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Dória, o carona vírus

Lembro-me que, nos anos 1970, houve uma grande enchente aqui na cidade de Volta Redonda, acompanhada de um queda brutal de temperatura e, como sempre, teve muitas famílias desabrigadas e, por conseguinte, formou-se uma grande corrente para prestar socorro a essas pessoas. Mas lembro-me também dos vigaristas do comércio que, vendo a grande procura por cobertores, agasalhos, leite ninho, entre outros produtos, muitos comerciantes quadruplicaram os preços para lucrar com a desgraça alheia.

Pois bem, conhecemos bem o estilo Dória, caroneiro de qualquer viagem que ele acredita que lhe renderá frutos, pois toda a sua trajetória política foi feita em cima disso. Como empresário, todos sabem que, na verdade, era um agenciador de negócios entre grandes empresários de São Paulo que ele reunia em festas em sua casa ou nos festivais de inverno de Campos do Jordão.

Como político, Dória manteve a receita, utilizando a “glória” dos outros por tabela. Por isso, Dória utilizava a tática de focar quem estava na moda na Globo para que ele se esbaldasse em selfs com a nova celebridade dos Marinho.

Para não ser muito extenso, basta ver quantas premiações ele deu ao capanga de milícia, Sergio Moro, quando o ex-juiz virou a celebridade máxima no Jornal Nacional.

Certamente, Moro tem mais fotografia com Dória do que com toda a sua família ao longo de sua vida. O cara é um craque na arte de papagaio de pirata. Assim também conseguiu se eleger governador do estado de São Paulo, pegando carona no, hoje, adversário político, Bolsonaro, no famoso clichê de mau gosto, bolsodória.

Então, ele não perderia a oportunidade de pegar carona no assunto do momento, o coronavírus e, em parceria com a Globo, aparece em todas as tomadas de entrevistas da Secretaria de Saúde de São Paulo e a Globo, tudo leva a crer, é parceira desse negócio, além do Ministério da Saúde. E Dória, lógico, coloca-se como o centro da coletiva e, assim, pode falar para o Brasil inteiro, já se colocando como candidato à Presidência da República pelo PSDB, partido oficial da Globo.

Na última coletiva, o boquirroto se consolida de vez como um carona vírus, anunciando, por conta de um caso confirmado no Brasil e, aproveitando por ser em São Paulo, Dória usa aquele estilo de programas a la Luciano Huck e anuncia que entregará para a Secretaria de Saúde um cheque de R$ 30 milhões, sendo R$ 15 milhões para o combate do coronavírus e R$ 15 milhões para a publicidade de orientações de combate. E claro, publicidade em que também pega carona como governador.

A questão é tão descarada que milhares de pessoas morrem atualmente no Brasil por sarampo, dengue, influenza, entre outras doenças e nunca se viu Dória liberar verba específica para o combate de cada uma delas e, muito menos para campanha de vacinação, porque essas doenças nunca estiveram exatamente na moda na mídia.

É nessa hora que se identifica o tipo de vigarista político como Dória que pega carona num caso tão sério como esse.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Não tem como ser pessimista diante do que se assiste no Brasil

O que a direita chama de “guerra cultural” é, na verdade, uma guerra da comunicação entre sociedades e corporações em que as sociedades estão vencendo.

No Brasil, está cada dia mais evidente a derrota fragorosa dos meios de comunicação de massa tradicionais diante de uma sociedade cada dia mais participativa na esfera digital.

Se parar para pensar em quantas imagens feitas pela sociedade, principalmente de PMs agindo com sua secular brutalidade contra as camadas mais pobres da população, que pautaram o noticiário das grandes corporações da mídia industrial nos últimos 30 dias, não há outro sentimento que não seja de revolta, mas de esperança e otimismo pela revolução digital, que é uma realidade e um tsunami a favor da sociedade contra quem, antes, controlava e manipulava a informação, como é o caso da Globo e congêneres.

O ato covarde da PM de Dória, agredindo um aluno de uma escola pública por filmar a agressão dessa mesma PM contra outro aluno, não impediu que outros celulares filmassem mais uma agressão da PM, desta vez ao menino que filmava a ação fascista sofrida pelo colega. E aí não tem papo de direita contra esquerda, ou de capitalistas contra comunistas, é a sociedade reagindo contra corporações do Estado que ela própria mantém, através dos impostos que paga, para serem usados contra a sociedade em favor dos interesses escusos das classes economicamente dominantes.

No caso de Bolsonaro, a coisa é ainda mais bizarra.

Moro, cada dia mais desmoralizado, Bolsonaro, nem se fala. Só nos últimos 10 dias assistiu-se a Moro, em vídeo nas redes sociais, sendo espinafrado por Glauber Braga chamando o ex-juiz corrupto e ladrão de Capanga da Milícia. A Globo não mostrou isso em nenhum de seus jornais.

Mas isso impediu que uma parcela enorme da sociedade ficasse órfã dessa informação? Não. Ao contrário, a coisa ganhou corpo e vida própria no seio da sociedade e Moro, fabricado pelos estúdios da Globo, sente sua imagem se esfarelando ainda mais, mesmo que, segundo pesquisa, seja o ministro “mais bem avaliado” num governo que está em estado de putrefação pelos mesmos motivos que a revolução digital tem detonado tantos outros comportamentos fascistas.

Acabou a era do pensamento e da verdade única, das meias verdades, das manipulações grosseiras. Agora, todos podem filmar e expor ao mundo as mazelas brasileiras.

A CPMI das Fake News, que vem cumprindo um papel fundamental, mostra que os pilantras digitais não vão se criar como imaginavam. A campanha de fake news promovida pela candidatura de Bolsonaro, está sendo devidamente desossada a cada sessão da CPMI na Câmara dos Deputados.

O caso Queiroz e Adriano da Nóbrega revelam que Bolsonaro fez sua pior viagem quando aceitou ser o rato da vez para cumprir o serviço imundo dos “donos da terra”. Repetiu o mesmo erro de Cunha que dominava o esgoto da política, mas quando veio à luz, foi bombardeado pela sociedade e acabou, mesmo a contra gosto de Moro, na cadeia.

Adiantou alguma coisa a Globo não mostrar os vazamentos do Intercept? Nada, a não ser contra ela, a não ser revelar que ela tem lado e é o lado podre da história.

A Lava Jato, hoje, nem é mais citada pelos trogloditas do bolsonarismo fundamentalista, assim como estão totalmente desancados os “movimentos” bancados por golpistas como MBL, Vem pra Rua e outras porcarias inventadas para promover um golpe que mostra o quanto está saindo caro para os partidos de direita como o PSDB, que se tornou apenas uma sigla ligada à imagem de um corrupto como Aécio, que não vale tostão furado nas bolsas de apostas políticas.

Bolsonaro achou que ia fazer o que quisesse na Amazônia, mas, ao contrário, viu o mundo se agigantar contra o idiota falastrão que teve que miar miúdo para o Brasil não ficar totalmente isolado e boicotado pela comunidade internacional.

Hoje, o Brasil, além de sofrer as consequências da total falta de investimentos internacionais, ainda vê uma das maiores fugas de capital do país levando o preço do dólar a bater recordes diários e a Globo tendo que confessar que, se não fosse Lula ter pago a dívida com o FMI e o país ter uma reserva de 380 bilhões de dólares deixados pelos governos Lula e Dilma, o Brasil já teria ido pelos ares.

Mas aonde começa essa desmoralização internacional de Bolsonaro? Nos celulares que filmaram as queimadas promovidas pelo fascista do Palácio do Planalto com o “Dia do Fogo” provocado por grileiros, madeireiros, pecuaristas, garimpeiros e outros troços da milícia rural.

Não há como negar que o carnaval está cada dia mais forte e politizado no Brasil, principalmente, depois da revolução digital. Alguma dúvida de que Bolsonaro e a milícia serão os temas dominantes nas ruas do Brasil durante o carnaval? Todas essas manifestações serão devidamente filmadas por milhares de celulares e disseminadas pelo mundo.

Por isso e por outros motivos que aqui não são citados para não alongar ainda mais que não há como ser pessimista com o que se assiste com a revolução digital.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Depois de ser espinafrado por Glauber Braga na Câmara, Moro pede colo para o general Augusto Heleno

O sem moral Moro e o chiliquento General Heleno, trocaram figurinhas no twitter depois que Moro foi corretamente espinafrado por Glauber Braga. Digo corretamente, porque o que Glauber diz no vídeo abaixo, Moro acaba de confirmar tirando o corpo fora em proteção à família Bolsonaro, na verdade, piorando ainda mais a situação dela, quando diz que não tem nada com o assunto da morte do miliciano Adriano da Nóbrega e que isso é um problema da polícia da Bahia.

Quando Glauber, como explica no vídeo, chama Moro de capanga da milícia, é disso que ele está falando, Moro escolhe os casos e as ações usando o aparelho do Estado, ou seja, o Ministério da Justiça e Segurança Pública para blindar o clã Bolsonaro.

Moro se contradisse mais tarde ao que disse na Câmara, que não interfere no trabalho da PF e, agora, acaba de dizer que seu ministério não vai se envolver na morte do miliciano e que isso não é assunto federal e sim, do estado da Bahia, quando, na verdade, nem essa fuga ele pode utilizar, já que foi uma ação combinada entre as polícias do Rio de Janeiro e da Bahia.

Mas isso não deixa de confirmar o que Glauber muito bem apontou sobre a malandragem do capanga da milícia.

Por outro lado, o general caduco que vive dando chilique e tapa na mesa, em defesa do molecote que vive de proteger miliciano no Ministério da Justiça, fez o discurso do “civilizado” soando como piada pronta.

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Para tirar Moro do seu caminho na eleição de 2022, Bolsonaro sinaliza indicá-lo para o STF

É o resta a Bolsonaro, tirar Moro do seu caminho, indicando-o para o STF ainda em 2020, na vaga de Celso de Mello que se aposentará em novembro. Falta saber se Moro vai aceitar, já que está de olho na cadeira de Bolsonaro em 2022.

Moro não é o ‘terrivelmente evangélico’ no STF prometido por Bolsonaro à bancada evangélica. Mas o presidente terá oportunidade de cumprir a promessa logo mais.

A crise acabou, esta última, e presidente Jair Bolsonaro volta a dizer que poderá indicar Sergio Moro, ex-juiz e atual ministro da Justiça, para a vaga do STF. É comum aproximar e afastar o ex-juiz da indicação, parte do jogo de morde-e-sopra da relação estabelecida.

A recente crise política amaina, e o presidente coloca novamente o ex-juiz da lava Jato como o preferido para substituir o ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal. O decano se aposenta em novembro, abrindo caminho para a primeira indicação de Jair na corte.

Aliados do presidente entendem esse movimento como uma forma de tirar Moro da possibilidade de uma disputa presidencial de 2022. De acordo com a Folha, o ministro conversou sobre a possibilidade de ir para o STF após a polêmica de retirar de sua pasta a Segurança Pública.

Segundo os aliados, foi uma DR, na linguagem popular uma ‘discussão da relação’, entre o presidente e Moro. E sua indicação abriria espaço para Bolsonaro interferir mais ainda no Ministério da Justiça, algo que faz com menor ou maior pressão desde o início do mandato.

Outro ponto sensível é a Polícia Federal. Com Moro fora do caminho, Bolsonaro poderá mexer em seu comando, o que já vem demonstrando intenção desde o ano passado.

Moro não é o ‘terrivelmente evangélico’ no STF prometido por Bolsonaro à bancada evangélica. Mas o presidente terá oportunidade de cumprir a promessa logo mais, com a saída de Marco Aurélio.

 

 

*Com informações do GGN/Folha

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Se perder o poder, Moro deve se demitir

Ministro está absolutamente insatisfeito com a proposta de Jair Bolsonaro de dividir as duas pastas que estão hoje sob seu comando, retirando poderes de seu cargo. Se a divisão se efetivar, Sergio Moro pode se demitir do governo, afirma a colunista Bela Megale.

Insatisfeito com a proposta de Jair Bolsonaro de dividir as pastas que estão atualmente sob seu comando, Justiça e Segurança Pública, o ministro Sergio Moro pode se demitir do governo, aponta a colunista do Globo Bela Megale.

Segundo ela, a quem pergunta sobre o assunto, “o ex-juiz evita comentários”. “Sua insatisfação com a proposta, no entanto, é absoluta e pode selar seu destino no governo”, diz a jornalista.

Ela lembra que uma das condições para que Moro aceitasse fazer parte do governo era estar à frente da pasta da Segurança Pública, mantendo a agenda de combate à corrupção e ao crime organizado.

 

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro usa o corrupto da Secom Fabio Wajngarten, para atacar New York Times

Bolsonaro resolveu exportar estupidez através da Secom, a mesma Secretaria envolvida num grande esquema de corrupção comandado por Fabio Wajngarten atacando o editorial do New York Times que criticou a lambança promovida pelo ministro da justiça Sergio Moro contra Glenn.

No editorial publicado nesta terça-feira (21), o jornal diz que a denúncia contra Glenn Greenwald pelo Ministério Público Federal (MPF) é um grave ataque à liberdade de imprensa e ao Estado democrático de Direito no Brasil. Para o jornal, acusações contra o editor do Intercept é um “sério desserviço” e uma “ameaça perigosa.

O texto diz ainda que o jornalista cumpriu com seu papel ao revelar “uma verdade dolorosa sobre os que estão no poder”, especialmente através das reportagens da Vaza Jato, que revelaram o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

“Furar a imagem heroica de Moro foi obviamente um choque para os brasileiros e prejudicial para Bolsonaro, mas exigir que os defensores da lei sejam escrupulosos em sua adesão a ela é algo essencial para a democracia. Atacar os portadores dessa mensagem é um desserviço sério e uma ameaça perigosa ao Estado de Direito”, afirma o editorial.

A forra do corrupto.

Fabio Wajngarten, testa de ferro de Bolsonaro, resolveu rebater o New York Times, e usando o perfil da Secom no Twitter foi até à publicação do editorial do jornal The New York Times dizer: “É uma grande mentira atribuir ao Governo Federal qualquer influência nos procedimentos do Ministério Público Federal. Também mostra desrespeito às instituições públicas brasileiras. Fonte: Presidência do Brasil”, tuitou a Secom em inglês na publicação do NYT.

O perfil da secretaria ainda fez questão de explicar ao jornal estadunidense que a acusação contra “o jornalista americano Glenn Greenwald se deve ao seu envolvimento com hackers que atacaram celulares de autoridades brasileiras”.

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Áudio de Glenn e hacker expõe suposta armação de Sergio Moro

Conversa usada contra o jornalista é prova de dois pontos cruciais. O primeiro deles é que o hacker do Intercept não teria nada a ver com o hacker de Moro.

O áudio que o Ministério Público Federal utilizou para tentar justificar a apresentação de uma denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald lança dúvidas a respeito da atuação de Sergio Moro.

No mínimo, o áudio serve como prova para duas teses que desbancam a denúncia do MPF: primeiro, a conversa indica que o hacker do The Intercept Brasil não teria nada a ver com a invasão do celular de Moro no dia 6 de junho de 2019. Segundo, o ex-juiz teria plantado na mídia as notícias sobre o hackeamento em seu aparelho porque já aguardava um vazamento das mensagens do Telegram, e decidiu que sua melhor defesa seria o ataque.

A jogada de sobrepor a invasão ao dossiê daria a Moro e aos procuradores da Lava Jato alguma margem para que pudessem alegar que as mensagens foram adulteradas ou até mesmo inventadas pelo hacker. Nada muito diferente do que eles, de fato, fazem hoje.

Além disso, poderiam sustentar que o hacker que entregou o dossiê à imprensa continuou praticando o crime, o que justificaria medidas mais drásticas e ainda serviria de brecha ideal para pressionar os jornalistas envolvidos.

Chama atenção, no diálogo, as passagens em que, reiteradamente, Glenn e Molição deixam claro que as mensagens de Telegram foram repassadas ao Intercept Brasil muito antes da invasão de Moro.

Os dois chegam a questionar duas hipóteses: ou Moro mentiu sobre o hackeamento pessoal, ou um terceiro teria feito a invasão no aparelho do ministro.

Esses “detalhes” foram sumariamente ignorados pelo MPF.

Confira o diálogo abaixo:

GLENN GREENWALD: Tudo bom?
LUIZ MOLIÇÃO: Então, é… a gente… eu tava discutindo com o
grupo, eu queria falar com você um assunto.
GLENN GREENWALD: Hã?
MOLIÇÃO: É… como tá agora, tá saindo muita notícia sobre isso,
a gente Chegou… nós chegamos à conclusão que eles tão fazendo um jogo pra tentar desmoralizar o que tá acontecendo.
GLENN GREENWALD: Uhum
MOLIÇÃO: Igual, o que aconteceu com o Danilo Gentilli, é… o
MBL, o Holiday, a gente pegou outubro do ano passado. Eles tão
começando a falar disso agora.
GLENN GREENWALD: Pegou o quê?
MOLIÇÃO: A gente puxou o Telegram deles ano passado. Eles tão
falando disso agora.
GLENN GREENWALD: Ah, sim sim.
MOLIÇÃO: Então, tudo o que eles, que já aconteceu…
GLENN GREENWALD: Ah sim.
MOLIÇÃO: Eles tão puxando pra agora.
GLENN GREENWALD: Eu vi isso que alguém publicou alguma
coisa falando que o Holiday e MBL “foi hackeado”.
MOLIÇÃO: Isso. Eles tão usando isso agora. Então, a gente crê
que é um jogo que eles tão fazendo.
GLENN GREENWALD: Mas com com… qual motivo?
MOLIÇÃO: Porque é… como agora tá vindo também notícia do…
dos ata… dos ataques ao Moro, ao MPF, já, já tão pre… prevendo que vai acontecer alguma coisa.
GLENN GREENWALD: Com certeza, mas eu, isso depende… a a
dificuldade é entender o motivo com que eles tão tentando…
porque… que que estamos pensando é que quando publicamos,
obviamente, todo mundo “vou” automaticamente pensar que “essa material” é enganação como por exemplo tudo o que aconteceu “no semana” passada com Moro.
MOLIÇÃO: Sim.
GLENN GREENWALD: E nós vamos deixar muito claro que
nós recebemos tudo muito antes disso, e não tem nada a ver com isso, entendeu?
MOLIÇÃO: Uhum. Mas o que acontece? O que eles tão falando
também é que o celular, ele foi hackeado. Não! O que a gente faz é
pegar o Cloud do Telegram. A gente não pegou nada do celular.
GLENN GREENWALD: Entendi. Então, eu sei, eu sei. Mas, é
possível que tenha um “outro pessoa” fazendo isso?
MOLIÇÃO: É provável.
GLENN GREENWALD: Isso é uma coin… é é… é uma coin… é
uma coincidência que…no tempo que estamos prontos para
publicar, que isso está acontecendo eram outras pessoas.
MOLIÇÃO: Sim, mas igual a gente falou, nosso perfil não é de é…
fazer… chamar atenção.
GLENN GREENWALD: Eu sei, eu sei, eu sei disso. Então, tem
duas opções obviamente são: um, tem “outro pessoas” tentando hackear ou hackeando eles, ou o outro é que elas tão mentindo. Mas eu não posso entender o motivo para mentir.
MOLIÇÃO: Uhum.
GLENN GREENWALD: Porque, por exemplo, se eles
soubessem que… alguém está preparando de publicar ou que, ou
pior ainda, que nós “estamos pronto” para publicar, “eles ia”
pra Tribunal, pegam um ordem do Judiciário proibindo
qualquer publicação ou reportagens com esse material, mas
ainda ninguém fez isso. Então, isso está me deixando a
impressão que eles não sabem quem tem “essa material”.
MOLIÇÃO: Não, saber eles sabem.
GLENN GREENWALD: Porque… oi?
MOLIÇÃO: O Deltan, ele sabe que pegaram. Tanto que ele…
GLENN GREENWALD: Ele sabe que alguém pegou, mas ele
não sabe quem tem.
MOLIÇÃO: Sim, isso é certo, eles não sabem quem pegou.
GLENN GREENWALD: Então, então, para mim que não estou
entendendo é o motivo, o motivo desse jogo. Para fingir com essa
é… ou por que por que eles tão plantando “essas artigos” sobre como Moro e “Dalton” e MBL está sendo hackeado? Eu não entendo o motivo. Entendeu?
MOLIÇÃO: Sim.
GLENN GREENWALD: Mas é uma coincidência grande. Eu…
isso é, tem “um chance” muito grande que tem uma conexão com
tudo, tudo disso, mas… nós estamos trabalhando muito o mais
rápido possível para publicar, ah… três artigos no mesmo tempo
que vai ser muito explosivo, e… isso vai acontecer muito logo.

 

 

*Com informações do GGN

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“Uma chapa imbatível”, é o que diz Bolsonaro sobre a rachadinha com Moro em 2022

“Nós somos Zero Um e Zero Dois. Tem de ver se ele quer”, disse o mandatário sobre fechar uma chapa com Sergio Moro para as próximas eleições presidenciais.

O presidente Jair Bolsonaro já projeta sua candidatura com o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, em 2022. Em um primeiro momento negada, a rachadinha Bolsonaro-Moro já é anunciada com entusiasmo pelo mandatário.

“Nós somos Zero Um e Zero Dois. Tem de ver se ele quer. Nunca entrei em detalhes com ele sobre esse assunto, até porque é cedo demais para discutir, causa ciúme. Você daria um sinal de que não está satisfeito com o Mourão, e da minha parte está tudo tranquilo com o Mourão”, disse, em entrevista à revista Veja.

Com a menor popularidade entre os últimos presidentes do país, pesquisa do Datafolha divulgada nesta semana mostrou que Bolsonaro tem somente 30% de aprovação, a menor popularidade, em comparação a Dilma (59%), Lula (42%) e Fernando Henriqueo Cardoso (41%) no fim do primeiro mandato.

Moro, por outro lado, alcança 53% de aprovação dos entrevistados da pesquisa. Em outubro recente, o ex-juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça disse que se filiará ao Podemos, mas negou que tenha intenções, agora, de uma candidatura à Presidência.

Segundo Bolsonaro, Sérgio Moro já tem absorvido a “vivência política”. “O Moro não tinha uma vivência política. A cabeça dele enquanto juiz pensava assim: ‘Se eu fosse presidente, faria isso’. Agora ele conhece a realidade. Mas seria uma chapa imbatível”, afirmou.

 

*Com informações do GGN

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Bolsonaro, desesperado com o escândalo Queiroz, pensa em tirar a PF do controle de Moro

O avanço das investigações sobre o esquema de corrupção no gabinete de Flávio Bolsonaro levou o governo de Jair Bolsonaro a cogitar uma ideia que pode levar à demissão de Sérgio Moro; trata-se do plano para retirar a Polícia Federal da alçada do Ministério da Justiça, esvaziando ainda mais o papel do ex-juiz, segundo informa a jornalista Vera Magalhães.

O fechamento do cerco em torno das relações financeiras entre Fabrício Queiroz, o ex-assessor que gerenciava os gabinetes da família Bolsonaro, o senador Flávio e familiares da segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina, fez com que ganhasse corpo a ideia de tirar a Polícia Federal da alçada do ministro Sérgio Moro.

É isso que explica a discussão, extemporânea aparentemente, de se recriar o Ministério de Segurança Pública, que existia sob Michel Temer e foi extinto justamente para concentrar atribuições e poderes em torno de Moro”, informa a jornalista Vera Magalhães, do site BR Político, do grupo Estado de S. Paulo.

“A possibilidade de que o caso Queiroz atinja Bolsonaro e a família, o que levaria a PF a ser acionada, explica a pressa em tirá-la da alçada de Moro e colocá-la sob o comando de alguém mais próximo de Bolsonaro, além de político“, informa ainda Vera Magalhães.

 

 

*Com informações do 247

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Lava jato grampeou 462 ligações de defesa de Lula por 23 dias

Os investigadores da “lava jato” grampearam o ramal central do escritório que defende o ex-presidente Lula por quase 14 horas durante 23 dias entre fevereiro e março de 2016. Ao todo, foram interceptadas 462 ligações, nem todas relacionadas à defesa do ex-presidente, mas todas feitas ou recebidas pelos advogados do escritório.

E as conversas que estavam relacionadas à defesa de Lula foram transcritas em relatórios diários enviados pela Polícia Federal aos procuradores da “lava jato” e ao ex-juiz Sergio Moro. E, conforme mostraram conversas de Telegram obtidas pelo site The Intercept Brasil e divulgadas pela Folha de S.Paulo, os grampos foram usados para que a força-tarefa se antecipasse às estratégias da defesa.

Os grampos, conforme revelou a ConJur em março de 2016, aconteceram num momento sensível para a “lava jato”: o Supremo Tribunal Federal estava para decidir quem seria competente para ficar com o caso de Lula, o consórcio de Curitiba ou o Ministério Público de São Paulo.

Os promotores paulistas chegaram ao ex-presidente a partir de uma investigação sobre o envolvimento da Bancoop na propriedade de um prédio no Guarujá (SP) – onde está o tríplex que resultou numa condenação a Lula. Para a defesa de Lula, feita pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, o caso do ex-presidente deveria ficar em São Paulo. Mas, para a “lava jato”, Lula havia recebido propina de empreiteiras a partir de contratos da Petrobras.

A interceptação do ramal central do escritório de Zanin e Valeska, portanto, foi bastante útil para os curitibanos. Conforme documentos apresentados pela defesa de Lula ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a PF fez diversos relatórios sobre as conversas relacionadas ao ex-presidente, avaliando se elas poderiam ser úteis ou não ao processo.

No dia 4 de março de 2016, por exemplo, Zanin ligou para o criminalista Nilo Batista, que também trabalhou na defesa de Lula. Segundo o relatório enviado aos procuradores pelo agente da PF William Coser Stoffels, eles “conversaram amenidades”.

Já no dia 14 de março, o relatório, feito pelo agente Rodrigo Prado Pereira, foi sobre uma conversa entre Zanin e Lula: “Pergunta como foi o dia. Diz que foi corrido. Acha que avançaram. Estão preparando uma serie de petições. Tem algumas providências para adotar. Uma em especial no Supremo que acha que pode dar certo. Em prejuízo do recurso que está em julgamento. Lils [abreviação para Luiz Inácio Lula da Silva] diz que Cristiano gravou e quer que ele acompanhe para ver se vão deturpar. Vai contrapor qualquer versão. Cristiano entregou num pen-drive a íntegra do depoimento”.

Mas o grampo já acontecia há algum tempo. A defesa de Lula protocolou a reclamação sobre a competência da “lava jato” no dia 26 de fevereiro de 2016. No dia seguinte, Rodrigo Prado Pereira informou Deltan que Roberto Teixeira, sócio de Zanin e Valeska, havia conversado com Jacques Wagner (PT-BA), ex-ministro da Casa Civil e hoje senador, e com Lula sobre conversar com a ministra Rosa Weber, do STF. Ela era relatora da reclamação.

“As conversas internas do escritório e entre os advogados e o Embargante foram ouvidas em tempo real pela Polícia Federal, que elaborou planilhas com resumos dos diálogos e os submeteu ao então juiz Sergio Moro e aos procuradores da República que oficiaram no feito”, afirma a defesa de Lula, nos embargos apresentados ao TRF-4.

Procedimento
Os embargos foram apresentados ao TRF contra a condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia. Uma das alegações do documento é que o grampo ao escritório dos advogados do ex-presidente não seguiu o rito da Resolução 59 do Conselho Nacional de Justiça, que regula a interceptação de comunicações por ordem judicial.

A resolução diz que o juiz deve conferir com a operadora de telefonia se o número interceptado pertence de fato ao réu ou investigado, o que nunca aconteceu nesse caso.

Segundo a tese desenvolvida pelo MPF para justificar o pedido de grampo, o telefone do escritório estava registrado na Receita Federal como se fosse a Lils Palestras, a empresa de palestras e consultoria de Lula. Na verdade, o site foneempresas.com é que listava o telefone como se fosse da Lils Palestras. Uma busca no Google mostraria aos procuradores que o número era do Teixeira, Martins e Advogados.

Tudo isso foi alegado pela defesa ao Supremo na época. O relator da “lava jato” era o ministro Teori Zavascki, que pediu explicações a Moro. O ex-juiz disse que não tinha percebido que autorizou o grampo de um escritório de advocacia, mas pediu “escusas”. Teori, então, mandou que a 13ª Vara destruísse as provas — o que nunca aconteceu.

A alegação de ilegalidade nos métodos de investigação também foi apresentada ao TRF-4 no caso do sítio de Atibaia, mas foi ignorada pelo tribunal. Os embargos pedem que os desembargadores da 8ª Turma, a que julga os recursos da “lava jato”, se pronunciem sobre o caso.

“Necessário, portanto, que esse tribunal regional sane a omissão aqui apontada e analise tal ponto a fim de aclarar, diante do presente caso, se pode um Magistrado não só determinar ato ilegal como permitir que ele se repita e perpetue no tempo, sob a justificativa de não ter percebido justamente os dois ofícios da companhia telefônica que davam notícia acerca da real titularidade da linha telefônica interceptada”, dizem os embargos.

 

 

*Do Conjur