisar o pedido e decidir se abre ou não a investigação – ou se encaminha o pedido para outro ministro da corte. No pedido, PGR citou ataques às urnas, ao STF e ao Congresso.
Segundo o G1, Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou nesta sexta-feira (13) que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro no inquérito que trata dos “autores intelectuais” e instigadores dos atos de terrorismo cometidos em Brasília no último domingo (8).
Na quinta (12), a PGR já havia pedido ao STF para investigar autores intelectuais dos atos. Agora, caberá ao ministro da Corte que ficar com o caso decidir se abre ou não a investigação.
O pedido da quinta-feira não citava Bolsonaro, mas dizia que o órgão queria investigar todos os que fizeram ataques às urnas, insinuação de fraudes eleitorais, deslegitimação de quem venceu a eleição, ataques ao Supremo Tribunal Federal, “mesmo estando no exterior”.
Essa é a primeira vez que Jair Bolsonaro é incluído oficialmente em um pedido de apuração relacionado aos atos de terrorismo protagonizados por uma minoria de bolsonaristas radicais.
Incitação ao crime
Na quinta, procuradores da República pediram ao procurador-geral, Augusto Aras, que investigue Bolsonaro por incitação ao crime.
Segundo esses membros do MP, o ex-presidente se “engajou na disseminação de informações falsas” após o resultado da eleição presidencial – o que teria levado, em última instância, aos atos de vandalismo.
No último domingo, golpistas depredaram as sedes dos três poderes da República – o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Os subprocuradores citam um vídeo postado por Bolsonaro numa rede social no dia 10 deste mês.A publicação, apagada horas depois, questiona o resultado da última eleição presidencial.
No documento, os procuradores afirmam que o material “parece configurar uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de tentativa violenta de abolição do estado de direito, análogos aos praticados por centenas de pessoas ao longo dos últimos meses”.
No documento da PGR desta sexta, assinado pelo subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, ele lembra que o vídeo postado na rede social de Jair Bolsonaro ocorreu poucos dias depois do maior episódio de depredação que Brasília já viveu.
E que a veiculação da mensagem teria o poder de incitar novos atos contra os poderes da República, o que se enquadra no artigo 286 do código penal: incitar publicamente a prática de crime.
Os procuradores não descartam investigar Bolsonaro por outros crimes.
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O pedido de demissão de Milton Ribeiro na segunda-feira (28) não elimina os obstáculos que o agora ex-ministro e o governo Bolsonaro terão de ultrapassar para superar o escândalo sobre as suspeitas envolvendo o balcão de negócios instalado no Ministério da Educação.
Ribeiro apresentou seu pedido para deixar o governo uma semana após a Folha revelar o áudio de uma reunião em que ele afirma priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores.
Embora tenha solucionado o problema político para o governo Bolsonaro, pelo menos momentaneamente, a demissão não tem o condão de encerrar as investigações abertas pelo Tribunal de Contas da União, pela Controladoria-Geral da União e pela Polícia Federal para apurar as suspeitas de pagamento de propina para liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Os técnicos do TCU e da CGU devem se debruçar sobre possíveis falhas administrativas na liberação de verbas para beneficiar as prefeituras.
Como mostrou a Folha, dados oficiais da pasta mostram uma explosão de aprovações de obras, ausência de critérios técnicos, burla no sistema e priorização de pagamentos a aliados no FNDE.
Todas essas informações sobre as liberações de verbas devem ser mapeadas pelo TCU e CGU em busca de fragilidades que possam indicar atos de improbidade pelos gestores do MEC durante o governo Bolsonaro.
Nesse cenário, não só Ribeiro, mas os aliados de Jair Bolsonaro instalados no centrão, e cujas cidades apadrinhadas foram beneficiadas com recursos do FNDE, podem entrar na mira.
O atual presidente do FNDE é Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).
Na esfera criminal, por sua vez, a Polícia Federal mira crimes como corrupção, por exemplo, supostamente praticados para favorecer os indicados dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
A PF abriu dois inquéritos. O primeiro deles foi na Superintendência da PF no Distrito Federal e irá apurar as suspeitas apontadas em um relatório da Controladoria-Geral da União sobre distribuições de verbas do FNDE.
A outra investigação está na sede do órgão, no setor que cuida de inquéritos que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal), e tem como alvo o ministro Milton Ribeiro. Por causa da demissão e consequente perda do foro privilegiado, ainda não há definição se os dois casos serão reunidos em uma só apuração –caminho apontado como mais provável por investigadores.
A investigação aberta na PF do Distrito Federal ainda não realizou diligências. Já no caso instaurado por ordem do STF, o delegado Bruno Calandrini, na última semana, colheu os depoimentos de Ribeiro, dos pastores e dos prefeitos citados nas reportagens.
Ribeiro confirmou em seu depoimento que o presidente Jair Bolsonaro pediu que ele recebesse um pastor suspeito de atuar no balcão de negócios, mas negou qualquer tipo de privilégio ao religioso na liberação de verbas.
Segundo ele, “o presidente Jair Bolsonaro realmente pediu para que o pastor Gilmar fosse recebido, porém isso não quer dizer que o mesmo gozasse de tratamento diferenciado ou privilegiado na gestão do FNDE ou MEC”.
O advogado Luiz Carlos da Silva Neto, defensor de Ribeiro, disse em tom crítico que o objetivo das apurações em andamento é chegar não só no ex-ministro mas também atingir o presidente Jair Bolsonaro.
“A minha impressão é que apesar do excelente trabalho do Bruno Calandrini, delegado muito sério, pessoas alheias ao processos, poderosas, estão tentando interferir na investigação, para mudar o rumo, fazendo acusações que não estão no processo”, afirmou.
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Para tentar se blindar, o presidente avisa que, nos debates, não aceitará questionamentos sobre enrascadas da família.
Depois de fugir de debates na campanha pelo Planalto em 2018, o presidente Jair Bolsonaro assegurou que não fará o mesmo nas próximas eleições, porém já avisou que não quer ser questionado a respeito de familiares e aliados. “É para falar do meu mandato. Até a minha vida particular, fique à vontade. Mas que não entrem em coisas de família, de amigos, porque vai ser algo que não vai levar a lugar nenhum”, enfatizou. O temor do chefe do Executivo tem motivos, na verdade, quatro grandes motivos: os filhos Flávio, Carlos, Eduardo e Jair Renan são alvo de investigações.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cometidos ao desviar salários de funcionários do gabinete no período em que foi deputado estadual. As acusações vieram à tona no final de 2018, com a revelação de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apontando movimentações vultosas de recursos por Fabrício Queiroz, assessor do parlamentar na assembleia legislativa. Segundo a denúncia apresentada pelo MP à Justiça fluminense, o desviou foi superior a R$ 6 milhões.
A defesa de Flávio conseguiu, no Tribunal de Justiça do Rio, garantir o foro especial do parlamentar e a transferência da investigação para segunda instância. O MP recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra essa decisão. Em 30 de novembro, a Segunda Turma da Corte manteve o foro privilegiado. Por três votos a um, os ministros também anularam as provas colhidas na investigação. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski consideraram ilegais quatro dos cinco relatórios do Coaf, o que, na prática enfraquece a acusação. Edson Fachin foi o voto divergente nos dois casos.
Flávio ainda provoca constrangimento ao pai por causa da compra de uma mansão, avaliada em R$ 6 milhões, num dos bairros mais caros de Brasília.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também é investigado pelo Ministério Público, desde julho de 2019, por prática semelhante e pela contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete na Câmara Municipal. A apuração corre em segredo de Justiça.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está na mira de inquérito que apura organização criminosa digital no âmbito das fake news, em andamento no STF. Em novembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma apuração preliminar aberta sobre o uso de R$ 150 mil em espécie na compra de imóveis pelo deputado. Em fevereiro de 2011, época em que ainda não tinha mandato, ele adquiriu um apartamento em Copacabana por R$ 160 mil — pagou R$ 110 mil com um cheque administrativo e o restante em espécie. Em dezembro de 2016, já como parlamentar, comprou um apartamento em Botafogo por R$ 1 milhão: deu um sinal de R$ 81 mil e pagou R$ 100 mil em espécie. O restante seria quitado por meio de financiamento imobiliário.
Por sua vez, Jair Renan Bolsonaro é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A investigação é sobre o suposto pagamento de propina por empresários com interesses na administração pública. O inquérito aponta que o filho 04 do presidente é associado com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade”. “O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”, destaca o documento.
As suspeitas envolvem o uso da empresa de eventos de Jair Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e a Mármores Thomazini, grupo que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Segundo a PF, o grupo empresarial tem interesses junto ao governo e presenteou, em setembro de 2020, Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês depois, representantes das empresas se reuniram com Rogério Marinho.
O depoimento de Jair Renan estava marcado para 17 de dezembro, mas ele não compareceu. Uma nova data deve ser agendada. Todos os filhos de Bolsonaro negam as acusações.
Em uma demonstração do que pode vir a ocorrer na campanha, o presidente se irritou e abandonou uma entrevista ao programa Pânico, da TV Jovem Pan News, quando foi questionado pelo humorista André Marinho se “rachador teria de ir para cadeia”.
Especialistas veem impacto na campanha à reeleição
Para André César, cientista político da Hold Assessoria, a situação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro é uma controvérsia permanente para o governo e terá impacto nas eleições deste ano. “Isso vai ser muito frisado ao longo da campanha. Bolsonaro, em 2018, se apresentou como uma novidade, agora, não é mais. Ele vai ser cobrado, e uma das mais fortes cobranças será nessas relações, no mínimo, polêmicas entre o Planalto e os filhos do presidente”, destaca.
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Com o objetivo de aprofundar as investigações sobre o orçamento secreto, auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) pediram autorização para fazer uma inspeção na Presidência da República. A área técnica do tribunal afirmou ter encontrado indícios de irregularidades envolvendo a transparência e os critérios para a distribuição de recursos por meio de emendas do relator-geral (RP-9) pelo governo Jair Bolsonaro, e defendeu novas diligências para obter mais informações.
A apuração sobre o orçamento secreto é conduzida pela Secretaria de Controle Externo da Administração do Estado do Tribunal de Contas da União (TCU), que solicitou a inspeção. O relator é o ministro Raimundo Carreiro, a quem cabe autorizar ou não.
A inspeção é uma das ações que o tribunal adota para apurar denúncias. Funciona como uma espécie de auditoria, em que os técnicos requisitam documentos, cruzam dados e questionam os responsáveis de cada setor sobre eventuais dúvidas. Foi o instrumento utilizado pelo TCU no início da apuração sobre as pedaladas fiscais na gestão de Dilma Rousseff, ainda em 2014. As conclusões do tribunal, meses depois, embasaram o pedido de impeachment da petista.
Diferentemente de uma investigação formal do Ministério Público ou da Polícia Federal, porém, o tribunal não pode apreender computadores ou tomar depoimentos.
A solicitação mira a Presidência da República, pois é o órgão responsável pela execução do orçamento. Se autorizada, a inspeção poderá abranger a Casa Civil, a Secretaria de Governo e a Secretaria-Geral da Presidência, ministérios que funcionam no Palácio do Planalto e são considerados a “cozinha” do governo.
O foco desta apuração são os aspectos administrativos envolvendo a destinação dos recursos, e não possíveis irregularidades na ponta, ou seja, envolvendo o pagamento feito por prefeitos a empresas.
*Com informações do Uol
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Moro cai atirando, acerta vários tiros em Bolsonaro, mas não erra o próprio pé.
O Brasil inteiro acaba de ouvir o, agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comparar a autonomia que a Polícia Federal teve nos governos Lula e Dilma e a interferência que Bolsonaro sempre quis impor à mesma PF.
Moro foi mais longe ao afirmar que Bolsonaro queria saber das investigações sigilosas da PF, dizendo que isso é um absurdo, voltando a citar Lula e Dilma como exemplo de conduta ética.
“Imagina se Dilma e Lula ligassem para o comando da PF para saber sobre investigações”, disse Moro.
Lógico que, vigarista como é, tentou fazer aquela retórica de corrupção do PT, beirando ao ridículo, já que acabara de dizer que os dois ex-presidentes não interferiam em nada nas investigações. Mas Moro só não falou da conduta desonesta de policiais federais da Força-tarefa da Lava Jato que, admitiam sim a interferência de Moro nas investigações.
Moro vale tanto quanto Bolsonaro. Por isso, em seu discurso, usou a língua como chicote da própria bunda e tomou uma rasteira de suas próprias contradições.
Nada como ouvir da boca de um vigarista o quanto ele é vigarista. Grande dia!
O ministro da Justiça, Sergio Moro entregou o cargo ao governo Bolsonaro. Moro fará um discurso contundente defendendo a autonomia do seu trabalho, sua carreira na magistratura e criticará a saída de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal.
Os jornais da grande mídia cravam nesta sexta (24) que Sergio Moro já avisou a aliados que anunciará a demissão do cargo de Ministro da Justiça às 11h.
Na Folha, consta que Moro comunicou Bolsonaro pela manhã que “não ficaria no governo com a saída do diretor-geral [da Polícia Federal, Maurício Valeixo], escolhido por Moro para comandar a PF.”
CNN Brasil afirma que ouviu de 3 fontes que Moro já tomou a decisão, porém, haveria movimentações de setores do Planalto tentando apagar o incêndio para evitar o desembarque do ministro.
Também há informações de que Bolsonaro exonerou Valeixo justamente para provocar a saída de Moro. Uma outra corrente acredita que o presidente interveio no comando da Polícia Federal para blindar a família de investigações.