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Bolsonaro e Moro, quem é o sapo, quem é o escorpião?

Se Glenn Greenwald sabe tudo de Moro por um suposto hacker, Moro sabe tudo de Bolsonaro por um nada suposto Queiroz.

Moro virou um marreco manco. Sua bengala é o Queiroz.

Bolsonaro tem consciência que Moro sabe demais sobre Queiroz, Flavio Bolsonaro e, consequentemente, sobre o próprio Jair Bolsonaro.

Pior, sabe agora pelo Intercept como Moro opera nas sombras.

Tudo leva a crer que Moro tem bem mais força política que Bolsonaro no Ministério Público Federal e na Polícia Federal.

Por outro lado, Bolsonaro tem mais apoio da cúpula das Forças Armadas.

Bolsonaro, aparentemente, tem emprestado apoio a Moro em lugares públicos enquanto revela pra mídia que Moro vazou documentos para ele próprio de forma ilegal.

Moro precisa permanecer no governo para tentar segurar um pouco o que desaba sobre sua cabeça, vindo das revelações do Intercept pela Folha, Veja e Band.

Já Bolsonaro enfrentará em breve uma grande onda de insatisfação da população com o caos econômico que já dá as caras.

Pra piorar, o carregamento de cocaína na comitiva presidencial promete capítulos, vindos da Espanha, nada tranquilos pra Bolsonaro.

O fato é que, Moro e Bolsonaro, estão numa queda de braços pra saber quem pode menos, porque contra Moro a pressão nas comunidades jurídicas, tanto no Brasil quanto no exterior, para seu afastamento do ministério vai se agigantar.

Já Bolsonaro enfrentará, além do caos na economia, um gigantesco desgaste se a reforma da previdência for aprovada e, pior, se vier à tona qualquer vazamento de Moro sobre seus negócios com o submundo de Queiroz, sua queda será fatal.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Novo vazamento reforça elo entre Moro e Estados Unidos, por Leandro Fortes

“A inclusão da Venezuela nos interesses de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, como demonstram os vazamentos mais recentes do The Intercept Brasil, reforça, de maneira definitiva, a relação da Lava Jato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos”, escreve Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia.

A inclusão da Venezuela nos interesses de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, como demonstram os vazamentos mais recentes do The Intercept Brasil, reforça, de maneira definitiva, a relação da Lava Jato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

A hipótese de que Moro seja um agente da CIA é, na verdade, um elogio disfarçado ao ex-juiz, porque essa seria uma posição formal inaceitável para o contribuinte americano. Ainda mais com o codinome “Russo”.

Moro, assim como seus subordinados do Ministério Público Federal, formam apenas uma típica trupe de lacaios dos EUA, dedos duros ativados, de vez em quando, em troca de promessas de poder, medalhas, viagens e todo tipo de espelhos e miçangas que compram fácil a alma de cucarachas.

A participação da Transparência Internacional na tertúlia de vazamentos de dados sigilosos sobre investigações de corrupção na Venezuela só surpreende aos incautos.

A ONG americana foi criada, nos anos 1990, para servir de suporte às ações do governo dos Estados Unidos na cruzada neoliberal na América Latina. Como verniz, usa, claro, a luta contra a corrupção – narrativa de cooptação que fez da Lava Jato esse monstrengo que consumiu, primeiro, a economia, depois, a dignidade e a soberania do País.

Mas que, agora, insaciável, está prestes a devorar as próprias crias.

 

*Por Leandro Fortes

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Qual o limite de Moro para praticar o mal pelo mal?

Não impressiona o que foi revelado neste domingo (7) pela Folha e Intercept, que ajuda a desancar a imagem heroica de Moro criada pela Globo.

Pelo que foi divulgado, só reforça ainda mais o que está sendo dito por vários jornais internacionais, que a Lava Jato age como um esquadrão da morte. Também não há nada de surpreendente nisso, somente sublinha a afinidade ideológica de Moro com Bolsonaro, que sempre fez questão de exaltar as milícias, ditadores, torturadores e grupos de extermínio.

Se amanhã surgir alguma mensagem de Moro sugerindo o aniquilamento ou a decapitação de prisioneiros nessa troca de conversas ocultas com os procuradores da Força-tarefa, também não impressionaria mais ninguém, afinal, a cena animalesca a que o Brasil assistiu há pouco tempo em uma das operações da Lava Jato, a de Sergio Cabral sendo conduzido acorrentado pelos e pés e mãos, faz lembrar as práticas do Estado Islâmico e revela que não há obstáculos éticos ou legais para a tropa de Moro.

O que surgiu hoje a respeito do vazamento de dados secretos sobre a Venezuela ordenado por Moro escancara que ele tem um satânico prazer de praticar o mal pelo mal, uma tara venenosa sem qualquer decência moral para incentivar conflitos e, por consequência, produzir mortes.

Nesse modus operandi de Moro há muito do Marquês de Sade. O que parece mesmo  é que a maldade lhe dá o sabor da vitória. Moro parece necessitar de uma focinheira que limite os ataques promovidos por sua raiva, sempre feitos no escuro.

No período em que corria o processo do golpe do impeachment em Dilma, Moro vazava para a Globo e também para a Veja, alguma delação feita dentro do laboratório da força-tarefa pelos próprios procuradores.

Essa simplicidade de raciocínio, resultante de uma conjugação de forças, dentro e fora da Lava Jato, não se limitou ao golpe em Dilma e à prisão de Lula. O imprevisível no caso, foi a solidariedade de Moro e os procuradores da força-tarefa com os golpistas da Venezuela, o que faz parecer que o crime se transformou num vício para a república de Curitiba.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Folha/Intercept: Moro ordenou que fossem vazados dados sigilosos sobre a Venezuela

Em um nova reportagem publicada neste domingo (7), a Folha e o Intercept, trazem nova troca de conversas que mostram que Moro engendrou o vazamento de informações da delação da Odebrecht sobre a Venezuela que estavam sob sigilo com o objetivo de influenciar na política do país vizinho.

Intercept – Procuradores da Lava Jato se articularam para vazar informações sigilosas da delação da Odebrecht para a oposição venezuelana após uma sugestão do então juiz Sergio Moro. As conversas privadas pelo aplicativo Telegram em agosto de 2017 indicam que a principal motivação para o vazamento era política, e não jurídica, e que os procuradores sabiam que teriam que agir nas sombras. “Talvez seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?”, sugeriu Moro ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol às 14h35 do dia 5 de agosto.

À época, o Brasil ainda mantinha relações normais com a Venezuela – o reconhecimento do governo paralelo de Juan Guaidó só aconteceria mais de um ano depois. A divulgação não autorizada de informações sigilosas por parte dos procuradores poderia caracterizar, em tese, o crime previsto no artigo 325 do Código Penal, que pune com até dois de prisão o agente público que “revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”.

Fora dos holofotes, a força-tarefa discutia o assunto intensamente, debatendo inclusive o poder de mobilização que as informações teriam em uma Venezuela em crise profunda. “Vejam que uma guerra civil lá é possível e qq ação nossa pode levar a mais convulsão social e mais mortes”, ponderou o procurador Paulo Galvão. Colega dele, Athayde Ribeiro Costa também mostrou cautela: “Imagina se ajuizamos e o maluco manda prender todos os brasieliros no territorio venezuelano”.

Um dia depois, Deltan tentou amenizar o temor dos colegas. “PG, quanto ao risco, é algo que cabe aos cidadãos venezuelanos ponderarem. Eles têm o direito de se insurgir.”

6 de agosto de 2017 – Filhos do Januario 2

Deltan – 14:48:25 – Temos os fatos cíveis e compartilhamos para fins criminais. Não vejo como uma questão de efetividade, mas simbólica. Como Maluf ter ordem de prisão em NY e condenação na França. Não vejo problema de soberania. E há justificativa para fazer qto à Venezuela e não outros pq destituiu a procuradora geral e é ditadura
Deltan – 14:50:42 – O propósito de priorizar seria contribuir com a luta de um povo contra a injustiça, revelando fatos e mostrando que se não há responsabilização lá é pq lá há repressão. Qto a travar a possibilidade de processamento lá, podemos fazer só em relação a parte dos fatos, o que resolveria o problema

Depois de conversar com Moro no início da noite de 5 de agosto de 2017, Deltan foi debater a questão com os colegas do grupo Filhos do Januario 2. A conversa durou algumas horas até que, já perto do final da noite, os procuradores fecharam questão.

5 de agosto de 2017 – Filhos do Januario 2

Paulo – 19:23:59 – Mas pessoal, vamos refletir. Já tinha conversado com Orlando sobre isso. Vejam que uma guerra civil lá é possível e qq ação nossa pode levar a mais convulsão social e mais mortes (ainda que justa ou correta a ação). Lá não é Brasil.
Paulo – 19:24:33 – Não estou dizendo que sim ou que não, apenas que precisa ser refletido
Roberson MPF19:26:38 – Caraaaaaca
Orlando SP – 19:29:47 – Pessoal, sobre Venezuela. Não dá para abrir simplesmente o que temos. Descumpriríamos o acordo. Não dá para arriscar um descumprimento de acordo, inclusive com consequências cíveis de nossa parte, bem como da União.
Orlando SP – 19:30:44 – A solução de fazermos algo aqui, creio que demoraria muito. Teríamos que alinhavar uma denúncia ou algo semelhante, sem ouvir pessoas, etc. Acho que não aproveitaria o timing.
Roberson MPF – 19:30:47 – Acho que se propusermos a ação aqui não dá descumprimento, Orlandinho
Orlando SP – 19:31:02 – Mas o problema é o timing
Orlando SP – 19:31:50 – A solução que vejo é fazer uma comunicação espontânea para o próprio país. No caminho isso certamente vazará em algum lugar, sem qq participação nossa. Isso posso fazer de imediato.
Orlando SP – 19:32:39 –Sem prejuízo de trabalharmos em uma denúncia
Orlando SP – 19:33:25 – Quanto a denúncia, certamente enfrentaremos uma crítica ferrada, mas aí Moro declina para a capital e boa…. o fato estará revelado.

Pouco mais de duas horas depois, Deltan respondeu:

5 de agosto de 2017 – Filhos do Januario 2

Deltan – 21:47:19 – PG, quanto ao risco, é algo que cabe aos cidadãos venezuelanos ponderarem. Eles têm o direito de se insurgir.
[Procurador não identificado] – 22:21:18 – De qualquer forma, é preciso analisar bem os fatos, pois se estiverem sob sigilo do STF não será possível usar. Além disso Maduro tem imunidade e salvo por questões de direitos humanos, fica difícil processar, pelo menos enquanto estiver no poder. Mas não é de se afastar de todo a ideia. É de qualquer forma teríamos ainda que convencer o Russo.
Deltan – 22:35:57 – Russo diz que temos que nós aqui estudar a viabilidade. Ou seja, ele considera
Deltan – 22:36:19 – Não rejeitou prima facie, o que tomo como uma abertura para analisarmos concretamente com perspectiva
Deltan – 22:36:22 – boa

 

*Reportagem completa no Intercept Brasil

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Fascismo cordial: Marcelo Tas, o novo Véio da Havan

A guerra virtual produzida pela direita tem orgulho de apresentar o novo Véio da Havan, Marcelo Tas, o jornalista multiuso da direita nacional.

O padrinho de Danilo Gentili funciona como uma espécie de Alexandre Garcia para o bolsonarismo, soprando bobagens, inutilidades de natureza tosca à procura de um lugar ao sol nas mesinhas que alimentam a mídia do submundo.

Em dois momentos empolgantes, no programa Pânico e no site Antagonista, com rapapés lisonjeiros aos dois veículos chapa branquíssima, o ex-empresário do CQC vem produzindo, de forma ensaboada e escorregadia, como é da sua personalidade, quitutes reacionários para agradar à gleba morobolsonarista, para se tornar uma nova excelência num mundo da carne fresca do atual governo.

O mote de Tas é trazer uma visão tosca do trabalho de Glenn Greenwald. O esforço do novo Véio da Havan é alimentar de paspalhices “jornalísticas” o novo universo dos imbecis e, com isso, concentrar fogo nos vazamentos do Intercept, com a balela requentada de que não está criticando o trabalho do jornalista e, muito menos sendo agressivo com ele, mas sorridentemente, o hipócrita diz ser contra o que ele classifica como jornalismo João Kleber ou uma série da Netflix.

Tas faz um picadão de bobagens e, muito criticado em seu twitter, não esconde o gabola cabotinista, intoxicado por uma vaidade rara, mesmo querendo bancar o leitoso.

O fato é que Marcelo Tas, afeito ao governo Bolsonaro e a reboque, às práticas de Moro, faz sua reflexão infantil cheia de falsa moralidade jornalística para cair nos braços do bolsonarismo e nas graças do próprio Bolsonaro e de Moro.

Como se dizia antigamente, a vaidade é uma cena morta, filha da aflição do espírito.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro segurou inclusão de prova para que caso não fosse para o STF

Investigações enviadas para o ministro Teori Zavascki não incluíam informações sobre participação de políticos em esquema de propina.

Em conversa com procurador, a delegada da Polícia Federal Érika Marena disse que Sergio Moro, então juiz da Operação Lava-Jato no Paraná, pediu para que ela não tivesse pressa em anexar aos autos uma planilha apreendida com um suspeito.

O diálogo inédito faz parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil. Clique para ler a reportagem na íntegra. Só uma pequena parte do material havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica. A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo.

Foram analisadas pela 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem.

Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

A intromissão de Moro foi ilegal, já que as peças devem ser incluídas no inquérito na medida em que são coletadas pelos investigadores. A planilha indicava que parlamentares eram suspeitos de participar de esquema de corrupção, o que retiraria a investigação de Curitiba e a levaria para o Supremo Tribunal Federal. No diálogo, a delegada afirma que, por conta da orientação de “russo” (como o então juiz era chamado em muitos chats), ela esquecera de “eprocar” o documento, ou seja, registrá-lo no sistema eletrônico da Justiça. “Vou fazer isso logo”, completa.

Nota da redação: procurados por VEJA, Deltan Dalla­gnol e Sergio Moro não quiseram receber a reportagem. Ambos gostariam que os arquivos fossem enviados a eles de forma virtual, mas, alegando compromissos de agenda, recusaram-se a recebê-­los pessoalmente, uma condição estabelecida por VEJA.

Mesmo sem saber o conteúdo das mensagens, a assessoria do Ministério da Justiça enviou a seguinte nota: “A revista Veja se recusou a enviar previamente as informações publicadas na reportagem, não sendo possível manifestação a respeito do assunto tratado.

Mesmo assim, cabe ressaltar que o ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-­se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”.

Colaboraram Leandro Demori, Victor Pougy, Nonato Viegas e Bruna de Lara

 

*Da Veja

 

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Retrato do Brasil atual, por Saul Leblon

Editorial da Veja desta semana: ‘O texto revela de forma cabal como Sergio Moro exorbitava de suas funções de juiz, comandando as ações dos procuradores. Fica evidente que as ordens do então juiz eram cumpridas à risca pelo Ministério Público (Moro e Dallagnol, ploft!)

Por que Veja e assemelhados tratam agora Moro & CIA como lixo descartável? Eles já cumpriram a tarefa: tirar Lula da urna e eleger um cachorro bravo para tratorar o desmonte social e a entrega da nação. É hora de se diferenciar do lixo que começa a exalar putrefação e pode incomodar.

Veja e assemelhados fazem com Moro o que ele fez com Cunha, por exemplo. O coordenador do golpe na Câmara foi usado, depois preso e impedido de delatar por Moro (como mostra o Intercept), porque entregaria nomes e articulações incômodas. Agora picam Moro que não pode delatá-los sem se imolar junto.

Que vergonha!

‘Fachin é nosso’ (Dallagnol, no Intercept)
‘In Fux We Trust’ (Moro, no Intercept)
‘Com o Supremo, com tudo’ (Jucá…)
ETÇ.

Moro insiste em não reconhecer autenticidade nos diálogos vazados. Na Carta ao Leitor, Veja diz : ‘analisamos dezenas de mensagens trocadas ao longo dos anos entre membros do nosso time (redação) e os procuradores. Todas as comunicações são verdadeiras — palavra por palavra’.

Deu no New York Times: Moro é um violador da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O juiz carrasco.

 

*Por Saul Leblon/ Twitter Carta Maior

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Moro, o garoto propaganda do Véio da Havan. Que tinta! Que fim!

Programa do Ratinho, Faustão como conselheiro e, agora, o garoto propaganda do Véio da Havan. Esse é “o grande herói do Brasil”.

“Triste fim o de Moro. Virou garoto propaganda do ‘Véio da Havan”’. Foi dessa forma que o Ricardo Noblat, em seu blog, resumiu a trágica participação de Sérgio Moro em vídeo publicado pelo empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

Isso, sem falar que se trata de um dos maiores sonegadores do Brasil, merecendo, inclusive, um escracho vigoroso do MTST em uma de suas lojas esta semana.

O fato é que Moro, de estátua do patriarca das “pessoas de bem”, passa os seus últimos suspiros de herói posando ao lado de uma das figuras mais toscas da vida nacional, mostrando que, além de juiz corrupto e ladrão, é um jeca de miolo mole.

Impressiona a sua decadência em tão pouco tempo e de forma fulminante.

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ESCÂNDALO! Moro coordenava Lava Jato; Deltan era o Robin; “Fachin é nosso”, por Reinaldo Azevedo

Vem a público a primeira reportagem da parceria Veja/The Intercept Brasil que traz diálogos inéditos da entre o então juiz Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e entre os procuradores. Leiam. A íntegra está aqui. Não há mais dúvida: Moro é o real coordenador da Força Tarefa. Deltan Dallagnol, que deveria exercer tal função, é só a fachada da operação. Fala e se comporta como subordinado do juiz.

O que há de grave nisso? Ora, o juiz que instruía a acusação era também aquele que, depois, julgava. É impressionante! Na conversa com Dallagnol,

Moro: – pede que a acusação altere a denúncia para torná-la mais forte.

É ILEGAL!; – cobra Dallagnol sobre manifestação contra prisão preventiva e estabelece prazo.

É ILEGAL!; – instrui procurador a criar dificuldades para uma determinada delação.

É ILEGAL!; – orienta delegada da PF a não anexar um documento a processo.

É ILEGAL!; – cobra de Dallagnol parecer do MPF sobre pedido de habeas corpus da Odebrecht; o procurador diz que não está pronto, mas que pode enviar rascunho para o juiz redigir a sua decisão — contrária, é claro!

É ILEGAL!; – toma uma decisão, tudo indica, antes mesmo de o MPF deflagrar uma operação.

É ILEGAL!; – determina a data de operações do MPF. É ILEGAL!.

Notem que, na síntese que faço, elimino personagens. É importante que os leitores tomem ciência dos procedimentos como coisas em si, para evitar que amores e rancores acabem contaminando a avaliação sobre o comportamento do juiz.

Não deixem de ler a reportagem. Ali está o roteiro de tudo o que não deve fazer um magistrado.

Soa a cada dia mais ridícula a conversa esfarrapada de Moro e demais envolvidos de que não reconhecem a autenticidade dos diálogos.

A reportagem é devastadora para a reputação de Moro.

A reportagem é devastadora para a reputação de Dallagnol.

A reportagem é devastadora para a reputação da Lava Jato.

A reportagem é devastadora para a reputação do relator do caso no Supremo, que se tornou mero homologador de uma tramoia que se dava nas sombras.

A reportagem é devastadora para a reputação da Justiça brasileira.

E se está apenas no começo.

Quem quer ser julgado por um juiz com a isenção de Moro?

Quem quer sair às ruas para defender que todos os juízes se comportem à moda Moro?

Quantos outros juízes ainda estão dispostos a subscrever abaixo-assinados, confessando, então, que podem agir como Moro?

Não! Eu não estou surpreso com o que leio porque, a rigor, nem precisava desses vazamentos para apontar as ilegalidades da Lava Jato. Mas, claro, estou surpreso com a desfaçatez.

E, queridos, temos de pensar, claro!: grande parte da imprensa serviu de porta-voz e de inocente útil da agressão sistemática ao devido processo legal e ao estado de direito.

Em que outros abismos pretendemos entrar sob o pretexto de combater a corrupção?

Quantos outros crimes estamos dispostos a endossar em seu nome?

Reproduzo um trecho bastante saboroso da reportagem:

As conversas entre membros do Ministério Público Federal assumem várias vezes o tom de arquibancada, com os membros da força-tarefa vibrando e torcendo a cada lance da batalha contra os inimigos. Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”. A preocupação da força-tarefa com a comunicação para a opinião pública era constante. Em 7 de maio de 2016, Moro comenta com Dallagnol que havia sido procurado pelo apresentador Fausto Silva. Segundo o relato do juiz, o apresentador o cumprimentou pelo trabalho na Lava-Jato, mas deu um conselho: “Ele disse que vcs nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem está a (sic) 28/anos na TV. Pensem nisso”. Procurado por VEJA, Fausto Silva confirmou o encontro e o teor da conversa entre ele e Moro.

COMENTO

Mais uma vez, um ministro do Supremo é tratado como uma espécie de boneco de mamulengo da turma. Como esquecer o “In Fux We trust”?

E, como se nota, mais uma vez o verbo “haver” é espancado pela turma.

E, claro, como se nota, Dallagnol está convicto de que Fachin também não é um juiz isento. Afinal, segundo o procurador, o relator do petrolão no Supremo tem lado: é deles!

Leiam a reportagem.

É devastadora.

 

*Por Reinaldo Azevedo

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Moro entregou para Bolsonaro dados sigilosos do laranjal do PSL

“Ele [Moro] mandou a cópia do que foi investigado pela Polícia Federal pra mim. Mandei um assessor meu ler porque eu não tive tempo de ler”, disse o chefe do Planalto durante coletiva de imprensa no dia 28, em Osaka, no Japão. Ele revelou que “determinou” a Moro, que por sua vez iria “determinar” à PF, que “investigue todos os partidos”, disse Jair Bolsonaro.

Exatamente isso, dito pelo próprio Presidente da República.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, lhe deu acesso privilegiado a dados do inquérito sigiloso sobre os laranjas do PSL. O caso é gravíssimo, claramente ilegal, e foi agravado pelo fato de Bolsonaro ter dito que mandou Moro investigar outros partidos.

Se o caso for realmente confirmado, Moro e Bolsonaro, ou seja, Ministro e Presidente da República serão pressionados em função de um conluio que escancara a partidarização de Moro, este que já vem sendo implodido com tantas denúncias feitas através de publicações pela imprensa, mas, principalmente pelo Intercept Brasil.

Foram presos no final de junho um assessor especial e dois dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por causa de candidaturas laranjas do PSL. Após indicação do PSL de Minas, presidido à época pelo próprio Álvaro Antônio, o comando nacional do partido repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. Elas tiveram desempenho insignificante e, juntas, receberam pouco mais de 2.000 votos, em um indicativo de candidaturas de fachada.

Vale ressaltar que, dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do ministro de Bolsonaro.

 

*Com informações do 247