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Dilma acha que o Eduardo Cunha negociou com a Globo para ser eleito presidente da câmara

A ex-presidenta Dilma que sofreu um golpe comandado por Cunha e apoiado pela Globo, afirmou, em entrevista ao DCM, que acredita que Cunha tenha negociado apoio à sua candidatura à presidência da Câmara com a Rede Globo. Para Dilma, em troca do apoio, Cunha não deixaria que avançassem projetos de lei ligados à regulamentação da mídia.

“Eu acho que o Eduardo Cunha negociou com a Globo para ser eleito, negociou não deixar passar nenhum projeto que visava qualquer regulamentação da mídia “.

Dilma também falou do papel de Cunha no golpe de 2016.

Dilma disse que havia uma ação engavetada no STF que poderia resultar na cassação ou prisão de Cunha.

“Em dezembro de 2015 o Ministério Público já tinha recebido do Ministério Público da Suíça as contas secretas do Eduardo Cunha e enviou essas contas em um processo que pedia a suspensão, a cassação de sua atividade ou sua prisão, então tinha que pedir para o Supremo. Isso permaneceu por seis meses dormindo dentro das gavetas do Supremo”.

“Isso foi um elemento responsável pelo impeachment porque o Eduardo Cunha é uma forma de pré-estreia do Bolsonaro, ele combinava uma pauta bastante fascista e ultraconservadora, que servia quando negociava emendas, segundo o próprio Ministério Público e juízes, para aumentar seu poder” disse Dilma.

E a ex-presidenta foi mais longe.

“Havia por parte do Eduardo Cunha uma expectativa de não ser condenado pela Comissão de Ética. Se ele não fosse condenado, o que ele supunha? Uma estratégia de estancar a sangria, me tirar do governo, assume o Temer e o Temer, com ele ainda presidente da Câmara, o protege de qualquer investigação. A ideia básica, estratégica, deles era essa. Eu tinha que sair porque ele sabia que tinha uma ação desde de dezembro no Supremo dormindo na gaveta”.

E Dilma foi certeira.

“A imprensa relata que quando foram tirá-lo da presidência do Congresso ele disse: ‘por que só agora?’. É óbvio, porque já tinha feito o impeachment. A ideia dele era ganhar tempo sentado na cadeira para que o Temer assumisse e o garantisse impunidade”.

 

 

*Com informações do DCM

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Contra ameaça de ditadura, Lewandowski se manifesta: Bolsonaro pode sofrer impeachment

O emprego das Forças Armadas em operações para garantia da lei e da ordem pode “prestar-se a sufocar franquias democráticas”, alerta o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Segundo ele, Jair Bolsonaro “sujeita-se a processo de impeachment caso venha a atentar contra o exercício dos direitos políticos, individuais ou sociais”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski criticou as ameaças à volta de práticas ditatoriais por parte do governo Jair Bolsonaro, que enviou ao Congresso Nacional um projeto com o chamado um excludente de ilicitude em ações do Garantia da Lei e da Ordem (GLO). De acordo com Lewandowski, Bolsonaro sujeita-se a processo de impeachment “caso venha a atentar contra o exercício dos direitos políticos, individuais ou sociais, extrapolando os rigorosos parâmetros que norteiam a atuação presidencial naquelas situações”.

“Nem se imagine que a intervenção federal, o emprego das Forças Armadas em operações para garantia da lei e da ordem ou a decretação do estado de defesa e de sítio —estes concebidos para enfrentar graves comoções internas, calamidades públicas de grandes proporções e agressões armadas externas, dentre outras crises— podem prestar-se a sufocar franquias democráticas”, disse o ministro em texto publicado no jornal Folha de S.Paulo.

“É que tais medidas extremas não só estão estritamente balizadas no texto constitucional como também se encontram submetidas ao controle parlamentar e judiciário quanto à legalidade, razoabilidade, proporcionalidade, demarcação espacial e limitação temporal”, complementou.

 

 

*Com informações do 247

 

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Deputados chilenos entram com processo que pode levar a impeachment de Piñera

Processo precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde tem que ser aprovado com no mínimo 78 votos, e pelo Senado; governo tem maioria nas duas casas.

Onze deputados do Partido Comunista, da Frente Ampla e da coalizão Nova Maioria, que sustentou o governo de Michelle Bachelet, entraram nesta terça-feira (19/11) formalmente com um processo no Congresso que pode levar ao impeachment do atual presidente, Sebasitán Piñera, por responsabilidade na matéria de direitos humanos durante os protestos no país.

O processo ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde precisa ser aprovado com no mínimo 78 votos, e pelo Senado chileno, que ficaria responsável pelo julgamento final. No entanto, o bloco governista tem maioria nas duas casas.

A deputada do PC Carmen Hertz disse que “não é possível que neste país se siga com a impunidade política, moral e social que foi parte muito importante do que detonou as manifestações sociais”, e afirmou que a acusação se funda nas “graves, reiteradas, generalizadas e sistemáticas violações aos direitos fundamentais das pessoas executadas pelos agentes do Estado no último mês”.

Essa situação infringiu claramente a Constituição a as leis e isso assinalamos em um argumento sólido e responsável nesta acusação”, afirmou.

Para Hertz, dada a preocupação da comunidade internacional pelo o que está acontecendo no país, a atuação do governo de Piñera “comprometeu a honra da nação”.

O jornal La Tercera também destacou o fato de dois parlamentares do Partido Socialista (PS) terem assinado o pedido, apesar de há pouco mais de duas semanas terem se omitido das acusações contra o presidente, alertando seus colegas da oposição que seria um “erro” tentar uma ação contra o mandatário.

 

 

*Com informações do Ópera Mundi

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Vídeo: O golpe na Bolívia e as ilusões republicanas

Concessões à direita não impediram que Morales sofresse um golpe violento

Quando Dilma foi golpeada em 2016, o impeachment foi chamado por alguns de “golpe branco”, levando em conta que a tomada do poder do Estado não ocorreu pelos meios convencionais, violentos, mas por malabarismos institucionais que tinham o intuito de lhe conferir a aparência de legalidade.

Dizia-se que não havia mais espaço para golpes “old school” na América Latina, com militares acossando governos democraticamente eleitos. A era das repúblicas bananeiras já estaria há algum tempo no retrovisor.

Ledo engano.

Evo Morales, presidente da Bolívia, foi deposto no domingo, dia 10 de novembro, após motins e ultimatos das forças militares bolivianas em conluio com lideranças golpistas. Seus opositores não hesitaram em adotar ações terroristas para pressioná-lo, com depredações, linchamentos, perseguições e sequestros de apoiadores, partidários e seus familiares.

Uma prefeita situacionista foi submetida à tortura e humilhação públicas, sendo obrigada a caminhar meio à multidão hostil após ter os cabelos cortados e o corpo sujo de tinta. Prédios e casas foram incendiados – incluindo a casa da irmã de Evo – e o editor chefe de um meio de comunicação sindical chegou a ser amarrado a uma árvore.

Ainda, a chefe da justiça eleitoral foi presa, ficando sob a custódia de encapuzados, e ministros e parlamentares do MAS, partido de Evo, tiveram que se abrigar na embaixada do México para se proteger de ameaças após também terem suas casas queimadas. Em uma rede social, o presidente denunciou a intenção da polícia em prendê-lo. Enquanto rumava para o México na condição de asilado, sua casa era saqueada.

Evo, reeleito recentemente, fez todas as concessões possíveis aos detratores de sua vitória: chamou novas eleições; acatou as orientações da OEA acerca do novo pleito, permitindo e legitimando sua intervenção; informou que renovaria a composição do Tribunal Supremo Eleitoral; convidou Carlos Mesa, seu adversário na eleição presidencial, para conversar (o convite foi negado) e cedeu à pressão da oposição, mostrando tolerância – ou mesmo temor – à violência com que pautou suas ações.

Não foi suficiente.

A estratégia de Mesa, do líder opositor Luis Fernando Camacho e das forças militares amotinadas era a reivindicação da democracia como tática, e não como princípio. Camacho, um fundamentalista cristão, faz eco aos racistas de Santa Cruz de La Sierra, reduto anti-Evo, estimulando a violência contra indígenas e a queima de bandeiras Whipala, símbolo dos povos andinos originários. Não é surpresa, portanto, que operem de acordo com a ritualística nazista.

“Os meus opositores só sabem repetir que é preciso derrubar esse índio de mierda. Como se pode chegar a um acordo com esse tipo de gente?”, reclamou o então presidente em relato publicado ainda em 2007 pela Piauí.

Até 1952, a Bolívia viveu sob um apartheid entre brancos e indígenas, que não tinham direito a voto, a identidade e mesmo a frequentar alguns lugares públicos. A chegada de Evo ao poder mexeu com os brios da elite branca, disposta a partir para o vale-tudo para retomar privilégios. Provavelmente foi com risadas que os facínoras receberam a juvenil estratégia governista de reagir ao golpismo com iniciativas legalistas e conciliatórias. A boia da institucionalidade, antes de ser uma salvação, é uma armadilha quando o adversário está disposto a bater abaixo da cintura.

O Estado Plurinacional criado por Evo, importante para o reconhecimento histórico dos povos indígenas, mostrou-se insuficiente para, por si só, conter levantes golpistas historicamente irrigados pelos EUA e seus associados do poder econômico. Entre os séculos XIX e XX, a Bolívia passou por quase duzentos golpes de Estado.

O republicanismo que fez o presidente abrir mão de combater fogo com fogo foi o sinal que os sequestradores da democracia precisavam para restaurar essa tradição.

“Os militares estão conosco. Eles não querem a divisão do país”, disse Evo em 2007 como uma espécie de garantia às incursões golpistas da mesma direita que o golpeou hoje. Na Comuna de Paris, em 1871, o controle das forças militares foi um ponto inegociável para os communards. O golpe seguido do massacre de junho de 1848 contra os operários – um morticínio apoiado pela burguesia francesa, com quem se aliara em fevereiro para depor o rei Luís Felipe – os vacinou quanto aos limites da democracia burguesa, que prende, arrebenta e mata quando o conteúdo se sobrepõe à forma e alguém que não estava no roteiro chega onde não deveria chegar. Os golpes encabeçados por militares na América Latina no século XX mostram que fazia sentido a preocupação dos revoltosos de Paris.

Tomara que o golpe na Bolívia sirva para que a esquerda latino-americana sepulte suas ilusões republicanas e feche enfim as veias do continente.

https://twitter.com/jmkarg/status/1195523312845303814?s=20

 

 

*Gustavo Freire Barbosa/Carta Capital

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Emir Sader: Chegou a hora do “Fora Bolsonaro!”

Eleições manipuladas de maneira brutal levaram à presidência um governante ilegítimo. Como recompensa à direita – especialmente o grande empresariado e os meios de comunicação – ele governa para os ricos, ataca todos os direitos da massa da população, desmonta o Estado, projeta a imagem mais retrógrada do Brasil no mundo. O ministro da Economia prepara outro pacote brutal, para contemplar o grande capital, que tolera tudo o que se faz com o pais, contanto que seus interesses privatizantes sejam promovidos.

A esquerda, o campo democrático, os movimentos populares, ficaram deslocados. Foram derrotados, mesmo se por uma operação de manipulação brutal. A iniciativa passou às mãos do governo, que combina um devastador projeto ultraneoliberal com declarações e atos de extrema-direita, que se voltam contra os direitos da maioria – trabalhadores, mulheres, jovens, negros, LGBT, ecologistas e todos os que se identificam com a democracia e os direitos de todos.

O pior governo que o país já teve se comporta como se não tivesse sido eleito, porque a direita prefere qualquer governo – até esse, aventureiro, miliciano, lumpen – a um governo do PT, se considera livre para proclamar e atuar conforme suas preferências pessoais e as do seu estreito núcleo familiar. Atua como se a maioria do país o acompanhasse ou lhe tivesse delegado o direito de governar conforme suas idiossincrasias pessoais.

O silêncio cúmplice do Judiciário, já criminosamente complacente com o golpe contra a Dilma, com a condenação sem provas do Lula, com a eleição fraudada do atual presidente, volta a se manifestar agora, diante das maiores arbitrariedades. Tanto da exaltação do AI-5, quanto do sequestro de provas, obstruindo escandalosamente a apuração da acusação que envolve o atual presidente na morte da Marielle de maneira direta.

Amplia-se o arco dos setores democráticos escandalizados com esses comportamentos. Pela primeira vez, setores que nunca haviam considerado essa hipótese, passam a falar de impeachment. Razões jurídicas já AI-5, haviam várias, mas nunca se havia acumulado tantas e nunca havia chegado aos limites atuais, tanto nas declarações de um dos filhos do presidente, quanto na ação confessa dele mesmo.

Chegou a hora de colocar o tema do “Fora Bolsonaro” na ordem do dia! Cada vez mais é insuportável, não somente para a esquerda, mas para todos os que sentem seus direitos atacados e vilipendiados diariamente, que sentem o país ser representado de maneira totalmente grosseira e indevida por quem faz passar por posição do país o que são suas posturas trogloditas. Ele tripudia sobre os valores mais elementares que a grande maioria da população preza, como se não houvesse limites para o que ele faz e diz. Ofende a democracia, os direitos de todos, a cultura, a sensibilidade da grande maioria, a imagem do país no mundo.

A esquerda não pode mais ficar paralisada, limitar sua ação a denúncias. Os exemplos do Equador e do Chile demonstram que pode haver chispas que façam incendiar a floresta, com tanto que se convoque o povo a reagir, a não aceitar as medidas antipopulares do governo. O estilo de trabalho de massas do campo popular precisa mudar, precisa aprender da experiência desses dois países, precisa fomentar a rebeldia, a desobediência civil, a rejeição dos atos do governo.

Convocar ao “Fora Bolsonaro”, ao “Ele não”, não basta, representa convocar ao espírito de rebeldia do povo, da juventude, dos estudantes, das mulheres, dos negros, de todos os que são vilipendiados por esse governo. Não se pode permanecer na rejeição passiva. Aderir a iniciativas de impeachment é dizer ao país que é possível e desejável um Brasil sem esse cara e sua gangue na presidência. Não importa se se consiga. Não importa, caso ele seja expulso, se dê continuidade ao fundamental das suas políticas. O Collor foi derrotado e não pudemos terminar com seu modelo neoliberal, continuado por Itamar e FHC. Mas foi uma vitória popular impedir que ele continuasse na presidência.

É chegada a hora de começar a lutar pelo “Fora Bolsonaro”! De proclamar diariamente que o país não o suporta mais, que o povo não aguenta mais o sofrimento das medidas que ele impõe a todos, que os estudantes não toleram mais o que ele faz com a Educação e com o país, que o mundo da cultura quer sair pra rua para impedir os retrocessos que impõem ao Brasil. É responsabilidade da esquerda difundir um sentimento de rebeldia, de “basta”, de “chega”, de “não aguento mais”, que setores sempre mais amplos sentem.

Se não, a esquerda não estará à altura das circunstâncias que vive dramaticamente o país. Não reconquistaremos a democracia, não conseguiremos libertar o Lula, sem um ambiente de conflagração geral, de mobilização geral, de generalização do clima de rebeldia que a situação atual requer.

 

 

*Emir Sader/247

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Depois que Bolsonaro compartilhou o vídeo fake das “FARC” disseminado por Bia Kicis, a deputada confessa que é uma mentira

Como se nota, não há qualquer preocupação com o decoro da deputada Bia Kicis que espalhou um fake grosseiro e, muito menos o deputado Daniel Silveira, ambos do PSL, pior ainda é o Presidente da República, mostrando que o Brasil presidido por Bolsonaro é uma balbúrdia e que Moro, que se vendeu como herói nacional no combate à corrupção, é ministro da justiça nesse verdadeiro amontoado de vigaristas.

Certamente, Moro não dará um pio sobre esse crime de falsidade ideológica envolvendo o presidente e deputados, porque Moro, como todos sabem, além de ex-juiz corrupto da Lava Jato, como ministro, é apenas um feitor, um Blindador Geral da República e carrega consigo um comboio de estúpidos que, cegos de ódio contra os pobres, contra os negros, contra tudo o que não é espelho, ainda viram carvão nessa tonelada absurdos produzida por essa gente.

Usar o brasão reluzente da República para se fantasiar de palhaço no Japão já é um insulto aos brasileiros minimamente inteligentes, mas usar a prerrogativa de presidente para espalhar um vídeo criminoso, é falta de decoro, é crime, é caso de impeachment, porque ali no vídeo ridiculamente montado que a deputada sapecou na rede, há uma associação ao nome de Lula como alguém que estivesse planejando um ataque a Bolsonaro.

E se isso não é motivo de uma ação que deságue na destituição do Presidente da República, não há mais lei nesse país, nem a do faz de conta, pois nesse maravilhoso mundo em que tudo pode, está-se declarando uma guerra a qualquer lei, a qualquer ordem, a qualquer comportamento civilizatório.

Espero que a oposição entre com uma ação contra Bolsonaro e os deputados para cassar os mandatos desses três barões do fake news que hoje não fazem outra coisa na vida, mesmo que satiricamente, espalham crimes cibernéticos e, agora, ainda confessam a natureza criminosa de seus fake news.

Bolsonaro que já havia espalhado o fake da Veja contra Lula, desmentido pelo delegado do caso, hoje, dobrou a aposta mostrando que não tem o menor pudor pelo cargo que ocupa, dando um verdadeiro “foda-se” para a Presidência da República

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Joice Hasselmann ameaça Bolsonaro de impeachment

A ex-líder do governo no Congresso Joice Hasselmann (PSL-SP) se transformou numa verdadeira bomba relógio contra o mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se de uma das mais perigosas acusações contra o presidente da República a sua afirmação —feita a Marco Britto, do UOL, e postada hoje pela manhã— segundo a qual os filhos de Bolsonaro lideram uma rede de funcionários que criam perfis falsos nas redes sociais.

Depois, à Globo News, Joice não só confirmou a publicação do UOL como disse que parte desse esquema funcionou até mesmo dentro do gabinete do presidente da República, no Palácio do Planalto.

A atuação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) se daria, de acordo com Joice, por meio de ao menos 20 perfis no Instagram que alimentam uma rede propulsora de informações. Essa rede chegaria a 1.500 páginas e perfis. É a chamada “milícia digital”, nas palavras da parlamentar.

As acusações fazem lembrar a briga do ex-presidente Fernando Collor de Mello com seu então líder do governo na Câmara, o hoje senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Depois que Pedro Collor apontou seu irmão Fernando e o tesoureiro da campanha, PC Farias, como chefes de uma rede de corrupção, o líder Renan veio a público confirmar as acusações.

As declarações do irmão do presidente ensejaram uma CPI que foi fortalecida pelo depoimento de Calheiros.

O resultado todos sabem: apareceu o que seria a confirmação da doação de um Fiat Elba e o presidente da República teve seu mandato cassado.

Ao UOL, Joice disse que fará denúncia ao Ministério Público e apresentará queixa na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. “Não vou ficar apanhando e ficar quieta”, afirmou.

Muito provavelmente, ela acabará sendo chamada à CPMI das Fake News. Coincidentemente, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito inicia nesta semana suas audiências públicas visando embasar as investigações.

A CPMI foi aberta para investigar noticias falsas e assédio virtual nas redes sociais, principalmente os casos com motivação política relatados a partir de reportagem da Folha de 18 de outubro do ano passado.

Depois muitas outras reportagens vieram a reforçar as suspeitas.

O UOL publicou no último dia 19 de setembro que ainda estavam ativas 80% das contas da rede de robôs que distribuíram notícias falsas pró-Bolsonaro pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018.

Se Joice sustentar suas acusações e estas forem confirmadas, não só os filhos, como o próprio presidente da República estarão com seus mandatos ameaçados.

 

 

*Com informações do Uol

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Senado cogita articular impeachment de Barroso

Pedido de impeachment do ministro do Supremo Luís Roberto Barroso estaria sendo articulado por senadores insatisfeitos com as buscas no gabinete de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Parte do grupo de senadores que bateram à porta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para tentar derrubar a legalidade das buscas no gabinete de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), querem ir mais longe, informa Lauro Jardim nesta quinta-feira (26).

Segundo o jornalista, eles têm defendido “uma ofensiva para fabricar um pedido de impeachment contra Luís Roberto Barroso”.

 

 

*Informações do 247/Lauro Jardim

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Anunciada nesta tarde a abertura do processo de impeachment de Trump

A queda de Trump representaria um grande revés para a política externa de Jair Bolsonaro, que elogiou o estadunidense em discurso na ONU.

A deputada democrata Nancy Pelosi, presidenta da Câmara dos Estados Unidos, anunciou na tarde desta terça-feira (24) a abertura de processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, segundo a imprensa dos EUA.

O pedido é baseado em denúncia de que ele teria pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a investigar o filho do pré-candidato democrata Joe Biden.

Segundo o jornal de Nova York, Pelosi chegou à conclusão de que deve realmente apresentar o pedido de impeachment, após meses de discussões. O anúncio deve ser feito por volta das 18h de Brasília, logo após uma reunião da bancada Democrata na Câmara.

“É o que eu já havia dito: assim que tivermos os fatos, estaremos prontos. Agora nós temos os fatos, estamos prontos… para hoje, mais tarde”, declarou a democrata durante coletiva de imprensa no do Atlatic Festival, promovido pelo um think tank Aspen Institute.

O presidente Donald Trump, que participou mais cedo da Assembleia Geral da ONU e apertou a mão de Jair Bolsonaro, atacou os Democratas pelo Twitter: “Os democratas estão tão focados em ferir o Partido Republicano e o Presidente que não conseguem fazer nada por causa disso, incluindo legislação sobre segurança de armas, redução de preços de medicamentos prescritos, infraestrutura, etc. Tão ruim para o nosso país!”.

Elizabeth Warren, pré-candidata democrata à presidência, defendeu a abertura do processo. “Ninguém está acima da lei – nem mesmo o presidente dos Estados Unidos. O Congresso tem autoridade constitucional e responsabilidade de responsabilizar o presidente. Isso não é sobre política, é sobre princípio. Temos de iniciar um processo de impeachment”, tuitou

 

 

*Com informações da Forum

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Primeira delação de Leo Pinheiro foi rejeitada para não atrapalhar o impeachment

A delação de Léo Pinheiro, revelada hoje pela Folha-The Intercept ainda não chegou no essencial: as razões que levaram a Lava Jato a recusar a primeira tentativa de delação do empresário, em 2016.

Pelos documentos relevados pela Folha, a delação atingia diretamente José Serra e seus operadores – Aloysio Nunes, Sérgio Freitas e Márcio Fortes -, confirmando as suspeitas sobre a rejeição da delação anterior: poderia comprometer o movimento pelo impeachment.

Léo foi preso em junho de 2014. Em junho de 2016 sua delação foi recusada. Sabia-se que atingia diretamente lideranças do PSDB e aliados de Michel Temer. A maneira como se montou a desistência da delação é um dos episódios mais canhestros de toda a Lava Jato

Narramos esse episódio no “Xadrez de Toffoli e o fruto da árvore envenenada”. Foi vazada para a Veja um episódio irrelevante, e que sequer constava da delação. Léo Pinheiro teria dito que orientou uma reforma na casa do Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli. A reforma teria sido feita por terceiros e devidamente paga por Toffoli. Ou seja, não havia crime e, portanto, não deveria merecer matéria, muito menos de capa. Era mais uma “denúncia a favor”, como no episódio do grampo do Supremo.

Mas, com base nesse factoide, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot decidiu cancelar a delação. Simples assim. Na mesma época, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima já mostrava desconforto com a delação da OAS, ao afirmar que a Lava Jato só aceitaria uma delação a mais de empreiteiras. Não fazia sentido. A delação depende do conteúdo a ser oferecido. O próprio juiz Sérgio Moro ordenou a suspensão do processo, sem explicar as razões.

Os vazamentos de agora mostram a extrema partidarização da Lava Jato.

A delação ocorria em pleno processo do impeachment. Foi em junho de 2016. A votação final do impeachment foi em 31 de agosto de 2016

Além de implicar notórios conspiradores – e Aloysio Nunes foi peça chave, inclusive correndo a Washington para pedir a bênção para o Partido Republicano, mal se consumou o impeachment -, não apresentava evidências contra Lula.

Certamente sua divulgação enfraqueceria substancialmente o movimento pelo impeachment. Esta foi a razão da grande armação acertada com Janot para impedir a delação.

 

 

*Por Luis Nassif