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Jornal Nacional não fala de “Democracia em Vertigem” e “Vaza Jato” porque Petra e Glenn desancaram a Globo

Glenn Greenwald e Petra Costa demoliram a versão da Globo de que o golpe em Dilma e a condenação de Lula foram legais.

Nada adiantou, na verdade, piorou a tentativa dos Marinho de atacar Petra Costa usando Bial como garoto de recado. Ele acabou dando mais visibilidade ao documentário Democracia em Vertigem que concorre ao Oscar e ainda saiu completamente queimado da empreitada suicida.

A palavra de desqualificação de Regina Duarte contra o documentário também não serviu para apagar o brilho internacional do filme e de Petra, que ganham cada vez mais os holofotes da imprensa internacional.

A Globo, que é uma péssima perdedora e, por isso, antevendo a 4ª derrota consecutiva do PSDB em 2014, partido oficial da casa, contratou um juiz corrupto como Moro para seguir o roteiro da novela policial, Lava Jato, escrito no Projac e nas redações dos Marinho para fabricar o golpe contra Dilma e a condenação e prisão de Lula.

Aí vem o Glenn e desmonta toda a farsa dos empregadinhos da Globo e escancara os crimes cometidos por Moro, Dallagnol, Paludo e cia., com as revelações do Intercept, com a série de sucesso, Vaza Jato.

O mesmo ocorreu com Democracia em Vertigem que desmonta a farsa construída pela versão da Globo contra Dilma e Lula e, agora, concorre ao Oscar, ganhando os olhos do mundo.

Por isso, não se viu no Jornal Nacional, nesta quinta-feira (6) em longa reportagem sobre o Oscar, falar do documentário brasileiro na cobertura que fez sobre a premiação. É como não existisse Petra Costa e “Democracia em Vertigem”, assim como a Globo fez, inutilmente, ao ignorar a Vaza Jato e o jornalista Glenn Greenwald.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro, de chantageador geral da república a imperador do Brasil

Como Moro conseguiu, em apenas uma semana, desmoralizar os três poderes da República? Esta é uma pergunta que muitos devem se fazer.

Moro orbitou junto ao Ministério Público para denunciar Glenn, por vingança, por ter revelado, através do Intercept, muias de suas trapaças na Lava Jato. Foi ainda mais longe, mostrando que tem total controle sobre o aparelho judiciário do Estado, fazendo Fux suspender, como queria Moro, o juiz de garantias. Moro atropelou não só a Presidência, o Congresso, mas o próprio STF.

O último episódio, na mesma semana, foi ter colocado Bolsonaro de joelhos diante das câmeras em rede nacional ao vivo e a cores, fazendo revogar a decisão de tirar de suas mãos a pasta da Segurança Pública e, consequentemente, a Polícia Federal.

Uma coisa a gente aprendeu com muita clareza com a vaza jato. Moro não joga pra perder e muito menos joga limpo.

Moro é frio, calculista e quer ter o controle total da manete para salvar aliados ou matar seus adversários usando os métodos fascistas nas sombras do poder, dignos dos ditadores mais facínoras.

No dia da prisão de Lula quem deu todas as coordenadas para a PF, foi Moro, ainda juiz.

No dia em que o desembargador Rogerio Favreto deu a ordem de soltura de Lula, Moro abandonou as férias e manipulou, desde a carceragem até os seus aliados do TRF-4 para que Lula não fosse solto.

Moro já havia mostrado, no episódio em que grampeou e vazou para a Globo o conteúdo da ligação de Dilma para Lula, que ele cometeu dois crimes, o da clandestinidade da gravação, pois, no momento em que gravou a conversa, Moro já não estava mais sob a cobertura de seu próprio despacho, pois naquele momento já estava suspendido a operação. Mas Moro continuou agindo como um hacker e fez questão de, pessoalmente, entregar a gravação para a Globo e propor chamadas fora do Jornal Nacional para insuflar a sociedade contra Dilma, com o objetivo de botar mais fermento no golpe. Pior, editou a gravação, como ficou comprovado, fazendo parecer que havia uma armação de Dilma para dar a Lula o foro privilegiado.
Tudo pensado e calculado para fornecer matéria prima para seu objetivo principal, tirar Lula da disputa presidencial e barganhar com Bolsonaro ou Alckmin um assento no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Para quê? Provavelmente para ter o maior banco de dados possível para oferecer proteção a aliados, como se viu pela Vaza Jato ele abortando uma investigação contra FHC, manipulando o PGR Aras para que interferisse no caso Marielle para desqualificar a acusação de envolvimento do clã Bolsonaro com o caso.

Não deu exatamente certo esse caminho, então Moro buscou outro ainda mais perigoso e cruel, colocou seus gorilas da PF para dar um calor no porteiro do condomínio de Bolsonaro, arrancando dele o máximo de informações daquele fatídico dia do assassinato de Marielle para usar, de uma lado, como chantagem e, do outro, pressionar o porteiro para se auto delatar, dizendo que a culpa no final das contas, foi dele, do porteiro. Uma história que beira ao ridículo, maior que a falsa facada de Bolsonaro.

A verdade é que, como diz o ditado popular, Moro veio fazendo vidinha. Ninguém sabe exatamente como e porque ele foi parar na fase final da farsa do mensalão como assistente da ministra Rosa Weber, mas certamente, ao contrário da fantasia tosca que conta de que a Lava Jato foi inspirada na operação Mãos Limpas da Itália, Moro, que já tinha um bom know hall de parceria com Youssef no caso assombroso do Banestado, a partir a ação penal 470, deu início a toda a farsa da Lava Jato, utilizando seu doleiro de confiança, Youssef, para dar o start à novela na qual já havia fechado contrato com a Globo, tanto que foi premiado pelos Marinho antes mesmo da operação ganhar a visibilidade que ganhou.

O fato é que, nesses cinco anos de Lava Jato, Moro, com a assistência direta de Dallagnol, montou certamente o maior banco de dossiês contra políticos, juízes e ministros do STF de que se tem notícia na história do Brasil. E com certeza usa de forma homeopática suas informações de acordo com o caso. No caso de Fux, certamente, não foi uma ameaça de revelar ao Brasil que a cabeleira dele é postiça para fazer o ministro criar uma situação inédita de atropelar, monocraticamente, uma decisão do presidente da Corte no caso da suspensão do juiz de garantias. Aliás, a palavra garantia, para Moro, é sua maior inimiga. Moro é uma espécie de cangaceiro togado que usa todos os subterfúgios, mas sobretudo a força da mídia para impor suas leis, como fez em parceria com a Globo, destruindo reputações e condenando seus inimigos pela força da opinião publicada. Ou seja, o cara é sujo 24 horas por dia em cada passo que dá, em cada grampo que faz, em cada campo que fuça.

Assim também ele tentou ficar maior que Gilmar Mendes quando escaramuçou a sua vida e de sua esposa na Receita Federal, produzindo a ira santa de Gilmar contra ele.

Na ideia de criar uma mera estrutura política com uma fundação privada, usando dinheiro público da Petrobras, numa descarada tungada, tentada por ele e Dallagnol, com R$ 2,5 bilhões, Moro mostra que tem olho em todo o tabuleiro do xadrez, mesmo que jogadas como essa tenham dado chabu.

Seja como for, Moro mostrou que tem munição na manga, e não é pouca, para enfrentar grandes adversários. Com Lula, não teve jeito, teve que se expor muito além da conta e acabou sendo desmascarado pelo Intercept, dando a Lula munição para provar não só ao Brasil, mas também à comunidade jurídica internacional que Moro é um sacripanta. Imagem fixada no documentário Democracia em Vertigem que concorre ao Oscar e faz do bandido de Curitiba um vilão de status internacional, mostrando que, mesmo cercado de cuidados, Moro tem muitas fragilidades e não engana mais ninguém.

Todos sabem que é ele que está por trás da decisão de Fux, assim como da denúncia do procurador Wellington Oliveira contra Glenn, como mostrou os dentes para Bolsonaro e o colocou de joelhos e revertendo, por hora, a decisão de tirar de suas mãos a pasta da Segurança Pública que lhe serve de preciosa máquina de arapongagem e chantagem, mostrando que Moro detém o poder, mas está gastando munição que lhe fará falta mais à frente.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro: In Fux we trust. Traduzindo, Fux come na minha mão

Moro pode usar seu capataz no Ministério Público Federal, o procurador Wellington Divino para perseguir Glenn por forra, por ter arrancado o véu divino do juiz corrupto. Mas uma coisa é certa, ele jamais conseguirá apagar da história tudo o que foi revelado sobre a Lava Jato pelo Intercept.

Isso já está tatuado na alma dos brasileiros, tanto que o assunto do momento no Brasil é #InFuxWeTrust.

Para fechar esse episódio com chave de ouro, Moro fez questão de mostrar, no twitter, que foi ele quem, digamos, sugeriu a Fux que suspendesse por tempo indeterminado o juiz de garantias, passando por cima do Congresso e da própria Presidência da República, mostrando a balbúrdia jurídica e política que se transformou esse país por conta da Lava Jato e das práticas criminosas de um juiz corrupto e ladrão, como bem disse o deputado Glauber Braga.

Moro, com isso, sublinha o que o que Glenn já havia revelado na fala de Moro com Dallagnol, “In Fux we trust”, traduzindo: Fux come na minha mão.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro, pai de Flávio e patrão do Queiroz, ironiza Glenn: Você não acredita na Justiça?

“Quem denunciou foi a Justiça. Você não acredita na Justiça? Diz o burro do Bolsonaro ironizando Glenn. Já que ele foi denunciado pelo MP e não pela justiça.

Bolsonaro é aquele senhor da casa 58 do condomínio Vivendas da Barra que mandou Moro dar uma prensa no porteiro para que mudasse o depoimento de que o assassino de Marielle, para entrar no mesmo condomínio dele e de Carlos Bolsonaro. O porteiro disse, em seu primeiro depoimento, que ouviu a voz do seu Jair duas vezes liberando a entrada do comparsa de Ronnie Lessa que morava a 50 metros de sua casa, mas que Bolsonaro diz não saber de quem se trata.

Deve ser o único miliciano da face da terra que ele não conhece, justo o seu vizinho que também é traficante internacional de armas.

Mas Bolsonaro acha mesmo que tem o direito de ironizar Glenn, o mesmo Bolsonaro, marido da Michelle que recebeu do miliciano Queiroz cheque de 25 mil.

O mesmo Bolsonaro que atacou o MPF do Rio por investigar seu filho Flávio pelo aumento relâmpago e gigantesco de patrimônio “vendendo chocolate”.

O mesmo Bolsonaro que desmontou o COAF para tentar destruir as provas dos rolos de Queiroz e Flávio que chegariam certamente na casa 58 do Vivendas da Barra.

O mesmo Bolsonaro que, em conluio com Moro, mandou prender Lula para chegar à Presidência da República e Moro ao Ministério da Justiça.

O mesmo Bolsonaro que é patrão do mais novo vigarista famoso do Brasil, Fabio Wajngarten da Secom.

Não se vai enumerar aqui as trapaças de Bolsonaro, o picareta que colocou na sua folha de pagamento como assessora parlamentar a laranja Wal do açaí.

Se fosse para listar 10% do que aprontou como parlamentar e presidente, com certeza, passaria dias metendo o dedo no teclado, que seria gasto, para denunciar um picareta que até o mundo mineral sabe o que já fez.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Docs secretos dos EUA mostram como Marcelo Tas foi usado para influenciar brasileiros

O jornalista vencedor do prêmio Pulitzer, Glenn Greenwald recentemente entrou em um embate com o apresentador Marcelo Tas, pela campanha que se disseminou no Twitter, para que um representante do The Intercept Brasil fosse chamado para participar da bancada do Roda Viva com Sérgio Moro. Tas classificou como ridículos os apelos para o embate entre Moro e Greenwald.

A reação do jornalista americano, autor das publicações do caso da Vaza Jato e dos vazamentos da NSA, foi certeira e na mesma moeda que sempre teve grande fluência, divulgação de documentos vazados, dessa vez, da embaixada americana, publicados pelo Wikileaks. Glenn publicou:

“Interessante email do arquivo de Hillary sobre como usaram @MarceloTas para “validar e ampliar” mensagens dos EUA”

“Este documento secreto do governo dos EUA, divulgado e publicado em 2016 pelo WikiLeaks, merece muito mais atenção: como os EUA usa as contas da rede sociais do @MarceloTas para divulgar e disseminar a propaganda oficial das EUA, sem que ninguém saiba.”

 

*Fabio Rios/A Postagem

 

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Glenn acusa a Lava Jato de ser uma facção criminosa, expondo a fragilidade do sistema judiciário no Brasil

“Tem uma facção dentro desse país muito poderosa e essa facção conseguiu exercer esse poder durante cinco anos sem ser questionada, investigada. Estou falando da Lava Jato, facção liderada pelo ex-juiz Sergio Moro”, declarou Glenn.

“Não tem nada mais perigoso pra uma democracia do que deixar uma facção como a Lava Jato exercer poder sem ser investigada. E só uma imprensa livre faz isso”, prosseguiu o jornalista que comanda a Vaza Jato.

É bom que se acrescente duas coisas na fala do Glenn: a Lava Jato só chegou aonde chegou porque o judiciário se transformou num cassino com cartas marcadas e dados maceteados para que a banca ganhasse sempre.

Lógico que quem despertou o espectador e, com isso, blindou Moro e a Lava Jato foram os barões da mídia, sobretudo o império de comunicação Globo. Nesse ponto, Moro foi bastante profícuo. Antes de qualquer coisa, ele, Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima estabeleceram uma parceria quase exclusiva com a Globo para as operações espetaculosas da Polícia Federal que já condenavam, antes de qualquer julgamento, a vítima da quadrilha lavajatista.

Este talvez seja um dos grandes problemas do Brasil, a grande imprensa aqui é, na verdade, uma grande empresa e, como tal, trabalha pelos interesses das grandes corporações das quais ela é parte.

Assim, com a força de seu capital, as informações manipuladas são transformadas como verdade única, absoluta, “oficial”, até porque ninguém censura mais a imprensa do que os barões da comunicação, deixando apenas sua versão dos fatos que, na maioria das vezes, são construídos a partir dos interesses das empresas de comunicação e não do jornalismo ou da informação a serviço da sociedade.

Soma-se a isso o discurso cínico de Luis Roberto Barroso, que fala num julgamento a partir do “clamor popular” ou “no anseio da sociedade contra a impunidade dos poderosos” e toda uma balela baseada em argumentos utilitaristas, mas absolutamente inconstitucionais.

Assim, num crescente declínio, as mudanças na estrutura do judiciário foram criando um sistema criminoso no território brasileiro, difundido e aplaudido pelos grandes meios de comunicação com uma intensidade manifestante inacreditável, principalmente da Globo.

A grande imprensa implantou um regime denuncista em nome do combate à corrupção, cometendo as formas mais bárbaras de corrupção que é a informação violentamente corrompida. E isso mostrou como as estruturas do aparelho judiciário brasileiro são frágeis, dependendo do esperto que se valer dessa fragilidade, como Moro, Dallagnol e Carlos Fernando, a justiça passa a ser uma das maiores oportunidades lucrativas para o empreendedorismo do crime.

Por isso, a fala de Glenn trazendo aspectos esclarecedores do modus operandi da Lava Jato, é fundamental, porque hoje se dispomos de ampla documentação que mostra os intestinos criminosos da Lava Jato com uma rigorosa autenticidade, foi graças ao trabalho audacioso de Glenn e do Intercept, além de alguns parceiros que se somaram à Vaza Jato ao longo da trajetória dos vazamentos.

Que isso sirva para trazer para ao debate nacional o significado de um judiciário que não tem qualquer proteção para lidar com juízes e procuradores vigaristas que usam o aparelho do Estado para fazer grandes negócios políticos e empresariais, como foi o caso de Moro, Dallagnol e Carlos Fernando.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dallagnol, o procurador de dinheiro e Glenn no Roda Viva com o batalhão de choque de Dória

O Roda Via, que há muito tempo se transformou num crepúsculo tucano, ontem se superou. Aquelas criaturas impacientes que entrevistaram Glenn, um colega de profissão, sem esboçar um único sorriso no rosto, foi a réplica do próprio Dória. A intenção era bombardear Glenn com perguntas idiotas, mas incisivas e nenhum dos jornalistas que participou dos ataques a Glenn, com canhões trovejando bobagens, beirando ao infantilismo, negou-se a participar daquela inquisição que envergonha quem guarda o mínimo de distância do jornalismo de arquibancada.

Glenn nem piscou diante da cerrada coluna tucana que foi armada para agradar o Dória. As perguntas, carregadas de breu, tinham a intenção de criminalizar o jornalismo investigativo do Intercept, em favor da Lava Jato pelos jornalistas de Dória, sócio político de Moro. Isso tudo absolutamente inédito, até para o nível do Roda Viva que, em consequência, recebeu, na madrugada, uma chuva de críticas nas redes sociais, tal o nível baixo do jornalismo de clientela. Isso, no mesmo dia em que o Intercept sacudiu o país com novas e escabrosas revelações em que o espingolado Dallagnol aparece fazendo uma espécie de coleta milionária de dízimo entre empresários, muitos já manchados com algum tipo de envolvimento em investigações da própria Lava Jato. Lógico, tudo em nome das boas causas, como é o padrão dos lavajatistas, ao estilo toda picaretagem vale a pena se a grana não for pequena.

Isso, porque novamente Dallagnol, num caldo de paspalhice retórica, não nega que rodou com a sacolinha para arrecadar verdadeiras fortunas em nome da farda dos combatentes da corrupção.

O fato é que não há mais como o tucanato usar a máquina enferrujada do Roda Viva como panfleto político, menos ainda a qualquer espaço retórico para explicar a vigarice em último grau dos membros da república de Curitiba com seus capotões de intocáveis.

Os leões da liga da justiça estão sem dentes, não sobrou um que não faça parte de um croqui desse verdadeiro Estado paralelo, como bem disse Gilmar Mendes. Assim, diante dessa limpidez primitiva, o país só espera que, se ainda existe um sopro de justiça, que Lula seja imediatamente libertado e que Moro, Dallagnol e o califado curitibano enfrentem a lei.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Intercept emparedou a Globo e os Marinho deixam Moro com a brocha na mão

Sem a capa de super-homem que a Globo lhe emprestou, Moro não dispõe mais da força nos braços para esmurrar a constituição e promover todos os absurdos que cometeu como juiz da Lava Jato. O mesmo pode ser dito de Dallagnol, que, da noite para o dia, anda vendo o mundo de cabeça para baixo, depois de construir uma carreira primorosa de palestrante, com ganhos extraordinários, parece que a fecundíssima fonte secou em consequência dos vazamentos do Intercept.

É que os Marinho, diante da realidade escancarada pelo Intercept, deram uma forte guinada no leme, norteando o Jornal Nacional a transformar Bonner em Pilatos em busca de um remanso em meio ao tormento provocado pelos vazamentos, até porque, pelo que disse Glenn em entrevista na TVT, o que certamente alarma a Globo, ele tem um vasto material das relações nada republicanas da Globo com os procuradores da Lava Jato, avalizados por Moro.

Sem esse sistema de lentes que a Globo usava para ampliar a musculatura da Lava Jato, as respostas que Dallagnol, Moro e cia. dão a cada vazamento se transformaram em balas perdidas, pior, eles agora é que não têm blindagem nenhuma e se encontram em recinto nada adequado a céu aberto no momento em que estão sendo bombardeados, quase diariamente, com as revelações cirúrgicas que estão explodindo na cabeça dos procuradores e de Moro.

Não há nenhum espetáculo em vista no Jornal Nacional protagonizado pela Lava Jato, com o japonês da Federal, por exemplo. Moro hoje está tão fora de moda na Globo quanto o Capitão Furacão, Nacional Kid e o Vigilante Rodoviário. Sim, Moro para a Globo agora é coisa do passado. O que ela quer é ficar bem longe do espelho para ter o mínimo possível de contaminação com a cascalheira que cai sobre a cabeça dos procuradores e de Moro.

A Globo não quer fazer ondinha, não quer se enlamear publicamente mais do que já se enlameou, ela já farejou no ar que o sangue de suas vítimas em parceria com a Lava jato já não é mais delas, mas deles próprios e desistiu de tentar blindar os ex-inatingíveis procuradores e juiz da Lava Jato.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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O mata-leão fatal que Glenn deu em Moro

Depois das farsas do hacker de Araraquara, o fake do PCC e a tentativa de jogar Lula numa prisão comum em São Paulo, por vingança, Moro foi pego no contrapé por Glenn num mata-leão certeiro, o celular de Cunha.

Moro, que vinha negando a autenticidade dos vazamentos, depois, passando a criminalizar o Intercept, não teve como se defender do Royal Straight Flush de Glenn porque, como disseram dois ministros do STF, a gravidade desse vazamento do Intercept contra Moro se dá por dois motivos. O primeiro que os procuradores atendendo às ordens de Moro, realmente não periciaram os celulares de Cunha e, o segundo, nenhum outro investigado e condenado pela Lava Jato ficou sem ter seu celular ser periciado.

Isso prova que Moro, além da ilegalidade de dar mais uma ordem aos procuradores e policiais federais, mostrou que Cunha, o maior corrupto da história do Brasil, era seu protegido.

O que sobrou de credibilidade de Moro, o juiz que condenou Lula sem provas? Nada!

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Vídeo: Em plena erosão, governo Bolsonaro se agarra aos racistas

Bolsonaro, como se sabe, não age por raciocínio, mas por instinto como um animal selvagem, assim como seus colaboradores no governo e, como nos tribunais do crime, usa sua milícia para tentar fazer uma barreira de contenção numa higienização humana contra pobres e negros. Isso se dá porque, diante da fraqueza econômica em que o Brasil se encontra e que só se agrava. A única cria que sobrou para Bolsonaro é a dos seus fascistas mais fieis.

Foi exatamente isso que deputados do PSL tentaram, em um voo na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Não colou, é lógico, foram expulsos pelos estudantes, mesmo com a ameaça de capangas e capatazes armados.

Isso aponta para uma política que Bolsonaro dispõe para tentar se manter no poder, já que a realeza da Lava Jato, Sergio Moro, está na berlinda e o monumento da ética contra a corrupção transformou-se em piada nacional na arte de arrebatar, no muque, as palmas da vitória de uma farsa que se converteu em uma máquina de ganhar dinheiro com palestras e cursos, tendo a genial ideia de colocar sua mulher, Rosângela Moro, como testa de ferro, assim como também fez Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato.

E se a derrocada política de Moro é irreversível, concorrendo cabeça a cabeça com a economia brasileira aos cacos, sem falar no desgaste demolidor do governo com a reforma da Previdência contra os trabalhadores mais pobres, mantendo os privilégios dos amigos do rei, não resta dúvida na cabeça de Bolsonaro, vai atacar pesadamente os negros e pobres para manter os velhos barbados que se vestem de verde e amarelo em nome do racismo que carregam na alma e os tontos, que estão sempre dispostos, por vocação, a seguir uma manada.

Na verdade, tudo isso somado, como diz Glenn, não passa de 15% da população. E, certamente, Bolsonaro contará com metade desse percentual quando restar ao povo apenas um levante contra seu governo, e ele virá antes do que se imagina.

Até lá Bolsonaro tentará expor para os ricos como troféu o que já se multiplica nas ruas dos grandes centros do país, brasileiros famintos dormindo ao relento, debaixo de viadutos, pontes e marquises das grandes avenidas. Aliás, nada retrata melhor o Brasil depois do golpe, fora da luz das teorias, porque não há como interpretar o país de outra forma que não seja trágica olhando essa cena se avolumar em velocidade inacreditável.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas