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Pesquisa da Veja mostra que Lula vem aí e o bicho vai pegar!

A reportagem de capa da Veja mostra uma pesquisa que, se a eleição fosse hoje, Lula venceria Moro, Huck, Ciro e Bolsonaro.

Lógico que a Veja, uma das mais virulentas revistas do fascismo nativo, com DNA tucano, tratou a coisa a seu modo e gosto.

Toda a velha xaropada tucana tatuada na alma da revistona, mantém-se intacta, mesmo com a chinelada que o PSDB tomou nas urnas, os saudosos do fracassado governo FHC são de uma fidelidade irretocável.

O fato é que Lula continua sendo Lula, e isso deixa a velha mídia em polvorosa.

A Veja fala na volta de Lula ao jogo político como se ele não fosse a grande liderança popular viva no Brasil e que sua prisão política ainda fortaleceu mais a sua imagem, mesmo a pesquisa da própria Veja desmascarando o engodo da mesma.

O que tem pesado ainda na avaliação da direita nativa, não confessada pela Veja, é que, segundo a Carta Maior: nove dias das eleições argentinas, pesquisa do dia 17 mostra uma robusta vantagem de 22 pontos da chapa peronista ‘Fernández – Cristina’, com 54% das intenções de voto, contra 31,5% de Macri. Na Bolívia, Morales tb lidera o pleito deste domingo, dia 20, mas pode haver 2º turno.

A derrota acachapante do neoliberalismo de Macri só reforça ainda mais uma candidatura Lula porque escancara a tendência de que uma nova onda progressista varre a América Latina e Lula é, sem dúvida, a maior liderança política da esquerda.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A foto do ano: Bolsonaro matando o herói para nascer o miliciano

Até as viúvas da Lava Jato estão acabrunhadas na hora de defender o fantoche banana que se tornou Moro nas mãos de Bolsonaro.

A gota d’água foi a operação da PF, comandada por Moro a mando de Bolsonaro, contra Bivar na disputa da pensão da viúva, a grana preta do fundo partidário.

E Moro não se fez de rogado.

Como joia de ouro em focinho de porco, Moro usou até aqui a sua fama de mau, até ceder tudo para Bolsonaro em defesa da cadeira de ministro, o que lhe valeu até um esculacho público da própria mulher no Instagram, tal o servilismo do marido.

O fato é que, de Moro não sobra nem reflexo heroico dos tempos de outrora, ressaltado pela Globo no Jornal Nacional.

Na verdade, se Moro sair do governo por desavenças com Bolsonaro, ficará sem abrigo, ao relento, sujeito a terremotos em terreno neutro, pois nem carteira da OAB o ex-herói nacional tem.

Moro, hoje, cumpre apenas o ofício de um apóstolo de Bolsonaro que arrasta a sua imagem para o esgoto do próprio PSL que transborda de tanta sujeira na guerra entre os caciques dessa milícia partidária.

Aquele Moro que iluminava uma multidão de idiotas verde e amarelo não existe mais. Como se vê na foto, foi executado em público, com o registro de capa do Estadão, como um momento histórico. Um jornalão que já foi um dos seus principais panfletos lavajatistas. Agora, Moro é ridicularizado pelo ex-aliado da hora.

O nome que se dá a isso é decadência de quem desceu tão fundo e tão baixo ao tentar um voo tão alto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Polícia Federal usada como milícia por Bolsonaro na disputa pelo controle do fundo milionário do PSL

Se as instituições no Brasil fossem minimamente sérias, a chapa Bolsonaro e Mourão já estaria cassada com tanto escândalo.

Como escreveu Boulos:

Fevereiro: laranjal do PSL é revelado.
Junho: Bolsonaro – “recebi de Moro cópia da investigação”
Outubro: Bolsonaro ameaça sair do PSL.

A PF, comandada por Moro, faz ação contra presidente do partido 8 meses depois da revelação. Moro é ministro da Justiça ou xerife de Bolsonaro?

Ivan Valente, segue na mesma linha:

“Quando a esmola é muita, o santo desconfia

“A justiça levou dois meses para autorizar as buscas na casa do Bivar, que saiu exatamente no meio da guerra civil”.

“Não sejamos ingênuos: Bolsonaro instrumentaliza a PF para resolver a briga no PSL. Imagine quando Bivar abrir o bico!”

Joia da coroa

O episódio da guerra entre Bolsonaro e PSL, tendo Moro como chefe da milícia, usando a polícia do Estado para fazer valer os interesses de Bolsonaro sem se preocupar com o decoro, levou o problema a um gigantesco impasse.

Emancipado, o PSL avisa que dará o troco votando com a oposição para obstruir as pautas de Bolsonaro. Com isso, aflora-se o furdunço e o capítulo negro dessa guerra imunda pelo milionário fundo partidário, a Lei Rouanet dos políticos picaretas.

Não é preciso um binóculo para enxergar o que vem por aí, particularmente na guerra entre Bolsonaro e Bivar que, como bem disse Ivan Valente, se resolver mesmo abrir o bico, cai a chapa Bolsonaro e Mourão, porque a prostituição e o tráfico político dentro do PSL são o retrato do bataclã.

Em meio a tudo isso tem o uso, por Moro,  da Polícia Federal e da própria justiça, um novo fenômeno, como milícia de Bolsonaro para que ele e seu grupo, dentro do PSL, possam ser alforriados, mas sem perderem os mandatos e, muito menos a grana da joia da coroa, o fundo partidário.

 

*Da redação

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Bolsonaro e Moro armaram operação da PF para tirar deputados do PSL sem perda de mandato

Justa causa

Essa é a causa da operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (15) que teve como alvo o presidente do PSL, Luciano Bivar.

Bolsonaro e Moro armaram uma “justa causa” para que deputados da ala ligada a Bolsonaro possam deixar o partido sem correr o risco de perderem o mandato por infidelidade partidária.

A coisa é toda emporcalhada.

E imaginar que Moro foi o juiz que condenou Lula para Bolsonaro vencer a eleição.

Se isso não é prova de que as eleições foram fraudadas pelos dois, eu não sei o que é fraude eleitoral.

Bala de Prata

Esse deveria ser o nome da operação que Bolsonaro e Moro armaram contra Luciano Bivar e o PSL.

Bolsonaro precisava justificar sua saída e dos deputados de seu grupo da legenda e, agora, ele, Bolsonaro, pai de Flávio, que tinha na ALERJ o maior esquema da laranjas e fantasmas, sob a alegação de falta de transparência do PSL em relação ao uso dos recursos do fundo eleitoral, quer usar esse escândalo fabricado por ele e Moro para sair com o fundo no bolso e seus aliados não perderem o mandato.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar Mendes: A Globo se nutriu de vazamento criminoso da Lava Jato

A entrevista de Gilmar Mendes no programa do Bial teve uma estrondosa repercussão nas redes sociais porque ele ligou a corrente elétrica naquilo que de fato trouxe luz para fixar uma posição bastante clara sobre a Lava Jato, mas principalmente sobre Moro e o lavajatismo militante da mídia que, como bem disse o ministro sobre a Globo, ela usa o subterfúgio de que o Intercept utiliza os vazamentos obtidos de fonte criminosa, e lembra que ela fez o mesmo com os vazamentos criminosos da Lava Jato.

Gilmar Mendes, em seu deboche, detona a expectativa que se tinha de Moro que entrou no governo Bolsonaro quase como um Primeiro Ministro e acabou virando “esse personagem que Bolsonaro leva para o jogo do Flamengo”.

O fato é que ninguém precisou de bola de cristal para saber que, para o judiciário sair desse obscurantismo que se inicia no “mensalão”, em parceira com a mídia, servindo de trampolim para Moro e a Globo criarem a Lava Jato, teria que fazer o caminho de volta com o limpa-trilho, ou seja, começar do começo, que é a Central Globo de Jornalismo, ou alguém imagina que Moro teria algum êxito na sua sanha fascista sem apoio incondicional da Globo? Lógico que não, tanto que, na verdade, quem está matando a Lava Jato não é o Supremo, muito menos Gilmar Mendes, mas a própria Globo não noticiando mais nada a respeito das operações ou mesmo de Moro como ministro, para se afastar  de todos os personagens criminosos da Lava Jato revelados pelo Intercept. Personagens que foram sócios dos seus jornalistas.

Como também disse Gilmar Mendes, “Moro e os procuradores da Lava Jato eram melhores publicitários que juristas”.

O caminho das pedras para uma mudança de rumo foi dado pelo próprio Gilmar Mendes, a comunidade jurídica internacional que viu uma série de vícios, ou seja, de cartas marcadas na condenação de Lula. E isso, para o judiciário, tem um significado muito acima da opinião que a classe média verde e amarela e a Globo hoje fazem sobre o STF.

Vivemos num mundo globalizado e essas questões de direitos humanos ganham cada vez mais espaço no debate global e, consequentemente, um judiciário de qualquer país não pode estar descolado desse compromisso que a Globo não tem, porque é provinciana, é local, é medíocre na dimensão universal. Quem é a Globo na fila do pão dos grandes veículos de comunicação no mundo? Nada, zero.

E aí está o grande erro na hora de medir o tamanho dos Marinho e o tamanho de Lula. Querer reduzir Lula à mediocridade de um Merval Pereira ou de uma Míriam Leitão, é uma coisa, passar a acreditar nisso, é uma temeridade, melhor dizendo, um suicídio, porque Lula, gostando ou não dele, é um símbolo internacional.

A dimensão do governo Lula não se restringe às patetices ditas na Globo News por Cristiana Lobo, Renata Lo Prete, Eliane Cantanhêde e outras cajazeiras da Sucupira midiática.

Gilmar sabe bem disso, por isso foi claro em colocar a opinião da comunidade jurídica internacional sobre o julgamento de Lula e o seu peso no mundo.

Não há saída para o judiciário brasileiro. Para que ele sobreviva, sobretudo o STF, terá que cortar na própria carne, terá que acabar com a Lava Jato sem poder enterrá-la e sem que todos os envolvidos nos crimes praticados em nome do aparelho judiciário do Estado brasileiro sejam exemplarmente punidos.

Já Lula, como enfatiza Gilmar Mendes, merece um julgamento justo, começando do zero, assim não ficará pedra sobre pedra nesse monumento de crimes jurídicos praticados pela Lava Jato contra ele.

https://twitter.com/Velandrade13/status/1183970439820926977?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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13 de outubro: Atos por Lula Livre

Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ocupam a Avenida Paulista para pressionar o STF a julgar habeas corpus baseado na suspeição de Sergio Moro

São Paulo – Passados mais de quatro meses desde o início da série de reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil, a partir do vazamento de conversas entre os procurados da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro que revelaram o conluio montado para prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido cobrado a dar uma resposta. Movimentos sociais, sindicatos e partidos da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem e o Comitê Nacional Lula Livre realizam ato no próximo domingo (13), na Avenida Paulista, em São Paulo, em nome da liberdade de Lula, mantido como preso político desde março de 2018.

No STF, é esperada a retomada do julgamento do habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente que se baseia na suspeição de Moro, hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Com base nas conversas divulgadas pela Vaza Jato, os advogados de Lula apontam que o então juiz atuou junto aos procuradores, manipulando provas, sugerindo testemunhas, e orientando a acusação para garantir a condenação pretendida, de maneira a influenciar nos rumos das eleições de 2018.

O julgamento do HC na Segunda Turma do STF foi suspenso em julho, após os ministros Cármen Lúcia e Edson Fachin votarem contra. Compõem ainda o colegiado os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski. Gilmar Mendes tem se destacado na ênfase das críticas aos métodos de Moro e dos procuradores de Curitiba. Na última segunda-feira (7), ele acusou a imprensa de ter se associado a Lava Jato para produzir “falsos heróis“. Dias antes, no julgamento em que ficou decidido que os delatados têm o direito de falar depois dos delatores nos autos dos processos, o ministro criticou o uso das prisões provisórias como “instrumento de tortura” com o objetivo de extrair delações sob medida para atender os interesses dos procuradores.

Diante do revés na opinião pública e também entre a classe jurídica, em ação inusitada, os procuradores da Lava Jato chegaram a pedir na Justiça para que Lula passasse ao regime semiaberto, pois já teria cumprido um sexto da pena a ele imposta. Lula não mordeu a isca, reafirmando que não troca a sua liberdade pela sua dignidade, e reivindicando que o STF cumpra o seu papel.
Liberdade e dignidade

Para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, a manifestação do domingo serve para demonstrar a indignação com a condenação ilegal e para pressionar o STF para que o HC seja definitivamente julgado. “Todo mundo sabe que estamos numa luta muito grande para que o processo contra o ex-presidente Lula seja definitivamente anulado pela parcialidade comprovada do juiz Sergio Moro, que o julgou mirando um projeto de poder”, afirmou em vídeo postado nas redes sociais. Segundo a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, “Lula tomou uma decisão importante de não receber nenhum benefício do Judiciário, que não o seu direito a ter um julgamento justo e uma liberdade plena”.

Para o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, os procuradores da Lava Jato perceberam que Lula vai ser solto, e por isso pediram a progressão para o semiaberto. “Isso é inevitável. A falta de honestidade e de propósito é uma constante nessa Lava Jato, desde o início. Lula, eles todos sabiam, era inocente. Mas forçaram do mesmo jeito”. De acordo com o ex-deputado Wadih Damous, que também presidiu a seção da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), os integrantes da Lava Jato tentam agora demonstrar que são imparciais e respeitam a lei. “Isso é mentira, é uma farsa. Mais uma das farsas dessa verdadeira organização criminosa que se chama Lava Jato.”

“Um inocente não troca a sua liberdade por sua dignidade. Lula quer os dois: liberdade com dignidade”, afirmou a ex-presidenta Dilma Rousseff. “Estamos num momento crucial da possibilidade do presidente Lula ser libertado. Mas isso só vai ocorrer se o povo der todo o seu apoio”, ressaltou o ex-chanceler Celso Amorim.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que “Lula Livre é um brado de todo o Brasil”, por todas as injustiças cometidas por Moro e os procuradores da Lava Jato. O presidente da CTB, Adilson Araújo também convocou a população a participar do ato no domingo para “levantar a bandeira da democracia, da soberania, dos direitos e da liberdade do presidente Lula”. “Convoco você a ir às ruas conosco por Lula Livre”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

“Nós queremos anular esses processos e mostrar que o que a Lava Jato fez não foi uma perseguição jurídica, foi uma perseguição política. É a continuidade do golpe que deram na Dilma, fizeram prender o Lula, fizeram entregar o país ao Bolsonaro e agora querem se arrepender se passando por bonzinhos e legalistas”, disse o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh.

O ato Justiça para Lula vai ocorrer no próximo domingo (13), a partir das 14h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Crueldade e terror comandados por Moro no Pará confirmam o que disse Gilmar: “Moro usou métodos de tortura para forçar delações”

As notícias que chegam do Pará são aterrorizantes e criam uma dúvida sobre quem é pior, mais cruel e mais perigoso na sua irracionalidade, se Moro ou Bolsonaro.

O que se configura nos presídios do Pará é a própria caracterização configurada das torturas da ditadura militar. Os métodos, as formas, ignorando qualquer direito dos presos podem são um sinal claro das razões que estavam sob o desconhecimento da sociedade revelados por Gilmar Mendes como metodologia que Moro, na Lava Jato, usou para induzir, à força, a entregar seus alvos, como foi feito com Lula na delação, depois de um longo período na prisão, de Léo Pinheiro, ex-diretor da OAS.

Esses fatos trágicos que ocorrem nos presídios do Pará, que estão sendo denunciados pela imprensa em geral, dão a dimensão do caráter nenhum de Sergio Moro, do canalha que sempre foi imantado como herói pela Rede Globo.

Essa descoberta seria fatal. Ninguém que seja tão ou mais ordinário quanto Bolsonaro, que homenageia torturadores e milicianos, aceitaria ser Ministro da Justiça se não fosse tão ou mais perverso que o presidente de um governo a quem Moro serve.

Nada é por acaso, ninguém está nisso de graça. O padrinho político de Wilson Witzel é Marcelo Bretas, da Lava Jato carioca e Moro é Ministro da Justiça de Bolsonaro. Por aí, vê-se que esses mundos estão interligados e se interfecundando em suas práticas fascistas, o que mostra que a Lava Jato comete crimes para, supostamente, combater crimes, o que também disse Gilmar Mendes nesta segunda-feira (07) no Roda Viva.

E não é isso que faz a milícia na hora de vender “proteção” para a sociedade? E não foram os milicianos que apoiaram a candidatura de Bolsonaro e Witzel? E os dois não estão até o pescoço envolvidos com essa turma?

Pois é, o fascismo é um pacote e Moro mostrou, nos presídios do Pará, uma face desse embrulho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O antipetismo do jornalismo tosco no Roda Viva com Gilmar Mendes

Três figurinhas carimbadas do colunismo antipetista formaram o paredão de proteção da Lava Jato no Roda Viva. Vera Magalhães, Dora Kramer e Josias de Souza são o que se pode chamar de rapa do tacho adormecido do jornalismo tucano.

Os três mosqueteiros queriam arrancar de Gilmar um milagre, um elogio a Moro, uma gentileza, uma fidalguia, uma única linha ao menos do passado de Moro que pudesse dar a ele, senão um cocar, uma pena de cacique do combate à corrupção.

Mas Gilmar Mendes não estava afim de perfumar a imagem de Moro. E o mínimo que ele classificou Moro e procuradores da força-tarefa, foi de contraventores.

O objetivo dos três era um só, não deixar que Lula e o PT fizessem vida na pecha de gangsters, termo que Gilmar usou para classificar os membros da república de Curitiba, sem a menor moderação.

Ainda assim, os três batiam na mesma tecla oca, vestidos de imprensa lavajatista, cobrando do Ministro os efeitos do fim da prisão após condenação em 2ª instância, como o STF promete votar dentro de alguns dias.

Lógico que o alvo é Lula, e os três saracotearam em torno do tema, dando bicadas em Gilmar, enumerando uma série de consequências que tal decisão traria ao país.

Josias de Souza, um antilulista ortodoxo, em seu anacronismo de pedra, tentou emparedar o entrevistado, dizendo que ele, Gilmar, tem hoje pensamento diferente sobre essa questão do que tinha no passado.

Gilmar Mendes defendeu de forma objetiva sua posição atual. E Josias de Souza, Vera Magalhães e Dora Kramer, como não têm abrangência nenhuma sobre o tema, denunciada no próprio silêncio depois da resposta do Ministro, naturalmente se emudeceram. Os três sequer reagiram quando Gilmar deu neles uma escanteada, dizendo que Moro chegou aonde chegou com seus crimes revelados pelo Intercept, porque teve apoio de jornalistas como os três na mídia, sob a absurda orientação dos donos dos veículos de imprensa.

O fato é que os três se sentiram impotentes diante do entrevistado para chegar ao objetivo que queriam, falsear um engodo qualquer para criar um ambiente de alarido antipetista e não deixar que Lula ou o PT se beneficiasse da beira do barranco em que se encontra Moro e a Lava jato.

Isso mostra, de forma milimetricamente desenhada, como o país chegou a essa coisa cotó, em termos de raciocínio, que se chama Bolsonaro.

A vulgaridade a que assistimos dioturnamente desde que o ogro assumiu a presidência, teve a introdução, ou melhor, o estopim na desqualificação intelectual desse jornalismo que operou como tutor de Moro, da Lava Jato e, por tabela, da eleição de Bolsonaro.

A velha mídia é a grande criadora da “nova política” de Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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TRF-3 julga nesta quarta processo bilionário que opõe Moro a Bolsonaro

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região analisa nesta quarta-feira (9/10) um processo de mais de R$ 2,3 bilhões sobre o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). A peculiaridade do caso está no antagonismo entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro.

O fundo é vinculado ao Ministério da Justiça e é gerido pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. No TRF-3, o recurso foi interposto pelo Ministério Público Federal, em Campinas (SP), e é contra decisão que pediu para separar os recursos do FDD. A liminar impedia impedir que o dinheiro fosse para “reserva financeira da União”.

Reportagem da ConJur mostrou que os valores arrecadados pelo fundo, que deveriam servir para a reparação dos danos, têm sido usados pela União para inflar a conta do superávit primário.

Em março deste ano, Moro compareceu à reunião do Conselho e agradeceu ao MPF pelos esforços em descontingenciar os valores. Ele defendeu que o dinheiro seja gasto “de forma eficiente e efetiva para os fins a que se destinam”.

De acordo com o processo, a União diz que o valor que será destinado
ao fundo neste ano “será superior ao orçamento global de despesas
discricionárias de diversos órgãos”, como a Advocacia-Geral da União, ministérios da Cultura, Direitos Humanos, entre outros.

Voto-vista
Segundo o desembargador Fábio Prieto, em voto-vista, o sistema do fundo de direitos difusos é burocrático e praticamente contraria o exercício da cidadania.

O dinheiro vem principalmente das multas aplicadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a empresas condenadas por formação de cartel.

Para o magistrado, o crescimento das verbas do fundo mostrou um problema grave do modelo: “Bilhões podem ser gastos, em nome de valores sensíveis como o meio ambiente, o patrimônio histórico e outros, sem que o contribuinte e cidadão tenha qualquer controle direto sobre a eficácia das escolhas e de sua real execução”.

O magistrado apontou ainda que só a verba liberada pela tutela de urgência, que agora está suspensa pela liminar, é superior a toda proposta orçamentária do Supremo Tribunal Federal.

“Parece indiscutível que tal abertura temática e finalística levou o FDDD à condição de autêntica instância de governança paralela aos poderes legítimos dos representantes do povo na definição de políticas públicas e na destinação de recursos orçamentários — os parlamentares e os integrantes do Poder Executivo”, considerou o desembargador.

Além disso, Prieto afirmou que há um modelo de “troca de cadeiras”, em que as próprias entidades que compõem o conselho têm projetos aprovados por ele mesmos, como também mostrou a ConJur. O magistrado criticou o feito, considerando que “é flagrantemente imoral, ineficiente, inconstitucional”.

 

 

*Com informações do Conjur

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Cadê o Hélio Negão que estava aqui? Sumiu

É um mistério esse mundo que cerca Bolsonaro.

Queiroz sumiu, Michelle sumiu, Flávio Bolsonaro sumiu, Adélio sumiu. E, agora, não se tem notícia da ex-sombra de Bolsonaro, Hélio Negão.

Qual o significado disso? Hélio Negão é uma espécie de esfinge de Bolsonaro, uma construção mal-ajambrada do “fascista boa praça”, um “racista cordial” que usava a imagem de Hélio Negão para dizer a todos que não é o racista que é, com um histórico que merecia prisão logo depois da sua declaração, na Hebraica no Rio, quando disse que teria ido a um quilombo e comparou os negros a gado, pesados, segundo Bolsonaro, como arroba.

O fato é que Hélio Negão desapareceu misteriosamente depois de ter sido revelado um esquema no INSS com um suposto homônimo e, depois, descoberto que era o próprio Helio.

Para recordar o caso

Por Luis Nassif

Ao contrário do que diz Bolsonaro, e mesmo fontes da Polícia Federal, citado pelo líder da quadrilha da fraude do INSS, Hélio Negão é o amigo do presidente, e não um homônimo. As fontes da PF dizem que o nome de Negão foi colocado indevidamente para comprometer o superintendente da PF no Rio de Janeiro.

Não é verdade. É o próprio Hélio Negão.

Confira, primeiro, o relatório do Tribunal de Contas sobre a quadrilha.

Consta nos autos que o servidor Luiz Henrique Nunes da Silva foi preso em flagrante no momento em que estava no atendimento na APS Santa Cruz – IPL 382/2009-5/DELEPREV/SR/DPF/RJ (peça 1, p. 64) . Ao ser interrogado perante a Polícia Federal o servidor confirmou as irregularidades ao relatar que (peça 1, p. 91) :

(…) na ocasião da sua prisão confirma que estava processando benefícios sem a presença dos segurados; que isso foi feito por pedido do Sr. HÉLIO NEGÃO, – que HÉLIO NEGÃO era um despachante previdenciário que atuava na APS Santa Cruz; que o declarante o conhecia em virtude da presença do mesmo na APS e de contatos (sic) feitos em uma padaria próxima, onde os mesmos tomavam café; que HÉLIO NEGÃO pediu ao declarante para conceder os referidos benefícios, independentemente das pessoas estarem presentes; que HÉLIO NEGÃO se dizia candidato ao cargo de vereador no município do Rio de Janeiro e ofereceu ao (sic) uma eventual vaga de emprego para o filho do declarante, caso fosse eleito; que afirma que fez outras concessões a pedido de HÉLIO NEGÃO; que essas concessões eram feitas sem a presença de qualquer segurado (…) ’

O fato é que, depois dessa denúncia, Hélio Negão tirou o time de campo, não aparece mais ao lado de Bolsonaro sequer em eventos fechados. O sujeito evaporou.

E abre-se aqui um parênteses, ele não fez nada de diferente de Flávio Bolsonaro, Michelle, Adélio, Queiroz e de outros personagens que são parte da órbita de Jair Bolsonaro, assim como o seu vizinho que assassinou Marielle e fazia tráfico de armas e tantos outros milicianos envolvidos no caso que aparecem em fotos se confraternizando com Bolsonaro.

Hélio Negão é somente mais um da lista. Até mesmo Moro, que anda defendendo o Capitão no twitter de prática de caixa 2, anda de mal com os microfones da grande mídia, depois das revelações do Intercept. O homem, que era um portento na arte de usar os holofotes e microfones da Globo, parece aqueles ídolos decadentes, que hoje não aparecem mais em nenhum programa em que, outrora, eram reis.

O fato é que Hélio saiu de fininho, à francesa da cena política, não aparece mais ao lado de Bolsonaro em lugar nenhum e entra para o rol dos desaparecidos de Bolsonaro, depois que teve seu nome envolvido no escândalo do INSS.

Na verdade, essa gente que cerca Bolsonaro não resiste a duas perguntas que possam lhe fazer, porque certamente vai soltar alguma batatada comprometedora do passado comprometedor de Bolsonaro. Porque, em 28 anos como deputado, Bolsonaro não fez outra coisa senão esquemas, típicos de político picareta do baixo clero, mais grosseiro do que os esquemas de Eduardo Cunha que, agora, estão vindo à tona.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas