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Matéria Opinião

Bolsonaro deve aderir ao fascismo clássico e populista, em nome do ego e da reeleição.

Se houve algo que a pandemia ensinou a Bolsonaro, é que a lógica do pão e circo pode funcionar muito bem, mesmo que o esquema seja um auxílio emergencial e o circo por conta do Planalto. A questão, no momento, é que para manter a popularidade do fascismo, medidas que podem parecer populares são necessárias. Bolsonaro vai renomear o Bolsa Família e ampliar o uso do nome Renda Brasil, com valor superior e atingindo um número maior de pessoas.

Enquanto o Planalto ameaça acabar com o teto de gastos, Rodrigo Maia já fala que a nova CPMF pode gerar recursos para o tal Renda Brasil. Ou seja, o modelo neoliberal radical de Paulo Guedes foi posto de lado e a debandada no ministério da Economia, não foi um sintoma, mas, a consequência do modelo econômico alterado. A situação, nesse momento, é de um Bolsonaro afirmando que haverá o tal Renda Brasil, ainda que não haja previsão da origem dos recursos e os liberais que se virem, ou o Planalto apresenta uma PEC para derrubar o teto de gastos, cujos deputados também desejam.

Já o desastroso editorial da Folha que chama Bolsonaro de Dilma Rousseff, é um sintoma de que o mercado financeiro não só desaprova, mas, ameaça com um impeachment, um presidente com telhado de vidro muito fino. Sinal de que os analistas dão como certa a adesão ao populismo de direita.

A mudança de posição da extrema-direita é um realinhamento que tenta descolar o modelo fascista bananeiro, do modelo eleitoralmente desastroso de Donnald Trump. Bolsonaro, mais por ego, que por empatia de governo, deve ampliar a distribuição direta de renda e surfar na popularidade angariada por medidas aos quais foi contra, mas, obrigado a cumprir, por força de lei do congresso, que é o Auxílio Emergencial da Covid-19.

A adesão ao fascismo clássico, populista, nacionalista, conservador, religioso e de extrema-direita, pode se tornar a maior ameaça à democracia meia boca do Brasil. Talvez, os problemas estejam apenas começando.

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Matéria Política

Em desespero pela perda de popularidade, Bolsonaro usa chapéu de vaqueiro tentando imitar Lula

Não bastasse a tentativa de roubar um trecho da obra de transposição do São Francisco, usar o Bolsa Família com outro nome como se fosse um projeto seu, Bolsonaro, agora, vai para o tudo ou nada e tenta ser a própria imagem de Lula.

É fato que, na eleição de 2018, ele já tentou isso quando meteu na cabeça um chapéu de cangaceiro e não arrumou nada no Nordeste. Agora, que perde a olhos vistos apoio de uma grande parcela da classe média no sul e no Sudeste, Bolsonaro tenta utilizar todos os tipos de artifícios para tentar catapultar sua popularidade através de comportamento mistificador.

O problema é que Bolsonaro tem horror a nordestinos e não consegue esconder isso. Sua enorme dificuldade em lidar com pobre faz dessa estratégia um calvário, mas, fazer o quê? Ele não pode deixar de arreganhar os dentes pra quem ele odeia, já que perdeu a coroa de capim seco presenteado pela maioria do seu gado.

Na realidade, o “presidente” é bom mesmo em milícia, e o Norte e Nordeste não são Rio das Pedras, terra em que Queiroz é patrão e Adriano da Nóbrega, chefe do Estado Maior. Esse é o núcleo de Bolsonaro, milicianos, assassinos de aluguel, traficantes internacionais de armas, e daí para o inferno.

Talvez o que explica esse comportamento nem seja a tentativa de buscar popularidade, mas de desviar a atenção da tragédia sanitária e econômica que o Brasil atravessa por culpa exclusiva de seu governo, já que pipoca para todos os lados uma quebradeira generalizada e, por outro lado, o país perde todos os dias mais de mil brasileiros devorados pela Covid-19, disseminada pelo próprio Bolsonaro.

Ele imagina que, imitando Lula e as políticas do PT, produzirá fatos políticos como cortina de fumaça sobre os crimes da família e a derrocada do país que é o segundo com mais mortes por Covid-19 do planeta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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OCDE sinaliza que não aceitará o Brasil de Bolsonaro

A inabilidade em aprovar as reformas desejadas pela OCDE, o isolamento político e o caos social provocado por Bolsonaro em uma crise pandêmica colocaram a Organização em alerta.

Um dos alvos prioritários da política externa brasileira, a quase sexagenária OCDE – Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – acaba de jogar um balde de água bem gelada nas pretensões do governo de Jair Bolsonaro de promover o ingresso do Brasil como membro pleno no clubão dos 36 países mais ricos do mundo.

Desde o início de seu lamentável governo, o atual presidente vem se prestando ao papel de lambe-botas de seu homólogo estadunidense, entre outras coisas, para obter posições favoráveis de Trump em troca do ingresso na Organização. A pretensão de ingressar na OCDE é um dos marcos da guinada da posição tradicional do Itamaraty a partir do governo Temer, transformando-se em diretriz da Política Externa Brasileira na gestão de Ernesto Araújo.

Pela tese do governo, a entrada atrairia capital estrangeiro ao adotar um rígido programa de liberalização comercial, por meio de uma política agressiva de privatizações, bem como da desregulação econômica e da flexibilização da proteção social, ainda que essa estratégia coloque o Brasil de joelhos diante da OCDE, sobretudo porque há maior rigidez nas determinações aos países em desenvolvimento.

O processo de adesão implica uma rigorosa revisão das práticas e das políticas públicas nacionais de acordo com os mais de 100 parâmetros da Organização. Na prática, traduz-se por uma ingerência direta dos países ricos que compõem a OCDE nos assuntos internos exclusivamente estatais, em áreas como saúde, educação, ciência e tecnologia, governança corporativa, meio ambiente, agricultura, pesca, produtos químicos, seguros e previdência, desenvolvimento territorial, entre tantas outras.

Ademais, a Organização historicamente tem sido promotora dos interesses do capital privado. No final dos anos 90, por exemplo, buscou implantar sem sucesso um indecoroso “Acordo Multilateral de Investimentos” – AMI que visava deslocar litígios para cortes internacionais, evitando assim que empresas transnacionais fossem obrigadas a se submeterem aos tribunais estatais dos países hospedeiros de investimentos.

Portanto, o congelamento do teto dos gastos públicos e as reformas estruturais liberalizantes de Paulo Guedes que beneficiam o sistema financeiro e o capital privado estão indiscutivelmente em sintonia com a lógica da Organização, razão do otimismo brasileiro anunciado pelo governo Bolsonaro em janeiro, quando recebeu o tímido apoio dos Estados Unidos.

Desde então, o governo Bolsonaro está em franco e acelerado declínio. A inabilidade em aprovar as reformas desejadas pela OCDE, o isolamento político e o caos social provocado por Bolsonaro em uma crise pandêmica colocaram a Organização em alerta.

Recentemente, Drago Kos, atual chefe do grupo de trabalho anticorrupção da entidade afirmou que o Brasil deverá explicar os motivos do desembarque de Sergio Moro, vendo enorme preocupação na ingerência de Bolsonaro na polícia federal. A Organização solicitou também ao governo que adotasse as medidas corretas de confinamento para conter a crise do coronavírus.

O OECD Economic Survey of Brazil 2020 é um documento prévio do grupo que relata as condições do Brasil para que os membros analisem seu pedido de ingresso. O relatório secreto vazou para imprensa, revelando seríssimas críticas ao governo em relação à proteção da Amazônia, à fragilização das estruturas anticorrupção, a previsão de convulsões sociais como as que ocorreram no Chile e a até indica um fortalecimento do bolsa família, como critério indispensável de combate à pobreza. Sinais claros que a Organização está longe de avalizar os desmandos do governo, aceitando o ingresso do Brasil.

Quando o ingresso do Brasil for oficialmente rejeitado pela OCDE, será a maior das derrotas do atual governo nas relações internacionais. Não é por acaso que ex-chanceleres brasileiros, de variadas posições no espectro político, denominaram a atuação do Ministério das Relações Exteriores sob a batuta do olavista Ernesto Araújo de “diplomacia da vergonha”. Até a Organização busca afastar sua imagem do governo brasileiro por estar ruborizada diante de tanto desmando.

 

 

*Larissa Ramina, Gisele Ricobom e Carol Proner/GGN

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Socorro aos bancos é 11 vezes maior que à população mais pobre

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o governo distribuirá cupons, no valor médio de R$ 191, a pessoas sem assistência social e à população que desistiu de procurar emprego. O pagamento será feito por três meses e totalizará uma despesa de R$ 15 bilhões.

Também nesta quarta-feira, o Banco Central (BC) anunciou que passará a comprar títulos soberanos do Brasil denominados em dólar (global bonds) das instituições financeiras nacionais. A operação é com compromisso de revenda (repo). O estoque desses títulos é de US$ 31 bilhões (R$ 161 bilhões).

Essa é a primeira vez desde 2008, época da crise financeira internacional do subprime, que o BC faz esse tipo de operação. A operação aumenta a liquidez no mercado no atual momento de crise agravado pela pandemia da Covid-19.

Em nota, o BC informou que os títulos serão comprados com desconto de 10% em relação aos preços de mercado. “A medida entra em vigor nesta data (18/3), e visa a garantir o bom funcionamento dos mercados”.

Os cupons para os mais vulneráveis – os pobres, não os bancos – terão valor equivalente ao do Bolsa Família (de R$ 89 a R$ 205 por mês) e poderão ser retirados por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, desde que o beneficiário não receba nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O ministro da Economia explicou que os R$ 15 bilhões virão do espaço fiscal a ser aberto no Orçamento Geral da União pelo decreto de estado de calamidade pública, que elimina a necessidade de cumprimento da meta fiscal de déficit primário de R$ 124,1 bilhões pelo governo federal neste ano.

Ele declarou que a aprovação pelo Congresso do decreto é essencial para evitar um contingenciamento (bloqueio) de verbas nos próximos dias, que poderia chegar a R$ 40 bilhões num cenário de crise econômica. Guedes prometeu anunciar novas medidas de contenção dos impactos da crise a cada 48 horas.

 

*Do Monitor Mercantil

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Bolsonaro se transforma no maior aliado do coronavírus contra o Brasil

Depois de convocar manifestações contra o Congresso e o STF e participar delas, colocando em risco a vida de milhares de brasileiros, Bolsonaro dobra a aposta no caos, mostrando que o coronavírus tem um aliado leal.

No Brasil já são 914 pessoas infectadas, 11 mortes e Bolsonaro usa coletiva para chamar o coronavírus de gripezinha.

Bolsonaro, em coletiva nesta sexta-feira (20): “depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”.

Marcelo Freixo, em seu twitter, avisa: “Acabei de participar de uma reunião dos deputados federais do Rio com o governador Wilson Witzel para falar de medidas emergenciais no Congresso para ajudar o estado. NENHUM deputado bolsonarista compareceu. Estão se inspirando no péssimo exemplo do presidente”.

Prefeito de Niterói pede ao governo do estado suspensão total da operação das barcas.

Mas o delinquente do planalto, que se diz patriota, acha que todas essas medidas de contenção do fluxo de pessoas são exageradas e quer que prefeitos e governadores obedeçam ao “libera geral” que ele martela sem parar.

Até o genocida governador do Rio, Wilson Witzel, avisa em seu twitter: “Uma das ações que vamos tomar em auxílio à população será a distribuição de cestas básicas. Estamos conversando com a Associação de Supermercados do RJ para encontrar uma forma de distribuição, sem oferecer riscos de contágio às pessoas”.

Numa crueldade sem limites, Bolsonaro, em plena pandemia do coronavírus, corta Bolsa Família de 158 mil famílias carentes, sendo mais de 60% de nordestinos.

O valor médio do Bolsa Família de R$191,86 para 158 mil famílias dá em torno de R$ 30 milhões; enquanto isso, Bolsonaro vai dar R$10 bilhões para os planos de saúde.

Para piorar, o clã Bolsonaro cria a mais séria crise diplomática com a China, que pode render uma retaliação que pode detonar de vez a economia brasileira.

Até Malafaia, o mais vigarista dos charlatães, avisou que vai suspender seus cultos por causa da pandemia.

Número de infectados no Brasil cresce 45% em um dia. O isolamento é a única defesa.

Mas Bolsonaro quer indústria, comércio e transportes funcionando normalmente e as pessoas circulando livremente para fazer compras para não afetar a economia.

Por isso, Bolsonaro foi objeto de um panelaço em praticamente todas as capitais do país, por se aliar à pandemia do coronavírus que atinge em cheio o Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em plena pandemia Bolsonaro, por vingança eleitoral, corta Bolsa Família de milhares de nordestinos

Bolsonaro corta 158 mil do Bolsa Família em meio à pandemia do covid-19; 61% são do Nordeste.

Ao contrário da promessa de ampliar o programa em meio à crise social gerada pela doença covid-19, o governo federal fez um corte de 158.452 bolsas.

O Nordeste voltou a ser a região mais afetada pela vingança de Bolsonaro.

Dos 158,4 mil benefícios a menos em março, 96.861 (ou 61,1% do total) foram retirados justamente da região que responde por metade dos benefícios totais do país.

Em janeiro, das famílias que ingressaram no programa, apenas 3% eram do Nordeste, o que gerou uma série de críticas.

O número de beneficiários é o menor do governo Jair Bolsonaro e o menor desde maio de 2017, quando o Bolsa Família teve o maior corte da história do programa — 543 mil bolsas foram retiradas.

Bolsonaro e o aumento da miséria

Enquanto bancos apresentaram recorde de lucros, o doutor em Economia Social e pesquisador do Bolsa Família, Cícero Péricles de Carvalho, diz estar surpreso com a folha de março e com a explicação dada pelo ministério, já que o momento exigiria uma rápida ação para aumentar a renda das famílias pobres.

“Impressiona que, num momento em que todos os países afetados pela epidemia estão ampliando suas políticas sociais como forma de enfrentar os impactos da crise nos setores mais pobres da população, o governo brasileiro reduza a cobertura no seu mais eficiente programa de combate à pobreza”.

 

*Da redação

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A doce ilusão da Globo em acreditar que, não falar de Lula, tira dele a condição de maior liderança do país

A Globo, não se enganem, está de prontidão política, muito mais para vigiar Lula do que Bolsonaro.

Mas como esconder Lula se nesta segunda-feira mesmo, a única coisa que Guedes falou que presta para combater o coronavírus é ampliar os beneficiados do programa Bolsa Família criado por Lula? Porque Bolsonaro excluiu 1 milhão de famílias do programa e, agora, teve que voltar atrás.

Lula é a mosca que posou na sopa da Globo e ela nunca conseguiu tirar.

Teria a 5ª derrota eleitoral consecutiva para Lula, possivelmente a mais acachapante, se não desse ordens para Moro, o capanga da milícia, prendê-lo para tirá-lo do páreo.

Como desaparecer com Lula se o que ainda não foi destruído por Temer e Bolsonaro e que sustenta o país, do ponto de vista econômico e social, tem as digitais de Lula?

Isso é jogar farinha no fantasma.

Todo mundo vê a imagem de Lula cada dia mais forte com a tragédia chamada Bolsonaro, criado e nutrido pelo ódio da Globo e afins.

As UPAS, o maior investimento em pesquisa, o pré-sal, o Luz Para Todos, o Bolsa Família, as reservas internacionais e por aí vai.

O programa Mais Médicos de Dilma que agora o governo Bolsonaro corre desesperado atrás, principalmente dos médicos cubanos, para perder de menos para o coronavírus, é outra lambada da realidade que a mídia finge não saber como é importante agora.

O país nunca precisou tanto de Lula como agora e a Globo sabe disso. Ninguém, senão Lula, seria capaz de um feito de tal envergadura que trataria com urgência medidas positivamente discriminatórias que são a única forma de refazer um balanço mais digno com políticas compensatórias que, certamente, não vão corrigir injustiças seculares, mas que não vão excluir ou separar uma parcela segregada da sociedade, porque cientificamente está comprovado que não há como o país se salvar do coronavírus se, junto, não salvar os pobres.

E todos sabem que não há ninguém capaz de cumprir essa missão, senão Lula.

Está aí a sinuca de bico em que se encontra a Globo e a escória do dinheiro que patrocinou a campanha infame e a condenação de lula, porque todos já entenderam que o coronavírus não escolhe idade, cor, gênero, condição financeira e social e, muito menos baronatos midiáticos.

Nesta segunda-feira, o tucano Armínio Fraga, em entrevista com Miriam Leitão, sem citar Lula, lógico, até porque é proibido na Globo, disse uma frase que representa o pensamento de Lula, “O Brasil só caminhará para um desenvolvimento sustentável se incluir os pobres no orçamento”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Governo Bolsonaro decreta apoio à corrupção ao descumprir uma das leis mais importantes de combate a esse crime

O Ministério da Cidadania do Governo Jair Bolsonaro ignorou que determina a Lei de Acesso à Informação (LAI) e não respondeu a um pedido realizado pela reportagem referente ao programa Bolsa Família.

No dia 29 de janeiro, o EL PAÍS questionou, via LAI, qual o número de famílias aptas a receber o Bolsa Família no mês de dezembro, mas que ainda não haviam sido contempladas. Passado o primeiro prazo para reposta, o órgão afirmou necessitar de mais tempo, devido à “complexidade para obter informação”, prorrogando para o dia 28 de fevereiro a nova data para resposta. Mas, ao atingir novamente o prazo, o Sistema de Acesso à Informação informou que o pedido “ainda não teve resposta registrada no sistema”, sem nenhuma justificativa para a ausência de resposta. A reportagem entrou com recurso.

Procurada, a assessoria de imprensa do ministério informou, por meio de nota, que “em respeito ao princípio constitucional da transparência e para que a sociedade seja informada por números oficiais, o ministério da Cidadania esclarece que os dados estão em processo de consolidação e logo serão divulgados”. Mas não deu novo prazo.

Desde ao menos o início deste ano, a gestão Bolsonaro não explica o tamanho real da fila do Bolsa Família. Questionado, o ministério da Cidadania limitou-se a informar uma “média” para o ano passado, em torno de 494.000 famílias. Mas cálculos realizados pelo EL PAÍS apontaram para ao menos 1,7 milhão de famílias à espera, no mês de dezembro do ano passado.

A forma para receber o benefício é se cadastrando no Cadastro Único e obedecendo aos critérios determinados pelo programa, como ter filhos matriculados e com frequência escolar, e não ultrapassar a renda de 178 reais per capita. A partir do cadastro, é feito um pente fino na quantidade de famílias aptas a receber o programa que é então concedido. A média de espera para uma resposta ao beneficiário girava em torno de 45 dias. Mas a reportagem mostrou que desde maio do ano passado há uma fila represada de famílias à espera do programa, que aumenta a cada mês.

Em dezembro de 2019, o Bolsa Família beneficiou 13 milhões de famílias, 1 milhão a menos que no mesmo período de 2018. A crise na gestão do programa levou o presidente a mudar o comando da pasta, tirando Osmar Terra, que estava no ministério desde a gestão Temer, e levando Onyx Lorenzoni para o comando.

 

*Marina Rossi/El País

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Bolsonaro sabia da falta de verba para Bolsa Família e Guedes e Onyx negaram repasses

Há exatamente um ano o Ministério da Cidadania vinha solicitando recursos para que não fosse formada a fila do programa, o que foi negado.

Bolsonaro sabia que faltariam verbas para o Bolsa Família. Somente no ano passado, pelo menos em cinco momentos, o Ministério da Cidadania pediu mais dinheiro para que não formasse a fila para o programa. Mas Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, então chefe da Casa Civil e hoje ministro da Cidadania, negaram.

Sem essa liberação, o governo de Jair Bolsonaro “praticamente suspendeu a liberação de novos benefícios, desde junho do ano passado”. A informação foi obtida pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e divulgada pela Folha de S.Paulo. Foi a partir daí que a fila de espera para entrar no programa começou a se formar, atingindo hoje mais de 1 milhão de famílias.

Ivan Valente conseguiu acesso a documentos internos que mostram que Bolsonaro já havia sido alertado da situação exatamente um ano atrás, por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em fevereiro de 2019, a pasta que cuida do Bolsa Família pediu R$ 3,7 bilhões para o programa, sendo 2,5 bilhões destes para a 13ª parcela. O governo não concedeu a quantia adicional que impediria uma fila, e somente atendeu ao pagamento da 13ª parte.

Os documentos indicados pelo jornal mostram análises de técnicos que constataram que no início do ano passado, antes da gestão de Jair Bolsonaro, o programa Bolsa Família tinha “alto grau de eficiência”, destacou a notícia, atendendo a dois preceitos: o de pente-fino e a fila zero, sendo que 98% do dinheiro liberado às famílias era realmente utilizado para a motivação do programa.

Cinco meses depois, o Ministério da Cidadania fez outro pedido, de R$ 1,9 bilhão. “A situação fiscal atual do país não permitir ampliação de gasto”, foi a resposta da Junta Orçamentária, então formada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e Onyx.

Assim, três meses depois, em outubro, a fila de espera do programa já estava atingindo 1 milhão de famílias e um documento técnico alertava que esse número continuaria crescendo caso não fosse feito nada. O grupo recomendou a liberação parcial de novos benefícios, de somente R$ 784,9 milhões, o que também foi negado.

À Folha, o Ministério da Economia respondeu que o Orçamento do ano passado tinha outros gastos e que era preciso fazer escolhas. “As projeções apontavam para falta de recursos tanto para a retomada da política da fila zerada quanto para o fechamento do orçamento de 2019 sem concessões”, respondeu.

Em dezembro, houve um novo pedido de verba: R$ 412,7 milhões. Mas não para diminuir a fila, e sim para cumprir com o pagamento de quem já estava no programa. Estes recursos foram cobertos por economias do Orçamento da Previdência.

 

 

*Com informações do GGN

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Bancos distribuem 52 bi em dividendos a seus acionistas em 2019. 26% maior que o valor de 2018

Isso aqui é um enredo pronto para quem pretende escancarar o motivo do golpe contra Dilma, a prisão de Lula e a vitória e manutenção de Bolsonaro no poder.

Obs: capital improdutivo isento de imposto de renda.

Lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas não são taxados no Brasil.

O Bolsa Família custa R$ 30 bilhões e atende 50 milhões de pessoas.

A complementação da União ao Fundeb é de R$ 15 bilhões e chega às escolas de regiões mais pobres.

Orçamento de todo ministério da ciência e tecnologia é de R$ 11,7 bilhões.

Atualmente, a fatia da população de menor renda paga 26,7% do que ganha em impostos sobre o consumo, enquanto os mais ricos apenas 10,1%.

Quer outra aberração?

Altos funcionários públicos, especialmente do judiciário, recebem inúmeros penduricalhos (auxílios, bolsas e afins ), como isso é caracterizado como “benefício”, nada é tributado.

Dois absurdos, recebem acima do teto e com penduricalhos isentos.

Bradesco aumentou a distribuição de dividendos no ano passado.

O payout bruto do banco foi de 73,9%, ante 40,3% em 2018.

O salto ocorreu por causa de um “superdividendo” de R$ 8 bilhões.

O banco creditou a bolada às perspectivas frustradas com a economia brasileira no ano passado.

Enquanto a economia respira por aparelhos, tem pobre defendendo banco de rico que não paga nada.

Soma-se a isso incluindo o Brasil

Matéria da The Economist traduzida, que traz um ótimo compilado com estudos recentes que mostram as acrobacias financeiras das empresas mundo afora.

Por exemplo, 40% dos investimentos diretos estrangeiros são fantasmas, feitos através de empresas fachada.

Mas o mercado, segundo o colunismo da Globo, é bonzinho e vai nos salvar.

 

*Da redação