Categorias
Política

Bolsonaro usa ABIN para fazer relatórios e orientar defesa de Flávio no caso Queiroz

Bolsonaro, que mostra cada vez mais que governa para livrar seus filhos da cadeia, usa a ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, para produzir pelo menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitem embasar um pedido de anulação do caso Queiroz.

Nos dois documentos, cuja autenticidade e procedência foram confirmadas pela defesa de Flávio, a ABIN detalha o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito da sua organização criminosa chamada de rachadinhas.

Os documentos trombam de frente com uma versão de Augusto Heleno, que afirmou publicamente que não teria ocorrido atuação da Inteligência do governo após a defesa do senador levar a denúncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre Ramagem, diretor da Abin, em 25 de agosto.

*Da redação

Siga-nos no Whastapp: https://chat.whatsapp.com/FDoG2xe9I48B3msJOYudM8

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro usa GSI e Abin para anular investigação sobre Flávio, Queiroz e Michelle

Mobilizados pelo governo Bolsonaro, órgãos da esfera federal atuaram a fim de encontrar elementos que sustentassem a anulação das investigações que envolvem transações financeiras entre Fabrício Queiroz, ex-assessor e operador financeiro da família, e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Em uma reunião ocorrida em 25 de agosto, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Receita Federal e Serpro (empresa pública de tecnologia da informação) estiveram presentes, convocados pelo presidente, para encontrar alguma prova que apontasse irregularidade nos relatórios de movimentações atípicas produzidos pelo Coaf.

O encontro, que acontece no Palácio do Planalto, teve a presença também de duas advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, de acordo com reportagem da revista Época. A defesa do senador relatou que teria descoberto a chave para derrubar o caso Queiroz na Justiça, apresentando documentos que, na visão delas, provariam a existência de uma organização criminosa instalada na Receita, responsável por levantar informações que embasariam os relatórios de inteligência do antigo Coaf, atualmente chamado de Unidade de Inteligência Financeira.

Depois da revelação sobre a reunião pela imprensa, o chefe do GSI, general Heleno, divulgou uma nota em que admite ter se encontrado com as advogadas, mas afirma que o órgão “não realizou qualquer ação decorrente” e que avaliou que o caso era de responsabilidade da Corregedoria da Receita Federal. A Abin não se manifestou sobre a presença de seu diretor na reunião e mandou a mesma nota enviada pelo GSI. A Receita Federal não quis se manifestar. O Serpro não respondeu ao pedido de informações.

De acordo com extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.No primeiro semestre deste ano, o procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O MP-RJ investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e teria dito ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

*Com informações do 247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

Categorias
Uncategorized

Em ofício, governo Bolsonaro omite ligação entre Abin e ‘espiões’ em evento da ONU

O governo Jair Bolsonaro omitiu do Congresso o elo entre a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e quatro agentes enviados à COP 25 (Cúpula do Clima das Nações Unidas), em Madri, Espanha, como revelou o Estadão.

O governo ocultou, ainda, a participação de servidores da própria Abin e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) na conferência, realizada em dezembro do ano passado.

O Ministério das Relações Exteriores enviou para deputados um ofício, assinado pelo chanceler Ernesto Araújo, no qual os quatro nomes foram identificados como “assessores” da “presidência da República”. O documento sugere que eles estariam envolvidos na rodada de “negociações” da COP 25. Os nomes aparecem sem qualquer ligação com a Abin ou o GSI.

O ofício do chanceler diverge da relação de nomes obtida pelo Estadão por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). O próprio Itamaraty enviou a lista final de participantes elaborada pelas Nações Unidas.

Nela, os quatro agentes são apontados como “analistas” do GSI. Um quinto participante, o coronel da reserva do Exército Adriano de Souza Azevedo, também consta no ofício como assessor da presidência. Na lista da ONU, ele aparece como “assistente” do GSI. O cargo real de Azevedo é o de assessor de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI.

A Abin, dirigida pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, é subordinada ao GSI, antiga Casa Militar da Presidência. O ministro-chefe do gabinete é Augusto Heleno.

Se uma informação encaminhada por escrito à Câmara ou ao Senado for considerada falsa, o ministro responsável pode vir a responder por crime de responsabilidade.

O Psol acionou a (PGR) Procuradoria-Geral da República por causa da divergência de informações. Na representação, o partido pede ao Ministério Público Federal a apuração de supostos atos de improbidade administrativa e crime de responsabilidade dos ministros Augusto Heleno e Ernesto Araújo.

“O Ministério das Relações Exteriores teve a clara intenção de omitir informações ao Congresso Nacional. É uma tentativa de esconder informações e desviar da tentativa de fiscalização – legítima e legal – por parte do Poder Legislativo”, concluem.

Araújo assinou ofício, no dia 8, atendendo ao requerimento da bancada do PSOL. Na terça-feira passada, o líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), pediu acesso a relatórios de inteligência produzidos pela Abin e questiona detalhes da missão, entre eles quem eram os alvos e se houve alguma orientação aos agentes por parte do Ministério do Meio Ambiente.

“Por se tratar de participação incomum dos agentes da Abin nesse tipo de evento multilateral promovido pelas Nações Unidas, o caso merece melhores explicações por parte do Poder Executivo”, justificou o deputado.

O Secretariado de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, afirmou que a responsabilidade pela presença dos agentes na COP é do governo brasileiro.

 

*Com informações do Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro anuncia fim das reuniões ministeriais e diz que general Ramos se equivocou sobre menção à PF

E assim segue o que disse me disse no Palácio do Planalto, a cada dia, uma nova confusão. Os próximos capítulos dirão qual será o final da novela “Governo Bolsonaro”.

Presidente insiste que não falou em Polícia Federal, mas sobre sua segurança pessoal, e que cobrança foi a Heleno (GSI), não a Moro (Justiça).

Bolsonaro disse nesta quarta-feira (13) que seu ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, “se equivocou” ao dizer que houve menção à Polícia Federal na reunião ministerial de 22 de abril.

A Folha mostrou que os depoimentos prestados nesta terça (12) por Ramos e o general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), conflitam com a versão de Bolsonaro sobre a citação à PF no encontro de ministros.

Segundo eles, Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência.

Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

A declaração foi reiterada de maneira contundente nesta quarta, quando ele afirmou que “vão cair do cavalo sobre o vídeo”.

“Eu não falo Polícia Federal. Não existem as palavras Polícia Federal em todo o vídeo. Não existe a palavra superintendência. Não existe a palavra investigação sobre filho. Falo sobre segurança da família e meus amigos. Ou você acha que não há interesse em fazer uma maldade com um filho meu?”

Bolsonaro disse que sua segurança pessoal e de sua família é responsabilidade do GSI e que, por isso, dirigiu-se a Heleno e não ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem a PF é subordinada, no momento da cobrança.

“Não falei o nome dele [de Moro] no vídeo. Eu falei a minha segurança pessoal no Rio de Janeiro. A PF não faz a minha segurança pessoal, quem faz é o GSI. O ministro é o Heleno”, disse o presidente.

Bolsonaro, então, foi questionado se havia cogitado demitir Heleno. “Não, não vou entrar em detalhe, tá? Quem faz a minha segurança é ele, quem faz a minha segurança ele. O vídeo está bem claro, a reunião está clara”, declarou o chefe do Executivo.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”.

“Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro Ramos, a que a Folha teve acesso. Assim como na terça, nesta quarta-feira o presidente voltou a negar qualquer menção à Polícia Federal.

“O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, eu tenho o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou”, afirmou.

Ainda pela manhã, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse em uma rede social que Heleno, Ramos e o ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que também prestou depoimento à PF na terça-feira, falam a verdade.

“Quem alinha discurso é bandido. Homens de honra, como Augusto Heleno, Braga Netto e Ramos, falam a verdade e cumprem a missão”, escreveu Mourão em sua conta no Twitter. ​

Diante dos desdobramentos da reunião de 22 de abril, Bolsonaro já não permitiu a gravação da reunião desta terça-feira e anunciou que não realizaria mais reuniões do conselho do governo,

colegiado que reúne todos os ministros.

Segundo Bolsonaro, as reuniões agora serão individuais. Uma vez por mês, após a cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional em frente ao Palácio do Alvorada, ele afirmou que tomará um café da manhã com sua equipe, o que chamou de “uma confraternização mensal de ministros”.

Bolsonaro também afirmou que, por ele, o vídeo da reunião do dia 22 pode ser divulgado, mas apenas o trecho que é alvo do processo.

“Vou levar, aproveitando a tua sugestão aí, ao AGU [advogado-geral da União], o ministro [José] Levi, se a gente pode divulgar essa parte. Se eu não me engano, o Celso de Mello [ministro do STF] ontem oficiou aí o advogado do Moro, a AGU e a Justiça exatamente para ver se a gente entra nessa linha para divulgar, mesmo com os palavrões que eu falo sempre”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação do vídeo, Bolsonaro vinculou a mudança do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril.

De acordo com esses relatos, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

Ele então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro –na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

O presidente, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

A transcrição do depoimento prestado pelo ministro Augusto Heleno informa que, no entender da Procuradoria-Geral da República, Jair Bolsonaro falou em “proteger familiares e amigos” ao se referir ao superintendente do Rio de Janeiro na reunião de 22 de abril.

Em um trecho do documento oficial da PF está escrito que Heleno foi “perguntado sobre uma fala do presidente no vídeo” da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Sergio Moro como palco de uma ameaça a ele.

Segundo o documento, Bolsonaro “no entender da PGR, se referia ao superintendente do Rio de Janeiro, em que o presidente fala em proteger familiares e amigos”. O texto não diz se a PGR refere-se à Superintendência da PF ou da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no estado.
Leia também

Folha oferece assinatura digital grátis por seis meses a advogados e lança newsletter jurídica

Folha lança newsletter para temas jurídicos; saiba como recebê-la

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.

A gravação, ainda sob sigilo, é parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações de interferência na Polícia Federal que Moro fez a Bolsonaro.

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal, além de policiais federais.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

Após apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​
Demitidos no governo Jair Bolsonaro
Demitidos no governo Jair Bolsonaro

Leia Mais

Voltar

Facebook
Whatsapp
Twitter
Messenger
Linkedin
E-mail
Copiar link
Loading

Na entrevista desta quarta-feira, Bolsonaro ainda mencionou a redução salarial de 25% para jornalistas durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. “Inclusive aí, aproveitar o momento, eu tô apurando: Globo, Folha, Estadão e Jornal do Commercio. Salário reduzido em 25%. É isso mesmo?”, disse.

“É isso mesmo? Repetir: Globo, Estadão, Folha e Jornal do Comércio, redução de 25% do salário. Tem colegas de vocês, se for verdade, parece que é, que vai ter dificuldades de pagar aluguel, pagar escola para o filho. Tá todo mundo pagando a conta alta dessa irresponsabilidade de se tratar uma coisa séria, que é o víris, que mata gente. Vamos tratar com responsabilidade isso aí sem matar empregos”, afirmou o presidente.

Algumas empresas jornalistas já aderiram à medida provisória do governo que autoriza a suspensão de contratos ou redução de salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pelo coronavírus.

Outras empresas da área, como a Folha, estão em processo de negociação. O número de trabalhadores formais que tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos suspensos após a crise do coronavírus ultrapassou 7 milhões na segunda-feira (11), segundo o Ministério da Economia.​ Pelo menos 600 mil empresas aderiram, de acordo com os últimos dados do governo.

Até agora, não houve movimentos para redução de salários do presidente Bolsonaro e de servidores do Executivo durante a crise.

compartilhamento Especial
compartilhamento Especial

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
ASSINE
ou
FAÇA LOGIN

sua assinatura pode valer ainda mais

Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
sua assinatura vale muito

Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 120 colunistas. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Assine a Folha
Tópicos relacionados

Jair Bolsonaro

Envie sua notícia
Erramos?

Endereço da página

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/05/bolsonaro-diz-que-general-ramos-se-equivocou-sobre-mencao-a-pf-e-anuncia-fim-das-reunioes-ministeriais.shtml

Comentários
* Apenas para assinantes da Folha
receba notícias da folha
Relacionadas

Moro não tinha ideia de como seria trabalhar com Bolsonaro, diz ex-secretário da Justiça
Atos pró-golpe podem configurar crime ou liberdade de expressão, dizem especialistas
Depoimentos de Ramos e Heleno conflitam com versão de Bolsonaro sobre menção à PF

Veja também

BRASILIA, DF, BRASIL, 15-01-2019, 12h00: O presidente Jair Bolsonaro assina decreto que modifica a regulamentação para posse de arma de fogo no brasil. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
Nova gestão

Fique por dentro das últimas decisões do governo Bolsonaro
Datafolha

Otimismo com próximo Congresso é o mais alto dos últimos anos

 

 

*Com informações de Daniel Carvalho/Folha

Categorias
Uncategorized

Conflitos entre Depoimentos de Ramos e Heleno com versão de Bolsonaro sobre menção à PF

Segundo ministros, presidente falou na corporação ao pedir relatórios de inteligência.

Os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) à Polícia Federal conflitam com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que não citou o nome da corporação na reunião ministerial de 22 de abril.

Segundo os dois ministros militares, que prestaram depoimento nesta terça-feira (12), Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência. Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”.

“Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro Ramos, a que a Folha teve acesso.

A mesma versão de Ramos foi dada por Augusto Heleno. Em seu depoimento, o chefe do GSI disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou “de forma generalizada” todos os ministros da área de inteligência, “tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa.”

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal, além de policiais federais.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

Após apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​

“A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei por que não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião ministerial, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na Superintendência da PF do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família.

Ramos disse que entendeu que o presidente falava de sua segurança pessoal ao citar a troca de ministro. Ele disse que a referência, neste caso, estaria sendo feita a Heleno, e não a Moro.

“Se ele não tivesse satisfeito com a sua segurança pessoal realizada no Rio de Janeiro, ele trocaria inicialmente o chefe de segurança e, não resolvendo, trocaria o ministro, e nesse momento olhou em direção ao ministro Heleno”, disse Ramos, afirmando ainda que Moro estava sentado “em lado oposto” ao chefe do GSI.

De acordo com os relatos à Folha, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

O presidente então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro —na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

Bolsonaro, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

Em depoimento, o titular da Secretaria de Governo confirmou que o ex-ministro da Justiça o procurou após estar com Bolsonaro às vésperas de sua saída do governo. Ele afirmou que chegou a tentar achar uma solução para o impasse sobre a mudança na diretoria-geral da PF e que nunca levou a contraproposta feira por Moro a Bolsonaro.

Ramos afirmou que a intenção do presidente na troca na PF foi “dar sangue novo” à corporação. O ministro disse ainda que, antes do depoimento desta terça, viu o vídeo da reunião do dia 22.

Após o depoimento, Ramos pediu para a PF alterar trechos de suas declarações. Num deles, ele inicialmente havia afirmado que “não” foi falado pelo presidente que se não pudesse trocar o diretor-geral, trocaria o ministro. O ministro, sob protesto da defesa de Moro, pediu para trocar a negativa pela expressão “não se recorda”.

 

 

*Renato Onofre/Folha

Categorias
Uncategorized

Com nomeação clandestina e às pressas de Rolando Alexandre, Bolsonaro transforma a PF em Polícia Familiar

Até o mais ingênuo dos seres sabe que Bolsonaro tenta blindar sua família com a nomeação de Rolando Alexandre de Souza para comandar a Polícia Federal que passa ser uma Polícia Familiar.

Por isso a solenidade de posse do novo chefe da Polícia Familiar de Bolsonaro foi feita às pressas e a portas fechadas, como uma reunião clandestina.

Rolando Alexandre é braço direito de Alexandre Ramagem, amigo do clã Bolsonaro e diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que havia sido nomeado por Bolsonaro para a chefia da PF, mas barrado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Como bem colocou Marcelo Freixo no twitter: “Bolsonaro acaba de nomear o braço direito de Alexandre Ramagem para o comando da PF. O presidente segue com seus ataques para tentar transformar a corporação numa polícia a serviço de sua família”

A deputada bolsonarista Bia Kicis, foi clara nas intenções de Bolsonaro em seu apoio no twitter: “Parabéns pela nomeação, Rolando Alexandre de Souza! Que Deus ilumine vc nessa missão de chefiar a importantíssima instituição da Polícia Federal do Brasil. E não se esqueça de deixar nosso Presidente muito bem informado com os relatórios de inteligência.”

Só faltou a deputada Bia Kicis, notória repassadora de fake news do gabinete do ódio dizer ” E não se esqueça de deixar nosso Presidente muito bem informado com os relatórios de inteligência sobre tudo que descobrirem de crime do clã Bolsonaro, hein”

Como destacou Boulos: “Bolsonaro nomeou Rolando Alexandre, assessor de Ramagem na Abin, para dirigir a PF. Ou seja, em vez do amigo do Carluxo, o sub do amigo do Carluxo. Apequena a Polícia Federal e mantém a linha de usá-la como braço político.”

A deputada Sâmia Bonfim, foi clara também no twitter: “Já que não conseguiu nomear Alexandre Ramagem, Bolsonaro nomeou Rolando de Souza como diretor-geral da Polícia Federal. O intuito segue o mesmo: interferir politicamente nas investigações para livrar a cara dos filhos e da milícia. É urgente afastar essas hienas da presidência!”

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Bolsonaro cita crise com o STF e ataca Alexandre de Moraes

Bolsonaro acusou nesta quinta-feira (30) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de tomar uma decisão “política” ao vetar a posse do Alexandre Ramagem como diretor-geral na Polícia Federal. De acordo com Bolsonaro, a decisão “quase” criou uma “crise institucional” entre o Palácio do Planalto e a Corte.

“Essa decisão do senhor Alexandre de Moraes ontem, tá certo, no meu entender falta um complemento para mostrar que não é uma coisa voltada pessoalmente para o senhor Jair Bolsonaro. Falta ele decidir se o Ramagem pode ou não continuar na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). É isso que eu espero dele”, disse em frente ao Palácio da Alvorada, antes de embarcar para Porto Alegre, onde participará de solenidade do Exército. “Se ele (Moraes) não se posicionar, ele está abrindo a guarda para eu nomear o Ramagem independente da liminar dele. É isso que nós não queremos. Queremos o respeito de dupla mão entre os Poderes”, acrescentou.

 

 

*Com informações do 247

Categorias
Uncategorized

A estratégia de Bolsonaro foi falar de um suposto colapso na economia para não falar do inevitável colapso na saúde

Todos discutindo o que Bolsonaro disse, mas e o que ele não disse?

Ninguém, certamente, esperava Bolsonaro mostrar o resultado do seu exame e o da sua esposa, menos ainda o extrato bancário do depósito de Queiroz na conta da primeira-dama ou do Flávio e do resto do clã. Falar algo sobre a morte de Bebianno, Adriano da Nóbrega e o assassinato de Marielle, e de onde os assassinos se deslocaram do Vivendas da Barra ao centro do Rio para executá-la.

Bolsonaro imagina que isso já esteja superado, mexeu os pauzinhos aqui, ali, colocou Moro para fazer pressão em cima do porteiro, sumiu com o Coaf, tudo com a luxuosa ajuda do GSI. Por isso ninguém imaginou que seu pronunciamento tivesse algum componente dos crimes com os quais o clã está envolvido.

Bolsonaro partiu para o diversionismo mais tosco e colocou não só o país, como a imprensa internacional para descer a lenha em sua demência.

Mas e o que ele não disse?

Primeiro, não deu a mínima assistência à imensa maior parte da população. Segundo, Bolsonaro foi alertado pela Abin sobre a quantidade de mortes que o vírus provocará e que será imensamente maior se as medidas de prevenção não forem devidamente tomadas, ainda assim, a tragédia será agravada com o colapso do sistema de saúde, ou seja, muito mais mortes acontecerão também em função de outras doenças e por absoluta falta de estrutura de atendimento.

Para ficar bem claro, muito mais gente morrerá de infarto por falta de atendimento, assim como de diabetes, AVC, câncer e outras doenças provocadas por outros vírus como do sarampo, influenza, H1N1, entre outras.

A questão não é se vão morrer velhinhos com uma gripezinha, mas quem vai precisar ser hospitalizado para não morrer com o coronavírus e outras enfermidades devido a um colapso no sistema de saúde. Isso não ataca somente os velhinhos, mas todas as faixas etárias, do netinho ao vovô.

Bolsonaro deveria anunciar medidas de contenção do coronavírus, principalmente direcionadas para as camadas mais pobres da população, não simplesmente por serem as maiores vítimas, porque o colapso no sistema de saúde atingirá a todos, sem distinção.

Foi um discurso cômodo em que ele criou polêmicas para não se comprometer com a saúde de todos os brasileiros, porque esse é o grande perigo, o descontrole total e não o discurso binário.

E o que Bolsonaro disse sobre isso? Nada, nem um pio. Aliás, ele produziu um discurso idiota como o de vendedores de bugigangas como o Véio da Havan e dos donos de podrões de lanchonetes como a Girafa, por exemplo, já que não vale a pena comentar a fala do ancião de 65 anos, com síndrome de Peter Pan, Roberto Justus.

São esses empresários brasileiros a grande referência do pensamento econômico de Bolsonaro na crise do coronavírus, imagina isso!

Então, meus caros, Bolsonaro, com seu sofisma destilando estupidez oficial, acabou monopolizando as manchetes da mídia e fugiu de qualquer responsabilidade com a tragédia anunciada, como se não fosse o presidente da República e não tivesse qualquer compromisso com o colapso que, inevitavelmente, virá no sistema de saúde e provocará a morte de milhares de brasileiros com ou sem o coronavírus, como ocorreu na China, na Itália e na Espanha que também já ultrapassou o número de mortes na China.

Caminho que os EUA está fazendo com passos largos, conforme números do
Coronavírus no país:
14-03: 1700 casos, 41 mortos.
24-03: 55200 casos, 800 mortos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro põe arapongas na ABIN para vigiar PF e Receita e impedir investigação dos crimes do seu clã

Coluna Radar, na Veja, aponta que Bolsonaro montou um núcleo na Agência Brasileira de Inteligência “certo de que é alvo de ‘petistas aloprados’ na PF e na Receita Federal. O objetivo do grupo é alertá-lo sobre eventuais investigações contra aliados e familiares, como a recente investigação aberta contra Hélio Negão, seu braço direito.

Jair Bolsonaro montou em sigilo um núcleo na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para alertá-lo sobre eventuais investigações contra aliados e familiares, aponta a Coluna Radar.

A nota diz que Bolsonaro está “certo de que é alvo de ‘petistas aloprados’ na PF e na Receita Federal”. O objetivo do grupo é avisá-lo de iniciativas como a contra o deputado federal Hélio Negão, seu braço direito e motivo de sua briga com a PF.

“Nos últimos dias, além de Hélio Negão, outros auxiliares do presidente teriam sido alvos de devassa ilegítima do Fisco. Chamado de ‘ingênuo’ nas articulações políticas por Bolsonaro, Sergio Moro não vai se envolver na crise do Planalto com a PF”, completa a nota na Veja.

 

 

*Com informações do 247

Categorias
Uncategorized

Carlos Bolsonaro levanta suspeita do General Augusto Heleno sobre os 39 kg de cocaína

Quem vai segurar essa?

“Mesmo que isso custe a minha vida”, diz Carluxo.

O ‘pitbull’ da família Bolsonaro aventou a possibilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, estar envolvido no caso dos 39 kg cocaína que foram apreendidos em um avião da comitiva presidencial brasileira na Espanha.

O vereador Carlos Bolsonaro usou a sua conta no twitter para levantar suspeitas sobre o GSI, sob o comando do General Augusto Heleno.

O tuíte de Carlos veio como resposta a uma postagem do perfil “Snapnaro”, que compartilhou um vídeo da jornalista Regina Villela falando sobre o suposto envolvimento do GSI, bem como de parte da FAB e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no caso do tráfico internacional de drogas.

https://twitter.com/snapnaro/status/1145654449509142528

 

*Com informações da Forum