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Com um trabalho inigualável de prevenção, Cuba desenvolve vacina, remédio e não tem um caso do coronavírus

Com medidas simples de controle, aliadas à tecnologia de ponta, o país desenvolve uma vacina e já criou um remédio que conseguiu curar mais de 1.500 pacientes.

O primeiro-ministro Cubano Manuel Marrero Cruz, o vice primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda e o dr. José Ángel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, forneceram detalhes, no programa Mesa-Redonda, sobre medidas de prevenção e controle que a população deve adotar, articulado com a administração do governo, enfrentando a ameaça do Covid-19.

Quando compareceu na segunda-feira, 9 de março, no programa de rádio e televisão Mesa-Redonda, que ofereceu uma ampla explicação da estratégia de Cuba para a prevenção e controle do novo coronavírus, que causa a doença denominada Covid-19, o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz deixou a garantia de que, para o confronto a esta doença, é fundamental a estrutura multissetorial e organizada do sistema nacional de saúde.

Acompanhado no comparecimento do vice-primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda, e pelo dr. José Ángel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, Marrero explicou que, para lidar com sucesso com essa situação, a Ilha possui, antes de tudo, uma equipe que historicamente lidou com paixão e altruísmo em seus exercícios diários e mais uma vez testará seu rigor profissional.

Outra razão conclusiva, apontou, é que existe um povo com um caráter laborioso, disciplinado e indomável, que todos os dias é capaz de superar os grandes desafios e excessos criminais do governo dos Estados Unidos.

Essas ideias foram constantes nas reflexões dos palestrantes e, principalmente, do primeiro-ministro, que, ao definir a chave no enfrentamento desta doença, uma tarefa inevitável e urgente, afirmou: essa batalha é vencida na rua, no nível local, com o trabalho no bloco e na participação de todos.

Desse modo, enfatizou um dos aspectos de primeira magnitude repetidos nos últimos dias para enfrentar a ameaça representada pela rápida e ampla expansão internacional do Covid-19, sem subestimar a posição de vanguarda das estruturas básicas do sistema de saúde, como o consultório médico da família.

Também insistiu que «o trabalho dos delegados (vereadores) do Poder Popular é vital para alcançar uma participação ativa nessa luta em todos os cenários da vida cotidiana».

AUMENTAR A VIGILÂNCIA E O CONTROLE

Marrero Cruz fez uma breve revisão das ações realizadas até agora para aumentar a vigilância e o controle do novo coronavírus, em conformidade com as instruções do general-de-exército Raúl Castro Ruz, primeiro secretário do Comitê Central do Partido.

Significou que, atualmente, o Covid-19 já está presente em mais de cem nações, os casos relatados são mais de 109.000 e já matou mais de 3.811 pessoas no planeta.

Mencionou o trabalho e as reuniões realizadas nos últimos dias nas três regiões do país e com diferentes níveis de gestão, «exercício que permitiu o contato em primeira mão com mais de 750 pessoas de várias responsabilidades, algo que enriquece, atualiza e detalha, notavelmente, um plano que deve continuar sendo aperfeiçoado», enfatizou.

Reconheceu a importância de fornecer informações ao povo.

«É por isso que estamos aqui hoje, para oferecer a vocês o que está sendo feito pelo governo para expandir e fortalecer as medidas nas frentes que são reveladas como essenciais nesta luta».

«Com o decorrer dos dias e as experiências acumuladas, estamos mais aptos a atualizar o Plano com novos elementos e continuar a gestão do treinamento», disse o primeiro-ministro em outra parte de seu discurso, depois de informar que recentemente decidiu-se adicionar os hospitais militares, exceto o Carlos J. Finlay, às instalações já planejadas com antecedência para receber possíveis pessoas afetadas pelo Covid-19.

Destacou como um capítulo decisivo a atitude das autoridades chinesas na contenção do vírus em seu país, para impedir uma maior disseminação, e ponderou o papel dos médicos cubanos tanto no país asiático quanto em outros em que colaboram.

Reiterou que Cuba está ao lado do governo e do povo chinês e mencionou a modesta contribuição da medicina cubana através do uso do interferon alfa 2b, com resultados comprovados.

«Pedimos aos líderes que dessem total prioridade a essa batalha, sem esquecer os outros importantes que temos alcançado, apesar da escalada do bloqueio e dos fortes efeitos financeiros e de combustível».

NÃO HÁ CASOS DE COVID-19 EM CUBA

Manuel Marrero informou que até o momento a doença não foi introduzida em Cuba, nem relatamos casos diagnosticados, mas explicou que não faria mal insistir que, devido às características deste vírus, o fato de ele entrar no país seja realmente um perigo potencial.

«As possibilidades estão presentes, apesar de sermos uma nação organizada, que tomou muitas precauções e possui um forte sistema de saúde», definiu, após recomendar o cumprimento de um amplo grupo de conselhos da Organização Mundial da Saúde.

Ressaltou a importância de implementar e cumprir em todos os seus componentes com o Plano Nacional explicado e, além disso, com disciplina, vinculando ativamente todas as organizações, entidades e pessoas em geral.

O primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, agradeceu à população por sua compreensão e apoio e deixou clara sua confiança no esforço conjunto do povo e do Governo.

No final, disse: «Continuaremos trabalhando e tomando todas as medidas necessárias; verificar o plano aprovado diariamente, controlá-lo, manter a população informada e tomar as decisões correspondentes em cada caso».

«Dizemos ao nosso povo que, tal como em outras batalhas, empreenderemos essa nova luta com certeza de vitória».

O QUE SAIBAMOS SOBRE O COVID-19 NUNCA SERÁ DEMAIS

Os coronavírus são uma extensa família de vírus que podem causar doenças em animais e humanos. Nas pessoas, sabe-se que vários deles causam infecções respiratórias que podem variar do resfriado comum a doenças mais graves, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers) e a síndrome respiratória aguda grave (Sras). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença do coronavírus Covid-19.

A esse respeito, o dr. José Ángel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, lembrou no programa de rádio-televisão Mesa-Redonda que os primeiros casos de infecção por coronavírus apareceram no início de dezembro e no dia 31 do mesmo mês, em Wuhan, na China, O governo do país asiático informou que a epidemia foi apresentada em um conglomerado de 27 pessoas com uma condição respiratória aguda e que estavam relacionadas a um mercado de animais, o que sugeria que a disseminação poderia ocorrer de animais para pessoas.

Posteriormente, a doença foi crescendo em vários pacientes que não tinham relação com o mercado, dos quais foi comprovada a hipótese de disseminação de pessoa para pessoa.

Ressaltou que os coronavírus existem desde a década de 1970 e que já haviam afetado a península arábica e a própria China em 2013.

Acrescentou que agora estamos falando de um novo coronavírus, que nada mais é do que uma nova cepa, que não havia sido encontrada antes em humanos, e é chamado sars-CoV-2, que causa a doença de Covid-19.

Photo: Estudio Revolución

Explicou que os principais sintomas desta nova doença são semelhantes aos da gripe, incluindo febre, tosse seca, cansaço ou fadiga e dificuldade em respirar, o que pode significar um agravamento da doença. Causa dor muscular, dor de garganta e diarreia.

«Cerca de 80% dos casos são assintomáticos ou apresentam formas leves da doença. Apenas 5% mostram reações mais graves», afirmou o ministro da Saúde Pública.

Segundo Portal Miranda, os idosos que sofrem desse vírus têm maior probabilidade de desenvolver um quadro sério da doença e constituem 2% dos pacientes com mais chances de morrer.

O período de incubação pode variar de um a 14 dias. Na presença de alguns dos sintomas, é importante não demorar e ir ao hospital.

COMO O COVID-19 É PROPAGADO?

O ministro da Saúde Pública disse que uma pessoa pode ser infectada pelo contato com outra infectada e que o vírus pode se espalhar através das micro-gotas do nariz ou da boca exaladas. «Essas pequenas gotas podem ser depositadas em uma superfície e o sars-CoV-2 é espalhado assim».

Indicou que o vírus pode viver de horas a dias, dependendo das condições de temperatura; daí a importância das medidas de desinfecção.

Portal Miranda reiterou que, de acordo com os relatórios mais recentes, mais de cem países (incluindo a China) têm presença da doença. «A mídia fala em 3.811 mortos, com uma letalidade de 3,47% em cada cem pessoas».

Insistiu que é real que o vírus possa ser introduzido em nosso país, a partir do contexto internacional.

Para apoiar o exposto, indicou que 45,4% dos países do mundo relataram casos confirmados. «Fora da China, em pelo menos 99 países, há transmissão da doença».

Explicou que países como a Coreia do Sul e Itália fazem a diferença, com uma situação complexa, tal como Irã, Japão, França e os Estados Unidos. «Na região das Américas existem 12 países e três territórios ultramarinos da França afetados».

O ministro da Saúde chamou a atenção para a situação de países como os EUA, com 554 casos e 21 mortes; Canadá, com 62 casos; Brasil, com 25; Equador, com 14; Argentina, com 12; Chile, com dez; México e Peru, com sete; Costa Rica, com cinco, e Colômbia, Paraguai e República Dominicana, com um caso, respectivamente.

COMO SE PROTEGER E REDUZIR O RISCO?

O dr. José Ángel Portal lembrou a importância de lavar as mãos com frequência usando água e sabão, esfregando-as bem para remover qualquer sujeira ou vestígio do vírus, que também é suscetível a soluções alcoólicas e hipoclorito de sódio a 0,1%.

Há um grupo de medidas para disponibilizar esses produtos à população, embora exista um nível de oferta na rede comercial. Após a lavagem das mãos, use também géis hidroalcoólicos para desinfecção, que para superfícies devem ter uma maior concentração de hipoclorito, a 0,5%.

Outra medida é cobrir a boca e o nariz com um lenço ou com o cotovelo quando tossir ou espirrar, algo eficaz para impedir a transmissão do vírus. Existe o risco de uma pessoa infectada não apresentar sintomas — sempre existe uma porcentagem desses casos — e transmitir a doença», afirmou Portal Miranda.

OUTRAS DICAS

«Evite tocar o nariz, a boca, os olhos — reconhecidos como a porta de entrada principal; mantenha distância de quem tosse ou espirra; dirija-se imediatamente aos serviços de saúde para receber um diagnóstico e não confie que é outro resfriado; manter-se isolado, usar utensílios e talheres e pratos diferentes são outras medidas para evitar o contágio. Você também pode usar protetores bucais dentro de casa para não adoecer nossas famílias», aconselhou o ministro da Saúde Pública.

Photo: Estudio Revolución

Indicou o uso de máscaras ou protetores bucais apenas nos casos em que esteja doente com gripe ou naqueles que cuidam dos doentes. Não se trata de usar uma máscara o tempo todo, máscaras mal utilizadas podem ser transmissoras.

Também recomendou não se automedicar, porque os antibióticos não são eficazes contra vírus, eles são usados ​​apenas quando há uma complicação e apenas sob prescrição médica.

Referiu-se à importância de evitar aglomerações antes de qualquer sintoma respiratório e, se estiver viajando para o exterior, aconselhou que ao retornar se apresente ao médico para estabelecer uma vigilância de 14 dias em sua casa (principalmente se houver sintomas respiratórios). O ministro também disse que deve se manter informado pela mídia nacional.

Portal Miranda enfatizou que é essencial garantir disciplina no cumprimento das medidas sanitárias ditadas, respeitando sempre a admissão e o isolamento hospitalar nos casos de contato e suspeitos da doença.

UM SISTEMA DE SAÚDE ALERTA E PREPARADO

O ministro da Saúde Pública explicou que, dada a situação atual, as medidas nos pontos de entrada no território nacional foram extremas. «Embora, às vezes, as pessoas não gostem, existem scanners que verificam constantemente a temperatura dos viajantes».

Explicou que esse controle foi reforçado em marinas, portos e aeroportos, em particular sobre os visitantes de países que apresentam casos de coronavírus, disse, acrescentando que a qualidade desses processos foi verificada no país.

«Cuba tem uma experiência nesse processo que foi posta em prática, por exemplo, quando o Ebola», afirmou.

«Dado esse tipo de situação, uma questão fundamental é a preparação daqueles que trabalham nos pontos de entrada no país, bem como os meios de proteção que devem usar».

Depois, referiu-se ao trabalho sistemático com as Alfândegas e a Diretoria de Imigração e Estrangeiros para conhecer com antecedência as pessoas que viajam para Cuba de países infectados pelo novo coronavírus.

Entre os controles nos pontos de entrada está um documento, no qual o visitante declara seu estado de saúde. Explicou que também foi preparada uma lista de viajantes que é enviada a todos os territórios com dados de interesse, como o país de origem e o local onde o visitante ficará durante a estadia em Cuba.

Portal Miranda disse que em Cuba se sabe diariamente quantas consultas respiratórias são oferecidas. Anualmente, são feitos mais de cinco milhões no país e, nos últimos dois anos, houve uma diminuição de pessoas com esses quadros.

«Em Cuba há capacidade de diagnóstico. Temos o Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (ipk), que diagnostica mais de 17 vírus, além deste novo coronavírus. Este procedimento, a partir desta semana, também poderá ser realizado em Villa Clara e Santiago de Cuba. Todos os casos que investigamos foram negativos.

«Até agora não temos casos diagnosticados. No entanto, o risco está presente, precisamos continuar nos preparando», insistiu.

Explicou como os serviços médicos foram organizados para prevenção e tratamento. «As pessoas com sintomas respiratórios não confiam em si mesmas, vão aos serviços de saúde. São nossos médicos e em nossos consultórios onde há a preparação para definir qual é o comportamento a seguir diante de um quadro respiratório», ressaltou.

«Temos desenvolvido todo um processo de preparação da equipe que permite que cada paciente seja avaliado e adote o comportamento apropriado. Está descrito o fluxo, a partir da fronteira, de um pronto-socorro de uma policlínica, qual o caminho a seguir se alguém tiver sintomas ou não da doença».

MAIS DE 3.100 CAMAS DISPONÍVEIS EM TODO O PAÍS PARA ENFRENTAR O COVID-19

Portal Miranda informou que os centros e hospitais que serão utilizados em cada um dos territórios foram definidos para o isolamento e tratamento de casos suspeitos ou confirmados da doença. «Falou-se anteriormente dos hospitais militares, mas há outros centros que, nesses diferentes territórios, poderão atender a esses pacientes», afirmou.

«Também existem médicos e instituições qualificadas para vigilância em cada um dos territórios», disse.

O ministro destacou que, na ordem dos recursos, existe uma primeira etapa com mais de 3.100 leitos em todo o país para o tratamento desta doença, e pode ser aumentada de acordo com o comportamento da transmissão, caso sejam detectados casos de Covid-19. Também estão disponíveis mais de cem leitos os cuidados intensivos.

«Acreditamos que estamos em condições nesse nível para poder atender aos pacientes nas instituições escolhidas», afirmou.

Acrescentou que, nos prontos-socorros haverá uma consulta especializada apenas para a atenção às imagens respiratórias, com as condições adequadas para isso.

Ressaltou que os protocolos foram desenvolvidos por um grupo de especialistas em tratamento de doenças respiratórias e pacientes graves, e que foi decidido não desmontar esse grupo de especialistas, porque todos os dias são recebidas informações sobre essa doença.

«Outra questão que foi incorporada», explicou, e que é voltada para o setor de saúde, é a visão diferente das instituições sociais, por exemplo, asilos, centros médicos psicopedagógicos ou aqueles que cuidam de pessoas que vagam, lares maternos e outros, onde existem grupos vulneráveis ​​que exigem atenção diferenciada».

Em relação às atividades públicas, o ministro da Saúde comentou que uma análise técnica será alcançada quando considerado apropriado.

MEDICAMENTOS

Sobre a situação da medicação, Portal Miranda afirmou que o Estado apoia financeiramente os recursos necessários para o enfrentamento desta doença.

«Temos adquirido outros recursos essenciais para estarmos preparados e responder a uma grande epidemia, e não apenas medicamentos, mas também material descartável, meios de proteção, equipamentos de cuidados intensivos, peças de reposição, que nos colocam em uma posição melhor para enfrentar a situação».

«Também levamos em conta a criação de um grupo de especialistas vinculados aos centros de pesquisa do país, que estão trabalhando em como contribuir, não apenas para Cuba, mas para o resto dos países afetados, com novos produtos para tratar o Covid-19», disse.

Argumentou que o grupo BioCubaFarma trabalha no projeto de desenvolvimento de um antiviral cubano, o cigb 210, bem como de um candidato a vacina para submetê-lo à consideração da China, além de faixas rápidas para o diagnóstico da doença.

FORMAÇÃO

«Hoje estamos na segunda etapa da preparação, que abrange não apenas os parceiros de saúde, mas também outras organizações com alta influência nesse sistema, como turismo, transporte, fronteira e trabalhadores independentes».

Disse que é um processo que será escalonado e certificado. «Já são feitos materiais digitais e impressos, além de cursos de treinamento em vídeo, que podem ser replicados em diferentes locais. As universidades de Ciências Médicas serão os diretores da atividade», afirmou.

O ministro expressou que os estudantes também estão recebendo preparação. Da mesma forma, os colaboradores foram selecionados em todas as missões como facilitadores de informações sobre a doença.

«Existe um sistema de videoconferência para apoiar a preparação e manter informações atualizadas sobre a situação em cada país em que temos colaboradores. Não há um único colaborador afetado com esse novo coronavírus», afirmou.

TODOS OS ORGANISMOS TÊM RESPONSABILIDADE

Portal Miranda disse que o Plano Nacional aprovado pelo Conselho de Ministros e dirigido pela mais alta autoridade do país, integra não apenas o sistema de Saúde Pública, mas todas as agências.

«Enquanto alguns têm participação mais direta, existem medidas que envolvem todos».

Acrescentou que o ministério da Educação empreendeu ações com as famílias dos estudantes e planeja, com a colaboração de todos, alcançar a disponibilidade dos meios de limpeza. «As agências precisam exigir os meios de desinfecção, porque quando um caso aparece, não se trata de fechar escolas ou hotéis, mas de manter essas medidas e continuar funcionando de acordo com o comportamento da doença. A proteção dos trabalhadores expostos também é de responsabilidade das organizações e daqueles que podem estar viajando».

Entre as organizações com funções fundamentais, mencionou os ministérios das Relações Exteriores, Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, Turismo, Cultura, Forças Armadas Revolucionárias e do Interior, bem como a Alfândega da República e o Instituto Cubano de Rádio e Televisão.

Portal Miranda informou que o Ministério do Trabalho e Previdência Social trabalha em um decreto-lei para o tratamento salarial de pacientes em potencial.

Indicou que também é importante o papel de organizações como a Federação das Mulheres Cubanas, os Comitês de Defesa da Revolução, a Central dos Trabalhadores de Cuba e a Associação de Combatentes da Revolução Cubana, que têm uma participação destacada nesta estratégia.

MANTER-SE INFORMADO

«Outro componente é o plano de comunicação voltado para o nosso povo», afirmou o ministro da Saúde.

Um cenário foi planejado antes da entrada do vírus e outro após o primeiro caso, por isso Portal Miranda ratificou a importância de seguir informações atualizadas e confiáveis.

«Existem canais oficiais definidos, como o site da Presidência, o site do ministério da Saúde Pública, o site Infomed, o sistema de mídia nacional e territorial e o sistema das agências da Administração Central do Estado. Precisamos garantir que todas essas mídias tenham informações atuais e sistemáticas», afirmou.

Ressaltou que o portal Infomed, um site de fácil acesso, possui um espaço dedicado ao Covid-19, que se baseia em fontes oficiais como a Organização Mundial da Saúde e reúne informações sobre o vírus, indicações do Minsap, conteúdo para profissionais e viajantes e para o público em geral, além de reunir perguntas e respostas frequentes sobre o novo coronavírus, entre outros dados.

«Também criamos e teve grande impacto um APK, disponível para download em telefones celulares no site apklis.cu. Embora inicialmente pensemos em nossos profissionais, já o tem a população e possui informações úteis para prevenção», afirmou.

O ministro disse que um endereço de e-mail está habilitado: [email protected], disponível para fazer perguntas e esclarecer dúvidas. «Sabemos que existem muitos», reconheceu.

UM PLANO NACIONAL DINÂMICO E ATUALIZADO

Por sua parte, o vice-primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda detalhou as ações prioritárias para enfrentar o Covid-19.

«Devemos deixar bem claro que esta doença constitui um perigo para o nosso país, daí o pedido do general-de-exército Raúl Castro para aprofundar e expandir o plano que havia sido aprovado inicialmente, para que a Ilha possa estar em melhores condições para evitar, na medida do possível, a introdução da doença e minimizar seu impacto na população».

O vice-primeiro-ministro sublinhou que é um plano que não é estático, mas dinâmico, pois continuará sendo sistematicamente atualizado, incluindo sua aplicação em cada um dos territórios, da província aos conselhos populares.

«O verdadeiro sucesso deste plano será que nosso pessoal faça o que é seu, para agir em correspondência com o design. Temos que levar as pessoas a participarem do autocuidado e de suas famílias».

Morales Ojeda disse que o componente de comunicação é decisivo, «sem gerar alarmes, porque, como afirmado, nenhum caso foi diagnosticado no país. Nem mesmo colaboradores cubanos de outras nações foram confirmados com a patologia».

Disse que um dos elementos do plano de comunicação é o desenvolvimento de audiências em saúde, em conjunto com organizações de massa e estruturas e constituintes do governo, com a condução de especialistas em Saúde Pública. Essas audiências não estarão apenas no nível da comunidade, mas serão desenvolvidas em locais de trabalho e educativos.

ACESSO POPULACIONAL A PRODUTOS PARA PROTEÇÃO

Quanto aos protetores bucais, Morales Ojeda explicou que atualmente não há oferta estável dos diferentes fornecedores, pois é um fenômeno global e há falta desses meios. Mesmo se houvesse disponibilidade, o número de protetores descartáveis ​​necessários devido à situação econômica do país não poderia ser importado.

Disse que um material foi desenvolvido para alcançar a produção familiar e individual desses elementos de proteção e também para preparar a população para o processo de desinfecção.

«O plano por si só não resolve o problema. O cumprimento estrito de cada uma de suas medidas deve ser garantido, para que a disciplina e a verificação sistemática sejam essenciais para todas as estruturas em diferentes níveis, para que o que foi projetado tenha um impacto», concluiu.

 

*Matéria originalmente publicada no Granma

*Foto destaque: Foto: Ariel Cecilio Lemus

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Saúde

Coronavírus: Declarada a pandemia pela OMS; número de casos deve aumentar

Organização aponta que, nas últimas duas semanas, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e triplicou a quantidade de países afetados pela doença.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de Covid-19, o coronavírus, nesta quarta-feira (11). A entidade afirma que casos, mortes e números de países atingidos devem aumentar nos próximos dias.

A organização aponta que, nas últimas duas semanas, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e triplicou a quantidade de países afetados pela doença. “Atualmente, existem mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 pessoas perderam a vida”, divulgou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O representante da OMS acrescenta a “pandemia” não é uma palavra para se usar de forma descuidada e que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a “luta acabou”. “Milhares estão lutando por suas vidas em hospitais. Nos próximos dias e semanas, devemos observar que o número de casos de Covid-19, o número de mortes e de países afetados deve aumentar ainda mais”, alertou.

Apesar dos números, Adhanom ressaltou que a situação não é de desespero. “Como eu disse na segunda-feira (9), olhar apenas o número de casos de coronavírus e o de países afetados não conta a história completa”, disse. “Dos 118 mil casos relatados de COVID19 em 114 países, mais de 90% estão em apenas quatro países e dois deles – China e Coreia do Sul – estão com suas epidemias em declínio significativo”, acrescentou.

A OMS pede para que os países encontrem um equilíbrio para garantir acesso à saúde para todos os infectados. “O mandato da OMS é a saúde pública. Mas estamos trabalhando com muitos parceiros em todos os setores para mitigar as consequências sociais e econômicas dessa pandemia”, finalizou.

A pandemia é declarada quando há a propagação mundial de uma nova doença, que afeta um grande número de pessoas e que tenha transmissão sustentada de novos casos nesses locais .

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Lula deu a letra – PIB não vai crescer enquanto não falarem em investimento

Simples assim.

O diabo é que, num país que acredita que quem não trabalha deve ganhar rios de dinheiro com especulação e quem trabalha deve ganhar merreca, a crença é a de que o que produz riqueza é dinheiro e não trabalho, mão de obra, pesquisa, etc.

Essa não é uma das nossas mais lamentáveis heranças da escravidão?

Não eram os janotas, filhos da aristocracia cafeeira, que iam estudar no exterior, mas achavam que trabalhar era algo depreciativo?

Por isso nossos neoliberais são idiotas até para os padrões mais neoliberais mundo.

A crença cega dos gafanhotos nesse país é a de que dinheiro se ganha com exploração humana e não com a qualidade e quantidade do que se produz.

Isso, diante de uma realidade nua a crua forma: Estado chinês engoliu os EUA na guerra comercial no mundo.

Tudo por conta da produção, enquanto nos EUA a preocupação é a especulação que produziu a hecatombe financeira que está até hoje produzindo seus reflexos desde 2008 no planeta.

Lula, hoje, foi ao ponto: PIB não vai crescer enquanto não falarem em investimento.

Parece óbvio?

Mas não é para os tapados que santificam o mercado financeiro.

Lula, como sempre, foi cirúrgico: “Há uma tentativa de destruir o Estado. Vocês tão lembrados quando a FIESP colocava os patinhos perguntando quem ia pagar o pato? Por que eles não soltam os patinhos agora atrás do Bolsonaro?!”

E sapecou a real: “Cuidar dos pobres é barato. Incluir o pobre no orçamento não custa nada. E ainda dá retorno. Enquanto o rico custa caro e ainda dá golpe”

https://www.facebook.com/Lula/videos/636245423838053/

*Da redação

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Economia

Dia de fúria: Bolsa bate 10% de queda e é paralisada; dólar a R$ 4,80

Em plena era da revolução digital, estamos nós pobres mortais, à mercê do velho ditado: “o futuro a Deus pertence”.

Quem pode ficar tranquilo com o caos instalado nas bolsas do mundo inteiro, principalmente depois da declaração de Paulo Guedes de que ele e equipe econômica estão tranquilos?

Diante dessa violência do dinheiro contra o próprio mercado, o único remédio que os economistas têm é o deixa que eu deixo. No bom português, é o famoso, tumé, onde todos colocam a barba de molho e espera um sinal qualquer de uma luz no fim do túnel.

Mas como, se ninguém sabe a extensão da pandemia do coronavírus?

Economista não tem bola de cristal, aliás, costuma errar previsão até mesmo do passado. Bastou mover o tabuleiro do xadrez geopolítico, com a Rússia não aceitando o jogo da Arábia Saudita de reduzir a produção de petróleo, e esta, por vingança, resolveu retaliar a Rússia, abrindo as torneiras da produção de petróleo, baixando o preço do barril a nível da guerra do Golfo em 1991, pronto, o barata voa está instalado.

Não é um mero jogo de xadrez, mas um processo que se dá no segundo lance estratégico em cima de uma areia movediça, que é o coronavírus.

Se por um lado, a China vem reduzindo o número de pessoas infectadas, a Itália, por sua vez, não consegue deter o surto e a doença avança de forma galopante.

O que é a economia diante de uma tragédia humana? Nada. Nessa hora reina o empirismo, o achismo e o chutismo. Cada um chuta para onde o nariz aponta. Neste caso, prudência e caldo de galinha são o melhor remédio. É que o vemos agora com o circuit breaker na Bolsa de Valores.

Oremos, pois é a única coisa que nos resta como reles mortais.

 

*Da redação.

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Vídeo: Milícia digital do clã Bolsonaro espalha fake news covarde à China, maior parceira comercial do Brasil

Allan dos Santos, que comanda o escritório do ódio, conhecido como um dos maiores vigaristas digitais do país, esteve, junto com Eduardo Bolsonaro, num evento de extrema direita nos EUA, umbilicalmente ligado a Steve Bannon e Trump.

Todos sabem da guerra comercial que se trava entre EUA e China, com toda a possibilidade da China sair vencedora desse ringue. A China, no entanto, já fez inúmeras acusações aos EUA de fazer uma guerra suja contra ela, espalhando fake news sobre o coronavírus para atingir a economia chinesa.

Não por acaso, Allan dos Santos acaba de soltar uma fake news contra a China, a maior parceira comercial do Brasil, de que ela está cremando pessoas vivas com o coronavírus, o que pode custar ao Brasil um prejuízo de muitos bilhões se a China resolver retaliar o governo que utiliza esse expediente, possivelmente em acordo com os EUA para bombardear a economia chinesa.

Há que se duvidar que Allan dos Santos tenha feito isso sem o consentimento ou com a orientação de Eduardo Bolsonaro que, certamente, recebeu sinal verde do Palácio Planalto para fazer esse jogo sujo contra a China em favor dos EUA.

O caso é muito sério e pode ter desdobramentos inimagináveis contra o Brasil, sem dúvida. Aguardemos o que vem por aí.

Numa postagem seguinte, Allan dos Santos posta em seu twitter um vídeo em que Trump beija a bandeira americana. Para quem sabe ler, pingo é letra.

Abaixo, um vídeo com montagem extremamente grosseira compartilhado por Allan dos Santos, comandante da milícia virtual, o escritório do ódio do clã Bolsonaro.

https://twitter.com/allantercalivre/status/1234276589430550533?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mundo

Vídeo – China: O lado tragicômico do coronavírus

Como a vida real não funciona na base do pão, pão, queijo, queijo, certas disciplinas em momento de catarse soam cômicas, pra não dizer trágicas.

A cena no vídeo abaixo, de um fato ocorrido, supostamente, na China, em função do coronavírus, é inusitada, pela trapalhada bruta que acaba se transformando em algo extremamente cômico, fazendo até esquecer o motivo de algo que exige um comportamento tão exótico, para dizer o mínimo.

Divirtam-se:

 

*Da redação

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1ª prisão do miliciano herói de Bolsonaro teve comandante detido e fuzis do tráfico achados em batalhão

Em 27 de novembro de 2003, oito PMs do 16º BPM (Olaria) foram presos em flagrante pelo homicídio do flanelinha Leandro dos Santos Silva, em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio.

O homem foi assassinado um dia depois de denunciar que havia sido torturado e extorquido pela patrulha.

Um dos agentes detidos era o então tenente Adriano da Nóbrega — morto numa operação da PM na Bahia, há duas semanas.

Uma investigação da PM aberta após as prisões escancarou o descontrole no batalhão de Adriano à época: agentes faziam operações clandestinas, fuzis do tráfico foram encontrados dentro da unidade e até o comandante acabou preso acusado de tentar coagir testemunhas.

Essa foi a primeira prisão da carreira de Adriano — que recebeu, na cadeia, a Medalha Tiradentes do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

O EXTRA teve acesso ao relatório final da investigação, que apontou irregularidades cometidas por 51 policiais e determinou a abertura de processos administrativos para a exclusão de dois oficiais da PM — um deles, Adriano.

A investigação descobriu falhas no controle das viaturas usadas pelos agentes e nas escalas de serviço, o que possibilitava que PMs, mesmo fora de serviço ou à paisana, fizessem operações.

No mesmo dia das prisões, foram encontrados, no batalhão, dois fuzis — fabricados na China e na Rússia — que não faziam parte do armamento utilizado pela PM à época. As armas haviam sido apreendidas com traficantes e deveriam estar acautelados, mas eram usados pelos agentes do batalhão.

Torturas em série

Os oito PMs foram presos e denunciados pelo homicídio do flanelinha, mas nunca chegaram a responder pelas acusações de tortura feita por outros dois moradores de Parada de Lucas. Um deles alegou ter sido capturado em casa no dia 11 de outubro, levado para um terreno baldio na favela e liberado após pagar R$ 1 mil aos PMs. Outra vítima relatou ter passado o mesmo no dia 11 de novembro.

O GPS da viatura usada pelo grupo apontou que ela esteve no local apontado como o cativeiro. Seguranças que trabalhavam numa empresa próxima confirmaram que viram PMs lá nos dois dias. Um par de sandálias de uma das vítimas foi apreendido no local. A terceira vítima foi Leandro, o guardador de carros, em 21 de novembro. Exame de corpo de delito feito antes do assassinato apontou sinais de asfixia.

Comandante acabou preso

No dia em que a patrulha foi presa, o então comandante do batalhão, tenente-coronel Lourenço Pacheco Martins, foi exonerado pelo secretário de Segurança Anthony Garotinho. O oficial acompanhou os oito PMs até a delegacia e, no local, chegou a ameaçar fotógrafos caso fossem registradas imagens dos agentes.

No ano seguinte, já fora do cargo, Martins foi preso acusado de tentar coagir testemunhas que acusavam a patrulha de tortura. A prisão do oficial aconteceu um dia depois de um depoimento do traficante José Roberto da Silva Filho, o Robertinho de Lucas. O criminoso alegou que teria sido forçado por Martins a convencer testemunhas da morte do guardador a mudar o depoimento na Justiça. A acusação nunca foi comprovada, e Martins acabou solto meses depois.

Impunidade

Adriano da Nóbrega foi condenado em primeira instância a 19 anos e seis meses de prisão. Após a condenação, foi defendido na tribuna da Câmara pelo então deputado federal Jair Bolsonaro. Ao recorrer da sentença, o então capitão conseguiu ser absolvido por decisão da 4ª Câmara Criminal do TJ do Rio, em setembro de 2006.

Nenhum dos oito PMs da patrulha acabou condenado pelo homicídio. Todos foram soltos após serem absolvidos em segunda instância. Em 2014, já capitão, Adriano foi expulso da PM por envolvimento com bicheiros.

Casado, pai de dois filhos e sem antecedentes criminais, Leandro começou a trabalhar como autônomo registrado na CET-Rio em 18 de setembro de 1999. Ele trabalhava no sistema Vaga Certa na Avenida Atlântica, próximo ao hotel Copacabana Palace.

 

 

*Com informações do Extra

 

 

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Exportações desmoronam 19,5% e déficit externo de Janeiro chega 11,9 bilhões de dólares

O ano de 2020 começou desfavorável para o comércio exterior brasileiro. O volume de exportações brasileiras recuou 19,3% em janeiro deste ano ante janeiro de 2019. Já o volume de importações cresceu 2,0% no período. Os dados são do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 20, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O tombo pesou para o déficit de US$ 11,9 bilhões nas chamadas transações correntes, a conta que mede todas as operações que o país faz com o exterior, sejam elas financeiras, de comércio exterior e de serviços.

No mesmo mês de 2019, o resultado negativo havia sido de US$ 9 bilhões.

Os brasileiros gastaram menos com viagens no exterior.

No mês passado, a despesa caiu 13%, de US$ 986 milhões para US$ 857 milhões.

A balança comercial de janeiro registrou um déficit de US$ 1,7 bilhão, após consecutivos superávits neste mesmo mês desde 2016.

O Icomex lembra que o acordo entre a China e os Estados Unidos deve levar a perdas nas exportações de soja, mas há risco também para as exportações de carnes.

A equipe do Icomex prevê uma possível queda entre 10% e 15% nas exportações brasileiras para a China este ano. Ao mesmo tempo, a FGV considera pouco provável que a economia argentina possa contribuir para o aumento das exportações brasileiras em 2020.

 

*Da redação

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Globo, que apoiou a precarização trabalhista e do SUS, diz que hospitais da China foram feitos por mão de obra escrava

Resumindo o contrato entre os americanófilos da Globo com os interesses ideológicos, mas sobretudo comerciais de Trump, a Globo tenta substituir o elogio a um país que constrói dois hospitais em poucos dias em um desastre humanitário.

Abre-se aí  um parênteses, o desastre humanitário, no caso, não é o coronavírus, mas sim a suposta mão de obra escrava dentro de um regime totalitário.

A Globo sendo a Globo. Se de um lado, ela, via Globonews, foi uma espécie de programa de auditório 24 horas por dia em prol do desmonte das leis trabalhistas, da PEC do fim do mundo que congelou por 20 anos os recursos da saúde e da educação, é uma entusiasta da privatização do SUS, como sonha Paulo Guedes, além de ter sido madrinha da bateria dos batuqueiros que ecoaram o som do fim da aposentadoria para os mais pobres, como ocorreu na reforma da Previdência.

A mesma Globo, agora, está compadecida com os escravos chineses, obrigados a um trabalho forçado na construção recorde de dois hospitais, o que está encantando o mundo que, segundo ela, só é possível em países sanguinolentos, totalitários.

O engraçado é que, mesmo nesses países totalitários, essa mesma ditadura comunista da China, quando comprou alguns milhares de toneladas de carne brasileira, fazendo o preço disparar no mercado interno afetando a economia com uma explosão inflacionária, a Globo se esqueceu de dizer que isso estava acontecendo porque Bolsonaro, o anticomunista de araque, tinha sido salvo justamente pelas exportações para a China, sem se preocupar se esta vive uma ditadura ou uma democracia, o importante era encher os bolsos dos pecuaristas e estes ganharem dinheiro como nunca e com os holofotes da Globo.

Como na guerra comercial entre China e EUA, a Globo é 100% Trump, mesmo sem saber o que aconteceria com o Brasil se o vírus causasse uma hecatombe econômica na China e afetasse diretamente as Havans da vida, empanturradas de bugigangas chinesas, a Globo cumpre seu papel olavista de elogiar a economia americana e os empregos de qualidade gerados por ela e, por outro lado, aproveitar o ensejo da construção dos hospitais para denegrir a imagem da China falando em trabalho escravo.

Por isso é sempre bom dizer que o que se ampliou no Brasil não foi a direita ou a extrema direita, mas o cinismo, a cara dura, a desavergonhada fala que se contradiz na fala seguinte sem que ninguém core a cara de pau. E esse é o caso da Central Única do Fascismo Nativo, Rede Globo de Televisão.

Não há hoje vírgula de pudor na forma com que a Globo produz seus balões, cria heróis e bandidos, isso ela faz até de improviso, mesmo que a língua de um comentarista tropece na do outro cinco minutos depois. O importante é fazer de conta que o errado que beneficia os ricos é o correto, e o correto que beneficia os pobres, seja o errado, porque na verdade, é disso que se trata a crítica da Globo na construção relâmpago de dois hospitais na China.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Além do coronavírus, agora a China registra surto de gripe aviária

Enquanto o número de mortes por coronavírus em Wuhan continua aumentando, a China foi atingida por outra infecção perigosa. As autoridades locais detectaram uma cepa do vírus H5N1, também conhecida como gripe aviária.

O Ministério da Agricultura da China informou neste sábado sobre o surto da gripe aviária H5N1 na província de Hunan, assegurando que ainda não há registro de exposição humana.

“Um surto de influenza aviária H5N1 altamente patogênica ocorreu em uma fazenda no distrito de Shuangqing, na cidade de Shaoyang, província de Hunan”, disse o comunicado do Ministério da Agricultura, acrescentando que a fazenda infectada tinha 7850 aves. Cerca de 4500 aves contraíram a doença e morreram.

A cepa do H5N1 matou dezenas de pessoas em todo o mundo nas últimas décadas. O surto de gripe aviária foi relatado em 2009-2010 e 2013-2014. Na época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional fizeram um esforço para conter a propagação da infecção.

Segundo os médicos, a gripe aviária – descoberta pela primeira vez entre as aves no sudeste da Ásia – é um tipo altamente contagioso do vírus influenza que pode ser facilmente transmitido entre os seres humanos. Ao contrário da atual epidemia do coronavírus, a gripe aviária é curável porque a OMS desenvolveu uma vacina contra esse tipo de infecção.

 

 

*Com informações do Sputnik