Hoje, a figura do Moro está bastante esvaziada, disse Kim sobre seu ex-herói.
E foi mais longe: parece que nem ele mesmo comanda o próprio ministério.
Em outras palavras, Kim Kataguiri chama Moro de capanga de milícia.
Kim não tem importância política nenhuma, mas traz um termômetro eficiente sobre a imagem que Moro e a própria Lava Jato tem hoje no Brasil.
Uma imagem degradada no plano político e jurídico, caminhando rapidamente para o fim de carreira e a ruína pessoal.
Isso significa que Moro vai perdendo a própria blindagem e, por osmose, a de Bolsonaro.
Sem a Globo, Moro é um Sansão careca. A Globo e o restante da mídia industrial construiram uma narrativa quase bíblica de Moro.
A vaca sagrada de Curitiba, foi consagrada pelas manchetes garrafais nos jornalões e holofotes espetaculosos da Globo.
A história da ” salvação do Brasil” passava pela “grande causa de Moro a serviço de Deus”
Tudo isso virou pó depois que o Intercept, como hoje, vazou seus crimes tirando o herói dos imbecis, como Kim, do plano divino.
Agora, Kim representa o comportamento de muitos que idolatraram o juiz vigarista, pois dentro do governo Bolsonaro, Moro, sem a capa de super herói emprestada pelo departamento de indumentária da Globo, é um nulo, um inútil vivendo a vida de Bolsonaro, como disse com outras palavras o próprio Kim.
No dia que o Jornal Nacional veiculou uma reportagem com a versão do porteiro do condomínio que citava a permissão de “seu Jair” para que o carro de um dos acusados pelo crime pudesse entrar, Jair Bolsonaro indagou: “querem prender um filho meu?”
Os internautas lembram na noite desta quarta-feira 20 o ato falho cometido por Jair Bolsonaro em uma live no dia 29 de outubro, quando citou um de seus filhos – sem mencionar nomes – para rebater reportagem do Jornal Nacional que envolvia pela primeira vez o seu nome na investigação do caso Marielle Franco.
“Querem prender um filho meu?”, indagou Bolsonaro, que estava extremamente irritado. Nesta transmissão, feita pelo Facebook, ele fez duras críticas à imprensa e principalmente à Globo.
reportagem do JN trazia a versão dada pelo porteiro do Condomínio Vivendas da Barra à Polícia Civil em que ele revelava que alguém atendendo como “seu Jair”, na casa 58, teria liberado o carro de Élcio de Queiroz, acusado de ser o motorista do veículo no dia do crime, a entrar no condomínio. A reportagem não citava nenhum filho de Bolsonaro.
Esse país não vai tomar jeito enquanto a mídia estiver capturada pelo mercado. Essa mesma gente, que dizia que a Petrobras estava liquidada com uma dívida impagável, promovida pela corrupção do PT, fez cara de paisagem quando a Petrobras sacou mais de R$ 60 bilhões para comprar parte importante do pré-sal.
A mídia também ficou muda nesta terça-feira (19) sobre o anúncio de que a Petrobras será a maior empresa petrolífera do mundo em 2030. Isso porque a mesma mídia dizia que o pré-sal só existia na publicidade do PT.
Durante o golpe contra Dilma e a eleição de 2018, o ataque cotidiano à Petrobras culpando o PT pela suposta quebra da empresa, foi o mote principal das manchetes dos jornalões e do Jornal Nacional.
Como o cinismo não custa nada e no Brasil ele é abundante nas redações da grande mídia, uma mentira a mais ou a menos não faz a menor diferença. No dia seguinte esquecem o que disseram no dia anterior de acordo com os interesses que movem as grandes empresas de comunicação. O importante é iludir as massas, fabricar fatos e escândalos para tirar diariamente o sangue do povo e entregar nas mãos dos grandes patrões da mídia nativa.
Não há qualquer responsabilidade e nem um órgão regulador que cobre a total falta de ética dessa gente. É o tudo por dinheiro, tudo para agradar os rentistas e banqueiros e uma parcela do grande empresariado brasileiro.
Num país que, em plena ditadura militar, a mesma Globo martelou junto com os generais que a culpa da crise do Brasil na época era o subsídio do pãozinho francês, inventar que a Petrobras tinha sido destruída pelo PT, que a previdência estava quebrada e que a reforma trabalhista traria múltiplos empregos, parece brincadeira de criança.
Esta terça feira foi mais um dia em que, pela garganta de Sardenberg, que martelava a quebra do Brasil quando o dólar chegou a R$ 4,05 no governo Dilma, ouviu-se que o dólar a R$ 4,20 não tem qualquer importância já que o governo Bolsonaro dispõe de uma reserva de, aproximadamente, US$ 380 bilhões herdada dos governos Lula e Dilma.
Esse tipo de canalhice que levou, primeiro um golpista e, depois, um fascista ao poder e que os dois produziram a fuga em massa de investimentos no país, para a Globo, é coisa normal, faz parte da disputa política. E ela sempre teve lado nessa disputa e nunca escondeu de ninguém. Mesmo sendo uma concessão pública, o lado da Globo sempre foi o dos ricos, dos grandes banqueiros e rentistas contra os pobres, contra os miseráveis que voltaram a ser a principal paisagem do Brasil pós golpe e eleição de Bolsonaro.
Para a Globo isso não muda nada, basta que não mostre na sua telinha a pobreza e miséria no Brasil produzidas por essa escória que tomou o país a partir do golpe em Dilma, que está tudo certo. Para ela, vale a máxima de que o que os olhos não veem, o coração não sente.
Tuíte da jornalista Thais Bilenky às 12h28 do dia 14 de março de 2018 diz que, segundo a assessoria do então deputado, Bolsonaro teria antecipado a volta para o Rio de Janeiro após passar mal por intoxicação alimentar.
No link abaixo pode-se ver mais detalhes da passagem de Jair Bolsonaro
Twitter de jornalista publicado no dia do assassinato da Marielle (14/03/18), informando que Bolsonaro estava com intoxicação alimentar e teria voltado mais cedo para o RJ. No dia seguinte, Folha confirma intoxicação alimentar com assessoria do "seu Jair". pic.twitter.com/Wd2y9FX6HR
Um tuíte da jornalista Thais Bilenky no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, revela que Jair Bolsonaro poderia, sim, estar em sua casa no momento em que um porteiro do condomínio teria interfonado para anunciar a chegada de Elcio Queiroz, um dos acusados do crime.
A jornalista, ex-Folha de S.Paulo e atual revista Piauí, tuitou na ocasião que Bolsonaro teve “intoxicação alimentar” e voltou mais cedo para o Rio, creditando as informações à assessoria do então deputado.
“Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018.
Após reportagem do Jornal Nacional, que revelou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, teria ligado para a casa 58, de Bolsonaro, e teria sido autorizado pelo “Seu Jair” a permitir a entrada de Élcio Queiroz, o presidente reagiu aos berros em uma live, dizendo que estava em Brasília, cumprindo, segundo ele, intensa agenda no Congresso.
O tuíte da jornalista, no entanto, pode apontar uma contradição do então parlamentar.
Segundo a reportagem da Globo, Élcio Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio em que morava o presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu a casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle, que fica no mesmo condomínio.
Em depoimento, o porteiro que estava na guarita afirmou que uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio no mesmo dia do assassinato da vereadora.
Ninguém trabalha mais no processo de desnaturação da democracia para impedir a difusão de direitos fundamentais para totalidade da população em prol da ganância da elite brasileira do que a parceria Globo e Bolsonaro.
Bolsonaro, que por inúmeras vezes, mostrou que, para ele, os trabalhadores não são cidadãos, entende que eles não têm direitos e repete sempre o bordão “ou direitos ou trabalho”, sempre aplaudido pelos comentaristas da Globo.
Poderia se traçar uma lista de pactos entre Bolsonaro e a Globo para mutilar a democracia e, consequentemente, os direitos e a renda dos trabalhadores.
Foi nesse sentido que os dois trabalharam pesadamente no processo de destruição da aposentadoria da população mais pobre para construir um mundo ainda mais rico para as classes economicamente dominantes no país.
O que a Globo e Bolsonaro não falam é que jamais os banqueiros ganharam tanto dinheiro como agora. E, a partir da reforma da Previdência, em que a Globo e Bolsonaro trabalharam juntinhos, de rostos colados, os banqueiros terão lucros inimagináveis, os mais obscenos do mundo, assim como o empresariado brasileiro que festeja a total falta de garantias para os seus próprios trabalhadores, mostrando como os três, Globo, Bolsonaro e a classe economicamente dominante estão tratando dos mesmos interesses, tendo o mesmo grau de culpa pela miséria que estão produzindo e que levará o Brasil à pobreza absoluta, sem distinguir ninguém que não seja a própria elite e mesmo parte da classe média que, de forma ensandecida o apoiam.
A Globo criou o monstro para fazer o serviço mais imundo para a elite brasileira de que se tem notícia.
Paulo Guedes se comporta como se não tivesse filhos ou netos, como se as crianças do país inteiro não fossem sofrer os piores suplícios com a fome e miséria em consequência de sua política econômica nefasta em benefício da elite para que ela alcance seu objetivo, o super lucro, de forma instantânea, explorando a mão de obra de maneira cada vez mais cruel, sem a menor consciência do que isso provocará na vida de milhões de brasileiros.
Tempos atrás, Bill Clinton, no período em que os dois eram presidentes, deu uma espinafrada em FHC exatamente pelas mesmas medidas econômicas de hoje, alertando que tais medidas levariam ao assassinato do futuro de milhões de crianças brasileiras em prol da ganância do sistema financeiro.
Clinton sentenciou, “Fernando Henrique Cardoso não tem sentimento nacionalista, não se preocupou com o povo, por isso quebrou o seu país”, isso dito ao vivo diante de chefes de estados europeus na Itália.
O que é o projeto de Paulo Guedes e Bolsonaro senão o aprofundamento da exclusão que marcou o governo FHC pelo mesmo nefasto neoliberalismo?
FHC, o rei refugado pela sociedade, que jamais perdeu a coroa e o trono na Globo.
Então, por que Bolsonaro e Globo estariam em guerra se ele é um FHC aprofundado no que existe de pior no ser humano? É tão lacaio, tão vassalo com o sistema financeiro quanto foi FHC, só que 2.0.
Não importa os tiros de festim que um dispara no outro na guerra entre Globo e Bolsonaro, o cotidiano indica que os dois trabalham para devolver o país à escravidão, à famosa escravidão moderna, onde se mutila a remuneração dos trabalhadores para que o mundo melhore sempre para bem poucos, enquanto arrasa a vida de milhões de brasileiros em sua quase totalidade, levando o país a uma insolvência moral, econômica e social.
Depois de anunciar a morte da política, obstruindo o debate público, substituindo por pesquisas, a Globo e sua democracia de mercado foi o principal condimento para que a aposentadoria dos pobres sofresse a maior violência. Mas, para que isso acontecesse, a Globo tratou de tirar qualquer obstáculo do “debate” sobre a reforma da Previdência. Ou seja, ela simplesmente impediu o contraditório e não levou sequer um especialista aos seus microfones e holofotes contrário a essa reforma nefasta.
A Globo trabalhou como um panfleto do sistema financeiro de uma forma inacreditavelmente violenta, pois ela sabe, que aumentará a pobreza, a miséria e estimulará a violência no país.
O que interessou à Globo era vender essa reforma, assassinando o contraditório e, consequentemente, o debate.
O que reinou nesse tempo todo foi o apoio a Bolsonaro em que se assistiu a todo o império Globo mergulhado de cabeça em entregar a previdência do povo para os banqueiros.
Imagina a enorme quantia de dinheiro que ela ganhou para cumprir esse papel. É uma multiplicação de disparates que propõe a escassez de recursos para quem passou a vida contribuindo e não conseguirá sobreviver de sua mísera aposentadoria.
Essa é uma das moralidades da Globo, ter como ponto central o neoliberalismo do PSDB imposto a Temer e a Bolsonaro para que os bancos explorassem ao máximo o suor do povo brasileiro, sem que ninguém pudesse aparecer na emissora para colocar ao menos uma dúvida no ar sobre as maravilhas que ela propagandeou em discursos falsos, mentiras, manipulações em que seu “jornalismo” estava abolido de qualquer princípio ético, principalmente quando tratava de temas referentes à reforma da Previdência.
O chamado discurso do contra foi rigorosamente censurado e a Globo passou a ser “a central do conhecimento” sobre a dinâmica da reforma, colocando a sociedade no confinamento midiático que beira à ditadura.
Os discursos são bobos, adequados a uma determinada ação sem que se discuta os seus desdobramentos e, claro, tendo êxito como teve, com explicações ornamentais, os mesmos implacáveis comentaristas que apoiaram a reforma, desaparecerão com os assuntos como emprego, renda, desenvolvimento prometidos pela reforma, assim como foi prometido na reforma trabalhista e na PEC do fim do mundo, assuntos estes que sequer são ventilados pela Globo.
Esse sim é o verdadeiro projeto neoliberal, impor aos aposentados o gueto, contanto que os banqueiros façam como vêm fazendo, depois do golpe, barba, cabelo e bigode, batendo recordes de lucro, com o aplauso do judiciário e das Forças Armadas, para o delírio dos caciques do PSDB, enquanto o povo sofre com uma crise permanente.
Com as redes sociais em ebulição contra a reforma, a Globo usou a técnica de dobrar a aposta na massificação, no terrorismo econômico e no fatalismo, mentindo descaradamente a cada cinco minutos para impor sua versão dos fatos.
Quanto mais as redes sociais se tornarem indispensáveis como dados multiplicadores do debate nacional, a Globo somará todas as suas forças de massificação para limitar ou tentar neutralizar esse debate como uma evolução normal da sociedade, para empurrar os brasileiros ao cadafalso, alinhada com o grande capital nacional e internacional.
Deus acima de tudo, por um Brasil melhor, comemora MC Gui a vitória de Bolsonaro, que foi publicado em destaque pela revista Veja.
MC Gui é uma dessas celebridades, que muita gente, como eu, nunca ouviu falar e que, assim como Bolsonaro e seu clã, usa as redes sociais para se promover. E foi isso que ele fez com uma criança, com câncer, na Disney, ridicularizando a sua aparência.
Esse rapaz é mais um dos idiotas que se sentiram empoderados com a estupidez que varreu o país com a chegada de Bolsonaro ao poder. Bolsonaro é o paraninfo dessa estúpida intolerância, da idiotice extrema, do analfabetismo militante e da incultura comemorada, tão característicos no meio do verde e amarelo americanófilo.
O MC, agora, está sendo espancado por todos nas redes sociais, parece até a Joice Hasselmann depois de sua participação no Roda Viva. Assim como a deputada, o MC Gui e sua estratégia de autopromoção se baseia no baixo nível, na desumanidade perversa, contanto que se busque a qualquer custo a autopromoção e a fama, tendo como confidente uma legião de idiotas que se nutre de doses diárias de provincianismo tosco.
O que ele não esperava é que sua atitude abominável o levaria a perder contratos de patrocínio, conforme abaixo:
O Brasil terá ainda que fazer um retrospecto desde quando Betinho já alertava para a imbecilização nacional promovida pela Globo e congêneres.
Sim, a mídia é o ponto central do “cidadão de bem” que espalha ódio pelos quatro cantos do país, uma gente amarga e cada vez mais frustrada que busca no próprio fel solução para essa azia coletiva que tomou de assalto o país, chamada bolsonarismo.
Esse infeliz, que agora está aí no vídeo tentando se desculpar, muito mais por ter perdido patrocínios e ser espinafrado nas redes sociais do que propriamente por consciência do ato perverso que cometeu.
Quem assiste aos dois vídeos, o que ele ridiculariza a criança e, o segundo e o que ele se desculpa, vê que, além de desumano, crápula, é mentiroso, porque faz isso assustado com as perdas que sua tentativa de lacração provocou.
Optamos por não publicar o vídeo do bullying do MC Gui para poupar a imagem da menina constrangida.
Em primeiro lugar, precisamos lembrar que Joice Hasselmann foi uma das deputadas mais votadas do Brasil. Então, essa unanimidade de que ela é um desastre, como se lê nos comentários das redes sociais, ou seja, direita e esquerda, desancando a plagiadora, é porque Joice foi eleita pela histeria coletiva que tomou conta do Brasil “verde e amarela” da Paulista.
Dito isso, vamos à ficha da moça: de onde saiu essa criatura ou ao menos como se tornou uma figura pública? Do esgoto “jornalístico” da revista Veja. A mesma que fez o triângulo amoroso com a Globo e a Lava Jato, produzindo um clima de intolerância no país, jamais visto.
Tudo para que injustiças seculares, estruturais e cumulativas não fossem reparadas pelos governos de Lula e Dilma.
Na verdade, na verdade, Joice se elegeu com o discurso oficial da grande mídia como multiplicadora de ódio, com um discurso elaborado cientificamente para produzir esse estado de coisa em que o Brasil chegou com o bolsonarismo.
Joice Hasselmann nasce do tucanato “intelectual”, torna-se personagem forte na Veja durante o ataque de Aécio e os tucanos em parceria com Cunha e Temer para derrubar Dilma, e junto, a democracia e 54 milhões de votos.
Por isso soa como piada essa figuraça dizer, em entrevista ao Roda Viva, que é um crime alguém grampear o telefone de um presidente, referindo-se a Bolsonaro, esquecendo-se de sua gritaria histérica, comemorando o grampo e a gravação criminosos que Moro fez de Dilma em conversa com Lula.
Partindo desse princípio, revendo o balanço histórico dessa desclassificada, entende-se melhor o que é o bolsonarismo, de onde veio, aonde está e para onde vai como evolução normal de uma parcela da sociedade que acredita na discriminação, no racismo, na segregação e no separatismo.
Sim, Joice é o espelho, hoje quebrado, da própria parcela da sociedade que a apedreja nas redes sociais, gente que ela não só agradeceu pelos votos, mas fabricou com seus muitos tipos de preconceito e que, convenhamos, teve eficácia.
Então, a militante do ódio, acabou sendo engolida pelo próprio. Seus slogans se voltaram contra ela e as mais diversas formas de expressões chulas que ela escolhia para denegrir a imagem, sobretudo de Lula e Dilma, transformaram-se numa produção de discurso que hoje ganha excepcionalmente as redes sociais.
Isso é que se chama eficácia política, um discurso tão intolerante que o indivíduo acaba sendo vítima do próprio discurso.
Assim, não há caminho a ser refeito nem por Joice, muito menos pela mídia representada pela Veja e a Globo como principal parceira, como para o bolsonarismo e o governo Bolsonaro.
Joice foi rainha da bateria das milícias durante as eleições. Apedrejá-la, como fazem hoje os bolsonaristas, é um sinal para Bolsonaro, porque tanto ela quanto ele não são causas, mas consequências de uma sórdida campanha patrocinada pela elite brasileira através da mídia que se inicia na farsa do mensalão em que o STF, capturado, transformou-se num programa de auditório da Globo e hoje sofre as consequências dessa desmoralização “redentora”.
E como as águas do rio correm para o mar, Joice só é mais um personagem arrastado pela correnteza que veio de uma tromba d’água chamada bolsonarismo que promove a devastação no universo criado pela extrema direita.
A desigualdade atingiu um recorde no Brasil em 2018. No país, um dos 15 mais desiguais do mundo, a renda dos 1% mais ricos da população excede quase 34 vezes a renda dos 50% mais pobres da sociedade.
Esse é o saldo do golpe em Dilma e a prisão política de Lula.
A Aliança da Globo com a escória política, o dinheiro grosso, a milícia, o Judiciário e os militares entreguistas produziram mais de 10 milhões de pobres e mais de 4 milhões de miseráveis no país.
Metade do povo brasileiro hoje ganha R$ 413 reais por mês, diz o IBGE.
Não existe no mundo concentração de renda equivalente à brasileira no topo dos 1% mais ricos.
Aqui no Brasil, os endinheirados se apoderam de 28% da renda; nos EUA, 22%.
Por isso, a pressão do dinheiro grosso para o STF não libertar Lula.
A questão dessa gente não é a prisão depois da condenação em 2ª instância, mas o medo de Lula se reencontrar com o povo nas ruas.
Por isso, Barroso, o principal escapulário do mercado, age como disse Marcelo Semer:
“Prisão em segundo grau, diz Barroso: “ESTIMULOU A COLABORAÇÃO PREMIADA”. É isso. O argumento utilitarista (e ilegal) da Lava Jato desde o começo. Nada de Constituição….”
A pobreza cresce sem parar desde o cerco golpista de 2015.
E o que diz o justiceiro Barroso sobre isso? Nada, pula essa questão.
No poder, a direita lavajatista produziu mais 6,27 milhões de novos pobres, elevando a 23,3 milhões o contingente abaixo da linha da pobreza.
O país desumano que é, desigual que também é, e que sempre foi, piorou desde o golpe de 2016.
Então, a questão que envolve a prisão de Lula, nada tem a ver com a justiça, mas sim com a política. Uma política voltada a esmagar os pobres com subempregos e a exterminar os miseráveis pela fome.
Não querem Lula lembrando ao povo que, no seu governo, o país tinha esperança por ter praticamente erradicado a miséria e a fome, além do menor nível de desemprego e um salário mínimo com o maior poder de compra da história.
Até as viúvas da Lava Jato estão acabrunhadas na hora de defender o fantoche banana que se tornou Moro nas mãos de Bolsonaro.
A gota d’água foi a operação da PF, comandada por Moro a mando de Bolsonaro, contra Bivar na disputa da pensão da viúva, a grana preta do fundo partidário.
E Moro não se fez de rogado.
Como joia de ouro em focinho de porco, Moro usou até aqui a sua fama de mau, até ceder tudo para Bolsonaro em defesa da cadeira de ministro, o que lhe valeu até um esculacho público da própria mulher no Instagram, tal o servilismo do marido.
O fato é que, de Moro não sobra nem reflexo heroico dos tempos de outrora, ressaltado pela Globo no Jornal Nacional.
Na verdade, se Moro sair do governo por desavenças com Bolsonaro, ficará sem abrigo, ao relento, sujeito a terremotos em terreno neutro, pois nem carteira da OAB o ex-herói nacional tem.
Moro, hoje, cumpre apenas o ofício de um apóstolo de Bolsonaro que arrasta a sua imagem para o esgoto do próprio PSL que transborda de tanta sujeira na guerra entre os caciques dessa milícia partidária.
Aquele Moro que iluminava uma multidão de idiotas verde e amarelo não existe mais. Como se vê na foto, foi executado em público, com o registro de capa do Estadão, como um momento histórico. Um jornalão que já foi um dos seus principais panfletos lavajatistas. Agora, Moro é ridicularizado pelo ex-aliado da hora.
O nome que se dá a isso é decadência de quem desceu tão fundo e tão baixo ao tentar um voo tão alto.