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Quantos foram infectados e quantos morrerão em consequência das manifestações pró-Bolsonaro no dia 15?

Já se sabe que, na França e Coreia do Sul, pastores evangélicos promoveram em seus cultos, num verdadeiro espalha-vírus.

Duas mil pessoas é a média dos cultos evangélicos, um número relativamente pequeno se comparado à última manifestação pró-Bolsonaro, convocada pelo próprio contra o Congresso e o STF no último dia 15.

Temos que lembrar que, logo após as manifestações, o Brasil ultrapassou a Itália, e muito, em número de infectados e de mortos considerando o mesmo período de tempo do primeiro registro.

Não há como negar que as manifestações pró-Bolsonaro foram um fermento perfeito para a propagação relâmpago e exponencial do coronavírus no Brasil.

Se na França e na Coreia do Sul, os pastores vão pagar com prisão por esse crime de progressão geométrica. Aqui no Brasil, quem fará as contas dos possíveis infectados nas manifestações de Bolsonaro que, hoje, sete dias depois, estão por aí espalhando o vírus pelo país? Quem fará Bolsonaro pagar por esse crime? Porque esse ato ultrapassou a necessidade de um impeachment, a pergunta agora é, quem vai condenar Bolsonaro à prisão e quando?

Em quantas cidades os bolsonaristas, em solidariedade ao maníaco do Planalto, se reuniram ? Quantas pessoas foram contabilizadas se juntando numa aglomeração assassina e levando para sua casa, para sua família, para o seu bairro o coronavírus? Alguém já fez essa conta? Se não, deveria fazer.

E fazer mais, saber o efeito daquilo em número de mortos que o Brasil terá nos próximos quatro meses, depois que Bolsonaro estimulou a propagação do coronavírus com o próprio convocando e se misturando aos manifestantes, cumprimentando e produzindo um espetáculo macabro que, certamente elevará e muito a quantidade de mortes no país.

Uma mazela como essa não foi por absoluta ignorância, dizer isso seria contraditório, já que naquele momento o Brasil, através do próprio Ministério da Saúde, já vinha assistindo aos alertas de que, se não tivesse uma consciência coletiva, o Brasil sofreria pesadamente com a pandemia.

Mas isso não foi obstáculo para a floração do pensamento bolsonarista e, muito menos para a disseminação do vírus com o estúpido argumento de que aquilo era saudável para a democracia.

Cabe agora ao Ministério Público não esperar mais nada e buscar pesquisas confiáveis com infectologistas e virologistas sobre aqueles atos que aconteceram em todo o país e quais as consequências em números calculados de infectados, de doentes e de mortos.

Isso é pra já, porque Bolsonaro não vai se contentar em apenas produzir aquela pantomima viral, ele ainda se mostra relutante em admitir que o coronavírus pode promover no Brasil a maior catástrofe da história com mais de 1 milhão de vítimas fatais. Alguém tem que colocar uma focinheira e um enforcador no cachorro louco. Isso é para ontem.

Na Itália, somente de ontem para hoje, já se somam quase 800 mortes, uma progressão macabra.

Detalhe: lá não teve nenhuma manifestação política parecida com aquela estupidez assassina dos psicopatas bolsonaristas junto com o seu “mito”, como a que assistimos no último domingo, 15 de março.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Coronavírus matou o bolsonarismo

Não parece que há cinco dias um presidente genocida foi aplaudido por psicopatas como ele, por ter estimulado a proliferação do coronavírus no país, negando a ciência, a informação e seu próprio Ministério da Saúde, sem falar da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Lógico que esse fato não é algo isolado, ele apenas alcançou a profundidade da estupidez que orbita no universo do bolsonarismo puro sangue, que utilizou sempre os meios subterrâneos das fake news para alavancar múmias fascistas dos sarcófagos e fornecer material suficiente para construir uma cadeia de estupidez que prometia exterminar com a educação, a pesquisa, a ciência, a tecnologia, a cultura e toda e qualquer forma de conhecimento.

Na mira do comando bolsonarista, estava o próprio Estado, o famoso privatiza tudo, para que o setor privado explorasse potencialmente cada atividade desse país. Ou seja, o bolsonarismo sempre trabalhou pelo interesse do status quo.

Por isso o bolsonarismo importou campanhas de fake news, prometendo desenvolvimento nas reformas e na destruição do Estado e dos direitos dos trabalhadores.

Agora, o país está diante de uma realidade nua e crua, que foi o absurdo da PEC do tetos dos gastos públicos que cortou verbas da saúde e educação e, consequentemente da pesquisa e da ciência. Tudo para agradar ao sistema financeiro.

Ninguém imagina que um boboca fantasiado como um palhaço Malaquias de verde e amarelo tem a mínima noção de que é manipulado como um boneco de ventríloquo para repetir todas as sandices do comando fascista.

São doentes mentais que, estimulados a pensarem como, mostram todo o destemor que têm do ridículo e mergulham potencialmente no submundo do bolsonarismo tarefeiro.

Mas, diante da calamidade que se agiganta e do repúdio cada vez mais crescente das ações de Bolsonaro e de seus filhos psicopatas, o bolsonarismo, grosso modo, recuou.

E se eles mantêm a ideia de não raciocinar, outros cérebros estão lhes impedindo de abrir a boca fazendo com que a mantenham fechada, por segurança dos próprios idiotas. Em muitos casos, muitos bolsonaristas já participam de escrachos contra Bolsonaro.

Pessoas que, se não foram à manifestação do dia 15 de março, ao menos convocou outros tantos adestrados para defender o “mito” que acabou levando às ruas tímidas ovelhas de um rebanho cada vez menor.

O fato é que, com o país a cada dia mais de cabeça para baixo, Bolsonaro já enfrenta um pesado tribunal do povo, que já o condenou como principal agente de proliferação do coronavírus no país e, consequentemente cada morte ou cada infectado vai lhe custar uma fatura impossível de ser paga, assim como os bolsonaristas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Video: Bolsonaro, mais uma vez, convoca manifestação contra o STF e Congresso

Em escala na cidade de Boa Vista (RR), onde segue para os Estados Unidos para se encontrar com o presidente Donald Trump e discutir uma aliança militar com o país, Bolsonaro convocou novamente as manifestações do dia 15 de março, contra o Congresso Nacional e o judiciário. “Bolsonaro acaba de inflamar ainda mais a crise política, numa escala em Boa Vista (RR), convocando a população para os atos do dia 15”, afirma reportagem da Época.

A matéria ainda informa que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, “afirmou que o presidente é vítima dos que querem frear uma suposta empreitada contra a corrupção que seu governo teria iniciado”.

“Estamos diante de uma realidade inevitável. O presidente Bolsonaro fará um novo Brasil, que está dando certo. Ele tem encontrado uma resistência muito grande, porque a rede de corrupção que se criou neste país e que está sendo desbaratada neste governo tem prejudicado planos espúrios de muita gente. Quem diz que é um movimento (o de 15 de março) contra a democracia está mentindo e quer calar o povo brasileiro”, disse o ministro general que mandou, no mês passado, um “foda-se” para o Congresso, em um ato que revela o desejo dos bolsonaristas de acabar com as instituições democráticas.

https://youtu.be/0bP8KaEyH_Q?t=11

 

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Agressão dos bolsonaristas a Gleisi Hoffmann é sinal claro do desespero com o naufrágio do governo

O derretimento acelerado do governo Bolsonaro está em duas frentes, a da economia, que se mostra trágica, de forma explícita com o último resultado do PIB e a do dólar batendo recordes de alta, mesmo com três intervenções seguidas do Banco Central. A outra é o avanço das investigações sobre o envolvimento de Bolsonaro com a milícia e a pressão que a sociedade e a mídia vêm fazendo sobre esse segundo ponto.

Quando se une esses dois pontos, é curto circuito e incêndio sem que haja água na mangueira para debelar o fogo que a cada dia vai ganhando capítulos dramáticos para Bolsonaro, Moro, Guedes e cia.

A atitude da deputada do PSL, Carla Zambelli aplaudindo os agressores de Gleisi Hoffmann tem um motivo claro, sintetizado por Janaína Paschoal, colega de legenda de Carla:

“Bolsonaro está com “receita para cair”

E explica que Bolsonaro “não está tendo estabilidade emocional, mental, espiritual, para lidar com essas crises”.

Claro que essa é também a percepção de Carla Zambelli que, no desespero, aplaude aqueles animais que agiram por instinto contra Gleisi Hoffmann, justamente por sentirem que o governo Bolsonaro está com os dias contados. Como disse Janaína, está pronto para cair.

Por outro lado, temos que aplaudir a coragem de Gleisi que, como sempre, não corre da raia diante dos fascistas enfezados com a tragédia política que é o governo Bolsonaro.

https://www.facebook.com/gleisi.hoffmann/videos/519095672345799/?t=0

 

*Da redação

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Dia do foda-se bolsonarista é o dia do ‘Somos todos milícia’

Quem acha que o bolsonarismo é somente ódio, está errado, os caras são bons de humor.

Agora, vendo Bolsonaro enterrado até o pescoço nas denúncias de suas relações em várias frentes com a milícia, sem ter como explicar o que não tem explicação, os bolsonaristas, convocados por algum gênio do escritório do ódio, dizem que vão às ruas contra o Congresso por conta do orçamento da União, o que faz qualquer criança parar de chorar e gargalhar quando ouve essa comédia protagonizada pelo gado.

Ora, o foda-se, neste caso, é para qualquer senso de ridículo ou para assumir de vez que nasceu para ser manada de Aécio, Cunha, Temer na base do “todos, menos o PT”.

Na verdade, dizem que se inspiraram na fala de Augusto Heleno que reclamou do Congresso e, no final, soltou um foda-se.

Mas, na realidade, todos sabem que estão indo para as ruas tentar reduzir um pouco o impacto desastroso para o governo do pibinho de Guedes, da disparada do dólar, mas principalmente do mar de contravenção que a sociedade vai descortinando, do qual o clã Bolsonaro é protagonista.

Não duvidem de aparecer um cartaz com os dizeres, “somos todos Rio das Pedras”, “Queiroz, o herói nacional”, “corrupção de rachadinha não é crime”, “Moro perdoou Flávio Bolsonaro”,  e por aí vai.

O fato é que, se essa gente, que nunca deixou de votar na direita, seja malufista ou tucana, ficou muito mais enfezada com a esquerda depois que o líder da manada anticorrupção de 2015, Aécio Neves, foi pego, com áudio e vídeo, pedindo e recebendo propina da JBS, quando toda a ação foi registrada por câmeras e microfones, sem dar chances para qualquer apelo para o contraditório.

Poderiam ter ido para as ruas por Aécio, por recontagem de votos, como foram, por qualquer outro motivo, mas foram contra Dilma e a suposta corrupção em seu governo e, depois, viram-se completamente ridicularizados com as imagens mostradas por toda a mídia, com aquele desavergonhado capítulo de Aécio pedindo e recebendo propina de Joesley.

A partir de então, num surto psicótico, todo bolsonarista que foi para as ruas, passou a ver comunista em qualquer gozador que lhe esfregasse na cara o mico histórico de ter ido às manifestações contra a corrupção convocadas por um dos maiores corruptos do país.

Agora, convocam para o dia 15 de março uma outra manifestação, desta vez contra o Congresso, usando a tática dos punguistas, apoiando bandidos do clã Bolsonaro, das milícias e todo o lixo do entorno, gritando “fora Congresso!”.

A pergunta é: teremos a repetição desse ato cívico que fez o planeta cair na gargalhada, vendo bolsominions marchando e cantando a canção do soldado?

https://youtu.be/m_hYmL0TCv8?t=17

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Mangueira dá uma chinelada no bolsonarismo

“E se fôssemos ensinados, desde criança que Jesus também poderia ser uma mulher, será que o Brasil estaria no topo do feminicídio?” (Evelyn Bastos)

Muito mais do que uma disputa política, do ponto de vista eleitoral, a Mangueira produziu, na maior manifestação cultural do mundo, os temas que são especialidade da escola, as várias formas de segregação que as camadas mais pobres da população estão sofrendo com um governo que nega cidadania aos negros, aos índios, aos gays e às mulheres, o que sintetiza a própria imagem de Bolsonaro, mas sobretudo do bolsonarismo, que consegue ser muito pior do que a criatura que ele pariu, porque, antes de qualquer coisa, não se pode perder de vista que o bolsonarismo é um vírus que sofreu mutação política depois de ter o PSDB como nascedouro dessa onda de ódio que conduziu uma pessoa inclassificável como Bolsonaro à Presidência da República.

Talvez seja esse o grande problema a ser enfrentado pela sociedade, a imposição de limite ao ódio de classe que, potencializado pela grande mídia, principalmente pela Globo, contra qualquer causa social que ameace o poder das oligarquias.

Baianas da Mangueira vieram fantasiadas como orixás crucificados

A Mangueira, com um dos sambas enredo mais bonitos de 2020, tem autoridade para colocar esse tema tão urgente na avenida, porque sua história se confunde com as marcas de um modelo de civilização herdado da escravidão e que marcou o próprio território e que marca até hoje as relações entre o Estado e a comunidade.

O cálculo político da Mangueira foi perfeito, Jesus, a quem os hipócritas bolsonaristas rogam e do qual Bolsonaro faz uso político, foi apresentado de várias formas em seu sentido mais profundo, mostrando que a situação dos negros, dos índios, dos gays e das mulheres, no Brasil, é idêntica ao que Jesus sofreu por ser pobre e ter levantado a voz contra as injustiças, pagando com o próprio martírio da crucificação.

Quando o Presidente da República chama de herói Adriano da Nóbrega, um miliciano que assassinou um flanelinha por ter denunciado a milícia, no dia seguinte da denúncia, ele sublinha a questão central da crítica que a Mangueira trouxe, assim como todos os Cristos representados pelos oprimidos que a Mangueira soube muito bem destacar na avenida, respaldada em dados reais, do aumento significativo da violência contra esses Cristos, com a chegada de Bolsonaro ao poder e o esgoto bolsonarista que cerca essa visão de mundo baseada no ódio ao outro.

O que não se pode esquecer é que os governadores Dória e Witzel, que promoveram os maiores massacres, com suas PMs, nas favelas e periferias de São Paulo e Rio de Janeiro, são frutos do  bolsonarismo e se elegeram na carona do fascismo tropical e, logicamente, da hipocrisia cordial, baseada numa falsa legalidade inspirada nas práticas de Moro e de seus comandados da Lava jato. Por isso, não por acaso, ele é o Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.

A Mangueira sintetizou, de forma precisa e organizada, o desfile que denuncia os elementos característicos do bolsonarismo que condena as pessoas consideradas socialmente inferiores, a partir de sua régua, respaldado na ideia de que o governo precisa organizar o país na base do racismo, do preconceito e da discriminação para se chegar à condição celeste de ser a pátria do evangelho, na ótica dos opressores contra os oprimidos.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1231907007449444352?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Em pleno tribunal, juíza bolsonarista faz exaltação ao “mito” e leva um sabão histórico de uma advogada

Uma das características dos tucanos, que se transformaram em bolsonaristas, é a incapacidade de entender o mundo, a sua situação no mundo, o conceito de cidadania e seus direitos.

O que se observa é que parte do cérebro dessa gente, e não se sabe qual, foi mutilada, porque a linha argumentativa em defesa de Bolsonaro, é zero, é nula. É como se uma parte do cérebro estivesse plana como a terra que o bolsonarismo propaga.

O que esse vídeo abaixo mostra é que, na verdade, o bolsonarismo é um estado de espírito em que a fé no abstrato mais improvável é que move esse sentimento, não importando o grau de instrução, de formação ou de colocação social.

Como já foi mostrado em pesquisas, a parcela mais opulenta da sociedade, que também é a intelectualmente mais preguiçosa, compõe em seu universo social o maior número de bolsonaristas, o que significa que as classes economicamente dominantes, são trágicas do ponto de vista cultural, o que produz um vácuo cerebral na consciência, seja ela individual ou coletiva, que resume o universo em dados absolutamente subjetivos no exercício da suposição e totalmente descolado de qualquer senso de realidade.

Neste caso específico, passa-se a entender o comportamento da polícia e da justiça que escolhem como tratar as pessoas em função do que elas parecem ser. Infelizmente essa é uma das piores chagas do aparelho judiciário do Estado brasileiro.

O exemplo trazido por esse vídeo, de um embate entre uma juíza e uma advogada numa sessão do TRT-15, coloca às claras o modelo de cidadania que as pessoas ligadas aos bolsonarismo entendem. É a partir desse processo subordinado ao mercado que o entendimento que se faz sobre o país mede o modelo cívico brasileiro.

A advogada, brilhantemente, respondeu aos principais tópicos exaltados pela juíza bolsonarista de uma maneira incisiva, cirúrgica, objetiva, sem rodeios, não dando chance sequer a uma tréplica que pudesse fugir do famoso, “respeito sua opinião, mas não concordo”, sem dizer o que e porque.

Não deixa de ser um momento histórico que, certamente se imortalizará pelo registro que ficará para muitas gerações, para entenderem o que se passava no país na era miliciana nos dias que correm.

https://youtu.be/wthSEl4gvCo?t=36

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Celso de Mello pode ser a pedra que impedirá Bolsonaro de tirar Moro de seu caminho em 2022

Talvez não seja assim tão fácil para Bolsonaro limpar seu caminho para a reeleição tirando Moro da disputa ao indicá-lo para o STF. Tem uma pedra no meio do caminho.

Marcelo Auler: Neste nebuloso cenário nacional no qual ninguém arrisca antever o futuro de forma clara, uma velha e calejada raposa política, que há mais de três décadas milita no Congresso Nacional, tendo, inclusive, ocupado também um ministério, aposta suas fichas em uma pessoa.

No entendimento desta raposa política, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, hoje licenciado para tratamento de saúde, poderá interferir nos rumos da política nacional e provocar mudanças no atual cenário nebuloso.

Isso acontecerá caso se concretize o que muitos apostam: ele se somar aos seus dois colegas na segunda turma daquela corte – Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski – ao julgar o Habeas Corpus (HC 164.493) impetrado, em novembro de 2018, pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva reclamando da falta de isenção do então juiz, hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O Supremo reconhecendo a imparcialidade do ex-juiz, ainda que por três votos, criará uma dificuldade considerável para que o mesmo ocupe a cadeira que hoje pertence ao decano naquela corte. Sem a possibilidade de indicar Moro para o STF, o que lhe ajudaria a retirá-lo da disputa presidencial, o presidente Jair Bolsonaro terá que enfrentá-lo politicamente e, com isso, ambos os lados correm o risco de perder possíveis eleitores: Bolsonaro fica sem apoio dos lavajatistas, e Moro perde o dos bolsonaristas. Ou parte deles.

Celso de Mello, ao retornar ao seu posto, no início de abril, ingressará nos seus últimos sete meses como ministro do STF. Em novembro completará seus 75 anos e cairá na chamada “expulsória”. Esse seu retorno é esperado para que a 2ª Turma do Supremo dê prosseguimento ao julgamento do HC questionando a falta de isenção de Moro quando à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ali, como se recorda, o ex-juiz afastou Lula do cenário político eleitoral e facilitou a vitória de Bolsonaro. Com isso, tornou-se ministro.

Tal como narramos aqui, em novembro passado – Lula à mercê da coerência de Celso de Mello – desde dezembro de 2018 esse este julgamento está parado. Naquele mês, quando levado ao plenário, os ministros Edson Fachin, relator, e Cármen Lúcia, presidente da Turma, votaram pelo seu não conhecimento. Um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes suspendeu a análise do caso. Nada impede, porém, que ao voltarem a analisá-lo, os votos anteriormente proferidos sejam modificados. Afinal, a partir de junho de 2019 surgiram as revelações do The Intercept, com a Vaza Jato.

A reformulação de votos não é algo em que se acredite. Mas a expectativa é que Mendes e Lewandowski, por tudo o que já manifestaram ao longo de diversos julgamentos – em especial após a publicações de diálogos via Telegram, entre os membros da Força Tarefa da Lava Jato, em Curitiba -, acolham a tese da falta de isenção do juiz.

Do mesmo modo, todas as apostas são que Celso de Mello trilhe pelo mesmo caminho. Afinal, ele tem sido crítico à Lava Jato, em especial a de Curitiba. Tal como dissemos em dezembro passado na reportagem citada acima, o decano já se posicionou pela parcialidade de Moro em outro processo (Nº 2004.70.00.012219-8). Tratava-se de um Habeas Corpus, negado pelo Supremo, com o voto contrário de Celso de Mello, do qual consta:

“Na realidade, a situação exposta nos autos compromete, segundo penso, o direito de qualquer acusado ao “fair trial”, vale dizer, a um julgamento justo efetuado perante órgão do Poder Judiciário que observe em sua conduta, relação de equidistância em face dos sujeitos processuais, pois a ideia de imparcialidade compõe a noção mesma inerente à garantia constitucional do “due process of law”. (grifos do original).

Embate entre Bolsonaro & Moro

No caso de Celso de Mello reconhecer, também desta vez, a parcialidade de Moro nos processos da Lava Jato, contribuirá com o terceiro voto para anulá-los. Pelas análises dessa raposa política, surgem duas novas situações.

Uma primeira, muito falada e esperada por petistas e pela oposição, é o retorno dos direitos políticos do ex-presidente Lula, sem dúvida a maior liderança política contemporânea do país. Volta a ser elegível. Não se sabe até quando, pois certamente o grupo da Lava Jato correrá para tentar condená-lo novamente. Mas terá que fazê-lo, em dupla instância para impedir que ele participe de qualquer disputa eleitoral.

Enquanto isso não ocorre, mesmo com Lula dizendo que não pretende se candidatar na expectativa de dar vez a novas lideranças políticas, ele será visto como forte candidato. Sua imagem ganhará novo fôlego, mais musculatura. Algo que a raposa política diz ter sofrido queda a partir da sua liberdade.

Há, porém, outra consequência provável, que poderá dividir o eleitorado bolsonarista.

No mundo político aqui em Brasília é dado como certo que o atual ministro da Justiça tem os olhos voltados para a cadeira de Bolsonaro, em 2022. O presidente sabe e teme isso. Tanto que já o vem fritando, ainda que em certos momentos abaixe a temperatura.

Apesar dos desmentidos, tal como noticiou o Brasil247 nesta sexta-feira (07/02) – Mourão, sobre Bolsonaro e Moro: “se tiver que demitir, vai demitir e acabou”-, Bolsonaro e seu entorno têm noção de que atacar – ou demitir – Moro, vai lhe gerar perda de apoio dos eleitores, e também congressistas, lavajatistas. Logo, precisa lidar com o problema de forma prudente e sensata. Duas qualidades que passam longe de Bolsonaro.

Pelo que se aposta, o presidente tentará retirar Moro da disputa indicando-o, em novembro, para a cadeira de Celso de Mello. Aliás, entre juristas que militam no STF, a possibilidade de Moro substituí-lo no plenário daquela corte assusta e desagrada o decano da corte. Ele não vê no ex-juiz curitibano alguém com preparo suficiente para o cargo. Nisso, muitos dos demais ministros o acompanham.

A indicação ao Supremo, porém, poderá ser inviabilizada – ou, ao menos, dificultada – caso a 2ª Turma do STF, com o voto de Celso de Mello, considere que faltou a imparcialidade necessária a Moro, quando no exercício da magistratura. Tal como o decano já reconheceu no outro caso.

A partir de então, será um despropósito levar à mais alta corte do país alguém que já atuou tendenciosamente em processos nos quais deveria demonstrar isenção e imparcialidade.

Ainda que Bolsonaro insista em indicar Moro, haverá um bom pretexto para que o Senado – onde hoje, segundo a raposa política, conta-se em torno de 30 os senadores que ainda defendem com intransigência o ex-juiz e os lavajatistas – rejeite a indicação.

Trata-se de algo que jamais ocorreu. Mas, atualmente, todos presenciam cenas que jamais imaginariam presenciar na vida política do país. Logo, por mais difícil que seja, é uma possibilidade.

Sem “o bilhete premiado” que Bolsonaro prometeu a Moro no passado, o presidente não terá outra chance de retirá-lo do caminho da sua tentativa de reeleger-se, sem disputa. Nesta disputa, haverá perdas. Para ambos os lados. A oposição é que pode tirar proveito disso. Desde que o saiba fazer. O que não parece muito claro de estar acontecendo.

 

 

*Marcelo Auler/247

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Globo fez a classe média entrar no debate político pela porta da lixeira e fundar o bolsonarismo

O bolsonarismo é a negação da política e não o oposto.

Bolsonaro na presidência e seus seguidores nas redes sociais, são frutos da distopia criada pela mídia liderada pelos Marinho.

Distopia esta que é denunciada no documentário Democracia em Vertigem.

Daí a escolha a dedo de Bial para atacar, de forma genérica, Petra e seu documentário que denuncia a farsa montada pela Globo e congêneres para derrubar uma presidenta honrada, eleita com mais de 54 milhões de votos.

Bial é homem de confiança da família. Foi ele o escolhido pelo próprio Roberto Marinho para produzir uma história imaginária e “poética” que fizesse de sua biografia a anti síntese do que ele foi de verdade.

O movimento autoritário do Brasil atual tem raízes no DNA da família Marinho, que participou da tentativa de golpe que levou Getúlio ao suicídio, o golpe militar em 1964, a derrubada de Dilma e a prisão de Lula para eleger Bolsonaro e fazer o bolsonarismo triunfar.

A desqualificação da ciência, da formação acadêmica, da produção do conhecimento, da pesquisa, da produção artística, dos movimentos sociais e, sobretudo da constituição, foi uma missão dada pelos Marinho a seu jornalismo de cangaço.

A mistura explosiva de arrogância com ignorância, tão característica no mundo bolsonarista, teve essa origem.

Lógico que muitos bolsonaristas são astutos ex-tucanos, ou seja, sabem que são falsários e estão apenas defendendo seus privilégios, mas outros, mais ignorantes, acreditam em Bolsonaro com devoção cega.

Isso ocorreu com Collor, mesmo depois do impeachment, tal a imagem heroica que a Globo tinha fabricado do “caçador de marajás”

Por isso absurdos como a mamadeira de piroca, o kit gay, a lei Rouanet para artistas do PT, o incêndio provocado por ONGs ambientalistas patrocinadas por Leonardo Di Caprio e tantas outras crenças falsas que habitam até hoje na cabeça oca dos bolsonaristas mais rudimentares.

Na verdade, a Globo trabalhou pesadamente num projeto de manipulação massiva contra Dilma e Lula que fez com que qualquer fake news absurdo se transformasse em algo real.

E foi exatamente isso que os pensadores do bolsonarismo, como Olavo de Carvalho, Allan dos Santos e muitos colunistas da grande mídia comprados pelos caciques do bolsonarismo, como Alexandre Garcia, Mainardi entre outros fizeram todo o trabalho sujo com o auxilio luxuoso de Bonner no Jornal Nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Com o samba mais bonito do ano, setores religiosos conservadores querem censurar a Mangueira

A cidade do Rio de Janeiro está à espera de dois milhões de turistas no carnaval, mostrando que o grande cartão postal cultural do Rio são as escolas de samba. A Mangueira, a escola mais querida no Brasil, é responsável por atrair milhares desses turistas que invadirão a cidade durante o carnaval.

Os hotéis da orla da zona sul estão com lotação completa para o período. Bares, restaurantes lotados e a própria geração de empregos no setor de serviços mostram que o carnaval no Rio é uma fonte riquíssima de emprego e renda.

A questão central é que o carnaval é o que é e, por isso mesmo, atrai tantas pessoas de tantos lugares do Brasil e do exterior.

Por mais que tenha em seu simbolismo algumas distorções promovidas pelo interesse comercial da Globo, o desfile das escolas de samba, transmitido para mais de 100 países, é o ponto alto da maior festa popular do planeta ou do maior evento cultural da terra.

Mas este ano, seguindo a linha dos terraplanistas, nazistas, fascistas, bolsonaristas, setores religiosos conservadores cismaram de censurar o espírito carnavalesco da Mangueira, que é, como sempre foi, crítico em seus enredos.

Segundo Ancelmo Gois, no Globo, uma carta assinada por 21 entidades religiosas, lideradas pela arquidiocese do Rio, direcionada a Jorge Castanheira, presidente da Liesa que, mesmo sem citar nominalmente a Mangueira, pedem, de forma absurda, que eles sejam consultados pelos enredos, numa clara comissão de censores religiosos que querem agora nos devolver ao período da ditadura militar e dizer o que pode ou não ser cantado nas ruas do país. Era só o que faltava!

Em nome de um suposto princípio da boa fé, tolerância, imagina isso, e respeito, pedem que sejam ouvidos com o intuito de instá-los a observar atenciosamente o próximo desfile para que seja realizado de modo a não ofender, chocar, agredir ou encarnecer a fé de centenas de milhões de brasileiros.

Isso porque o samba da Mangueira começa com uma frase lindamente poética que diz:

Mangueira Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Basta esse poema carregado de verdade história para detonar a hipocrisia de conservadores que usam a religião como biombo para reprimir a liberdade de expressão do povo, dizendo logicamente que não é esta a intenção.

Entre os tais religiosos, estão, entre outros, a Associação Nacional de Juristas Islâmicos, Federação Israelita do Rio, Budismo Primordial e etc.

O fato é que escola de samba nenhuma enfia o bedelho na crença de ninguém, não pede a entidade nenhuma que conduza seus sermões a partir dos conceitos do samba. Por que o samba deveria abdicar da liberdade poética para atender aos bisbilhoteiros da fé alheia em nome de um respeito que os próprios não têm pela liberdade de expressão?

Que esse absurdo seja repudiado por todos. Já não basta a Damares, Bolsonaro e o pirado da Funarte que disse que o rock é satânico? Ou esses senhores, que se acham o oráculo da fé, são parceiros do texto nazista lido Roberto Alvim que lhe custou a cabeça falando na grande arte, na arte nobre?

*Carlos Henrique Machado Freitas

Assista ao vídeo:

[Enredo: A Verdade Vos Fará Livre]

Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente

Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil

Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão

Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão

Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão

Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade

 

Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca · Esse não é o compositor?