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Bolsonaro, pai de Flávio e patrão do Queiroz, ironiza Glenn: Você não acredita na Justiça?

“Quem denunciou foi a Justiça. Você não acredita na Justiça? Diz o burro do Bolsonaro ironizando Glenn. Já que ele foi denunciado pelo MP e não pela justiça.

Bolsonaro é aquele senhor da casa 58 do condomínio Vivendas da Barra que mandou Moro dar uma prensa no porteiro para que mudasse o depoimento de que o assassino de Marielle, para entrar no mesmo condomínio dele e de Carlos Bolsonaro. O porteiro disse, em seu primeiro depoimento, que ouviu a voz do seu Jair duas vezes liberando a entrada do comparsa de Ronnie Lessa que morava a 50 metros de sua casa, mas que Bolsonaro diz não saber de quem se trata.

Deve ser o único miliciano da face da terra que ele não conhece, justo o seu vizinho que também é traficante internacional de armas.

Mas Bolsonaro acha mesmo que tem o direito de ironizar Glenn, o mesmo Bolsonaro, marido da Michelle que recebeu do miliciano Queiroz cheque de 25 mil.

O mesmo Bolsonaro que atacou o MPF do Rio por investigar seu filho Flávio pelo aumento relâmpago e gigantesco de patrimônio “vendendo chocolate”.

O mesmo Bolsonaro que desmontou o COAF para tentar destruir as provas dos rolos de Queiroz e Flávio que chegariam certamente na casa 58 do Vivendas da Barra.

O mesmo Bolsonaro que, em conluio com Moro, mandou prender Lula para chegar à Presidência da República e Moro ao Ministério da Justiça.

O mesmo Bolsonaro que é patrão do mais novo vigarista famoso do Brasil, Fabio Wajngarten da Secom.

Não se vai enumerar aqui as trapaças de Bolsonaro, o picareta que colocou na sua folha de pagamento como assessora parlamentar a laranja Wal do açaí.

Se fosse para listar 10% do que aprontou como parlamentar e presidente, com certeza, passaria dias metendo o dedo no teclado, que seria gasto, para denunciar um picareta que até o mundo mineral sabe o que já fez.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ibope e Moro mostram uma corrosão acelerada e irreversível do governo Bolsonaro

Ibope: nível de aprovação de Bolsonaro despenca sendo um dos piores da história republicana. Ele só consegue mais de 30% de endosso em 4 estados e no DF; não atinge nem 20% de apoio em 14 estados da federação. Isso foi medido antes da nova safra de escândalos da semana passada. (Saul Leblon – Carta Maior).

No Roda Viva, Moro, além de sua propaganda pessoal, não defendeu hora nenhuma o governo indefensável do qual é parte.

Ao contrário, em determinado momento, ele se nega a comentar as atitudes de Bolsonaro dizendo que não estava ali no Roda Viva para falar de Bolsonaro.

O próprio Moro, uma da “estrelas” do governo, mesmo num programa em que Felipe Moura Brasil se comportou como o Helio Negão do ex-herói, na defensiva e fugitivo.

Não respondeu a nenhuma pergunta desconfortável sobre seu comportamento e, muito menos sobre Bolsonaro.

Lógico que a velha e ridícula tática de usar robôs no twitter para promover gente do governo, entrou em ação como “Moro, o herói nacional”. Mas Moro teve que responder sobre a vida real no governo cravejado de derrotas como as do pacote anticrime, a perda do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central e a aprovação das Leis de Abuso de Autoridade e do Juiz de Garantias, ambas criticadas por Moro.

Isso mostra porque a aprovação do governo vem despencando, como revelou o Ibope.

Não será Regina Duarte que vai conseguir reverter ou mesmo estancar a sangria na imagem de um governo que não governa, apenas desmonta o país para entregá-lo nas mãos da ganância predadora do mercado.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Auditoria desmascara mentira criminosa de Bolsonaro: não houve irregularidade nenhuma no BNDES

Como mentira não tem segundo capítulo, não tem como ir adiante e uma hora o mentiroso é desmascarado. Abriu a caixa-preta e nada encontrou.

Bolsonaro, sabendo que era mentira que contava a seu gado premiado, martelou dois anos de campanha de desmoralização do BNDES para atingir o PT.

Bolsonaro atacou o banco público fundamental ao desenvolvimento econômico do país porque não tem compromisso nenhum com a coisa pública e, muito menos com o desenvolvimento do setor privado.

Agora, auditoria contratada pelo próprio governo Bolsonaro conclui: nunca houve qualquer irregularidade no banco.

Ou seja, o governo Bolsonaro desmascara a mentira do próprio Bolsonaro.

Foram 10 meses de investigação.

O BNDES divulgou, no fim de dezembro, um relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018, todas alvos de mentira e difamação de Bolsonaro e seu grupo -informa o jornalista Patrik Camporez, de O Estado de S.Paulo.

A auditoria, sob responsabilidade do escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, foi realizada em regime de subcontratação pelo Levy & Salomão.

Os investigadores concluíram que as decisões do banco foram tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco.

“Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado”, diz trecho do relatório.

A “abertura da caixa-preta” foi a principal missão conferidas por Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy e foi demitido exatamente por afirmar que não havia irregularidades no banco.

A “caixa-preta do BNDES” foi um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro. Ele e seu grupo diziam que seria o maior escândalo da história do país.

Agora nem ele nem outro vigarista de seu bando, dão explicações sobre essa mentira criminosa.

 

*Com informações do Estado de São Paulo

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A Cara da Impunidade

No Brasil, o ódio cresce a olhos vistos. As relações entre pastores evangélicos, policiais e milícias ficam cada vez mais evidentes.

As instituições, assim como a mídia, seguem fazendo cálculos econômicos da situação do país e, enquanto Bolsonaro mantiver esse modelo em que os recursos públicos e as reformas são destinados a beneficiar a elite econômica do país, sua impunidade estará garantida.

Se por um lado, entende-se que Bolsonaro não é causa e sim consequência de uma elite econômica do setor público e privado, por outro, não se tem a mais vaga ideia de qual o tamanho desse buraco e o quanto o comando desse sistema fascista, que tem como brasão a suástica neoliberal, está disposto a se aprofundar.

Há uma nítida falência institucional no Brasil, porque todo o sistema dentro do Estado está rendido e cooptado pela lógica do grande capital, por isso a prioridade de Bolsonaro é alimentar as grandes corporações. O resto, o resíduo, a sobra e as migalhas são destinados ao restante da sociedade.

Grosso modo, essa é a cartilha que Paulo Guedes apresentou a Bolsonaro para que o fantoche se mantenha de pé, blindado em casos escabrosos como o de Queiroz, o assassinato de Marielle e os esquemas cotidianos de corrupção revelados até pela mídia subalternizada pelo mercado dentro do governo.

O último e talvez o mais perigoso seja o da Secom, porque se parece muito com a máquina de propaganda nazista que usava os recursos públicos para fortalecer a imagem de Hitler, ao mesmo tempo em que se envolvia em pesados esquemas de corrupção.

Fica difícil afirmar aonde fica o rabo e o focinho desse monstro que a elite criou para entregar não só a cabeça dos trabalhadores na bandeja, segregar ainda mais os pobres e miseráveis, mas entregar as riquezas naturais, que são patrimônio do povo, a corporações transnacionais, seja em terras indígenas, como prepara Bolsonaro um novo ataque a terras demarcadas, seja tirando da Petrobras o direito de ter a preferência nos leilões do pré-sal.

Daí a impunidade de Bolsonaro, daí a percepção da sociedade de que o Brasil, do ponto de vista institucional, está à deriva, imóvel, sem mostrar qualquer sombra de reação contra o que assistimos e que tem apavorado cada vez mais o mundo.

Mas parece que a embriaguez é tanta, inclusive dos generais que o rodeiam, pela certeza da impunidade, que esse totalitarismo, que envolve corrupção e crimes, não se intimida nem com o isolamento internacional do Brasil que cresce a olhos vistos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O esquema de corrupção da Secom de Bolsonaro é muito mais escandaloso

Agência com mais verbas do Planalto é também cliente de Wajngarten.

O escândalo em torno da Secom, cujo secretário Fábio Wajngarten foi flagrado num esquema de conflito de interesses por pagar veículos de comunicação, como Band e Record, e também ser remunerado por eles, ganhou novo elemento nesta segunda-feira.

A agência publicidade que mais recebe recursos da Secom, a Artplan, também é cliente da FW, empresa do secretário.

Sob o comando de Wajngarten, a agência recebeu da secretaria R$ 70 milhões entre 12 de abril e 31 de dezembro de 2019, 36% mais do que o pago no mesmo período do ano anterior (R$ 51,5 milhões), aponta reportagem de Fábio Fabrini e Júlio Wiziack, publicada na Folha de S. Paulo.

A despeito do evidente conflito de interesses, Bolsonaro já sinalizou que não pretende demitir o secretário que o aproximou da comunidade judaica paulista, durante a campanha presidencial de 2018.

 

 

*Com informações do Brasil 247

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”O fantasma do nazismo assombra o Brasil de Bolsonaro”, diz Le Monde

O jornal repercute a reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelando que Henrique Araújo, pai do chanceler Ernesto Araújo, contribuiu para impedir a extradição de Gustav Franz Wagner, criminoso nazista, nos anos 70, em plena ditadura militar.

O ex-comandante do campo de exterminação de Sobibor, na Polônia, conseguiu fugir da Europa no final da Segunda Guerra Mundial, como vários outros integrantes da SS, a polícia de Hitler. Depois de uma passagem pela Síria, ele chegou ao Brasil, onde adquiriu uma propriedade no Estado de São Paulo e tentou apagar seu passado.

Nascido em Viena, em 1911, austríaco como o führer, Wagner aderiu ao partido nazista nos 20 anos e era conhecido pela sua eficácia no uso do monóxido de carbono, utilizado para assassinar os judeus e outros prisioneiros do campo de concentração nas câmaras de gás. Conhecido pela sua crueldade, ele chegou a atirar em um recém-nascido nos braços de sua mãe, lembrou o Le Monde.

Franz Wagner foi desmascarado em 1978 pelo “caçador de nazistas” Simon Wiesenthal, que assegurou ter reconhecido o ex-oficial da SS em uma festa em um hotel de Itatiaia (RJ) para festejar o aniversário de Hitler. Wagner, com medo de ser pego pelo Mossad, o serviço secreto israelense, se entregou sozinho à polícia brasileira.

Mas os pedidos de extradição formulados por Israel, pela Polônia e pela Áustria foram recusados pelo general Henrique Araújo, procurador-geral da época. O pai do atual chanceler, lembra o Le Monde, disse não ao estado Hebreu, argumentando que Israel não existia no momento dos crimes. Para a Polônia e Áustria, ele argumenta que houve prescrição dos crimes de homicídio.

Suicídio?

Henrique Araújo se recusou a qualificar os atos de Wagner como crimes contra a humanidade. Os juízes da Suprema Corte recusaram a extradição e, no dia 3 de outubro de 1980, Gustav Wagner foi encontrado morto, com uma facada no peito. A suspeita é que ele tenha se suicidado.

O general, conhecido por apoiar a censura, teve um papel importante mas “não definitivo” na proteção do criminoso, acredita Bruno Leal, professor de História Contemporânea da Universidade de Brasília ouvido pelo Le Monde, que ouviu vários especialistas sobre o assunto.

Segundo ele, apesar da “falta de vontade e de sensibilidade, sua análise foi tecnicamente correta do ponto de vista legal na época”, diz. Serge Klarsfeld, historiador e advogado, ressaltou que na época os pedidos de extradição, feitos para os governos da América Latina, eram na maior parte do tempo recusados.

A autora do livro “Les Amnésiques” (Aqueles que esqueceram, em tradução livre), Géraldine Schwarz, lembra que “os regimes militares na América Latina foram complacentes com os criminosos nazistas e isso não é um mistério. Mas em uma época em que o Brasil parece perder a memória, é sempre útil lembrar disso”, declara. Para o historiador Michel Gherman, “o discurso de alguns membros do atual governo lembra um alinhamento ideológico com certas ideias obscuras dos anos 30 no Brasil.”

A Folha de S. Paulo, ressalta o Le Monde, lembrou que o chanceler Ernesto Araújo qualificou, em 2017, o regime nazista de nacional-socialista e de “esquerda”, e elogiou seu “sentimento nacional autêntico”. O jornal francês também destacou que, em 2012, durante um programa de TV, Bolsonaro admitiu considerar Hitler como um grande estrategista, comparando o Holocausto ao genocídio provocado pelo desvio de verbas no Brasil dedicadas à saúde. O então deputado deixou entender que os judeus seriam de qualquer forma, mortos de fome e de frio.

 

 

*Publicado originalmente em rfi.fr/brasil/Via Carta Capital

Créditos da foto: O jornal Le Monde repercute o impedimento da extradição do nazista Gustav Franz (foto) nos anos 70 (Fotomontagem RFI/wikipédia Gustave Wagner)

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Domínio da fé e da política: o projeto de poder dos líderes evangélicos no Brasil

Sucesso de candidatos ligados à Igreja não se deve somente ao aumento do número de fiéis na sociedade brasileira.

São quase sete e meia da noite em uma das unidades da Igreja Pentecostal Deus é Amor, na região central de São Paulo. Depois de uma chuva intensa, os fiéis demoram a chegar. Enquanto o culto não começa e os irmãos não chegam, Serafina Ribeiro, de 36 anos, anda de um lado para o outro, colocando as coisas nos lugares, passando um pano úmido no chão, limpando os ventiladores e sorrindo para quem adentra ao espaço.

Empregada doméstica, ela está ali há quatro anos, desde que passou por um processo de depressão depois da morte da mãe, na Bahia, enquanto Serafina vivia em São Paulo – chegou na capital paulista acompanhada de sua patroa, com quem sempre morou. Na Igreja, sentiu o “amor de Deus”, parou de sentir angústia e se sente “curada”.

Serafina é o rosto evangélico brasileiro: mulher, negra e de baixa renda. Na Igreja relativamente pequena, se comparada ao Templo Salomão da Igreja Universal, a maioria ali presente confirmou o que levantaram os dados de uma pesquisa de janeiro de 2020, do Instituto Datafolha: um rosto feminino, negro, que ganha até dois salários mínimos por mês e tem apenas o ensino médio completo é rosto da religião evangélica hoje.

Bem diferente, no entanto, é o perfil dos líderes evangélicos que decidem atuar na esfera política, seja nos bastidores ou sob os holofotes.

Um exemplo é o pastor Edir Macedo. Líder da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada no terreno de uma antiga funerária, em 1977, no Rio de Janeiro, ele tem uma fortuna declarada de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo a Revista Forbes. Ele foi um dos apoiadores da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018. Resultado: cerca de 70% dos evangélicos declararam voto no candidato abençoado da extrema-direita.

A presença de evangélicos na política não é de hoje, mas cresce de forma exponencial. De 1982 para cá, o número de parlamentares declaradamente evangélicos passou de 12 para 90, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). A mudança se explica parcialmente pelo aumento vultoso da população evangélica no Brasil, que, no mesmo período, passou de 7,8 milhões para 26,2 milhões. Mas não é só isso.

Um projeto de poder

Especialistas e evangélicos ouvidos pelo Brasil de Fato explicam que o avanço dos evangélicos sobre na política responde a um projeto de poder, instigado pelos líderes religiosos e em aliança com a direita brasileira.

“Com o crescimento dos evangélicos, muitos mais se apresentarão para a política partidária. Isso é natural e esperado. Com a Universal, no entanto, isso mudou”, afirma o pastor Ariovaldo Ramos, de 64 anos, líder da Comunidade Cristã Renovada e um dos coordenadores nacionais da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, formada em 2016. Para ele, a igreja de Edir Macedo se transformou em uma “agência política”, com uma lógica de lógica de ascensão ao poder.

Em 2008, o pastor Edir Macedo publicou o livro “Plano de Poder”, citando Maquiavel, apresentando Deus como um estadista e Adão e Eva como elementos de um estado de natureza ou de selvageria. “Os cristãos precisam despertar ao toque da alvorada. (…) A emancipação começa com o amadurecimento individual, o inconformismo com certas situações, o consenso em um ideal e a mobilização geral.”

Dez anos depois, nas eleições de 2018, o plano de poder estava em pleno andamento: foram os pastores, apoiados por candidatos da direita, que levaram parte da população brasileira para as ruas, defende o pastor Ariovaldo Ramos. Aqueles que melhor souberam surfar a onda do crescimento dos evangélicos foram as siglas de direita e extrema direita.

“É a religião que mais cresce no Brasil e na América Latina e que se cola muito bem a esse projeto de direita que passa pela questão moral e pelo conservadorismo”, afirma Andrea Dip, jornalista e autora do livro “Em nome de quem?: A bancada evangélica e seu projeto de poder”.

Como parte da apuração para o livro, em 2015, Dip foi assistir a um culto evangélico no Congresso Nacional, quando Dilma Rousseff (PT) ainda era presidente. “Até então não sabia que ocorriam cultos evangélicos nesse espaço. O Eduardo Cunha estava lá orando, com a Bíblia na mão. Ali eu percebi que havia um projeto de poder se desenvolvendo.” Entre os valores evangélicos e os da direita, nasceu a esteira necessária para o desenvolvimento desse projeto de poder.

O pastor Ariovaldo Ramos relata a participação de evangélicos na política partidária desde o fim da ditadura militar. As Igrejas Evangélicas, no entanto, tendiam a se manter distantes da lógica partidária. “Nunca passou pela lógica evangélica assumir o poder, influenciar na política. Até porque a fé protestante é a que mais atuou na construção do Estado laico, justamente porque é um cristianismo tardio, que vai ser perseguido, na Cortina de Ferro e, depois, no mundo islâmico”, afirma.

A lógica, entretanto, passou a entender que “era preciso estar no poder para garantir o avanço da fé, principalmente por causa das perseguições”. Com a chegada da Teologia da Prosperidade, explica Ramos, a mudança seria inevitável. Agora, “se você foi eleito por Deus, você tem prosperidade econômica. Aí virou a coluna que você vê na mensagem da Universal e de todas as neopentecostais. Isso é o ovo da serpente, criou um ambiente que nós temos hoje”.

Por que o número de evangélicos cresce tanto?

De acordo com Marcos Fernandes, doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, para entender o que levou o número de evangélicos a aumentar tanto, é necessário estudar as mudanças ocorridas na sociedade brasileira nas três últimas décadas ligadas à precarização da vida da classe trabalhadora.

“Diante disso, o que as igrejas oferecem para as pessoas? Primeiro, a possibilidade de pertencer a uma comunidade. As Igrejas funcionam como um centro cultural nas periferias. Se um jovem quer aprender a tocar algum instrumento, por exemplo, vai para a Igreja Universal do Reino de Deus”, que, atualmente, têm cerca de 15 programas sociais destinados aos fiéis. De acordo com dados oficiais da Igreja, de 2018, cerca de 10,8 milhões de pessoas foram alcançadas por esses programas.

Outra constatação listada pelo pesquisador é o acolhimento emocional que esses espaços promovem. De acordo com um estudo feito pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), em 2017, os transtornos mentais estão entre as maiores causas de afastamento do trabalho.

“Onde esses trabalhadores vão procurar alívio? Na Igreja. E, de fato, elas melhoram de depressão, ansiedade. Quem cura o alcoolismo hoje nas classes populares são as Igrejas”, afirma Fernandes. Da mesma maneira, “é onde vão achar também um alívio material, mesmo que seja uma cesta básica alimentar no fim do mês”.

Para Fernandes, as instituições religiosas evangélicas acabam, desse modo, por organizar a vida em sociedade, principalmente em espaços onde o Estado não chega, como nas periferias.

“A mulher negra que está na periferia não tem acesso à cultura, saúde e educação. Aí a Igreja traz saúde, cultura e educação.

Ao passo que a religião evangélica se expande pelo país, o catolicismo perde espaço.

Ainda de acordo com o Datafolha, os católicos ainda são 50% da população, mas em 1980 eram 90%. A diferença, segundo Fernandes, se explica pela melhor penetração das igrejas evangélicas entre a classe trabalhadora, com um discurso e um formato mais próximo da realidade do que a Igreja Católica.

Para se ter uma ideia, apenas na década de 1960 a Igreja Católica deixou de pregar a missa em latim e de costas para os fiéis. Do outro lado, os evangélicos espalham a narrativa por meio da música, dos canais de rádio e TV e nas pequenas casas que transformam em templo, em todas as periferias.

A educadora social evangélica Rachel Daniel, de 24 anos, diz que a Igreja Evangélica acolhe as pessoas “de uma forma perfeita”. “Você é abraçado, se sente acolhido, as pessoas estão preocupadas se você tem o que comer em casa, sobre a sua saúde, te ligam no seu aniversário”, afirma.

“A mulher negra que está na periferia não tem acesso à cultura, saúde e educação. Aí a Igreja traz saúde, cultura e educação. O filho aprende a tocar um instrumento, faz teatro. Ela consegue ir ao médico, consegue os remédios. A Igreja tem um pré-vestibular comunitário. Tudo o que o Estado não traz, a Igreja traz.”

Esquerda não fez a lição de casa

“A esquerda não ouviu Paulo Freire, não foi ensinar o sujeito a escrever a partir do tijolo, da argamassa, que é o que Paulo Freire ensinava sobre a educação libertadora. A base ficou solta e foi virando religiosa”, argumenta Ariovaldo Ramos.

Para o pastor, o erro da esquerda é esquecer que “abaixo da linha do Equador nós todos somos religiosos”. “Todo mundo fala ‘Graças a Deus’. Pensar que todo mundo, à medida que for ganhando a sua de dignidade econômica vai deixar a religião é imaginário. A fé é uma coisa mais profunda do que isso, é um jeito de se enxergar na vida.”

“Política é afeto, é relação, e a religião também. A esquerda deixou de fazer isso e a direita usou esses pastores.

Ramos alerta que, enquanto a esquerda não tratar da dignificação da mulher e do homem negro, seguirá perdendo votos para qualquer movimento que “empreste aos pobres, aos negros e aos miseráveis senso de dignidade, que não tem a ver com a grana que ele tem no bolso, porque ele vai colocar água no feijão de qualquer jeito. O que ele não vai aceitar é ser tratado como escravo”.

“Não dá para chegar na senhora de 90 anos que vai na minha Igreja e falar assim: eu sei que o pastor te levou no médico quando você precisou, conversou com você quando você precisava, visitou o seu filho na prisão, mas ele está errado, vota na outra pessoa. Porque é construção de afeto. Política é afeto, é relação, e a religião também. A esquerda deixou de fazer isso e a direita usou esses pastores”, sentencia a educadora evangélica Rachel Daniel.

 

 

*Caroline Oliveira/Brasil de Fato

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Entidades representantes de jornalistas se mobilizam contra ataques de Bolsonaro

Associação Brasileira de Imprensa (ABI) diz que busca acertar encontro para definir rumos de ações na defesa do jornalismo e da integridade física dos profissionais.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) se manifestou neste domingo (19) sobre os ataques do governo Bolsonaro à imprensa. A entidade afirma que junto com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), a Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) acertam um encontro de suas diretorias para discutir “os rumos que tomaremos diante de todas as ameaças ao jornalismo e, principalmente, aos jornalistas”.

Em artigo publicado em seu site, a entidade repercute texto do jornalista Janio de Freitas, publicado neste domingo na Folha de S.Paulo, sobre o assunto.

Confira o artigo da ABI:

“Ainda não foi desta vez“, constata o articulista Janio de Freitas, em sua coluna dominical publicada na Folha de S. Paulo, ao comentar a falta de reação dos profissionais de imprensa aos ataques e insultos feitos pelo presidente da República. Não deixa de ser um questionamento sobre a falta de reação dos ataques de Jair Bolsonaro, normalmente ocorridos nos plantões na porta do Palácio Alvorada, em Brasília, onde há sempre uma claque bolsonarista. Mas não apenas lá.

Os ataques aos profissionais de imprensa sem que, até agora, tenha ocorrido alguma reação, tem provocado questionamentos na própria categoria. Até quando aguentarão calados? O próprio Janio de Freitas admite que “não está eliminada a possibilidade, um dia qualquer, de que um repórter não aceite ver sua mãe em frase de moleques, e reaja à altura“. Se ocorrer, qual será a reação? O que fazer para que não se chegue a este ponto de ruptura? Quais os riscos de alguns mais fanáticos partirem para agressões a profissionais de imprensa no exercício diário dos seus trabalhos?

Trata-se de um debate eminente que a categoria precisa travar, junto com entidades que representem não apenas os profissionais de imprensa, mas também aquelas que reúnem os órgãos de comunicação. Não só. A própria sociedade precisa estar atenta a estes ataques do presidente. Bem como todas as demais instituições que compõem o Estado Democrático de Direito.

Nesse sentido, a Associação Brasileira de Imprensa – ABI, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER) estão acertando um encontro para definir rumos na defesa do jornalismo e, principalmente, da integridade física dos jornalistas.

Como mostrou o estudo “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil“, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, relembrado também no artigo de Janio de Freiras, estes ataques tiveram um crescimento exponencial no último ano. Sozinho o presidente foi responsável por 58% deles.

O jornalismo livre, como se sabe, é pilar fundamental do Estado Democrático de Direito. A imprensa livre não é um benefício à categoria em si, mas uma conquista da própria sociedade que tem o direito de receber as informações de diversos canais, com diferentes enfoques. Só assim o cidadão poderá refletir sobre o que ocorre à sua volta e tomar as decisões no momento da escolha dos governantes, através do voto.

A Liberdade de Expressão e, dentro dela a Liberdade de Imprensa, são preceitos constitucionais que se sobrepõem a diversos outros, tal como tem sido reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal. Reafirmações não apenas no sentido de que a imprensa é livre para noticiar. Livre, também, para criticar, em especial os chamados agentes públicos.

Tal como definiu Carlos Ayres Britto, no famoso julgamento da ADPF 130, em novembro de 2009, em uma decisão que sempre é relembrada pelos demais ministros, como foi o caso de Rosa Weber na Reclamação Nº 16.434, em 30 de junho de 2014, ao levantar a censura que o judiciário capixaba havia imposto à revista eletrônica Século Diário., do Espírito Santo. Extrai-se da sua decisão o texto originalmente de Ayres Britto:

“O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada. O próprio das atividades de imprensa é operar como formadora de opinião pública, espaço natural do pensamento crítico e “real alternativa à versão oficial dos fatos” (grifos do voto de Rosas Weber).

No caso de Bolsonaro, as reações não são sequer às críticas, mas ao simples noticiário de fatos que ele não consegue contestar. Reage com brutalidade ao não conseguir desmentir e, menos ainda, explicar as notícias provenientes de seu governo e da sua equipe. Não dá respostas, como bem explicou Janio de Freitas. Provavelmente por não ter o que responder. Por isso, parte para o ataque aos meios de comunicação e aos jornalistas, muitas vezes o insultando. Fica a pergunta: até quando?

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Os homens de Bolsonaro: Fabio Wajngarten é o Queiroz da Secom

Não foi à toa que Bolsonaro deu aquele faniquito contra a imprensa encerrando a coletiva depois de perguntado sobre a corrupção que envolve Fabio Wajngarten, da Secom, é uma tentativa preocupada de impedir a difusão de algo muito maior que está por trás desse personagem que veio à luz por conta da parceria pouco republicana entre ele e os beneficiados com as maiores verbas da Secom, através de sua empresa.

Pode-se dizer que Wajngarten está para Bolsonaro no submundo dos endinheirados como Queiroz está para o submundo da milícia.

Se Queiroz, durante mais de três décadas, foi a ponte forte entre Bolsonaro e Rio das Pedras, Wajngarten era o principal elo entre a campanha de Bolsonaro e, agora o governo, com o jet set do dinheiro. Os dois são personagens chave de uma teia que garantiu o alcance de Bolsonaro ao seu objetivo. Ou seja, nem Queiroz e, muito menos Wajngarten são o que parecem ser.

Bolsonaro é quem escolhe estrategicamente como tratar a imagem dos dois, mesmo que a imagem verdadeira deles escorra entre os dedos e cause cada vez mais estragos no figurino de Bolsonaro, até aqui controlados pela operação cerca frango. Se somar isso à trama que envolve o assassinato de Marielle, à pressão de Moro sobre o porteiro e mais uma série de catimbas envolvendo gente de confiança de Bolsonaro para que a coisa não se revele como de fato é, se entenderá melhor como funciona o nazismo tropical e não aquela paspalhice protagonizada por Roberto Alvim, com roteiro, direção e cenário grotescos para se transformar no centro das atenções por um motivo até agora tão mal explicado quanto a sua conversão de ateu para cristão, assim como de esquerda para a extrema direita.

O fato é que o governo Bolsonaro cheira mal, traz o mesmo odor de sua campanha que envolveu personagens do intermúndio dos poderes paralelos do Estado para se formar uma equação capaz de criar uma grande fraude e cercá-la de proteção institucional para que a blindagem garantisse que seu mandato e os crimes do seu clã se mantivessem intocáveis.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O legado de Alvim: os prejuízos deixados pelo secretário que copiou discurso nazista

Demitido por Bolsonaro, secretário promoveu editais excludentes, perseguição e nomeações esdrúxulas.

Roberto Alvim, secretário de Cultura demitido nesta sexta-feira (17) por ode ao nazismo, deixou como legado editais excludentes, perseguição a “artistas de esquerda” e nomeações esdrúxulas, entre outras medidas à frente da pasta. Por ora, todas suas ações seguem em vigor.

Antes diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte (Fundação Nacional de Artes), o dramaturgo assumiu a Secretaria em 8 de novembro do ano passado, após nomeação de Jair Bolsonaro. A escolha do presidente foi consumada dias depois de Alvim atacar Fernanda Montenegro nas redes sociais, chamando a atriz de sórdida e mentirosa.

“A ‘intocável’ Fernanda Montenegro faz uma foto pra capa de uma revista esquerdista vestida de bruxa”, disse, em referência à capa da revista Quatro Cinco Um, que mostra a atriz vestida de bruxa numa fogueira de livros. “Então acuso Fernanda de mentirosa, além de expor meu desprezo por ela, oriundo de sua deliberada distorção abjeta dos fatos”, completou.

Ainda como diretor da Funarte, o dramaturgo tentou contratar a mulher, a atriz Juliana Galdino, sem licitação, para tocar um projeto de 3,5 milhões da Rede Nacional de Teatros – ele é investigado pelo ato desde dezembro passado. Também censurou a peça “Res pública 2023”, do grupo Motoserra Perfumada, sob a mera justificativa de “curadoria”.

Enquanto figura política, Alvim sempre inflou um embate discursivo contra o que ele chama de “satânico progressismo cultural”. Ele conclamou os “artistas conservadores” para formarem uma “máquina de guerra cultural” para acabar com o que ele classifica como arte de esquerda.

Horas antes de vir à público com o discurso que lhe gerou a demissão, Alvim havia participado de um vídeo, ao lado Bolsonaro, para anunciar uma série de editais para incentivo à cultura conservadora. Presidente e secretário prometiam rever a história do Brasil com os novos projetos.

Ainda não se sabe quais atos do ex-secretário serão descontinuados ou mantidos, mas o Brasil de Fato listou as principais medidas que ficam como legado de Roberto Alvim:

Prêmio Nacional das Artes

O Prêmio Nacional das Artes foi anunciado por Alvim como “marco histórico nas artes e na cultura do país”, na quinta-feira (16). É um dos atos dos quais o ex-secretário mais se orgulhou enquanto esteve no cargo. O vídeo que o derrubou foi feito justamente enaltecer o projeto.

Com a iniciativa, o governo pretende patrocinar obras no Brasil com R$ 20 milhões, em sete categorias de arte. O valor é destinado a cinco óperas, 25 espetáculos teatrais, 25 exposições individuais de pintura e 25 de escultura, 25 contos inéditos, 25 CDs de musicais originais e 15 propostas de histórias em quadrinhos. A dança não foi considerada uma categoria de arte pelo prêmio.

Mesmo com o valor ínfimo comparado a outros projetos culturais, Alvim se vangloriou do anúncio, dizendo que o prêmio “dignificaria” o ser humano e faria a arte brasileira “renascer”.

Edital de cinema

No mesmo vídeo, Alvim também anunciou um edital de cinema para “filmes sobre a independência do Brasil e sobre figuras históricas brasileiras, alinhados ao conservadorismo nas artes”. Os detalhes deste ponto em específico, no entanto, não foram esclarecidos. Ele disse que buscaria escolher filmes que promovessem um “cinema sadio”. O ex-secretário já havia adiantado que vetaria obras que não condissessem com sua posição ideológica, o que não seria censura, mas “curadoria”.

Fundação Palmares

Foi de Alvim a indicação do jornalista Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares, órgão governamental de promoção da cultura afro-brasileira.

Militante bolsonarista, Camargo é conhecido por atacar personalidades negras na internet e relativizar o racismo. Ele foi suspenso do cargo, em 4 de dezembro do ano passado, após a Justiça considerar que sua função na fundação era contrária ao seu discurso.

Casa de Rui Barbosa

O ex-secretário reverteu a indicação do cientista político Christian Lynch para um cargo de chefia da Fundação Casa de Rui Barbosa em razão de críticas ao governo Bolsonaro.

Como é concursado, Lynch seguiu na fundação, em outro cargo, contrariando a vontade de Alvim.

“Christian E. C. Lynch é servidor concursado da @casaruibarbosa desde 2014, o que me impede de dispensá-lo, mas não me impede de manifestar meu absoluto desprezo por suas ideias execráveis sobre @jairbolsonaro. Já tornei sem efeito sua nomeação para o cargo de confiança na FCRB”, escreveu, à época.

Funarte

O ex-secretário também é o autor da indicação do presidente da Funarte, o maestro Dante Mantovani, que relacionou o rock ao satanismo e disse que os Beatles queriam destruir a cultura ocidental, em seu canal do YouTube.

“O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”, disse, à época, o indicado de Alvim.

Homenagem a ídolos

No começo do ano, Roberto Alvim anunciou a Semana Margaret Thatcher e Ronald Reagan, a ser realizada na Casa Rui Barbosa, em maio.

A ideia de enaltecer os ídolos da direita na instituição que tem entre as principais funções “a preservação da memória nacional” foi comemorada pelo deputado Carlos Bolsonaro (sem partido). “O Secretário Especial de Cultura do Governo Bolsonaro, Roberto Alvim, anunciou para maio de 2020, a Semana Margaret Thatcher e Ronald Reagan, com apoio das embaixadas do Brasil em Londres e nos EUA”, anunciou o filho do presidente.

 

 

*Com informações do Brasil de Fato