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Força-tarefa, comandada por Moro, quebrava dedos dos presos, diz órgão ministerial

Relatório do Mecanismo de Combate à Tortura, ligado à pasta de Direitos Humanos, descreve ‘modus operandi’ de agressões da intervenção federal em presídios do Ceará

O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, apontou um “modus operandi” na atuação de agentes de forças-tarefas de intervenção federal em presídios: machucar e até mesmo quebrar os dedos de presos, como forma de impedir que agentes sejam agredidos por detentos. O registro dessa prática foi feito em relatório de 5 de abril deste ano, assinado por quatro peritos do mecanismo, após inspeções em presídios do Ceará sob intervenção federal autorizada pelo Ministério da Justiça.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou a intervenção federal nos presídios do Ceará em 25 de janeiro. O governo do estado reassumiu em maio o controle dos centros de detenção.

Uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará detalhou casos de tortura em presídios no estado controlados pela força-tarefa de intervenção federal. O coordenador do grupo, designado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), foi afastado do cargo pela Justiça Federal. O caso gerou forte repercussão, e tanto o ministro da Justiça quanto o diretor-geral do Depen, Fabiano Bordignon, negaram haver qualquer comprovação de tortura. Moro disse que eventuais abusos, se provados, serão punidos.

De acordo com os relatórios do Mecanismo de Prevenção à Tortura, o caso do Pará não é isolado. No documento que trata da inspeção em unidades do Ceará, os peritos descrevem uma “sistemática” agressão nos dedos de presos para que eles percam o movimento das mãos.

“Um expressivo número de pessoas, em diferentes celas e alas, mostrava as mãos denunciando que seus dedos haviam sido quebrados e machucados pelos agentes da FTIP (força-tarefa de intervenção penitenciária)”.

Conforme o relatório, “nitidamente a violência cometida de golpear os dedos com tonfas (cacetetes), chegando muitas vezes a quebrar, foi praticada sistematicamente”.

Os peritos afirmam, então, que já haviam se deparado com esse “modus operandi” em outras unidades sob intervenção federal, o que torna “bastante evidente e robusto o argumento de que essa prática vem sendo utilizada por agentes dessa força-tarefa”. O relatório cita que o secretário de Administração Penitenciária do Ceará, Luís Albuquerque Araújo, mencionou numa audiência pública em Natal “a utilização desse método para diminuir a capacidade do preso em realizar movimento de pinça, isto é, de segurar objetos, e assim impossibilitar que possam agredir os agentes prisionais”. Araújo é policial civil e já coordenou forças-tarefas de intervenção federal em presídios no Ceará e no Rio Grande do Norte.

Depen nega tortura

O Mecanismo de Combate à Tortura foi criado por uma lei de 2013. Um decreto do presidente Jair Bolsonaro extinguiu os cargos dos peritos do órgão. Uma decisão liminar da Justiça Federal suspendeu os efeitos do decreto. A Procuradoria-Geral da República (PGR) entendeu que a extinção dos cargos viola a Constituição e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare inconstitucional o ato do presidente.

Em resposta aos questionamentos do GLOBO, o Depen afirmou que “repudia veementemente” as informações “infundadas e sem provas” sobre tortura durante a intervenção no Ceará. “Não foi identificada qualquer prática de tortura nas atuações dos servidores da força-tarefa”, disse. O Depen informou ainda que a Corregedoria do órgão esteve no Ceará para uma inspeção e apura as denúncias.

“O Depen reforça que as forças-tarefas representam a libertação dos presos não faccionados do jugo das facções. Em todos os locais de atuação houve redução, acima da média, das estatísticas de crimes violentos”, completa o órgão.

A Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Ceará afirmou que a presença do Estado para “estabelecer o controle” dos presídios levou a “reações dos presos” em algumas situações, com motins e agressões contra servidores, e que os presos feridos nesses confrontos foram medicados. E que não há indícios de tortura.

Sobre as declarações dadas pelo secretário numa audiência pública, a secretaria afirmou que o MP do Rio Grande do Norte entendeu que as falas “não sugerem a prática de tortura ou omissão na apuração de tal delito”. O caso referente à declaração foi arquivado, segundo a pasta.

 

*Por Vinicius Sassine – O Globo

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Urgente! Agentes, enviados por Moro para os presídios do Pará, estão barbarizando os detentos

MPF diz que presidiários estão sofrendo torturas generalizadas no Pará

“Agentes enviados por Moro para os presídios do Pará, estão torturando detentos com violação anal, pregos nos pés, urina de rato, mandando mulheres sentarem nuas em formigueiros e “tocando” visitantes, aponta denúncia do MPF.”

O Ministério Público Federal (MPF) acredita que a força-tarefa autorizada pelo Ministério da Justiça (MJ) nos presídios do Pará praticou atos generalizados de tortura contra homens e mulheres.

Entre os relatos ouvidos pelos procuradores estão episódios de violência física, que incluem perfuração com pregos e penetração anal forçada.

Como consequência das investigações, o comandante da força-tarefa, Maycon Cesar Rottava, foi afastado da operação por improbidade administrativa no dia 2 deste mês.

Na denúncia contra Maycon , protocolada pelo MPF em 27 de setembro, o Ministério Público afirma que vem “recebendo uma série de denúncias rumo a tortura ou, no mínimo, tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”.

O sistema penitenciário do Pará está sob intervenção federal desde 30 de julho, quando o governador Helder Barbalho (MDB) solicitou ao Ministério da Justiça auxílio na manutenção das prisões.

No documento do MPF, mães, companheiras de presos, presos soltos recentemente, membros do Conselho Penitenciário e membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmam ter presenciado uma “série de desconformidades” nos presídios.

Além dos depoimentos, há também imagens e vídeos sobre os supostos atos de tortura.

De acordo com os relatos, os presos estariam sofrendo violência física e moral, com processos de humilhação e demonstrações excessivas de poder e controle. “Estão apanhando e sendo atingidos por balas de borracha e spray de pimenta, de modo constante, frequente e injustificado, mesmo após muitos dias da intervenção, e sem prévia indisciplina dos presos”, afirma.

Há também relatos sobre a más condições que os presos estão submetidos. De acordo com as pessoas escutadas, os detentos não estão recebendo assistência à saúde, alimentação adequada e estão vivendo”sem condições mínimas de salubridade e higiene, com ratos, superlotação em nível de desmaio e sufocamento, dormindo no chão”.

Além disso, os presos estariam incomunicáveis e não estariam recebendo quantidades suficientes de material de higiene pessoal. “São obrigados a ficar pelados ou somente de cueca, descalços, molhados, e alguns não podendo sair do lugar sob pena de violência, sujos pelas necessidades fisiológicas”, diz.

Em um dos relatos anexados na denúncia, uma representante da OAB afirma que, no dia em que foram transferidos, os presos ficaram dez horas despidos sentados no chão com a mão na cabeça sem poder baixar.

“Eles não se alimentam direito, eles não têm um desodorante, não têm um sabonete, não tem nada de higiene, eles fazem as necessidades deles e se lavam só com água, e vestem a mesma roupa há 30 dias; no dia em que eles foram transferidos, eles ficaram dez horas todos nus no pátio, durante dez horas sentados no chão, nus, algemados, algemados não, com a cabeça, com a mão na cabeça sem poder baixar, no pátio, até serem remanejado pras celas”, diz.

“Eles já se encontram pagando castigo e não é necessário humilhações, agressões verbais e físicas”, desabafa a esposa de um detento em carta enviada ao MPF. “Eles encontram-se dentro do cárcere, machucados, molhados, nus, sem se alimentar, com sede, estão sem colchões, dormindo nas pedras, e alguns no chão, correndo risco de pegar tuberculose e para piorar estão vivendo com os ratos”, desabafa a mulher.

“Como eles querem que os presos se ressocializem dessa maneira?”, questiona outra esposa indignada com a situação.

Em outra parte da denuncia, deixa a entender que os agentes estão encostando de modo abusivo nas mulheres que visitam os detentos. “Torturas, agressões, mulheres estão sendo ‘tocadas’ na revista”. Este depoimento afirma também que muitos gritos são ouvidos no local.

O material do MPF aponta ainda que os detentos estão proibidos até mesmo de rezar e orar.

Entre os relatos das agressões sofridas na ala feminina, destacam-se: o de detenta que teria, ao menos temporariamente, perdido a visão, em razão de uso abusivo de spray de pimenta; outra que teria abortado, em razão dos golpes recebidos; colocação das detentas em formigueiro, locais com fezes de ratos e sob o chão molhado; permanência de significativo período com apenas roupas íntimas e sem receber itens de higiene pessoal; e negativa de autorização para irem ao banheiro, tendo de fazer suas necessidades fisiológicas no local onde se encontravam.

O Ministério da Justiça a Segurança Pública afirmou que estas detentas estão mentindo e em nota afirmou que, “64 presas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), indicadas por membros do Conselho Penitenciário, e 8 do Complexo Penitenciário de Santa Izabel, indicados pelo Mecanismo Nacional de Combate a Tortura, foram submetidos à perícia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Constatou-se a inexistência de sinais de tortura ou de maus tratos”.

Mesmo diante dos vídeos, fotos e relatos de autoridades do MPF, presos, funcionários e parentes das vítimas, o ministério chefiado por Sergio Moro, através do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), solicitou à AGU que providencie os meios jurídicos necessários para a revisão da decisão judicial que afastou o comandante da força-tarefa, acusada dos crimes, além de negar todos os atos.

 

 

*Por Victor Farias e Erick Mota – Congresso em Foco

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Desmoralizado, o STF só se reerguerá sobre o túmulo da Lava Jato

Os intocáveis de Curitiba, que formaram a lenda da Lava Jato, estão com os dias contados, simplesmente porque desmoralizam de vez o judiciário e não há como reerguer o que restou sem que a Lava Jato seja dizimada, julgada e condenada por um malabarismo jurídico que destruiu a economia brasileira, produziu milhões de desempregados e jogou o país no inferno.

Cria do próprio STF, o sistema da Lava Jato ganhou vida própria, projeto de poder e ambição desmedida. Aquele personagem forte, indestrutível, que vestia capa de herói, chamado Sergio Moro, transformou-se num pesadelo para o judiciário brasileiro. Se, por um lado, o bolsonarismo, formado por ex-aecistas, acredita que a justiça no Brasil se restringe a Moro, por outro, há uma imensa maioria dentro do debate político que quer ver o criminoso Moro na cadeia.

Gilmar Mendes não é tolo, pode ser tudo, menos um iludido e há muito havia percebido que, de uma simples operação para tentar destruir o PT, a Lava Jato se constituiu numa quadrilha e, a partir dela, um sonho de poder, de governo e de Estado. Essa era a proposta formulada por Moro, Dallagnol e Carlos Fernando, que contaram com a canalhice tanto de Rodrigo Janot quanto de Raquel Dodge.

Tamanho era zelo na busca da ambição que perderam o controle a ponto de negociar a sentença de Lula pelo Ministério da Justiça.

O fato é que, hoje, não cabem no mesmo espaço a Lava Jato e o judiciário brasileiro. Na verdade, essa norma está ficando cada dia mais fixada, e tudo indica que a sentença à morte da Lava Jato será executada mais rápido do que se imagina, sentença esta que já começou a ser proferida pelo STF nesta última quinta-feira (26), na formação de culpa de Moro, não dando ao réu a última palavra.

Na realidade, isso só reflete a total perda de poder político de Moro, Dallagnol e cia., sobretudo com a inescapável desmoralização dos dois depois dos vazamentos pelo Intercept Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Depois da operação da PF contra líder do governo, Bolsonaro convoca Moro para uma reunião a portas fechadas; por que será?

O encontro de Jair Bolsonaro com o ministro da Justiça Sergio Moro ocorreu após a Polícia Federal realizar operação, nesta quinta, que teve como alvo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esteve em reunião com Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira (19), no Palácio da Alvorada. Apesar de confirmar o encontro, a assessoria não informou o tema da reunião. A informação é do G1.

O encontro com Moro ocorreu após a Polícia Federal realizar operação, nesta quinta, que teve como alvo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado.

Agente da PF, que é subordinada ao Ministério da Justiça, fizeram buscas e apreensões no gabinete do senador e nas casas dele, em Brasília e no Recife (PE). Também foi alvo de mandados o filho do parlamentar, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE).

Após a ação, Bezerra colocou o cargo à disposição de Bolsonaro. A operação da PF está sendo vista como uma retaliação contra as tentativas de interferência de Bolsonaro no comando da corporação.

 

 

*Com informações do 247

 

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“Tá na Globo News”, avisa Carlos Fernando aos comparsas da Lava Jato sobre o vazamento do grampo de Dilma e Lula

Não lembrar do papel da “redentora” Rede Globo no episódio do vazamento do grampo de Dilma com Lula e seu jornalismo “imparcial”, é não buscar a causa central de um fato que mudou o rumo do país.

Alguém imagina o que aconteceria se a Globo não fizesse um carnaval com o vazamento que Moro fez questão de se responsabilizar pela entrega aos Marinho? Nada. A “eclosão popular” da classe média, hoje bolsonarista, só ocorreu a partir dos suplícios da Globo para que um pequeno grupo fizesse gritaria em Brasília contra Dilma.

Se o fascista Bolsonaro, como presidente, é um produto da Lava Jato e a Lava Jato se tornou celebridade “patriótica” pelos holofotes da Globo, não é difícil concluir que ela, a Globo, é a matriarca do próprio fascista que ocupa a cadeira da presidência.

E a coisa não para por aí e talvez seja uma das coisas mais reveladoras do mais recente vazamento do Intercept quando, em uma troca de mensagens entre os procuradores, Eduardo Pelella pergunta “Vcs sabiam do áudio da Dilma?”, ou seja, aquele papo de que era Lula e não a presidenta Dilma que estava sendo grampeada, cai por terra. Moro tentou essa manobra dizendo que não tinha a intenção de grampear Dilma, mas sim Lula. Eles sabiam que estavam cometendo crime contra a Presidência da República, sobretudo porque a gravação já era ilegal e, principalmente porque se tratava de uma questão de segurança nacional. Mas Moro não perderia a oportunidade de entregar para a Globo, sua sócia no golpe, essa encomenda para que fosse divulgada à exaustão nas TVs abertas e fechadas do Grupo Globo.

Então, não se pode jamais esquecer que nada disso teria ocorrido sem que a Globo não estivesse mergulhada de cabeça no golpe contra Dilma, que foi efetivamente o pavio de todas das outras consequências que levaram os fascistas Bolsonaro à presidência e Moro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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O ridículo Moro de “marcha soldado, cabeça de papel”

“Há mil anos atrás, mas orgulho de ter dado pequena contribuição. Feliz dia do soldado”, tuitou Moro, que vem sofrendo desgaste no governo, com a foto.

Com a falência da moromania, já já Moro aparece tacando fogo no mato para agradar Bolsonaro ou simulando uma facada sem sangue ou ainda participando da corrida do saco com 39kg de cocaína para colocar no avião presidencial. Mas pode também aparecer numa camuflagem de guerra como cenário da querida Rio das Pedras de Queiroz. Mas quem sabe ele não aparece vencendo uma guerra cibernética como o soldado hacker de Araraquara, ou simplesmente fantasiado de robô de Bolsonaro.

Humilhado publicamente e em processo de fritura no Ministério da Justiça, o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, decidiu bajular o chefe, Jair Bolsonaro, neste domingo (25) publicando foto vestido de soldado em sua página no Twitter.

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Bolsonaro, o novo monstro da humanidade

Se para os brasileiros, Bolsonaro é um furúnculo fascista que já chegou bichado no governo, suas sádicas práticas contra a floresta amazônica e as consequências sofridas pelos animais queimados vivos, que tem chocado o mundo inteiro, engrossa cada vez mais o escândalo em que se transformou o Brasil nas mãos dos neofascistas.

Os brasileiros, minimamente informados, sabem que o sadismo de Bolsonaro vem de sua tara pelos ritos macabros dos torturadores da ditadura, coisa que o mundo ainda não sabe, mas precisa saber. Precisa mais, saber, por exemplo, que o governador genocida do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, gravita na mesma cultura de extermínio de Bolsonaro. Mas não é só isso, o mundo precisa saber que Witzel é afilhado político do juiz Bretas, da Lava Jato, uma extensão de Moro em terras cariocas. Moro, como sabemos foi o grande construtor da prisão política de Lula para a vitória de Bolsonaro e, com isso, esculpiu o seu próprio assento no Ministério da Justiça.

Nesse desenho há também os louros das vitórias políticas de Bolsonaro no campo mental da classe média brasileira, que é uma espécie de pintura fora do quadro e que transformou-se rapidamente na besta do balão depois de se frustrar com a derrota e desmoralização de Aécio Neves, com envolvimento comprovado, em áudio e vídeo, em grossa corrupção.

Diante dessa obra macabra em que a classe média, que se diz protetora dos animais, refuta as verdades sobre os crimes de Bolsonaro, num cinismo incomum, quando se depara com animais mutilados e mortos pela fúria de seu “mito” em busca do lucro selvagem de ruralistas e madeireiros, que atacam as florestas, os povos indígenas e os animais, o mundo vai percebendo que o Brasil tem um tipo de gente mediana que é o retrato de uma caricatura civilizatória que o próprio ocidente pariu. Isso, sem falar das escassas matérias da grande mídia sobre todas as formas de crimes em que a família Bolsonaro está envolvida, muitos em parceria silenciosa com as milícias mais violentas do país e com Sergio Moro, o herói de barro criado pela grande mídia para suprimir o voto popular, numa perseguição implacável contra o Partido dos Trabalhadores.

E é esse rebanho de vigaristas que segue o berrante de Bolsonaro, incluindo magistrados da mais alta corte, militares da ativa ou da reserva, que, em nome dos interesses do grande capital internacional, produziu Bolsonaro num laboratório de crimes tão odiosos quanto ele.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

*Charge de Lezio Jr.

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Vídeo: Em frente ao Ministério da Justiça, Gleisi diz, “Não temos medo de você, Moro”

A verdade está vindo à tona, e agora vai ter que se ‘vê’ com o Congresso dos EUA; Gleisi Hoffmann

No Ministério da Justiça petistas pedem liberdade a Lula e prisão para Moro e Dallagnol.

No dia em que Lula completa 500 dias na prisão em Curitiba, a Bancada do PT na Câmara promoveu um protesto em frente ao Ministério da Justiça, nesta terça-feira (20), em Brasília.

Em um ato simbólico, dezenas de parlamentares denunciaram a injusta e arbitrária prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Todos pediram a liberdade de Lula e o afastamento imediato do ministro Sérgio Moro, ex-juiz, que criminosamente condenou o ex-presidente em 2018.

“Nós fizemos questão de vir a frente do Ministério da Justiça. Nós não temos medo de você, Moro. Nós vamos enfrentar, porque a verdade sempre prevalece. Como disse o presidente Lula, a verdade fica doente, mas não morre. E ela está vindo à tona”, discursou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

A deputada fez questão de falar diretamente ao ex-Juiz Sérgio Moro.

“Você, Moro, que não teve a decência de se honrar como juiz, que aceitou um cargo de ministro de um presidente que só foi eleito porque você tirou o Lula do caminho, presidente que só foi eleito, porque você pegou o processo e fez barbaridades com ele”, criticou.

Para o líder da Bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), Moro e o procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, deveriam estar na cadeia.

“Lula foi condenado de uma maneira perversa, em um processo totalmente irregular, ilegal, no conluio entre Moro e Dallagnol que deveriam estar no banco dos réus pelos crimes que cometeram”.

Pimenta afirmou que esse é o momento para reafirmar que Lula é um preso político e deixou claro que a disposição de luta e de resistência continua.

Para o deputado, é “nas ruas, com o povo organizado que nós vamos restabelecer a democracia, o Estado Democrático de Direito e conquistar a liberdade do presidente Lula”.

“E ao presidente Lula nós só queremos justiça, direito, dignidade. Queremos o direito de ele ter um julgamento justo, com um juiz isento, que permita que ele possa se defender no processo, que ele possa apresentar suas provas de inocência e elas serem consideradas”, cobrou a presidenta Gleisi.

Governo norte-americano

“Agora, Moro, você vai ter que se ‘vê’ com o Congresso Norte-Americano. Os deputados democratas estão pedindo para que o governo dos Estados Unidos explique porque te ajudou a praticar condutas ilegais. Que feio, Sérgio Moro”, discursou Gleisi Hoffmann.

De acordo com matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, os deputados do Partido Democrata enviaram nesta terça-feira (20), uma carta ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos em que questionam a colaboração do órgão com o Ministério da Justiça brasileiro, por causa de possíveis abusos da Operação Lava Jato.

No documento, endereçado ao secretário de Justiça, William Barr, os 12 deputados se dizem “preocupados com o envolvimento do Departamento de Justiça em procedimentos jurídicos brasileiros recentes que geraram controvérsia significativa e podem desestabilizar a democracia do país”.

“Hoje você está desmoralizado. De juiz super-herói você virou um vilão, um bandido, um criminoso, que apostou num crime dentro do processo eleitoral. E agora você está sendo descoberto”, denunciou Gleisi.

Além de os parlamentares petistas, participaram do ato representantes dos movimentos sociais, entre eles o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, militantes petistas e de outras siglas.

https://www.facebook.com/ptnacamara/videos/515262732565455/?t=0

 

*Com informações do Viomundo

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Aparelhamento Bolsonarista

Aparentemente, a maneira de parar a Lava Jato era fazê-la de otária. Nada dessa coisa da esquerda confrontá-la abertamente. Nada de tentar desmontá-la em silêncio, como tentou Temer: o negócio era se eleger como campeão da luta contra os corruptos, colocar Moro no Ministério da Justiça, prometer-lhe uma vaga no STF, convocar passeata todo domingo contra a corrupção e, enquanto isso, aparelhar os tribunais, a Polícia, a Receita, o Coaf, todos os órgãos que foram responsáveis pelas investigações de corrupção da última década.

Bolsonaro conseguiu que Toffoli neutralizasse o Coaf e não deixou que Moro nomeasse gente sua para o órgão. Fez tudo isso enquanto convocava manifestações dizendo que o Coaf era a coisa mais importante de todos os tempos, que se o Coaf ficasse com Moro, o mundo acabaria. No fim, quem tirou o poder de Moro sobre o Coaf foi o próprio Bolsonaro.

Bolsonaro já deixou claro que só nomeará para Procurador-Geral da República quem aceitar ser submisso ao presidente. A tradição de escolher o mais votado da lista tríplice, defendida pela turma da Lava Jato, acabou, não tem mais, morreu, vai ver era comunismo aquilo.

E qual vai ser a desculpa para descartar qualquer nome que não aceite acobertar esquemas? A moral, é claro.

Cada vez que um candidato der sinais de que tem alguma mínima restrição às picaretagens de Bolsonaristas, eles vão inventar algum esquerdismo para o sujeito. Lembrem-se: o perfil oficial do Presidente da República compartilhou um texto que diz que Deltan Dallagnol é tão de esquerda quanto o PSOL. Se você for honesto, não se candidate à PGR sob Bolsonaro: em 15 minutos sua tia vai receber mensagem no Whatsapp dizendo que você defende distribuir mamadeira de pinto em creche.

E deixo aqui meus parabéns para quem foi domingo protestar contra o STF: começou a dar certo, o Toffoli já parou a investigação do Flávio.

Na semana passada o desmonte se acelerou na Receita e na Polícia federal.
O superintendente da Receita no Rio de Janeiro, Mário Dehon, foi atacado por autoridades investigadas e prontamente afastado por Bolsonaro, que também declarou que a Receita persegue sua família.

O superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, foi afastado por não interferir nas investigações sobre Flávio Bolsonaro. Bolsonaro achou que houve abusos na investigação, foi lá, e afastou o cara – Tudo isso enquanto seus apoiadores estão nas redes sociais pedindo para fechar o Congresso por causa da lei de abuso de autoridade.

E o Moro? Essa é a jogada mais impressionante, pela ousadia. Vários políticos tentaram neutralizar Moro, Mas só Bolsonaro foi arrojado o suficiente para neutralizá-lo, dando um cargo.

Desde então, Moro só perdeu poder, teve que silenciar sobre o caso Queiroz e é ridicularizado pelo Presidente da República sempre que possível. Pare de prestar atenção no Lula, Moro, esqueça o Greenwald: quem está te derrubando é o Jair.

Ainda não se sabe se o aparelhamento bolsonarista será bem-sucedido. A Polícia Federal, a Receita, os procuradores vão reagir. E parece cada vez menos provável que Moro termine o ano no cardo de ministro. Mas em termos de popularidade presidencial talvez não dê em nada: talvez a indignação toda tenha sido só mesmo cinismo.

 

*Por Celso Rocha de Barros – Folha – Servidor Federal e Doutor em Sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra)

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Trocas

Por Leandro Fortes

Em uma transmissão ao vivo, pela internet, Jair Bolsonaro, presidente da República, perguntou a Sérgio Moro, ministro da Justiça, se ele iria fazer “troca-troca” com Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.

Troca-troca, vocês sabem, é revezamento de sexo anal entre homens que, no caldeirão de hormônios da adolescência masculina, tanto pode ser um fato como uma ofensa.

Ocorre que, ali, não eram adolescentes descobrindo a sexualidade, nem muito menos colegiais sacaneando uns aos outros. Eram três homens adultos, autoridades da República, em meio a um teatro de absurdos só possível em um país à deriva.

Bozo, como os três filhos, a ministra Damares e o guru deles todos, Olavo de Carvalho, tem fixação anal – isso é um fato. Todos, em momentos os mais diversos, já se mostraram ocupados com o cu alheio, aliás, como os evangélicos que dão apoio político ao governo.

O fato novo é a presença de Sérgio Moro, nessa roda, submetido, agora, a mais essa humilhação como condição para se manter no cargo.

Desmascarado como juiz parcial, chefe, de fato, da Força Tarefa de procuradores da Lava Jato, restou a Moro ficar, a qualquer preço, no Ministério da Justiça.

Fora do governo, sem toga nem foro privilegiado, poderá acabar no Irajá. Ou em Tremembé.

Por isso, engoliu a piada do presidente demente em seco, com um sorriso amarelo estampado na boca sem lábios, enfiado, outra vez, na triste moldura de camisas negras que voltou a usar.