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Vídeo – A próxima vítima: O homem que sabia demais

Uma coisa está mais do que escancarada hoje no Brasil. Se o país não tem um governo oficial que funcione como tal, tem dois paralelos.

Um, o do mercado, que na verdade, é o garante que trabalha prioritariamente com um contrato com Paulo Guedes, o homem indicado pela oligarquia. Pode-se dizer também que, no mesmo contrato, está incluída a grande mídia, somada aos generais do governo que ajustam a missão de entregar o país nas mãos do grande capital.

Digamos que eles, os generais, são órgãos autárquicos auxiliares trabalhando como vice-ditadores, subditadores, infraditarores, cada qual com sua atribuição estatutária seguindo a própria lei do mercado que tem código, prazo fixado e área regulada por autorização do mesmo.

No entanto, isso não impossibilita que o outro governo paralelo funcione livremente, o que é formado pelo clã Bolsonaro, neste somente a família miliciana bule. Assim, um não avança no território do outro e muitas vezes trabalham com ações cruzadas, combinadas entre a ala miliciana e a do mercado. O resto do governo é a bagunça que todos conhecem, nada funciona.

Por exemplo, quando os homens do dinheiro não estão muito satisfeitos com o andamento das reformas ou outros interesses do mercado, a Globo é acionada para dar uma prensa em Bolsonaro, mostrando a ponta do iceberg de um grande esquema do clã, principalmente ligado à milícia.

Bolsonaro entende o recado, aciona Guedes para que ele resolva a pendenga com os patrões.

Nada no governo Bolsonaro ligado ao clã tem começo, meio e fim. O que se tem é o começo e o fim e a mão invisível do mercado que, através da mídia e do aparelho judiciário do Estado, some com o miolo da história.

Essa parte está a cargo de Moro, mais conhecido como capanga da milícia por cumprir o papel de limpa trilho do conteúdo central das histórias escabrosas que envolvem o clã.

Por exemplo, Ronnie Lessa, assassino de Marielle, morador do mesmo condomínio em que Bolsonaro e Carlos têm casas, jamais foi incomodado pelos seguranças de Bolsonaro, que não são poucos e não operam somente na retaguarda física do capitão, há uma inteligência que funciona no esquema de sua segurança.

Daí fica complicado acreditar que Ronnie Lessa, o maior traficante de armas do Rio de Janeiro, assassino de Marielle, comparsa de Adriano da Nóbrega do escritório do crime e da milícia de Rio das Pedras, não tenha qualquer vínculo com o clã e que o aparato de arapongas em torno de Bolsonaro não sabia dele.

Lembra-se também que a morte de Adriano se deu numa segunda etapa da operação Intocáveis II da Polícia Civil e Ministério Público do Rio em que a primeira resultou na prisão de mais de 30 milicianos de Rio das Pedras.

O detalhe é que o sucesso efetivo da operação só foi possível pelas informações que a polícia obteve com a quebra de sigilo dos celulares de Ronnie Lessa e de Élcio de Queiroz em que puderam mapear as ações das milícias da Zona Oeste do Rio, principalmente a de Rio das Pedras, descobrindo também que Adriano da Nóbrega era considerado pelo complexo de milícias como patrãozão. Ou seja, Adriano era o senhor dos anéis de Rio das Pedras, o mesmo lugar em que Queiroz buscou abrigo para se esconder da justiça.

O mesmo Queiroz, braço direito de Bolsonaro há décadas, que empregou a família de Adriano no esquema de corrupção da rachadinha e que, de tão orgânico dentro do esquema do clã, era assessor de Flávio que condecorou Adriano em nome do pai.

Não se pode esquecer que a coisa é tão descarada, que os inúmeros depósitos feitos num único dia na conta de Flávio que quadruplicou seu patrimônio em tempo recorde com uma das especialidades da milícia, que é o mercado imobiliário, Queiroz ficou famoso no Brasil também por ter feito depósito na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Depois disso, toda a história fica turva e muitos personagens vão desaparecendo ou morrendo.

Nessa lista pode-se incluir o confinamento do personagem central da farsa da facada, Adélio Bispo que, não se sabe como, o deputado Fernando Francischini (PSL) conseguiu uma blindagem oficial da justiça para que ninguém se aproximasse dele.

O mesmo pode ser dito do porteiro do condomínio Vivendas da Barra que Moro afirma ter mudado de versão dizendo que se enganou sobre a ligação para a casa 58 em que, segundo ele, seu Jair foi quem liberou a entrada do miliciano no dia do assassinato de Marielle.

Esses dois personagens, por exemplo, somam-se a Queiroz de quem a grande mídia não teve o menor interesse em investigar o paradeiro para saber suas versões dos fatos.

Agora, morre Bebianno, o meio campo que organizou todo o sistema tático desde a eleição até a montagem do governo Bolsonaro. Bebianno não era um grosseirão e, por isso mesmo teve habilidade suficiente de amarrar os dois universos paralelos, mercado e milícia, sem fazer alarido.

E pelo que se viu em sua entrevista no Roda Viva, sabia muito mais do que falou sobre a farsa da facada que ele deixou a bola na marca do pênalti sobre a participação decisiva de Carlos na montagem da ópera bufa de Juiz de Fora. Mas não parou por aí, mandou ali um recado a Bolsonaro, que sabia demais, talvez mais do que Bolsonaro imaginava.

Não foi à toa que Carlos tomou uma das primeiras providências, tirar Bebianno do governo para reduzir seu poder e, certamente, já sabia que estava grande e perigoso demais para o clã.

A entrevista dele no Roda Viva que segue abaixo, mostra que Bebianno sabia jogar xadrez e quais peças ele podia queimar para encurralar o adversário, mostrando os dentes sem dar o bote da mordida.

Mas, segundo a Veja, Bebianno deixou duas cartas testamento e ele próprio em entrevista, disse que deixou material gravado contra Bolsonaro fora do Brasil. Cartas e material gravado poderiam ser abertos caso fosse assassinado, já que vinha sofrendo ameaças.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro: Liguei para o Ministro do Interior do Paraguai porque Ronaldinho é ídolo das criancinhas

Assistindo à entrevista de Sergio Moro no Jornal das Dez, na Globonews, chega-se à conclusão de que a especialidade dele como ministro é a mesma de um rato, fugir pelas frestas quando não tem uma resposta pronta para seus trambiques. Lógico, que a magreza de suas respostas, na tentativa de fazer evaporar a pergunta, é primária ou respondida para não ser compreendida. Coisa típica de malandro agulha que busca, de forma providencial e necessária, com receio de cair em contradição, uma resposta ensaboada.

Essa é hoje a função do ministro que vive de agradecimentos a Bolsonaro e submissão à sua família, ou seja, de herói a cocô do cavalo do bandido.

A chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública está nas mãos de um rato semelhante à tragédia chamada Paulo Guedes ou Damares Alves ou, pior ainda, Abraham Weintraub.

A cara de Moro adquire um semblante patético quando mente e foge das perguntas sobre a milícia, respondendo mais como leão de chácara do clã Bolsonaro do que qualquer outra coisa. Esse é um assunto tão incômodo, por motivos óbvios, que ele não consegue sequer balbuciar a palavra milícia. E é aí que está sua miséria, sua bancarrota como herói do combate ao crime organizado.

O feroz rei do principado de Curitiba vira um camundongo assustado com qualquer pergunta tola até mesmo de entrevistadores da Globonews. O mesmo acontece quando lhe perguntam sobre o gabinete do ódio, que a imprensa escancarou que, comandado por Eduardo Bolsonaro, cometeu uma série de crimes.

Moro, de forma esquisita, balançou na cadeira sem responder nada, limitou-se apenas a dizer platitudes sobre o tema fake news está no mundo todo.

Mas o fato mais relevante do ministro dos ministros do governo miliciano de Bolsonaro foi a sua explicação por ter tentado, através do Ministro do Interior do Paraguai, livrar a cara do Ronaldinho acusado de falsificação de passaporte e lavagem de dinheiro.

De cara, Moro não cita a lavagem de dinheiro, somente documentos falsificados. Explicou que ligou para o ministro, de forma respeitosa, sem querer interferir na soberania do Paraguai, para obter informações sobre o caso Ronaldinho porque ele é um ídolo das criancinhas brasileiras. E completou dizendo que foi mal interpretado pela imprensa, mas sem dizer que ministro paraguaio o espinafrou por tentativa de interferência no Ministério Público e Polícia Federal paraguaios para, por fora, tentar livrar a cara de Ronaldinho, além de uma série de outras questões envolvidas no caso que podem, inclusive, complicar a vida do próprio Moro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por que a Globo esconde que as reservas torradas por Bolsonaro foram deixadas por Lula e Dilma?

Por que a Globo e o restante da mídia fazem de conta que as reservas deixadas por Lula e Dilma são um fenômeno paranormal?

Porque assistimos nesse país o assassinato da verdade em nome do abandono da solidariedade em prol dos poderosos do mercado.

Como explicar que os governos do PT que a mídia diz que quebraram o país,  deixaram em caixa quase US$ 400 bilhões de reservas internacionais? São essas mesmas reservas que estão salvando um governo que prometia um crescimento de 4% do PIB depois das reformas trabalhista, teto dos gastos e da Previdência, quando a população vê acontecer justamente o oposto.

Como vão explicar reservas como essas deixadas por governos que eles martelam até hoje que quebraram o país, mesmo a economia chegando a ficar entre as seis maiores do mundo e só as classes C, D e E, ou seja, os pobres, virarem o 16º balcão de negócios do mundo?

Como magnificar as reformas de Temer e Bolsonaro e exigir mais reformas na base do “tudo, menos o PT” que, na verdade, sempre foi “tudo, menos os pobres”?

O próprio FMI disse nesta segunda-feira (9) que o Brasil, para ter o mínimo de credibilidade de investidores internacionais, tem que adotar medidas anticíclicas que deram certo com Lula e Dilma, que fizeram o país ficar numa posição oposta à que vemos hoje, em um dos lugares mais atraentes para investidores internacionais.

Como a Globo vai explicar que as medidas adotadas pelos governos Lula e Dilma, que geraram as reservas que estão sendo torradas, ocorreram nos governos que tiraram mais de 40 milhões de brasileiros da miséria e praticamente zeraram os índices de mortalidade infantil em decorrência da fome?

Se a Globo disser que o que está segurando um pouco o dólar são as reservas deixadas por Lula e Dilma, ela não terá como explicar a contradição do discurso de que eles quebraram o pais.

Paulo Guedes prometeu jorradas de investimentos no Brasil se a reforma da Previdência fosse aprovada, mas, ao contrário de sua promessa, no ano passado inteiro, o Brasil teve uma fuga de capitais no valor aproximado de US$ 42 bilhões e este ano, em apenas dois meses, já zarparam do país mais de US$ 45 bilhões, daí a disparada do dólar e a torra pelo governo de US$ 42 bilhões de reservas dos US$ 380 bilhões que Lula e Dilma deixaram.

A Globo e seus economistas tratam essas reservas como se fossem algo vindo de algum lugar divino, um presente dos deuses, que ninguém sabe de onde, pois não podem dizer que a economia só não está pior, graças a Lula e Dilma, senão, todo o discurso que amplia enormemente o ganho dos ricos, desaba.

A Globo jamais admitirá, porque é patrocinada pelo mercado que também é patrocinador do golpe através da compra de congressistas, assim como da prisão de Lula para tirá-lo da disputa à presidência, comprando praticamente o judiciário inteiro, o que dá uma noção de quanto esses caras estão ganhando para impor ao país uma “democracia de mercado”, que é o que ainda escora a múmia que governa e produz essa crise crescente que leva o Brasil ao caos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

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Coisas de mito: Moeda brasileira foi a que mais desvalorizou no mundo

O processo de degradação da economia brasileira foi promovido pelo governo Bolsonaro via posto Ipiranga. Paulo Guedes, por sua vez, vendeu combustível batizado, como fazem as milícias, aquelas que cruzam a história de Bolsonaro.

É fato que as bolsas no mundo todo estão despencando, mas a do Brasil, desaba como jaca mole, enquanto o dólar dispara, produzindo a maior desvalorização da moeda de um país frente ao dólar.

Isso significa que a crise brasileira é pior que a crise dos outros, que os  neoliberais brasileiros são piores que os de outros países, também em crise. No Brasil, a estupidez reina num cenário em que a atividade econômica desaba, a moeda derrete, mas os banqueiros continuam batendo recordes de lucros.

Soma-se a isso o aumento da concentração de renda, que também está no topo como a maior do mundo, a volta da miséria, a mortalidade infantil, inclusive de crianças indígenas, depois que a estupidez de Bolsonaro expulsou os médicos cubanos do país.

O não gostar de Bolsonaro está liberado, achá-lo um idiota, o que de fato é, um fascista que também é, um corrupto que comanda esquemas de laranjas e fantasmas, além de envolvimento com a nata da milícia carioca.

Com tantas atividades e tantas glórias como essas, certamente, o presidente está mais preocupado em salvar a pele de seus filhos, envolvidos até o talo com as milícias, além da sua própria.

O grande parceirão, Queiroz, o miliciano que é a síntese dessa história toda, segue desaparecido sem ser incomodado pela justiça, possivelmente pela blindagem especial que Moro montou para tal operação.

É difícil afirmar se Bolsonaro vai cair, mas é também difícil afirmar que ele não vai cair, já que quadro é de falência total dos órgãos do seu governo. Nenhuma pasta funciona, mas a economia, que é o coração do país, esta apresenta um quadro cada dia mais trágico e tem como resposta do gerente do posto Ipiranga, Paulo Guedes, somente frases de fanfarrão.

Como sabemos que o mercado não chora e nem ri de nada, apenas opera pragmaticamente com sua voracidade especulativa, Guedes hoje é considerado pelos empresarios uma mula manca, tão manca quanto o presidente que ostenta, no primeiro ano, a marca do governo que produziu a maior desvalorização de uma moeda no mundo.

O cara é mesmo um mito. E o gado premiado ainda tem coragem de dizer, foi pra isso que votei nele.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dólar não para de subir e chega a R$ 4,66. Nas casas de câmbio moeda americana chega a R$ 5,08

É possível que esta notícia fique obsoleta enquanto escrevemos e o Dólar ainda hoje suba mais.

Somente hoje, a moeda americana teve uma alta de 1,68% e o dia ainda nem terminou.

Para piorar ainda mais, o Banco Central interveio duas vezes e nem assim conseguiu segurar mais três aumentos no mesmo dia, abrindo em R$ 4,60 e chegando R$ 4,66.

A situação parece mesmo sem controle e, consequentemente ninguém sabe mais aonde fica o fim do poço. Certamente, esses vários recordes de alta do dólar hoje é consequência do PIB pífio de 1,1% anunciado nesta quarta-feira pelo próprio governo.

Na revisão do PIB para 2020 já tem, no mercado, quem aposte em zero ou negativo.

Há um clima de perplexidade generalizado no mercado com uma alta tão desastrosa para a economia brasileira. O antes festejado Paulo Guedes, consagrado como o grande guru da economia, já é visto como mau agouro entre os brasileiros, mas principalmente pela mídia que apostava todas as suas fichas em discursos bobos proferidos por ele, todos em situações ornamentais, não em base técnica, em algo que trouxesse um mínimo de credibilidade à fala de um charlatão neoliberal.

O posto Ipiranga é uma fraude tão grande quanto o Ministro da Justiça, Sergio Moro, que anuncia a queda da violência quando, na realidade, ela só aumentou e Bolsonaro que governa para os interesses do seu próprio clã.

O resultado não poderia ser outro, senão uma tragédia em função da degradação econômica do país depois do golpe em Dilma.

Como se diz por aí, todos sabem como um golpe começa, mas não sabe como termina. Hoje isso pode ser aplicado na cotação da moeda americana no Brasil. Todos sabem quanto custa no começo do dia, mas não sabe custará no final da tarde.

 

*Da redação

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Tempestade perfeita: Dólar mantém alta e supera R$ 4,63, mesmo após duas intervenções do Banco Central

O dólar comercial superou novo recorde intradiário nesta quarta-feira, superando o patamar de R$ 4,63.

O Banco Central (BC) fez duas atuações extraoridinárias no câmbio, mas elas acabaram não sendo suficientes para segurar a disparada da moeda, que agora é negociada a R$ 4,633, com alta de 1,17%.

O Ibovespa (índice de referência da Bolsa de SP) recua 2,01%, aos 105.064 pontos.

Isso, um dia depois de pibeco de Paulo Guedes, aquele que prometia uma arrancada da economia depois que acabou com a aposentadoria dos mais pobres.

Isso significa o óbvio: o que já está ruim vai ficando dramático, pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, transformando-se em um desastre, uma situação de crise permanente.

A conferir nos próximos capítulos.

 

*Da redação

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Bolsonaro sabia da falta de verba para Bolsa Família e Guedes e Onyx negaram repasses

Há exatamente um ano o Ministério da Cidadania vinha solicitando recursos para que não fosse formada a fila do programa, o que foi negado.

Bolsonaro sabia que faltariam verbas para o Bolsa Família. Somente no ano passado, pelo menos em cinco momentos, o Ministério da Cidadania pediu mais dinheiro para que não formasse a fila para o programa. Mas Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, então chefe da Casa Civil e hoje ministro da Cidadania, negaram.

Sem essa liberação, o governo de Jair Bolsonaro “praticamente suspendeu a liberação de novos benefícios, desde junho do ano passado”. A informação foi obtida pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e divulgada pela Folha de S.Paulo. Foi a partir daí que a fila de espera para entrar no programa começou a se formar, atingindo hoje mais de 1 milhão de famílias.

Ivan Valente conseguiu acesso a documentos internos que mostram que Bolsonaro já havia sido alertado da situação exatamente um ano atrás, por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em fevereiro de 2019, a pasta que cuida do Bolsa Família pediu R$ 3,7 bilhões para o programa, sendo 2,5 bilhões destes para a 13ª parcela. O governo não concedeu a quantia adicional que impediria uma fila, e somente atendeu ao pagamento da 13ª parte.

Os documentos indicados pelo jornal mostram análises de técnicos que constataram que no início do ano passado, antes da gestão de Jair Bolsonaro, o programa Bolsa Família tinha “alto grau de eficiência”, destacou a notícia, atendendo a dois preceitos: o de pente-fino e a fila zero, sendo que 98% do dinheiro liberado às famílias era realmente utilizado para a motivação do programa.

Cinco meses depois, o Ministério da Cidadania fez outro pedido, de R$ 1,9 bilhão. “A situação fiscal atual do país não permitir ampliação de gasto”, foi a resposta da Junta Orçamentária, então formada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e Onyx.

Assim, três meses depois, em outubro, a fila de espera do programa já estava atingindo 1 milhão de famílias e um documento técnico alertava que esse número continuaria crescendo caso não fosse feito nada. O grupo recomendou a liberação parcial de novos benefícios, de somente R$ 784,9 milhões, o que também foi negado.

À Folha, o Ministério da Economia respondeu que o Orçamento do ano passado tinha outros gastos e que era preciso fazer escolhas. “As projeções apontavam para falta de recursos tanto para a retomada da política da fila zerada quanto para o fechamento do orçamento de 2019 sem concessões”, respondeu.

Em dezembro, houve um novo pedido de verba: R$ 412,7 milhões. Mas não para diminuir a fila, e sim para cumprir com o pagamento de quem já estava no programa. Estes recursos foram cobertos por economias do Orçamento da Previdência.

 

 

*Com informações do GGN

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Vídeo: Bolsonaro, o “quase” miliciano, vende-se como “quase” Jesus por “quase” morrer por nós

Bolsonaro compartilhou no whatsapp um vídeo convocando manifestação em apoio ao próprio, depois de levar uma sarrafada sem precedentes na história de um Presidente da República, em pleno carnaval. O sujeito foi repudiado em uníssono, oficial e extraoficialmente.

Lógico que os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí em que quase todas elas bombardearam o camarada, pesaram muito mais, tanto que Bolsonaro ensaiou dar uma resposta malcriada criticando a Mangueira, o que não teve efeito político nenhum a seu favor.

Soma-se a isso uma saraivada de denúncias que vão sufocando o clã Bolsonaro de seu acordo e parceira com milicianos e outros contraventores envolvidos em negócios que vão de cassinos ao porto de Itaguaí, de participação direta no motim do Ceará aos cheques de Flávio assinados por uma irmã de milicianos, além do seu desmonte do Inmetro para facilitar a vida de quem vive no submundo de combustíveis adulterados.

Falamos de coisas que estouraram durante o carnaval, junto com o escracho que sofreu nos carnavais na Alemanha, em Portugal e no Uruguai.

Bolsonaro perdeu muita musculatura política. Isso ganhou dimensão maior quando criou-se uma mistura explosiva com a morte do comparsa Adriano da Nóbrega, seu ataque à jornalista da Folha, Patrícia Mello, a disparada do dólar que chegou perto de R$ 4,41 e o pibinho de Paulo Guedes logo após ter feito um discurso de discriminação nojenta contra as empregadas domésticas.

Grosso modo, esses são os motivos que formam um caldo da maré mais pesada e com risco mais forte de uma queda de Bolsonaro. Isso é evidente.

O ato, convocado por Bolsonaro para o dia 15 de março, em si, já é uma pantomima dos desesperados, mas ser convocada por Bolsonaro e, certamente, patrocinada por ele, a publicidade da chamada beira a um clichê de quem vive seus últimos horizontes em plena bacia das almas.

Bolsonaro, no vídeo, é quase um Jesus e quase morreu por nós. Uma das mais ridículas peças publicitárias que um político pôde produzir para convocar seu eleitorado, cada vez menor. Bolsonaro apela cada vez mais com seus robôs na rede para defender um governo que não governa, porque ele, desde o primeiro dia, trabalha pelos interesses de seu clã e nada mais.

https://www.facebook.com/Brasil247/videos/245285763136237/

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Caos anunciado, caos confirmado

Em plena sexta-feira de carnaval, quando se promete uma entrada significativa de dólares no Brasil, moeda norte-americana acorda com todo o apetite, batendo um novo recorde, R$ 4,40.

Aliás, esse é um governo de recordistas em todas as áreas, para tanto, basta olhar não só a central de lambanças, mas as pastas de um ministério de incompetentes que é a própria expressão da tragédia, onde se busca criar problemas ao invés de soluções, inventar fantasmas para produzir monstros, ideologizando o que é pragmático e criando facções fascistas dentro de cada pasta para compor discurso alinhado com o inimigo imaginário.

Tudo isso para tentar esconder a incompetência generalizada do escrete comandado pelo mito.

Mas Paulo Guedes é um caso à parte. O Brasil, com ele no comando da economia, tem uma redução recorde na atividade industrial e todo o bojo da economia em torno. A fuga de capitais segue a mesma linha, enquanto o investimento externo no país é nulo, zero.

O mais engraçado ou trágico é Bolsonaro se eleger dizendo que não entende patavinas de economia, colocando um técnico de time de botequim para comandar a economia na orelhada com dados falsos, pensamento na década de 1980 romanceado por um discurso incompleto, mais fantasioso do que os golpes de caratê de filme japonês.

O resultado da lei de Murphy está aí, se tem tudo para dar errado, vai dar errado.

E foi isso que Guedes fez, pegou o pinochetismo tropical de FHC, que também passou pela Argentina, quebrando o Brasil três vezes em oito anos e dobrou a aposta com o velho raciocínio, se eu fizer tudo errado em dobro, desta vez dará certo. E a receita do bate entope neoliberal não poderia dar outro resultado, dólar acorda enfezado e morde o calcanhar de quem atiçou o pitbull, jurando que tinha capacidade de adestrar o cachorro louco.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Veríssimo: Apatifam-nos

“Apatifar”, nos diz o Aurélio, significa tornar desprezível, aviltar, envilecer. Pessoas se apatifam, nações inteiras podem se apatifar, ou serem apatifadas. O mundo hoje vive uma assustadora onda de contágio viral que, espera-se, acabará controlada ou, eventualmente, desaparecerá. Já patifaria não mata, mas também contagia, com a diferença de que não tem nem perspectiva de cura.

É impossível observar o Brasil de hoje sem a sensação de estar assistindo a uma pantomima tragicômica, à decomposição de um Estado que, dissessem o que dissessem de governos anteriores – inclusive os lamentáveis -, mantinha, pelo menos, a linha, o que é mais do que se pode dizer da atuação de Bolsonaro & Filhos no palco do poder.

Agora se entende por que Bolsonaro insistia em dizer que não houve um golpe em 64 nem uma ditadura militar nos 20 anos seguintes: ele queria montar o seu próprio regime militar, enchendo o Planalto de generais de fatiota que deixam seus tanques no estacionamento e entram pela rampa principal, rindo da gente. Implícita nessa original tomada do poder está a ideia imorredoura de que só uma casta iluminada, os militares, sabe governar um país.

O apatifamento de uma nação começa pela degradação do discurso público e pela baixaria como linguagem corriqueira, adotadas nos mais altos níveis de uma sociedade embrutecida. Apatifam-nos pelo exemplo. Milícias armadas impõem sua lei do mais forte e mais assassinos com licença tácita para matar. Há uma guerra aberta com a área de cultura e a ameaça de um retrocesso obscurantista nas prioridades de um governo que ainda não aceitou Copérnico, o que dirá Darwin. Aumentam os cortes de gastos sociais, além de cortes em direitos históricos dos trabalhadores. Aumenta a defloração da Amazônia. Aumentam as ameaças à imprensa.

E aumenta a suspeita de que, na Universidade de Chicago, o Paulo Guedes só assistiu às aulas de bobagens para dizer, caso a economia não deslanche.

 

*Luis Fernando Veríssimo/Estadão