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Depoimento de um empresário que perdeu o pai para Covid-19: “Precisamos tirar esse presidente de onde ele está”

Um texto do empresário Adipe Neto, que perdeu o pai para o coronavírus, sobre a pandemia e a irresponsabilidade do governo brasileiro. “Senhor presidente, suas condolências são falsas, e eu não as aceito, guarde-as para quando algum dos seus queridos falecer”, diz o texto.

Neto comenta sobre as dificuldades de lidar com o fim da vida do pai na situação da pandemia, diante das dificuldades das autoridades em encarar o problema. “É claro o despreparo das autoridades desse país para lidar com essa pandemia. Meu pai foi testado positivo para covid-19, mas o atestado de óbito que entregamos no crematório estava como suspeita de coronavírus, ou seja, provavelmente ele não entrou na estatística”, comenta.

Depoimento de Adipe Neto

Sim, é um texto longo e te desafio a tirar 20 minutos do seu dia para ler e refletir sobre ele. Posso ter cometido erros de português e/ou de conceitos e estou aberto a aprender, caso seja esse o caso. Se puder leia esse texto com tempo e gentileza. Minha mãe Sylvia Regina Mattos Miguel está no facebook, mas minha irmã Karima não tem.

“Sabe aquele cara buona gente? Que é amigo do feirante ao dono do restaurante, que tira sarro de todo mundo de um jeito leve, descontraído e único, que faz questão que tu te sinta à vontade e mais do que isso, pertencente. Ele era humilde, amoroso, divertido, generoso e com certeza o melhor avô do mundo!” palavras do meu marido, Marco Seppi, sobre meu pai, Adipe Miguel Júnior, falecido em 6 de abril de 2020 de infecção por coronavírus.

Nesse momento em que começo a escrever esse texto faz exatamente 48 horas que ligaram do hospital onde meu pai estava internado pedindo para que algum familiar comparecesse lá pessoalmente. Dois dias antes tínhamos recebido a confirmação da infecção por Covid-19. Ninguém chama ninguém pessoalmente ao hospital para contar boas notícias.

O que se passou dali em diante ainda é atordoante na minha cabeça. Em várias conversas lembro do meu pai fantasiar sobre como seria o velório dele, ele ia aos velórios de todos os nossos conhecidos, tanto quanto ele podia, talvez numa forma de acumular pontos com o universo para que quando fosse chegada a hora dele ninguém o esquecesse.

Não pude velar nem pude ver o corpo dele, o que me ofereceram foi um saco preto lacrado com nome dele em cima. Não ritualizar essa passagem é doloroso e desumano. Não recebi fisicamente os abraços dos meus amigos e parentes queridos. Não pude abraçar nem consolar minha mãe que teve contato com ele e está em quarentena. Não pude ficar ao lado do caixão como ele tinha me pedido e ir dizendo para ele o nome de todos que lá estiveram para o último adeus. Não pude dar a ele o último adeus e homenagens que ele merecia.

No começo não sabia se deveria expor essa dor, trabalho com festas e diversão e não costumo postar muito. Mas em consenso familiar resolvemos postar, nada foi mais assertivo do que isso. Ao receber essa paulada de dor e desumanidade, recebemos uma enxurrada de amor e solidariedade. E é desse amor que eu e minha família temos literalmente nos alimentado para superar tudo isso.

É claro o despreparo das autoridades desse país para lidar com essa pandemia. Meu pai foi testado positivo para covid-19, mas o atestado de óbito que entregamos no crematório estava como suspeita de coronavírus, ou seja provavelmente ele não entrou na estatística. Fizemos questão de avisar o crematório que tratava-se de um caso confirmado de corona, pois os protocolos para casos suspeitos e confirmados são diferentes e a ficha que segue com o corpo deve conter um código grande e específico. Não foi o que aconteceu. Fato que poderia ter exposto agentes funerários a contaminação. Crime contra a vida.

Durante a tortuosa, dolorosa e demorada burocracia em liberar o corpo e atestados, tive tempo de conversar com diversos agentes funerários que relataram que desde o começo deste ano existem a cada dia mais mortes por dia na nossa cidade, em sua maioria classificadas como casos de morte por questões respiratórias e não de coronavírus. Ou seja, está errada a forma como estamos contando os mortos.

Acredito que quando apontamos um problema na sociedade da qual fazemos parte não podemos apenas apontar um erro sem nos colocar como parte do problema. E é como parte desse problema, parte dessa sociedade que venho dividir as minhas percepções sobre o que estamos passando.

Nós precisamos mudar nossa sociedade.

Os jornais deveriam parar de contabilizar os casos e mostrar rostos. Deveriam ter rostos nas capas de jornais e nas bancas de revistas diariamente e não números. As pessoas não entenderam ainda a situação pela qual estamos passando, dos vários amigos que me escreveram cerca de 15% relataram de parentes ou conhecidos que estão internados com corona ou suspeita e outros que como eu perderam alguém. Precisamos mudar o jornalismo e a forma como informamos as pessoas, não é possível tratarmos dessa questão apenas tecnicamente. Os jornais deveriam ter relatos como o meu de pessoas que passaram por isso e que possam dividir suas percepções de tudo, esse estado de choque com a morte é muito elucidador.

Politizaram o vírus, politizaram as vítimas e seus familiares.

Senhor presidente, suas condolências são falsas, e eu não as aceito, guarde-as para quando algum dos seus queridos falecer. É revoltante te ver na televisão falando mentiras, deveríamos te tirar de onde você está pelo simples fato de contar mentiras. Desejo que os mortos e fantasmas dessa pandemia te assombrem pela eternidade.

Precisamos mudar os políticos, precisamos tirar esse presidente de onde ele está. Ele tem falado calúnias na televisão e tudo que podemos fazer é panelaço? Me poupem, poupem os familiares das vítimas de ouvir suas panelas arrependidas. Parte de vocês escolheram esse senhor para comandar o país e agora vejam a forma como ele gerencia a maior crise de saúde e economia do nosso século. Tenho uma empresa de eventos, fui checar a ajuda do governo. A ajuda do governo vêm com juros, que ajuda é essa? E não é um juros muito abaixo do que já vinha sendo cobrado antes da crise.

Precisamos mudar a economia.
Precisamos encarar que passaremos por uma das maiores recessões que nossa geração já viu. Até que tenhamos a cura e vacina para esse vírus estaremos a mercê de quarentenas e isolamentos e temos que entender isso como sociedade. Precisamos mudar a forma como remuneramos nossos funcionários, é preciso mudar a porcentagem de lucro para as empresas e aumentar a porcentagem de participação dos colaboradores. Devemos valorizar mais profissões essenciais como agentes funerários, garis, enfermeiros, bombeiros, policiais, assistentes sociais e tantos outros pois são eles que estão se pondo em risco para manter o que ainda entendemos como sociedade. Devemos ser governados por pessoas que ganham 1 salário mínimo por mês, que ande de transporte público, more na periferia e que seja atendido pelo SUS. Devemos taxar grandes fortunas de forma contundente. Celebridades e grandes empresários doando meia dúzia de milhões quando isso representa menos de 0,5% de suas fortunas, me poupem. Empresários usem suas fortunas para manter salários, amigos usem suas reservas para manter seus empregados domésticos, vendam seus jatinhos suas mansões, vcs não precisam disso, doem suas fortunas para salvar o que ainda podemos de vidas… Usem seu dinheiro para salvar esse mundo e talvez a sua forma seja bancando pessoas com suas ações e bens.

A riqueza monetária deste mundo está na mão de 1% das pessoas, que tem mais do que o dobro da riqueza do resto da humanidade combinada (de acordo com a Oxfam). Leia e releia a frase anterior até vocês entenderem o que eu disse, é importante assimilar essa idéia.

Pessoas continuam morrendo de fome e doenças básicas como diarréia. Isso é de envergonhar nossa passagem pelo mundo, e nossa história como indivíduos.

Usamos uma menina menor de idade (Greta Thunberg) para defender o planeta e ser nossa embaixadora para alertar os maiores presidentes do mundo sobre as mudanças climáticas, expondo-a a canalhices do mundo machista e adulto, que vergonha de nós. Era obrigação nossa dar a ela e a todas as crianças um lugar melhor para elas morarem. Ao contrário disso estamos elegendo pessoas de caráter duvidoso. Precisamos deixar de ser sexistas, racistas e fóbicos em todos os aspectos e continuo a me incluir como parte desse problema. É um exercício diário de ressignificação e aprendizagem, o que está engendrado em nós como cultura são conceitos muito errados e temos que fazer longos, diários e comprometidos exercícios para mudar a forma como enxergamos isso. Mesmo assim, com mais informação e consciência, ainda continuaremos a ser sexistas, racistas e fóbicos, pois infelizmente isso é parte de nós para sempre, daqui para frente irá depende de nós a quem alimentamos internamente. Mas com esses exercícios temos a chance de ensinar algo mais nobre e virtuoso para os que vem depois de nós, para que assim talvez não seja engendrado neles a maldição desses preconceitos que habita nós, mas que dói só nas minorias dessa sociedade.

Se estivermos todos juntos e aceitarmos as nossas pluralidades seremos maiores do que os que nos oprimem. Dentro da minha própria minoria (LGBTQIA+) vejo como não nos aceitamos, não aceitamos nossa pluralidade. Nos rotulamos e nos dividimos por looks, likes, gomos, grau de feminilidade/masculinidade, categorizamos as pessoas pelo físico, pelos tamanhos e nos damos valores bons e ruins por isso. Continuo aqui a dizer que eu sou o primeiro a precisar a mudar, se estou apontando o dedo estou começando por mim mesmo.

O mundo precisa mudar.
Espero que lembrem-se bem o rosto dos governantes que desprezaram essa pandemia e politizaram o discurso e ações, espero que vocês vejam refletido nos corpos de todos nossos mortos a irresponsabilidade de um líder escolhido pelos motivos errados. Que vocês lembrem a negligência que é priorizar a economia e não as vidas. É preciso pessoas para fazer a economia e não o contrário. Não politizar o discurso, mas entender que tudo que fazemos é um ato político.

Precisamos mudar a forma como escolhemos nossos líderes, precisamos ser pessoas melhores para termos valores melhores e assim admirar qualidades mais nobres uns nos outros. Não vou politizar o assunto, a tentativa aqui é humanizar a discussão, mas a grande maioria dos meus conhecidos que votaram no atual presidente da república não o fizeram por admiração ao cara, fizeram por ódio a outro cara. Um ódio que poucos conseguem explicar, pouco sintetizado. Façamos terapia, por favor, todos nós, gastem mais tempo questionando-se do que apontando o dedo aos outros ou criando regras e padrões, interiorize-se. Se conheça e saiba os motivos reais de suas escolhas e seu real lugar de fala.

Postem as fotos dos seus entes queridos e dos entes dos seus amigos queridos que se foram, as pessoas precisam ver rostos e não números. Acho maravilhosa as redes sociais e acho que elas podem nos ajudar muito a manter essa conexão, e não só nesse momento, pois precisamos mudar a forma que nos expomos, precisamos mudar os nossos influenciadores. Precisamos admirar pessoas com mais valores humanos e menos materiais. Precisamos seguir pessoas diferentes literalmente. Continuamos a endeusar um ou outro em detrimento de todo o restante.

A dor que senti é tão concreta e tão cruel que preciso dividi-la com o máximo de pessoas que eu posso. E esse texto é sobre isso. Infelizmente iremos aprender com a dor, alguns de nós irá sentir ou está sentindo essa dor e ela é dura demais para ser carregada sozinha, por isso olhe ao seu redor e você achará a dor de alguém que vc consegue ajudar a carregar.

Estamos todos há dias trancados em casa, a mãe natureza nos colocou em espera. A minha maior dúvida é se entendemos de fato o que está acontecendo e se estamos nos transformando para a nova era que virá. E que urge vir. Os rios estão ficando limpos, podemos ver o Himalaia da Índia sem a poluição, a mãe natureza nos pede quarentena! Somos nós que habitamos a Terra e não o contrário, somos subordinados a ela e é isso que o coronavírus vem nos alertar. Parece que a cada 100 anos ela precisa lembrar isso a humanidade. São necessárias as peste para que o povo escolhido por deus seja liberto pelo faraó. Quantas pestes serão necessárias ainda? Quem é esse faraó? Do que precisamos nos libertar?

É preciso mudar a forma como fazermos tudo. Não vai haver normalização da vida, pois não há nada de normal perder tantas vidas em tão poucos dias. O mundo jamais será o mesmo, as pessoas não serão mais as mesmas e não estou dizendo como os cientistas apocalípticos, estou dizendo como um cara que sentiu a maior e cruel dor do mundo combinada com a maior comoção de amor e afeto e com isso entendeu que é preciso mudar e é preciso propagar essa idéia.

Algumas manifestações de carinho e solidariedade me deixaram completamente comovidos, o texto que meu marido postou, a ligação para minha melhor amiga em que só ouvimos um ao outro chorar, a mensagem de amigos que eu não falava há muito tempo ou amigos com quem tinha brigado, mensagens de empresários concorrentes no meu ramo de negócios, as flores que recebemos, as comidas, os áudios, os telefonemas que não tive forças para atender, enfim, eu e minha família temos nos alimentado desse afeto que estamos recebendo remotamente. Será que só sabemos nos manifestar afetuosamente e humanamente através da dor?!

Para você que ainda não perdeu ninguém, pare e pense nos seus familiares e amigos com pais e avós no grupo de risco e ligue ou escreva para eles. Liguem para seus pais, avós e amigos que estão passando por essa quarentena sozinhos. Façam as pazes com seus parentes e inimigos, acabem com as brigas e as guerras sejam elas quais forem. Baixem a guarda. Reconecte-se, parem de ter respostas tão rápidas a tudo, isso não é humano com vocês mesmos. Não esperem a dor chegar, não recomendo.

Meu pai partiu sem nossa despedida, mas o que veio com a perda dele foi amor, afeto, reconciliação, resiliência e ressignificação de conceitos. As empresas precisam mudar a forma como estão contribuindo para criar esse ambiente plástico e nocivo à sociedade e nós como sociedade temos que ser muito mais seletivos com o que e como consumimos. Os likes, seguidores, status, dinheiro, trabalho, cargos, jatinhos, fotos de pratos assinados por chefs nos valem do que agora? De nada. É tempo de se conectar com o real com o concreto. O que de fato temos valorizado como sociedade e como cada um poderia contribuir para mudar isso? Não sei, sei que tenho essa lição de casa agora.

Não esperem a vida voltar ao normal, não resistam, MUDEM. Há pouco tempo uma amiga plantou essa idéia na minha cabeça com a pergunta: -por que somos ou queremos ser resistência? Não temos de resistir, temos que ser os agentes da mudança. Pare por alguns minutos agora e reflita. Somos todos agentes potenciais dessa mudança. Se você sair dessa pandemia igual você entrou é por que vc não entendeu nada do que é estar vivo e qual o seu papel nesse momento.

Acredito que esse texto o é o único ritual que eu poderia fazer para homenagear meu pai, carrego o nome dele e prometi seguir com o legado dele. Entendo que é isso que estou fazendo ao sintetizar o que senti e entender que devemos aprender com essa dor.

Preparem-se! Não desejo o que senti para ninguém, mas isso será inevitável. Esteja pronto para compartilhar a dor com os seus queridos, ninguém é capaz de passar por isso isolado.

Em um certo momento de desespero me veio um sentimento de xxxx-se o mundo, xxx-se tudo, se meu pai morreu e tanta gente irresponsável continua viva, minha vontade era mais que tudo se acabasse com essa pandemia. Comecei a desejar que um meteoro nos atingisse o quanto antes e acabasse com tudo.

Mas aí me veio à mente minha amiga grávida que deve estar ganhando bebê nesse momento em que escrevo esse texto, os meus afilhado e afilhada de 1 ano, o filho adotivo de um amigo que acabou de ganhar sua família e no meu sobrinho que era o ser que meu pai mais amava no mundo e junto a memória de uma frase que escutei uma vez em uma igreja: Enquanto estiverem nascendo crianças é porque ainda há esperança.

Nesses dias eu entendi que a dor vai nos trazer o amor, o compartilhar a dor vai nos humanizar, nos humanizar vai nos fazer mais tolerantes. Vai depender só de nós como sairemos dessa quarentena.

Decidi que vou honrar o legado da minha família que uma vez já mudou de país para fugir de uma guerra e se abrigou neste país e ajudou a construí-lo. Temos o compromisso moral com essas crianças de deixar para elas um mundo muito melhor. E não estou falando de clima. Estou falando de material humano, estamos errando muito como humanidade. Nosso dinheiro, nosso trabalho, nossas ambições, nossa estética e nossos hábitos não podem ser maiores do que a experiência de estar vivo e o quanto honrar isso se faz necessário. Nos resta saber se seremos capazes de nos transformar dessa maneira.

Meus mais profundos sentimentos a todos que estão passando por isso e sabem da dor que estou falando. Que esses dias de trevas concretas que estamos vivendo seja partilhado com o mundo e que a nossa dor comova e transforme esse mundo.

Não vou deixar meu pai ser mais um número estatístico. Quero que ele seja um dos rostos dessa tragédia, que a história dele te comova e que essa reflexão com a qual ele me presenteou te faça mudar. Essa mudança será através da dor, do amor, da tolerância, do compartilhar e do se solidarizar com as mazelas desse mundo – por nós mesmos geradas, não pela força, pelas armas ou pelos radicalismos (de qualquer lado). Entendam os sinais da natureza. Ainda há tempo, mas talvez essa seja a última oração de muitos dos nossos.

Aproveitem esse tempo de páscoa onde talvez nosso redentor seja um vírus que veio trazer dor e com ela todo o restante que expus acima.

Disse alto, contando ao meu pai, o nome de todos que me escreveram, ligaram e dividiram comigo esse momento, esse foi nosso velório virtual.

Bento nasceu quarta passada, ainda há esperança!

 

*Do Facebook de Adipe Neto

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Covid-19 chegou nas prisões e, por culpa de Moro, resultado será trágico para toda sociedade

Moro e alguns juízes minimizaram coronavírus: como podem deitar e dormir sabendo que milhares estão expostos a uma pena de morte decretada por omissão?

A pandemia da Covid-19 tem se intensificado a cada dia no Brasil. Até o momento, oficialmente 1.223 pessoas morreram em decorrência da doença respiratória e mais de 22 mil contraíram coronavírus. E a perspectiva é ainda mais negativa: o Ministério da Saúde afirma que as infecções pelo vírus irão disparar no país entre o período de abril a junho.

Mesmo com todos os alertas e exemplos de outros países que estão lidando com a Covid-19 nos últimos meses, há uma ala do governo — que inclui o presidente da República — que insiste em minimizar a letalidade do vírus, com um discurso que visa priorizar a economia e o lucro das elites ao invés da vida da população.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, revelou ser parte desta ala, ao escrever no dia 30 de março um artigo para o jornal o Estado de S. Paulo, no qual afirma que pessoas presas não devem ser soltas das prisões. Naquela ocasião, ele argumentava que não havia dados oficiais que confirmem a proliferação do vírus no sistema carcerário, e que, da mesma forma que a população está isolada em suas casas, os presos e presas devem continuar isolados nas prisões — graças à suspensão das visitas — pois o cárcere é o “domicílio precípuo dessa população”.

A afirmação do ministro é falaciosa, pois os “dados oficiais” referentes à população carcerária, principalmente quando se trata da questão da saúde, sempre foram extremamente imprecisos, e com a pandemia isso não seria diferente. É sabido que muitas direções de unidades prisionais subnotificam e ocultam dados que correspondem à realidade.

No dia 8 de abril, o primeiro caso de coronavírus no sistema prisional foi confirmado no Pará. Depois, o positivo veio de um presídio no Ceará. Segundo o monitoramento do Depen, como já dito, defasado, já são 3 confirmados e 115 suspeitos. A prova da subnotificação é que, apenas no Distrito Federal, neste domingo (12/4), a Administração Penitenciária confirmou 18 agentes penais e 20 presos com a doença.

A estratégia política negacionista, que esconde a real situação de saúde das pessoas privadas de liberdade – aparentemente compartilhada pelo Ministro da Justiça e pelas demais autoridades responsáveis pela manutenção do encarceramento em tempos de pandemia – faz parte de uma engenharia silenciosa de genocídio do corpo descartável e marginalizado.

Com uma mão, o Estado manipula a verdade, anunciando, até pouco tempo, que não havia risco sério de que a doença atingisse os presídios, que todas as medidas preventivas estão sendo adotadas e que o encarceramento é a solução. Com a outra, permite a disseminação de enfermidades, se recusa a entregar medicamentos, utensílios, água e alimentos e ainda retira médicos dos estabelecimentos prisionais.

O cárcere já é uma máquina mortífera sem a Covid-19, e com este vírus a situação vai piorar. As ações preventivas sugeridas pelo Ministro de Justiça e da Saúde, em portaria editada no dia 18 de março, mostram um completo desconhecimento da situação carcerária.

As prisões estão superlotadas. Exigir que presos que tenham suspeita de ter o vírus sejam isolados, ou que mantenham distância de dois metros dos outros presos dentro da cela é algo inviável, assim como a realização da higienização diária destas celas, lembrando que a água é racionada até para o consumo humano, e materiais de limpeza são escassos.

Reportagem do Uol mostra que há pessoas presas com problemas respiratórios internados em hospitais por todos os estados do Brasil, além de mortes cujas causas não vêm sendo divulgadas. Só no estado de SP, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) também informou ao veículo que 86 agentes penitenciários foram afastados por suspeita de contaminação.

O próprio Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou à Ponte Jornalismo, na semana passada, que havia 118 casos suspeitos de presos com coronavírus nas prisões.

Soma-se a isso a falta de transparência das secretarias estaduais para divulgar informações sobre o coronavírus nas prisões. Temos um cenário no qual a sociedade só terá confirmação de que há casos comprovados de coronavírus no cárcere se ocorrer uma epidemia com um número brutal de mortos a ponto de que fique impossível esconder essas informações.

Em todo o caso, prevenir que isso ocorra é obrigação do Estado, que é responsável pela vida dos presos e presas. Em carta aberta à população brasileira, a Pastoral Carcerária Nacional pontuou que “se o vírus se espalhar pelas prisões brasileiras, as consequências serão desastrosas. 80% dos casos de coronavírus têm sintomas leves, como uma gripe; no entanto, os presos e presas possuem imunidade muito baixa por conta das condições degradantes existentes no cárcere. Somado a isso, segundo os últimos dados do Ministério da Justiça, 62% das mortes de presos e presas são provocadas por doenças, como HIV, sífilis e tuberculose”.

A Pastoral Carcerária Nacional tem defendido, desde quando a pandemia foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que medidas drásticas sejam tomadas para evitar o contágio dentro das prisões. Lembrando que, se há uma epidemia do vírus nas prisões, além das muitas vidas que serão perdidas atrás das grades, ela pode se alastrar para o resto da sociedade, infectando e matando mais pessoas.

A medida principal que deve ser tomada, não apenas na nossa visão, mas de muitas outras organizações sociais e até do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é a diminuição da população prisional, tanto por meio da soltura de parte das pessoas presas, quanto pela diminuição do número de prisões realizadas. Dados do dia 7 de abril apontavam que, até aquela data, mais de 25 mil pessoas tinham ido para a casa para cumprir prisão domiciliar.

E o desencarceramento da população para prevenir o alastramento do coronavírus tem sido uma medida tomada em outros países. O Irã libertou 54 mil presos; prisões em Los Angeles e Nova York, nos Estados Unidos, também libertaram presos mais vulneráveis. Aqui no Brasil, alguns juízes em diversos estados têm feito o mesmo, optando pela prisão domiciliar.

O posicionamento de Moro está seguindo a chamada “necropolítica”, na qual o Estado escolhe quem deve viver e quem pode morrer. Caso o coronavírus se propague no cárcere, essas decisões são a aprovação de que um grande massacre nos presídios ocorra.

Sob o discurso de proteger a segurança pública, o ministro da Justiça está colocando, assim como faz seu presidente, não só as pessoas encarceradas e seus familiares em risco, mas a saúde de toda a sociedade.

Esperamos, para o bem de todos nós, que essa aposta não tenha um fim desastroso, e caso ela tenha, não foi por falta de aviso. Me pergunto como um juiz ou juíza consegue deitar à noite e dormir, sabendo que milhares de custodiados estão nesses infernos do cárcere, expostos a uma pena de morte decretada por omissão.

Repete-se o gesto de Pilatos na condenação de Jesus – lavam as mãos.

 

*Irmã Petra Silvia, da Pastoral Carcerária

*Com informações da Ponte

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Agora: Lula e Eduardo Moreira discutem propostas sociais e econômicas para enfrentar o coronavírus. Assista

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o economista e ex-banqueiro Eduardo Moreira conversam, por vídeo, sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. Eles analisam as medidas que foram tomadas até agora. A falta de sintonia entre governo federal e estados e municípios para promover que assegurem o isolamento – inclusive ampliar a garantia de renda para que as pessoas fiquem em casa. A necessidade de investimentos em pesquisa e ciência. A responsabilidade do Tesouro de direcionar os recursos para salvar vidas sem ampliar o endividamento com os bancos.

Assista:

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Bolsonaro vai à padaria em Brasília e é escrachado pela população

Bolsonaro, ignorando a pandemia do coronavírus, volta a circular por Brasília, vai a uma padaria na 303 Asa Norte, comercial e recebe o que merece, um escracho da população para deixar de ser irresponsável com a vida dos outros.

A presença do presidente no estabelecimento também gerou aglomeração e tumulto, de acordo com relatos publicados por testemunhas nas redes sociais.

Seu instinto assassino ainda vai lhe custar caro, talvez termine como Mussolini.

A cada dia, a chapa esquenta mais para o lado dele com o número crescente de mortes por coronavírus que ele insiste em tratar como histeria da mídia e dos médicos.

 

*Da redação

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Racismo e desigualdade nos EUA fazem negros vítimas em números alarmantes do coronavírus

Negros sofrem muito mais do que brancos com a pandemia nos EUA.

Em estados como a Louisiana e cidades como Chicago e Milwaukee, a proporção de afro-americanos infectados é bem maior do que a de brancos.

Proporções de contágio, doença e mortes são bem maiores na população negra. Condições sociais e de assistência de saúde influem nos índices.

Os formulários de controle americanos registram idade, sexo e também etnia dos notificados.

Mas, por causa das diferenças de exigências legais entre os estados, autoridades de vários deles optaram por não divulgar os números divididos pela etnia.

Grupos sociais de apoio e defesa dos negros reivindicam que todas as unidades da federação nos EUA publiquem também os números e percentuais de afetados brancos, negros, hispânicos e asiáticos para reforçar, com dados, as ações de assistência e combate.

Em Chicago, cidade mais populosa do estado de Illinois, onde o ex-presidente americano Barack Obama vive e fez carreira política e acadêmica, os negros compõem 30% da população, mas representavam 68% dos 118 mortos e 52% dos cerca de cinco mil casos confirmados no município até quarta-feira (7).

A taxa local de morte de negros pela pandemia é quase seis vezes maior que a de brancos.

Fatores sociais, raciais e econômicos ajudam a entender a desproporção.

Nos Estados Unidos, como no Brasil, os negros pertencem, em maioria, a grupos sociais e econômicos menos favorecidos.

Os centros de atendimento de saúde são menos equipados e em número menor nas suas regiões.

O índice de pessoas sem seguro ou plano de saúde entre a população negra é muito maior – e nos EUA não existe um sistema único e público de saúde como o SUS brasileiro.

 

*Da redação

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Vídeo: Bolsonaristas, em homenagem ao mito, de mãos dadas, fazem exaltação ao coronavírus

Mostrando que o terraplanismo é uma profissão de fé e que uma epidemia de ignorância antecedeu a pandemia de coronavírus no Brasil, fanáticos produzem uma bomba biológica nos arredores do Palácio da Alvorada, orando de mãos dadas e jogando gotículas de saliva um na cara do outro, parecendo mais um autoflagelo, para não dizer sadomasoquismo.

Isso revela que o Brasil, possivelmente, produziu, com a ajuda luxuosa da mídia, a maior imbecilização da civilização contemporânea.

As pessoas se expondo e expondo moradores de Brasília ao coronavírus, em nome de uma oração em defesa de Bolsonaro.

É esse discurso de adesão ao suicídio coletivo que Bolsonaro vem promovendo em rede nacional, convocar os loucos, maníacos, fanáticos e psicóticos para fazerem uma corrente em defesa do vírus e do próprio verme.

Isso só soma para, quando a conta do coronavírus bater nas portas do Palácio do Planalto cobrando Bolsonaro pelos milhares de infectados e mortos no Brasil, pelo seu papel de principal propagador do vírus no país.

Assista:

 

*Da redação

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Alô Cônsul chinês, pergunte a Eduardo Bolsonaro onde está o Queiroz e quem mandou matar Marielle

Carta aberta ao Cônsul chinês no Brasil, Li Yang

Caro Cônsul

Se o senhor perguntar se a CIA fez lavagem cerebral em Eduardo Bolsonaro, a resposta, com toda certeza, será não. Ele nasceu e continua com cocô na cabeça. Pior, vai se sentir todo orgulhoso com a pergunta, porque, antes de aprender a falar papai e mamãe, ele aprendeu a falar EUA.

Se o senhor quer prestar um grande serviço ao Brasil, pergunte coisas que ele não só não responde, como emudece. Por exemplo, as perguntas que o Brasil todo faz à família de milicianos, cadê o Queiroz? Quem mandou o vizinho de Bolsonaro matar a Marielle? Como é possível Ronnie Lessa, miliciano, maior traficante de armas do Rio, ser vizinho quase de porta do clã Bolsonaro e a família buraco diz não saber de quem se trata?

Quando Eduardo falar de vírus chinês, pergunte a ele se a queima de arquivo de Adriano da Nóbrega foi feita através desse vírus. Pergunte também sobre os milicianos cariocas de Rio das Pedras. Como Flávio Bolsonaro quadruplicou seu patrimônio vendendo chocolate e crescendo mais do que a China em um ano? Pergunte também a Eduardo por onde anda o porteiro que disse que seu Jair, da casa 58 do Vivendas da Barra, deu a ordem para liberar a entrada do miliciano Élcio de Queiroz, comparsa de Ronnie Lessa no dia do assassinato de Marielle.

Mas não se esqueça, em hipótese nenhuma, de perguntar a Eduardo se confere a declaração de Gustavo Bebianno no Roda Viva, sobre a armação da facada.

No meio da pandemia de coronavírus no Brasil, quem está se beneficiando enormemente desse caos, são aqueles que têm que responder a essas perguntas para a sociedade brasileira e aproveitam a tragédia nacional para desaparecer com esse assunto da mídia e das redes sociais.

Senhor Cônsul, elabore um questionário com perguntas bastante objetivas direcionadas a Eduardo Bolsonaro, mas não aceite respostas do capanga da milícia, Sergio Moro, que também cumpre o papel de babá dos três filhos delinquentes do presidente. Ele costuma apontar seu bacamarte para quem ousa investigar ou delatar a milícia.

Assim, o senhor não só prestaria um grande serviço ao Brasil como tiraria a calça do imbecil pela cabeça, arrancando-lhe as orelhas de burro e cumprindo o papel extraordinário enfeitando a cabeça do idiota com um chapéu de tolo.

 

Atenciosamente.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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De olho na cadeira de Mandetta, Osmar Terra usa fake news macabro contra a quarentena para agradar Bolsonaro

O sujeito quando é canalha, é canalha 24 horas por dia nos 365 dias do ano, estando no poder ou querendo estar nele.

Uma matéria do Yahoo, que segue abaixo, mostra como um sujeito patife como Osmar Terra pode usar um gráfico para manipular a opinião pública e promover uma consciência enviesada que supõe que a quarentena faz países atingirem os mais altos números de contágios e óbitos. Osmar Terra faz isso para agradar Bolsonaro, colocando-se como substituto perfeito de Mandetta, já que o atual Ministro da Saúde tem enfrentado, de forma cada vez mais hostil, a fúria de Bolsonaro por se opor a privilegiar os interesses do mercado em detrimento da saúde da população.

Yahoo

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, voltou a distorcer informações para defender o fim do isolamento social, recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), para impedir a proliferação do novo coronavírus.

Em seu Twitter, o parlamentar compartilhou gráficos publicados pelo jornal norte-americano The New York Times com a evolução dos casos de coronavírus em cada país. O ex-ministro citou Estados Unidos e Itália como exemplos de países “que tiveram toda sua população em quarentena radical” e não reduziram o número de infectados e mortos, porém omitiu que nestes países o isolamento social foi adotado tardiamente, após seus chefes de Estado terem subestimado a pandemia.

Entre quinta e sexta-feira, os Estados Unidos registraram recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas: 1480 vítimas. O agravamento da epidemia obrigou o presidente Donald Trump mudar o tom do discurso despreocupado com a doença. O líder norte-americano anunciou a extensão a quarenta para até 30 de abril.

Nesta semana, Osmar Terra publicou em sua rede social outra informação falsa para defender o fim do isolamento social. O ex-ministro afirmou que os Países Baixos não adotaram medidas de distanciamento e “já passaram pelo pico da epidemia”. O governo holandês determinou fechamento de estabelecimentos comerciais e elaborou regras para impedir a disseminação da Covid-19, como a distância de 1,5 metro por pessoa, sob pena de multa.

Internautas denunciaram os tweets de Osmar Terra e reportaram os erros para a rede social, que nesta semana apagou vídeos do presidente Jair Bolsonaro circulando pelas ruas de Ceilândia, cidade-satélite do Distrito Federal, desobedecendo as recomendações da OMS.

Os tweets de Osmar Terra incomodaram o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que o chamou de “Osmar Trevas” em conversa privada no grupo de WhatsApp do DEM.

 

 

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Vídeo: Rússia socorre EUA: Avião russo cheio de equipamentos médicos contra coronavírus parte para EUA

Um avião russo An-124-100 Ruslan com máscaras e equipamento médico partiu para os EUA, anunciou o Ministério da Defesa russo.

Previamente, foi noticiado que Moscou está ajudando Washington no combate ao coronavírus.

Durante uma conversa telefônica entre os presidentes russo e norte-americano, Vladimir Putin e Donald Trump, na segunda-feira (30), a Rússia ofereceu ajuda humanitária aos EUA, que ocupam o 1º lugar no mundo em infecções pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

O número de vítimas fatais do coronavírus nos EUA pode atingir de 100 a 240 mil pessoas em cenário favorável e de 1,5 a 2,2 milhões de mortes em um cenário desfavorável, segundo um material especializado publicado pelo serviço de imprensa da Casa Branca.

Previsão da Casa Branca

De acordo com os cálculos, o cenário favorável envolve “intervenção”, ou seja, as medidas das autoridades para reduzir as consequências negativas da pandemia.

Além disso, os especialistas preveem que o pico da mortalidade por coronavírus nos EUA será no dia 15 de abril, podendo morrer até 2.214 pessoas nesse dia.

Então os números começarão a diminuir, atingindo um nível de cerca de 250 mortes por dia até 1º de junho e menos de 100 mortes até 1º de julho.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos foram registrados até agora quase 190 mil casos de coronavírus e mais de 4.000 mortes.

 

 

*Com informações do Sputnik

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Desmascarado, o “capitão facada”, Bolsonaro, apaga vídeo fake sobre desabastecimento no Ceasa

Depois do Twitter, Facebook e Instagram apagarem vídeos fake de Bolsonaro, agora, o próprio apaga outro vídeo fake sobre desabastecimento no Ceasa.

O problema não é Bolsonaro atacar governadores, mas o presidente da República mentir sistematicamente para a população sem sofrer qualquer sanção, mostrado que as instituições brasileiras são uma balela.

Aliás, Luis Roberto Barroso, STF, proibiu Bolsonaro de incentivar a desobediência à quarentena, mas  hoje ele não só desobedeceu ao STF, como, em mais um ato de quebra de decoro, mentindo descaradamente nas redes sociais, dobrou a aposta na sua estratégia de polemizar para não governar.

O vídeo foi publicado por Bolsonaro às 7h35 desta quarta-feira (1º). Pouco mais de uma hora depois, o repórter Bruno Bohnenberger, da CBN, foi ao local e constatou que as atividades estão normais e não existe risco de falta de produtos.

Segundo ele, a direção da Ceasa ressaltou ainda que não há risco de desabastecimento na cidade, nem no estado, pelo contrário: há, inclusive, produtos em excesso por causa da baixa procura em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns comerciantes relatam melhora nas vendas.

Tempos depois, a equipe que cuida das redes sociais do presidente, comandada pelo filho, Carlos Bolsonaro, apagou o vídeo.

O vídeo abaixo é bem didático sobre mais uma mentira do “capitão facada”:

https://www.facebook.com/manueladavila/videos/243239616718927/?t=85

 

 

*Da redação