Categorias
Uncategorized

O empresário bolsonarista desiludido e a fábula da galinha que confunde barbante com minhoca

A gota d’água para a oligarquia jogar a toalha e chutar o balde do bolsonarismo foi o “excludente de ilicitude” que Trump aplicou no aço brasileiro, sobretaxando os barões da siderurgia sob o silêncio obsequioso e rastejante de Bolsonaro.

Irônicos são os empresários que, ingenuamente, apostaram, durante a eleição, nas falácias de Guedes e veem agora seus negócios minguarem, mesmo depois das reformas que os levariam ao céu, dizendo que estão perplexos com ingenuidade de Bolsonaro diante do esperto Trump.

Na verdade, o bate-cabeças e o barata voa sempre foram os principais ativos da elite empresarial do Brasil. Vale ressaltar algumas questões em que foram protagonistas do mesmo buraco n’água, quando apoiaram a engenhoca econômica da ditadura chamada correção monetária, que só não estourou nas mãos dos militares a hiperinflação, porque passaram a bomba para Sarney e este a otimizou com seu Plano Cruzado, ovacionado no dia seguinte do anúncio pelos grandes empresários que compraram páginas inteiras dos jornalões para exaltar o feito, assim como fizeram com a campanha de Collor, com o sequestro da poupança e, em seguida, com o real de FHC que, da noite para o dia, passou a valer, artificialmente, um dólar, produzindo três quebradeiras do Brasil em oito anos, sendo a última a mais explosiva.

Mas essa gente do dinheiro grosso, parece que não aprende. Que um comerciante qualquer de uma portinha nos confins do país, acredite nos palavrórios globalizantes dos neoliberais, é até compreensível, mas grandes empresários cheios de pompa, cercados por economistas, comprarem uma jaca como quem compra uma maçã envenenada no paraíso, só tem uma justificativa, o preconceito de classe, a crença de que a exploração do trabalho e a perda do poder de compra dos seus consumidores no mercado interno farão seus negócios voarem. O que eles veem agora é aquilo que a galinha vê quando confunde barbante com minhoca, engole o barbante e, depois, vomita e, assim repete por mais de mil vezes.

Lógico que os empresários culpam quem jogou o barbante no chão, fazendo crer pela milésima vez que aquilo era uma minhoca.

Moral da história: esse empresariado, que viveu sua era de ouro em 12 anos dos governos Lula e Dilma, apostou no caos político e social que produziu um golpe de Estado em Dilma, a condução desastrosa de Temer no comando do país, a prisão de Lula e a consequente eleição de Bolsonaro, caos originalmente proposto pelo PSDB. Na verdade, o grande PSDB que inclui os aparelhos de controle do Estado, os caciques tucanos como FHC, Aécio, Jereissati, Alckmin, Serra e, logicamente comandado pela Globo, o baronato midiático.

Deu no que deu. E no que deu? Novamente no empresário brasileiro com os burros n’água, vendo o país e sua economia tragando as suas empresas para o inferno que ninguém sabe o tamanho da garganta do diabo.

 

*Carlos Henrique machado Freitas

Categorias
Uncategorized

O fã-clube do Queiroz vai à luta

Novamente aquela pergunta, o que é ser classe média verde e amarela no Brasil? É não ser cidadão e, muito menos se interessar por cidadania, por direitos, mas sim, por privilégios. Aliás, se há uma palavra que o cidadão médio verde e amarelo odeia é a palavra direito que, naturalmente, exige cidadania não só para si, mas para todos os brasileiros. E isso é tudo que o cidadão médio brasileiro mais detesta.

Antes de começar a falar sobre essa gente estranha que compõe o fã-clube do Queiroz, é bom lembrar que são pessoas que nunca lutaram por direitos, passando a vida em busca de privilégios.

Dito isso, vai-se diretamente à ideia de justiça e como a classe média escolhe quem deve ser tratado com polícia e quem deve ser tratado com justiça. Com justiça, devem ser tratados os próprios no exercício de sua individualidade. Já os pobres, devem ser tratados com polícia.

Essa é a evolução contemporânea desse ornitorrinco social. Portanto, é bom esquecer as palavras bom senso, consciência ou coisa do gênero. Não se espera também que instrução superior e títulos garantam algum grau de raciocínio desse ser, o cálculo dessas pessoas é sempre econômico. Por isso, os serviços sociais são sempre odiados por eles que, em regra, beneficiam os mais pobres.

É assim que eles veem a justiça e, por isso, hoje foram para as ruas contra a liberdade de Lula, contra a constituição que não permite a prisão após condenação em 2ª instância.

Coloque tudo no mesmo saco, classe média, Queiroz, Aécio, Cunha, Bolsonaro, Moro, Dallagnol, a milícia do Porto das Pedras, o clã, que o resultado será o de sempre, polícia para os pobres e omissão a favor dos corruptos, bandidos e assassinos de estimação.

É isso que esse pessoal chama de cidadão de bem, que tem como principal fermento a anti-solidariedade com o povo pobre, o preconceito social e racial e, como reflexo disso, o ódio ao Lula e ao PT. Ou seja, são pessoas que representam uma minoria que não corresponde a 7% dos brasileiros, mas se dizem povo.

Essa classe média folclórica com discursos inflamados a favor da justiça é a que ajuda a aumentar a pobreza e a miséria, estimulando a violência do Estado contra os pobres ou contra quem luta por eles. Essa é, entre tantas mazelas das classes dominantes, a mais absoluta e contraditória ideia de cidadão.

Por isso passaram esse tempo todo vendo esquemas de laranjas e fantasmas do clã Bolsonaro serem escancarados, os filhos do presidente mostrando uma multiplicação absurda de patrimônio sem dar um pio, assim como não deram sobre os 39 kg de cocaína encontrados na comitiva do avião presidencial e, muito menos sobre o Queiroz, o faz tudo da família Bolsonaro, o miliciano que tem pesados crimes nas costas e que convive fraternalmente com Bolsonaro há 35 anos.

E o que essa gente fala sobre isso? Nada. Pior, justifica, quando não se cala sobre esse personagem central do governo Bolsonaro.

Mas muitos desses estavam hoje nas ruas, indignados com o STF, porque acabou a prisão após a condenação em 2ª instância. Ou seja, começa-se a perceber que o criminoso Queiroz chega a ser boboca se comparado a essa gente, tal o cinismo e a picaretagem com que trata as questões políticas do Brasil.

E é bom que se esqueça qualquer possibilidade de um dia essa gente abandonar o seu ódio contra os pobres, seu racismo contra negros, nordestinos e, principalmente que um dia ela será minimamente menos hipócrita.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Megaleilão babou, moral da história: Shell e Exxon pularam fora. Não confiam em milícia

O mundo não tem Rede Globo. Essa jabuticaba golpista criada na ditadura militar para ser panfleto de ditadores e torturadores, é coisa do terceiro-mundismo eterno da elite brasileira.

Lacaia do mercado, a Globo cria suas fantasias provincianas ditadas pela elite provinciana desse país.

O governo não combinou o leilão com os russos e, então, deu no que deu. Esse país rico e com um povo que trabalha de sol a sol e carrega em seu DNA uma cultura espetacular, não merece uma causadora de golpes que se acha a dona do discurso oficial do Brasil.

Na verdade, Bolsonaro folclorizou o Brasil, no sentido pejorativo da palavra. Mas com a globalização, os aspectos mais nefastos da sua biografia são hoje conhecidos nos quatro cantos do planeta. E essa polarização criada entre petistas e antipetistas está restrita a uma ínfima camada provinciana do Brasil.

Somente quem se acha o centro do universo, como a Globo, para imaginar que ela e os demais donos do baronato midiático têm capacidade de interferência em questões centrais do mercado internacional. Pura mediocridade, natural de quem não consegue estabelecer uma pauta que encontre eco internacional.

E é aí que entra o gigantismo de Lula, que ganha o status de gênio, porque é um cidadão respeitado no mundo todo. Esse mesmo cidadão que, pelas ideias e práticas, ganhou o planeta e, pelo mesmo motivo, é odiado pela nossa oligarquia fétida que merece mesmo Bolsonaro, essa coisa em que o mundo cospe, a última múmia fascista do sarcófago. Só mesmo uma elite tosca como a brasileira ajudaria a colocar um tosco como Bolsonaro no poder, um sujeito que não sabe nada de nada e que, em 30 anos como deputado federal, não produziu nada para o país, a não ser filhos para se transformarem em políticos e mamarem gostosamente nas tetas do Estado. Uma figura ligada à alta bandidagem carioca que faz tráfico de armas, que vive de extorsões, gatos, venda de água e gás e construções de imóveis de forma irregular.

E tem ainda o laranjal de picaretas, fantasmas de milicianos ou de suas famílias. Tudo isso, certamente, é contabilizado na hora de alguém investir no Brasil. Uma coisa é o pré-sal com Lula e Dilma, governos que, além de descobrirem e esse tesouro, investiram pesadamente em pesquisa e que, ao contrário do que foi disseminado pelo banditismo chamado Lava Jato em parceria com a Globo, que o PT quebrou a Petrobras, Lula e Dilma elevaram a estatal ao patamar das maiores empresas de petróleo do mundo. Por isso os dois sempre tiveram o respeito do mundo. Já Temer e Bolsonaro são rejeitados, escanteados, segregados internacionalmente porque vêm do mesmo DNA da mixórdia golpista saída da mistura da escória política e empresarial desse país, como Aécio, Cunha, esse troço chamado Veio da Havan e outros bichos peçonhentos do esgoto político.

Ninguém vai investir em um país bilhões de dólares sem saber com quem está lidando e, possivelmente, empresas estrangeiras sabem mais sujeiras de Bolsonaro do que os próprios brasileiros, porque lá fora não tem Moro para blindar Bolsonaro, não tem a globo para ornamentar os discursos de um desenvolvimento que jamais virá pelas mãos de um governo miliciano, como não veio no governo corrupto de Temer, Padilha e cia.

Por mais vantajoso que fosse esse leilão, as grandes petrolíferas internacionais pulariam fora, como pularam, porque não mergulhariam de olhos fechados nessa lama em que se transformou o Brasil depois do golpe. São gananciosos sim, mas têm juízo, têm corpo técnico, têm especialistas em análise política do país em que pretendem investir.

Trocando em miúdos, ninguém vai colocar dinheiro bom em um lugar com uma elite econômica e um governo tão ruins.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Ranking de confiança do Banco Mundial chuta o Brasil de Bolsonaro para o buraco da 124ª posição

Bom, o sujeito está na China que é a 2ª maior economia do mundo em que o Estado é a sua grande locomotiva. E o que diz Bolsonaro hoje de dentro da China? Que bom mesmo é o Estado mínimo e distante da economia, mas está lá de penico na mão, pedindo pelo amor de Deus que os comunistas salvem seu governo da falência, investindo no país, mas, em entrevista hoje, fala que o Estado tem que ser mínimo, o resultado só pode ser este mesmo.

Um presidente desse, presta?

Pior que Temer

Em quase um ano de governo e Bolsonaro já supera em desastre o que foi o desastroso governo do golpista Temer.

Com Temer, o Brasil já havia despencado para o 109º lugar no Ranking de confiança do Banco Mundial. Vem Bolsonaro e ainda joga mais terra na moribunda economia com mais choque de neoliberalismo pauloguedista e lá vai o Brasil para na 124ª posição.

Isso não é pouca coisa, o tombo foi grande, pois caiu 15 posições no ranking, denunciando que o modo de pensar economia desse governo é uma verdadeira desgraça e a mentira neoliberal que Paulo Guedes representa.

Nisso, não há nada de espantoso. O Brasil já vinha mal das pernas no governo Figueiredo inclinado ao neoliberalismo, sua lambança explodiu no colo do, também neoliberal, Sarney, com a hiperinflação. Em seguida, vem Collor, com seu choque de mercado neoliberal, toma a poupança dos brasileiros e aumenta ainda mais a hiperinflação. Depois vem FHC, o príncipe do neoliberalismo e privataria nativos e seu Plano Real, copiado do falido plano Cavallo na Argentina de Menem, e o Brasil quebra três vezes em oito anos de seu governo.

Então, entra o governo do PT, com Lula e Dilma, o Brasil passa a ser a 6ª economia global, chega ao pleno emprego com o maior poder de compra da história do salário mínimo, até Dilma ser sabotada por Moro, Aécio, Temer e Cunha, com a bênção de FHC e do STF para, assim, chegar a um governo Temer que prometeu, através de reformas contra os trabalhadores, mais emprego e renda, além do corte na saúde e educação com o pretexto de fortalecer o Estado.

E o que assistimos no final de seu governo? Zero de aprovação e um vampiro seco e embalsamado, pendurado em uma parede do Palácio do Planalto, esperando a hora da mudança para ser removido e, no lugar, colocar coisa ainda pior, chamada Bolsonaro, como mostra o ranking de confiança do Banco Mundial.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

Categorias
Uncategorized

Joice Hasselmann, o bolsonarismo da histeria ao caos

Em primeiro lugar, precisamos lembrar que Joice Hasselmann foi uma das deputadas mais votadas do Brasil. Então, essa unanimidade de que ela é um desastre, como se lê nos comentários das redes sociais, ou seja, direita e esquerda, desancando a plagiadora, é porque Joice foi eleita pela histeria coletiva que tomou conta do Brasil “verde e amarela” da Paulista.

Dito isso, vamos à ficha da moça: de onde saiu essa criatura ou ao menos como se tornou uma figura pública? Do esgoto “jornalístico” da revista Veja. A mesma que fez o triângulo amoroso com a Globo e a Lava Jato, produzindo um clima de intolerância no país, jamais visto.

Tudo para que injustiças seculares, estruturais e cumulativas não fossem reparadas pelos governos de Lula e Dilma.

Na verdade, na verdade, Joice se elegeu com o discurso oficial da grande mídia como multiplicadora de ódio, com um discurso elaborado cientificamente para produzir esse estado de coisa em que o Brasil chegou com o bolsonarismo.

Joice Hasselmann nasce do tucanato “intelectual”, torna-se personagem forte na Veja durante o ataque de Aécio e os tucanos em parceria com Cunha e Temer para derrubar Dilma, e junto, a democracia e 54 milhões de votos.

Por isso soa como piada essa figuraça dizer, em entrevista ao Roda Viva, que é um crime alguém grampear o telefone de um presidente, referindo-se a Bolsonaro, esquecendo-se de sua gritaria histérica, comemorando o grampo e a gravação criminosos que Moro fez de Dilma em conversa com Lula.

Partindo desse princípio, revendo o balanço histórico dessa desclassificada, entende-se melhor o que é o bolsonarismo, de onde veio, aonde está e para onde vai como evolução normal de uma parcela da sociedade que acredita na discriminação, no racismo, na segregação e no separatismo.

Sim, Joice é o espelho, hoje quebrado, da própria parcela da sociedade que a apedreja nas redes sociais, gente que ela não só agradeceu pelos votos, mas fabricou com seus muitos tipos de preconceito e que, convenhamos, teve eficácia.

Então, a militante do ódio, acabou sendo engolida pelo próprio. Seus slogans se voltaram contra ela e as mais diversas formas de expressões chulas que ela escolhia para denegrir a imagem, sobretudo de Lula e Dilma, transformaram-se numa produção de discurso que hoje ganha excepcionalmente as redes sociais.

Isso é que se chama eficácia política, um discurso tão intolerante que o indivíduo acaba sendo vítima do próprio discurso.

Assim, não há caminho a ser refeito nem por Joice, muito menos pela mídia representada pela Veja e a Globo como principal parceira, como para o bolsonarismo e o governo Bolsonaro.

Joice foi rainha da bateria das milícias durante as eleições. Apedrejá-la, como fazem hoje os bolsonaristas, é um sinal para Bolsonaro, porque tanto ela quanto ele não são causas, mas consequências de uma sórdida campanha patrocinada pela elite brasileira através da mídia que se inicia na farsa do mensalão em que o STF, capturado, transformou-se num programa de auditório da Globo e hoje sofre as consequências dessa desmoralização “redentora”.

E como as águas do rio correm para o mar, Joice só é mais um personagem arrastado pela correnteza que veio de uma tromba d’água chamada bolsonarismo que promove a devastação no universo criado pela extrema direita.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Farsa sobre farsa: Bonat, atual juiz da Lava Jato em Curitiba, tenta livrar a cara de Moro e tropeça nas próprias pernas

O juiz Luiz Antonio Bonat, da Lava Jato em Curitiba, afirmou que parte das conversas interceptadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades em 2016 foi deixada de fora dos processos para preservar a privacidade dos interlocutores e coibir eventuais vazamentos.

O que é uma gigantesca piada, já que Moro grampeou conversas privadas de Marisa, esposa de Lula com os filhos que só tinham conteúdo familiar e vazou para a mídia.

Bonat atendeu a uma solicitação de esclarecimentos feita pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), após o jornal Folha de S.Paulo mostrar que diálogos mantidos sob sigilo desde então detonaram a farsa do, então juiz, Sergio Moro de que Lula queria assumir a pasta da Casa Civil para se proteger com foro privilegiado, quando, na verdade, Moro tramava junto com Aécio, Cunha e Temer a derrubada de Dilma e Lula, no governo, poderia abortar o golpe, como confessou Temer no Roda Viva.

Mas o juiz Luiz Antonio Bonat, da Lava Jato em Curitiba, para tentar livrar a cara de Moro, escreveu na cara dura para Fachin que “os áudios não incorporados aos autos eletrônicos, além de não selecionados como relevantes pela autoridade policial, tinham conteúdo sensivelmente privado e não foram juntados com a intenção de coibir o risco de vazamentos indevidos e de respeito à intimidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva” em ofício enviado ao STF nesta quarta-feira (18).

Na verdade, segundo o jornalista da Folha, William Castanho, quase todas as conversas que foram mantidas sob sigilo e analisadas pela Folha de S.Paulo e pelo site The Intercept Brasil envolviam políticos e não tratavam de assuntos pessoais. Ou seja, o despacho de Bonat, é uma farsa sobre a outra.

Conforme divulgado pela reportagem, no último dia 8, os diálogos gravados pela Polícia Federal em 2016, e que não foram anexados ao processo, fragilizavam a tese de Moro para tornar público um diálogo em que a, então presidente, Dilma Rousseff tratou com Lula de sua posse como ministro da Casa Civil.

Para a farsa da Lava Jato, a ligação divulgada mostrava que a nomeação de Lula como ministro tinha como objetivo travar as investigações sobre ele, transferindo seu caso de Curitiba ao STF. No entanto, outros registros mantidos sob sigilo detonavam essa hipótese e, por isso, foram sonegadas por Moro.

Bonat escreveu que “entre os interlocutores de tais diálogos, pode-se constatar, a partir de análise sumária e bastante perfunctória do material, que há pessoas à época detentoras de foro por prerrogativa de função [foro privilegiado], que foram interceptadas ou mencionadas de forma absolutamente fortuita”.

Bonat afirmou também que foi a Polícia Federal, e não Moro, que excluiu trechos de conversas interceptadas de Lula com autoridades, conforme já havia sido dito pelo atual ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, como se a PF tivesse essa autonomia, o que escancara ainda mais a farsa montada por Moro que Bonat quer encobrir.

De acordo com Bonat, Moro “sempre buscou resguardar o direito à intimidade dos investigados, o que fez pela não juntada da integralidade dos diálogos interceptados aos autos”. Ele disse ainda que Moro informou ao STF que havia diálogos não incluídos no processo.

No começo do mês, Moro já havia dito que não soube dos telefonemas de Lula que a Polícia Federal grampeou e manteve sob sigilo em 2016.

“O atual ministro teve conhecimento, à época, apenas dos diálogos selecionados pela autoridade policial e enviados à Justiça”, afirmou, por meio de nota.

Questionada na ocasião, a PF não quis fazer comentários sobre a seleção dos áudios que anexou aos autos da investigação em 2016.

Ou seja, a mentira contada por Moro e reforçada por Bonat, tropeça nas próprias pernas.

Trocando em miúdos, isso confirma o que Lula disse a Moro em seu depoimento, de forma bastante objetiva, que a Lava Jato criou uma mentira e, agora, é refém dela, tendo que contar uma mentira maior a cada dia para encobrir as outras.

 

*Da Redação

Categorias
Uncategorized

No dia da morte de seu delator, Aécio vai ao topo no Twitter pela macabra frase: “tem que ser um que a gente mata antes”

A morte do delator de Aécio acendeu a memória de muitos brasileiros por conta da frase que marcou para sempre a sua história na política “tem que ser um que a gente mata antes de delatar”.

A frase foi dita no momento em que combina a propina que receberia de Joesley e que foi registrada em áudio, concretizada e filmada com seu primo levando as malas de dinheiro da JBS para Aécio.

Esse fato do contraventor Aécio se dá ironicamente um dia depois de Dilma ser ovacionada na Universidade de Sorbonne, na França.

Mas a coisa não para aí, Aécio, hoje, é deputado federal, o que mostra que, diante de tantas provas, ele jamais foi incomodado por Moro e seus capangas da Lava Jato. Mais que isso, há um consenso tanto da mídia quanto da justiça e de toda a direita de que o nome de Aécio precisa ficar sob folhagens para que sua impunidade se eternize, o que prova a descarada proteção que ele teve de Moro, do STF e da Globo. Isso dito num exame superficial, porque Aécio sempre foi representante da oligarquia patriarcal que ainda vigora no país.

Indiscutivelmente, Aécio é hoje um morto vivo fugindo da prisão, imantado pelo foro privilegiado, mas em termos de política é uma matéria morta. Mas há um outro fato que ocorre na mesma semana que sacudiu o país, as confissões de Temer no Roda Viva de que Dilma sofreu um golpe e que se não fosse Moro vazar o grampo criminoso para a Globo, Lula seria Ministro-chefe da Casa Civil e Dilma não seria golpeada.

Isso tudo somado, revela o papel nefasto da mídia, do judiciário, das Forças Armadas, do Ministério Público e Polícia Federal que implantaram uma ditadura cordial no Brasil em que vários arquitetos trabalharam. Aécio, Cunha e Temer, formaram a tríade mais repugnante que deu início à escalada fascista do governo Bolsonaro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Três anos depois do pesadelo do golpe, golpistas têm que morder a língua para falar de Dilma

Nunca na história do Brasil, um presidente, em pleno exercício de seu mandato, foi tão covardemente atacado como a presidenta Dilma. Por isso, antes de começar as lendas verborrágicas que resultaram em seu impeachment, é bom lembrar dos corruptos, Cunha, Aécio e Temer, os três cavalheiros do apocalipse que comandaram uma histeria coletiva na mídia, no meio empresarial, no mundo financeiro para derrubar uma presidenta honrada pelo “crime de responsabilidade” que jamais cometeu.

Um golpe que resultou na decadência de valores que o Brasil vive e que devassa internacionalmente a sua imagem, consumido por uma bactéria neofascista que sonha em restaurar a ditadura adubada pelo judiciário.

A multiplicação de barbaridades que ocorreu no Brasil, depois do golpe, é incontável. O disparate maior que se lê de alguns ficcionistas é que um governo que alcançou o salário mínimo com o maior poder de compra da história e o pleno emprego foi ruim para os trabalhadores. Quem dispõe de um portfólio desse com que Dilma brindou o país em seu governo? Ninguém.

Norteada pela política econômica de Lula que colocou o Brasil no centro do debate global ao lado das maiores potências, Dilma fez um governo que trouxe consequências inimagináveis para a melhoria de vida do povo brasileiro, tanto que não há previsão de uma pujança igual no Brasil porque ele está mergulhado no caos econômico, político e social.

A direita, sem projeto, comandada pelo PSDB, apostou desde a farsa do mensalão na chacina dos líderes do PT e acabou sendo chacinada nas urnas em 2018.

Se o PSDB não é receita nem pra ele próprio se manter vivo, que fará os projetos econômicos de Temer e Bolsonaro decalcados na cartilha neoliberal tucana. Por outro lado, o PT, que os golpistas sonharam em levar à anulação total, não para de crescer, de se fortalecer, de buscar um debate qualificado para devolver o país ao ponto em que Lula e Dilma levaram.

O Brasil, depois do golpe, transformou-se em um celeiro de idiotas que o transformam em um pasto seco até para os burros motivados que ruminam ódio e se alimentam de rancor.

Três anos depois do golpe em Dilma, a paisagem brasileira é de terra arrasada, com uma enorme desmoralização internacional, coisa impensável no período de Lula e Dilma que eram recebidos com honra, admiração e carinho em qualquer lugar do planeta.

Olha-se para o troço que hoje governa o país sem saber como classificar esse animal e se lembra de todas as mentiras que contaram para o povo brasileiro se Dilma fosse derrubada, que os investimentos voltariam, os empregos jorrariam e a corrupção seria varrida do mapa. O que temos hoje? A economia afundada num pântano, recorde de desemprego, a volta da miséria e da fome, o desmonte dos direitos dos trabalhadores, metade da nação vivendo de bicos e a milícia no poder, além de um futuro tão horrendo quanto a fumaça negra provocada pelo incêndio ateado por Bolsonaro na Amazônia.

Antes de falar de Dilma, faça como um dos seus algozes, o da foto, Miguel Reale Júnior, morda a língua ao invés de acusá-la de qualquer coisa, porque Dilma, além de ser uma reserva moral desse país, foi como presidente uma gestora excepcional, humana, valente e, por isso mesmo, tinha que ser decapitada pelos crápulas que não aceitavam sua reeleição e a quarta vitória consecutiva do PT.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

Categorias
Uncategorized

Não foi Bolsonaro que inventou os ultraliberais nativos, foram os ultraliberais que inventaram Bolsonaro

Como bem disse Bruno Moreno, “Atribuir à personalidade do Bolsonaro e não às medidas econômicas e sociais do seu governo a estagnação e recessão técnica da economia é a mais atual forma de dizer: a culpa nunca é do liberalismo”.

E é exatamente isso que Mirians e Sardembergs, moradores de uma ilha fluvial, onde nunca se encontram com a realidade vivida pelo povo, começam a martelar. No entanto, enquanto as primeiras vítimas dos neoliberais são os pobres, com a retranca do Estado mínimo, as molecagens dos neoliberais são aplaudidas pelas classes economicamente dominantes.

Essas mesmas classes, tomadas por pânico, começam a pilhar a carapuça sobre a cabeça de Bolsonaro como se sua loucura inviabilizasse uma colheita surpreendente para a economia brasileira.

Não, a realidade está a léguas disso. Se já perdemos os estribos econômicos,  e o Brasil se encontra à beira de um barranco, tendo que vender as reservas deixadas por Lula e Dilma para tentar segurar o dólar, a desonra não está com o monstro, mas com quem o criou. Mais que isso, com quem apoiou todas as suas medidas de arrocho contra o povo, os pobres, os trabalhadores, os aposentados e outros desvalidos traídos novamente pelos neoliberais alocados no PSDB, PMDB, Dem e na legião de diabos do Centrão.

Bolsonaro não é causa, é consequência da ganância inconsequente dos mesmos que, na construção do golpe contra Dilma para criar um “Estadinho”, impossibilitaram, com várias formas de sabotagem, lideradas por Aécio que perdeu a eleição, que Dilma governasse, já no primeiro dia do seu segundo mandato. Criaram poças econômicas, distribuíram rosários de capim para uma parte da população sedenta de ódio e vingança e frutas envenenadas vindas das velhas árvores da oligarquia, via Globo e congêneres, para inviabilizar a democracia e colocar, através do Temer, a pinguela neoliberal de FHC de volta ao centro do poder.

Em última análise, é isso, Bolsonaro é apenas a continuidade daquele Brasil quebrado de FHC, até hoje festejado pelo colunismo econômico de frete que diz o que quer o mercado, núcleo central do rodamoínho financeiro.

Agora que começam a aparecer os roletes de fumo e o cheirinho de enxofre invade as sendas de cada empresário, seja no campo ou na cidade, os neoliberais, que cozinharam o galo duro em fogo brando, querem furar as mãos do Messias que eles inventaram para manipular, como manipulam, via Paulo Guedes.

Enquanto isso o país vai entrando com os dois pés no barro e se joga a culpa no idiota fascista, assim como crucificam Macri e não a cartilha neoliberal porque ele reza.

O efeito orloff, aquele velho fenômeno mecânico que ocorreu na era FHC, quando printou a política econômica do Ministro Cavalo do governo Menen, que tinha quebrado a Argentina e também quebrou o Brasil, está de volta. Não há como separar aquele elefante dourado do bezerro de ouro de Paulo Guedes, como não há como separar o resultado da mesma política que importamos de Macri.

Não há saída à francesa para os elegantes boquirrotos do neoliberalismo. A conta chegou, o Brasil parou, a indústria estagnou, o comércio derrapou e a realidade trombou de frente com o Estado diminuto circense que o engenhoso Paulo Guedes quis reinventar.

A carroça do posto Ipiranga de Bolsonaro chegou na frente do burro louco, com a cartilha tucana debaixo do braço e, agora, não tem como se livrar dela, nem de Bolsonaro e, muito menos dos assombrosos efeitos dessa tragédia econômica.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

Categorias
Uncategorized

O cálculo de Moro, um político mais corrupto que Cunha

Para quem não se lembra, Cunha, quando aceitou o pedido de impeachment de Dilma, feito por Janaína, mas patrocinado por Aécio, o fez no mesmo dia em que Dilma não livrou a sua cara, quando pediu para que os deputados do PT votassem na CCJ contra ele.

Esse escândalo institucional em que o presidente da Câmara, corrupto, usa seu cargo para se vingar da Presidenta da República com um golpe de Estado, já mostra a fragilidade desse sistema na relação do legislativo com o executivo.

Com Moro, o caso é ainda pior, pois quando a Lava Jato começa, estabelece uma parceria com Cunha, Aécio e Globo, como não poderia deixar de ser, produzindo falsas delações e vazamentos sempre feitos um dia antes de cada votação protocolar para chegar ao golpe do impeachment.

Ali já estava caracterizado que a Lava Jato era conduzida por um político de toga, alguém que utilizou a magistratura para galgar os mais altos degraus políticos do país. Sim, porque a ambição política de Moro é muito maior que a de Cunha.

As pessoas minimamente esclarecidas sabem que Moro trabalha incessantemente em busca do cargo máximo que se possa ocupar, o de Presidente da República do Brasil.

A forma rasteira e vulgar com que ele se oferece a Bolsonaro, como um capataz que vai entregar a cabeça de Lula em troca do cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, mostra que Moro, em termos de ganância, é mil vezes pior que Eduardo Cunha.

E é exatamente isso que vem revelando, dia após dia, as publicações do Intercept.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas