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A repercussão no mundo da sanha devastadora de Bolsonaro na ciência e meio ambiente

A imagem brasileira é degradada no exterior, assim como as florestas do país. A perplexidade é assunto em publicações como Nature, The Economist e The New York Times

A revista científica mais importante do mundo, a britânica Nature, fundada em 1869, publicou nesta semana matéria com duras críticas ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL). O artigo é intitulado Trump dos Trópicos inicia crise sem precedentes na ciência brasileira. Em foco, cortes do governo na educação e setores de pesquisa, além de ataques diretos a instituições ambientais e científicas.

O texto expõe como o governo Bolsonaro trata a ciência ao lembrar a tentativa de intimidação sofrida pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, um dos pesquisadores mais renomados do Brasil. Em 24 de julho, quando ele dava palestra na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul sobre o que representam os cortes do governo em áreas de pesquisa, soldados do Exército entraram no auditório e começaram a filmá-lo. Mesmo desconfortável, Ribeiro não se intimidou e seguiu em sua análise.

A reputação do Brasil segue ladeira abaixo com Bolsonaro. A Nature cita o congelamento de 42% do orçamento do Ministério da Ciência e Comunicações e a investida do governo contra dados de desmatamento fornecidos por um órgão de Estado. Após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelar o aumento dramático do desmatamento na Amazônia, Bolsonaro e sua legião de seguidores incondicionais passaram a atacar o presidente do órgão, Ricardo Galvão, sistematicamente, culminando hoje (2) na notícia de sua demissão.

Mentiras de Bolsonaro

A investida de Bolsonaro e de membros de seu gabinete contra os dados do desmatamento não surtiu efeito. A Nature dá destaque para o dado alarmante de que, no período entre abril e junho, a devastação na Amazônia registrou aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A divulgação dos dados foi considerada sensacionalista pelo governo e que poderia manchar o nome do Brasil lá fora. Na realidade, sua política destrutiva é que está resultando na péssima imagem.

Nesta quinta-feira (1), uma das revistas mais respeitadas do mundo capitalista, a também inglesa The Economist, trouxe em sua capa uma floresta devastada e um toco de tronco em primeiro plano com o formato do mapa do Brasil. Ao sentenciar a morte da Amazônia, a revista afirma que Bolsonaro “deixa claro para infratores que eles não têm nada a temer”, com suas medidas sucessivas de enfraquecer a fiscalização, anistiar desmatadores, acenar para mineradoras, entre outras medidas.

Outro periódico de relevância internacional, o The New York Times, publicou longa reportagem sobre o posicionamento de Bolsonaro e seu afinco destruidor. “A destruição da Floresta Amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de direita assumiu o poder e reduziu os esforços para combater a extração ilegal de madeira, a pecuária e a mineração”, afirma a matéria intitulada Sob extrema-direita, proteção à Amazônia desmorona.

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Intensas mobilizações contra a reforma da Previdência marcarão esta semana

A mobilização por direitos e em defesa das aposentadorias vai ter uma agenda intensa nesta semana, para fazer frente à pressa com que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer votar a “reforma” da Previdência em segundo turno. Maia marcou oito sessões do plenário entre esta terça (6) e quinta-feira (8) para debater e votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que trata da reforma, cortando benefícios dos trabalhadores que ganham menos.

Na segunda-feira (5), a partir das 18h, a Frente Povo Sem Medo mobiliza a população no vão do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o mote “Ditadura Nunca Mais – Bolsonaro, não temos medo de você”. “Bolsonaro quer intimidar a sociedade e atacar quem resiste. Ao mesmo tempo em que ataca direitos conquistados na Constituição de 88, como a Previdência Pública e a autonomia universitária, além de curvar a soberania nacional”, afirma a Frente na página no Facebook que convoca para a mobilização de hoje.

Na manhã desta segunda, a CUT-SP terá concentração no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, desde as 6h, para pressionar os deputados que embarcam para Brasília para votar contra a reforma. Na terça (6), a entidade faz ato e caminhada contra a reforma a partir das 10h na Praça do Patriarca, centro da cidade, alertando a população sobre os impactos da reforma entre os trabalhadores. A mobilização nos últimos tempos obrigou o governo a recuar em muitos pontos da proposta original apresentada no Congresso. Mesmo assim, o texto continua sendo considerado inaceitável pelas centrais sindicais, com regras muitas duras que prejudicam os trabalhadores e as trabalhadoras.
Divulgação

O professor Eduardo Fagnani lança título contra a reforma, quarta-feira, na Assembleia Legislativa

O professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, um dos principais críticos da PEC 6, lança na quarta-feira (7) um livro para desvendar os efeitos perversos da reforma. Com o título Previdência: o debate desonesto, a publicação será apresentada na Assembleia Legislativa de São Paulo, durante debate convocado pela deputada Beth Sahão (PT), a partir das 18h.

Também na quarta-feira, será lançado em Brasília um plano de emergência contra a crise. Participam o ex-candidato à Presidência Fernando Haddad, mais as bancadas de oposição e as lideranças na Câmara e no Senado, Fundação Perseu Abramo e os governadores do partido. “O PT sabe o que fazer, tem proposta para isso, nós discutimos durante a campanha e vamos lançar esse programa”, afirmou a presidenta nacional da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), depois de visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, na semana passada.

A votação de segundo turno deve ocorrer na quinta, dia em que a atenção da mobilização dos trabalhadores deverá estar voltada para o Congresso. Todos esses atos e iniciativas devem apontar para uma grande mobilização no dia 13, pela educação e contra o projeto que mexe com a Previdência. “É importante que todos estejam nas ruas nesse dia. Esse ato precisa repetir o sucesso que tivemos nas manifestações dos dias 15 e 30 de maio”, afirmou Gleisim lembrando a mobilização dos estudantes. “Vamos mostrar que não estamos coniventes, contentes, e queremos mudanças no tratamento das políticas públicas nacionais.”

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Ministro Celso de Mello esculacha Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou estar “chateado” com o ministro Celso de Mello, decano do STF (Supremo Tribunal Federal), e falou que “foi esculachado” em crítica “muito para o lado pessoal” após este dizer que Bolsonaro “minimiza perigosamente” a importância da Constituição Federal e “degrada a autoridade do parlamento brasileiro” ao ter reeditado medida provisória sobre demarcação de terras indígenas.

“Fui esculachado pelo ministro do Supremo. Pela maneira [da crítica], dói no meu coração”, afirmou o presidente, após ir a culto em uma igreja evangélica em Brasília na manhã de hoje.

Pouco antes, Bolsonaro qualificou a crítica de Mello como pessoal. “Eu já falei que me equivoquei na questão da medida provisória. Foi um assessor que fez, mas eu trago para minha culpa. A responsabilidade é minha. Eu achei que ele foi muito para o lado pessoal. Tô chateado? Tô, porque ele foi muito para o lado pessoal”, disse na saída do Palácio da Alvorada.

Mello fez as críticas em entrevista publicada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo. Na quinta-feira (1), o STF decidiu manter na Funai (Fundação Nacional do Índio) a atribuição para demarcar terras indígenas. O principal argumento para barrar a transferência das demarcações foi o de que o presidente da República não pode editar duas vezes no mesmo ano legislativo medidas provisórias tratando do mesmo tema, já que isso é proibido pela Constituição Federal.

Em janeiro, o governo apresentou medida provisória que previa a transferência da demarcação para o Ministério da Agricultura. Porém, o trecho tratando da mudança foi rejeitado pelo Congresso Nacional. Em junho, nova medida provisória com o mesmo objetivo foi reapresentada, o que é proibido pela Constituição em um único ano.

Para Celso de Mello, ministro há mais tempo em atividade no STF, a edição de duas medidas provisórias com a tentativa de retirar as atribuições da Funai demonstra “autoritarismo” e “transgressão” à Constituição Federal.

“O comportamento do atual presidente revelado na atual edição de medida provisória rejeitada pelo Congresso no curso da mesma sessão legislativa traduz uma clara, inaceitável, transgressão à autoridade suprema da Constituição Federal e uma inadmissível e perigosa transgressão ao princípio fundamental da separação de Poderes”, disse Celso.

“Parece ainda haver na intimidade do poder hoje um resíduo de indisfarçável autoritarismo”, afirmou o ministro na sessão de quinta no Supremo.

No julgamento, o STF não chegou a analisar o mérito das ações contra a medida do governo, ou seja, não foi julgado se a retirada da Funai da atribuição de demarcar terras indígenas contraria a Constituição Federal.

O que foi julgado, e rejeitado, foi a possibilidade de o governo editar uma segunda medida provisória para tentar se sobrepor à decisão do Congresso.

O tema poderá voltar a ser analisado pelo STF para julgar a questão central das ações: a legalidade de se retirar essas atribuições da Funai.

 

*Com informações do Uol

 

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Vídeo – Agora: Ministro da Saúde é fortemente vaiado na 16ª Conferência Nacional de Saúde

A Postagem – O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi fortemente vaiado na abertura da 16ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em Brasília, neste domingo. Aos gritos de “fora”, Mandetta que é defensor da privatização do SUS, estava visivelmente constrangido ao finalizar a fala de abertura do evento ao qual não se ouviu o discurso, abafado pelas vaias. Ironicamente, o tema deste ano é Democracia e saúde. Assista abaixo:

 

*Do A Postagem

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Depois da agressão a Fernando Santa Cruz, Bolsonaro ataca memória de milhares de vítimas da ditadura

Depois de atacar covardemente a memória do pai do presidente da OAB, Fernando Santa Cruz, preso e desaparecido por ação das Forças Armadas em 1974, Jair Bolsonaro investiu neste domingo contra a memória e as famílias de milhares de mortos, torturados, presos e perseguidos pela ditadura. Num tweet, Bolsonaro atacou e ironizou as indenizações: “Dinheiro suado, do povo ordeiro e trabalhador, pago a 39.370 pessoas ditas perseguidas e autointituladas defensoras da democracia”; em outro, afirmou que as indenizações são parte de “um projeto de poder e enriquecimento” da “era PT”.

Num tweet, Bolsonaro atacou e ironizou as indenizações: “Dinheiro suado, do povo ordeiro e trabalhador, pago a 39.370 pessoas ditas perseguidas e autointituladas defensoras da democracia”; em outro, afirmou que as indenizações são parte de “um projeto de poder e enriquecimento” da “era PT”: ambas as informações são distorcidas, verdadeiras fake news. Ele foi desmentido pelo ex-deputado Adriano Diogo em entrevista à TV 247 -assista

A primeira mentira que Bolsonaro dissemina refere-se à “era PT”. O processo de indenizações a anistiados políticos é anterior aos governos de Lula e Dilma, tendo início em 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso e o maior montante delas foi decidido nos primeiros anos. Ao longo dos anos, foram deferidos 63% dos requerimentos de indenizações e negados 37%, num total aproximado de 40 mil. Bolsonaro ofende as pessoas que são beneficiadas mas, esconde que a maioria das indenizações são pagas exatamente a militares perseguidos pelo regime defendido por Bolsonaro. Foram 12 mil solicitações de militares contra quase 9 mil de integrantes de movimentos sindicais, a segunda categoria mais numerosa.

Bolsonaro insurge-se contra os R$ 9,9 bilhões pagos até hoje em indenizações a anistiados e ao mesmo tempo, em toda sua carreira política, defendeu as pensões das filhas de militares, que custam R$ 470 milhões por mês aos cofres públicos – R$ 6 bilhões a cada ano. Em muitos casos já comprovados, as fraudes de filhas de militares que, para não perderem as pensões, evitam casar-se em cartório, para manterem o benefício, exclusivo para as solteiras -o caso mais notório é o da atriz Maitê Proença, historicamente ligada à direita e que apoiou Bolsonaro nas eleições.

Veja os tweets de Bolsonaro:

 

*Com informações do 247

 

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Vídeo da palestra: ao admitir erro na omissão da palestra, Moro atesta a veracidade da Vaza Jato

Por ‘puro lapso’, Moro deixou de informar palestra em setembro de 2016. É como ele justifica.

Ministro minimiza omissão de palestras feitas enquanto juiz, especialmente uma pela qual recebeu de R$ 10 mil a R$ 15 mil, quase metade do seu salário.

Por “puro lapso”, o ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PSL), Sergio Moro, deixou de informar em sua prestação de contas uma palestra remunerada ministrada em setembro de 2016, quando era juiz responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba. É o que informa reportagem divulgada hoje (4) pelo The Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo.

Conforme a reportagem, trata-se de uma palestra contratada por um grupo de Comunicação gaúcho, o Sinos, que foi mencionada por Moro em uma mensagem que enviou ao procurador Deltan Dallagnol pelo aplicativo Telegram, em 22 de maio de 2017. A informação faz parte do pacote obtido pelo site The Intercept Brasil.

“Ano passado dei uma palestra lá para eles, bem organizada e bem paga”, escreveu o juiz. “Passa sim!”, respondeu Deltan, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

A palestra em questão, paga pelo dono do grupo, que reúne uma emissora de rádio e vários jornais na região do Vale do Sinos, lotou um teatro de Novo Hamburgo (RS) no dia 21 de setembro de 2016. Os 2.000 ingressos colocados à venda se esgotaram em 48 horas. Durante a palestra, uma pessoa da platéia chegou a ser perguntado a Moro quando Lula seria preso, como mostram vídeos postados nas redes sociais por pessoas que compareceram.

À Folha, uma fonte que participou da organização do evento afirmou que Moro recebeu um cachê entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. O valor corresponde a quase metade do salário do então juiz na época, que era de R$ 28,4 mil líquido.

Procurado pelo jornal, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), responsável pela revisão dos processos da primeira instância do Paraná, informou que Moro declarou ter participado de 16 eventos externos em 2016, incluindo nove palestras, três homenagens e duas audiências no Congresso Nacional.

A relação exclui a palestra em Novo Hamburgo e muitas outras, pelo jeito. Em junho do ano passado, a Agência Pública divulgou levantamento no qual encontrou notícias referentes a 12 cursos e palestras que Moro havia ministrado sem informar ao tribunal. Ele chegou a registrou cinco desses eventos depois, mas deixou de fora outros sete.

Na época, o jornal Valor questionou a assessoria de imprensa de Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. A resposta foi que “as palestras ministradas pelo juiz não são remuneradas “. À Folha, a assessoria respondeu que o então juiz não havia declarado nenhuma remuneração pelas palestras informadas ao TRF-4 em 2016. “Estão todas sem constar valor recebido, entendendo-se como gratuitas”.

A dica de Moro foi aceita por Dallagnol, que palestrou em 15 de março no mesmo teatro de Novo Hamburgo. A plateia, porém, encolheu: apenas 600 ingressos foram vendidos. Em mensagem à sua mulher naquele dia, Deltan disse ter cobrado R$ 10 mil pela palestra, reduzindo seu cachê a um terço de sua tabela, de R$ 30 mil, embora a força-tarefa sustente que a maior parte das palestras não são remuneradas. E que quando são, “parte significativa dos valores é doada ou reservada para fins beneficentes e sociais”.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública minimizou a omissão de Moro. Afirmou à Folha que a omissão da palestra do ministro Sergio Moro na prestação de contas de suas atividades como juiz em 2016 pode ter sido um descuido e informou que a maior parte do cachê recebido foi doada a uma entidade beneficente.

E que o sistema eletrônico criado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para registro das atividades dos magistrados só começou a funcionar em 2017. “Para o período anterior, se não houve registro, foi por puro lapso”, afirmou a pasta ao jornal.

“Não havia qualquer conflito de interesse, e a palestra sobre enfrentamento da corrupção e a responsabilidade do setor privado foi na época bastante divulgada na imprensa”, acrescentou. “Nada havendo a esconder.”

Questionado sobre o valor do cachê recebido, o ministério disse que se trata de uma “questão privada”, mas afirmou que a maior parte foi doada para uma entidade beneficente dias antes da palestra.

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Gilmar Mendes: Lava Jato é uma organização criminosa

“A impressão que eu tenho é que se criou no Brasil um estado paralelo”, declarou o ministro do STF em entrevista.

O ministro do STF Gilmar Mendes, crítico frequente da Lava Jato, deu sua declaração mais dura sobre a operação em entrevista ao jornal Correio Braziliense publicada neste domingo (4). Segundo ele, a Vaza Jato revela a existência de uma organização criminosa atuante no seio da operação, principalmente com as últimas revelações de que Dallagnol investigou Toffoli e esposa para retaliar decisões contrárias à Lava Jato.

“A impressão que eu tenho é que se criou no Brasil um estado paralelo, se a gente olhar esse episódio (do Deltan e Toffoli), para ficarmos ainda nas referências que o procurador faz. Dizer ‘eu tenho uma fonte na Receita e já estou tratando do tema’, significa o quê? Significa ‘estou quebrando o sigilo dele’. No fundo, um jogo de compadres. É uma organização criminosa para investigar pessoas. Não são eles que gostam muito da expressão Orcrim?”, declarou o ministro.

O ministro também considerou que são necessárias medidas “correcionais” para frear o avanço abusivo da Lava Jato. “Coisas como essas não ocorrem se o sistema tem um modelo de autoproteção e de correção. O que faltou aqui? Faltaram os órgãos correcionais. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não funcionou bem, o CJF (Conselho de Justiça Federal) não funcionou bem, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) não funcionou bem. Faltou chefia, supervisão”, disse.

Gilmar considerou que os envolvidos na Vaza Jato são “um grupo de deslumbrados”, mas evitou “personalizar” ao ser questionado se ele incluía o ministro da Justiça Sérgio Moro nesse rol. “Não quero fazer personalizações, nem falar de nomes. Mas, na verdade, aquilo é um erro coletivo, a Lava-Jato como um todo, e que já tinha se manifestado em outras operações”, avaliou.

 

 

*Com informações da Forum

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FHC, o Bolsonaro envernizado

Fernando Henrique Cardoso escreve hoje mais um dos seus borralhos nos jornalões nativos e se mete a justificar as razões do Estado brasileiro a partir de sua suprema recomendação, com argumentos chumbados pelo neoliberalismo “universal”.

Em meio ao seu tatibitati, FHC traz uma paisagem brasileira que é o próprio nonsense.

No fundo de sua visão crítica ao governo Bolsonaro, no tocante a determinado comportamento, FHC se derrete em elogios ao que tem de pior no governo, que faz esfarelar de velhice precoce a economia brasileira, mostrando que PSL e PSDB, assim como FHC e Bolsonaro, são um troço só.

FHC, do alto de sua majestade, fala como se suas concepções sociológicas não imprimissem aquilo que é da vocação do neoliberalismo, a desnacionalização do país em prol de uma visão universal a partir de uma ferocidade globalizada do sistema financeiro.

Esse é o método oficial para FHC, basta o governo Bolsonaro se entregar ao desfrute do mercado que tudo irá bem. Com isso, busca uma fieira de observações que precisam ser respeitadas por Bolsonaro no que se refere à condição humana dos brasileiros, como se as reformas trabalhista e da Previdência, assim como tantas outras reformas de Bolsonaro, não fossem a tônica do neoliberalismo leonino que FHC defende.

Então, ficou aquele papo de bêbado, quando, na verdade ele deveria, ao invés de cantar vitória na sua pós verdade econômica, alertar Bolsonaro que ele está indo para o mesmo buraco em que FHC se enfiou, destroçando a economia, tacando fogo nas estatais e produzindo uma hecatombe econômica no país que culminou com mais de 20 milhões de desempregados.

Claro que sobre essa barbaridade FHC não falaria, mas o cínico precisava vir, com seus furúnculos retóricos, dizer que estabilizou a moeda num processo histórico de mistificação grotesca e rasteira.

A percepção sensorial de FHC, ou seja, o seu sentir o país é a própria lógica econômica que produziu um Bolsonaro, esse monstro denunciado diariamente por suas atrocidades autoritárias.

FHC deveria enfiar a sua viola no saco e parar de achar que possui o talento de fazer com que as pessoas esqueçam todo o desastre econômico que ele promoveu e alertar a sociedade que o resultado desastroso do governo Bolsonaro será absolutamente igual ao seu.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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A estupidez de Jair Messias Bolsonaro

Por Sebastião Nunes

As inteligências são várias.

Claro que estou me referindo à inteligência humana e não à de ratos, amebas, cães, baratas ou golfinhos, sendo cada animal inteligente à sua maneira.

Pesquisadores sérios, aqueles que veem inteligência como processo adaptativo de seres vivos ao ambiente, consideram que uma barata, por exemplo, é mais inteligente do que a soma da inteligência do antipresidente Jair Messias e dos seus ministros.

A estupidez, contudo, é, genericamente falando, uma só.

Embora sejam considerados estúpidos, os quadrúpedes orelhudos tipo burros, asnos, mulas e jegues conseguem diferenciar o que é comestível do que não é, além de empacar quando lhes dá na telha, de modo que não podem ser considerados totalmente estúpidos. Têm o que se pode chamar de inteligência funcional mínima.

Para medir inteligência e estupidez o conceito de QI não é mais suficiente. Há muito passamos a utilizar o conceito de inteligências múltiplas para descrever a grande variedade de habilidades cognitivas humanas.

Ao contrário, e embora seja difícil medir estupidez, acredita-se que seja mais do que simplesmente ignorância, aquilo que, exemplificando, fez com que a antiministra Maldares confundisse Cristo com goiaba.

Ignorância é um fenômeno sociocultural, existente em larga escala nos países subdesenvolvidos. Sua incidência varia de 60 a 90% e atinge sobretudo as parcelas mais desfavorecidas da população.

A quem interessa a ignorância? Ora, meu irmão, não sejas parvo como aquele antiministro que tem nome de pedra. Interessa aos donos do poder, às elites dirigentes, à mídia autoritária, aos caga-regras do judiciário, enfim, interessa aos que desmandam e continuarão a desmandar, sempre e eternamente.

Os ignorantes que se fodam, dizem eles lá entre si.

Por outro lado, a estupidez costuma ser definida como falta de inteligência, uso inadequado do juízo e, como a cereja do bolo, insensibilidade a nuances. Exemplo? Ora, meu filho, basta olhar para cima, não para o céu, onde nada verás, mas para a ilustração que suprematiza este texto, que lá estará ele, escarrado e orelhudo exemplo.

Portanto – e pelo amor de Deus! – não bote jamais ignorância e estupidez no mesmo saco.

Estupidez é uma cratera aberta no cérebro, um vazio de conhecimento, um oco, um abominável desperdício de neurônios e sinapses, a incapacidade total de admitir conflito entre conceitos e abarcar dúvidas entre meias-verdades.

O diabo é medir o tamanho desse desperdício, ou seja, da estupidez.

En passant, fique claro que ninguém reconhece a própria estupidez.

Não foi à toa que Einstein disse certa vez que “só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez do ser humano”. E acrescentou, para o bom entendimento dos mais lerdos: “Mas não estou seguro sobre a infinitude da primeira”.

Se você acha que estou pensando em Jair Messias Bolsonaro, acertou.

Mas antes de chegar a ele preciso repassar os diversos tipos de inteligência.

A estupidez de Jair Messias Bolsonaro

Apesar dos poucos meses em que depôs a bunda na cadeira presidencial, sendo na verdade um antipresidente, Bolsonaro já pode ter o grau de estupidez aferido pelos testes de QI, apesar de todas as limitações destes e por causa das infinitas deficiências intelectuais daquele. Mesmo porque seria risível medir sua estupidez por qualquer dos métodos que medem tipos mais, digamos assim, sofisticados de inteligência.

Devo, contudo, e antes de finalizar, admitir que “a estupidez é o fundamento de nossa civilização”, conforme sugeriu o sábio Matthijs van Boxsel em sua notável “De Encyclopedie van de Domheid” (A Enciclopédia da Estupidez) e concluir que a eleição de 2018 foi uma farsa grotesca, resultante da combinação dos vários crimes cometidos pela #VazaJato, com exaustiva cobertura da Rede Globo, a conivência do STF e apoio de considerável parcela da população, não necessariamente estúpida, mas ignorante.

Diante disso, e utilizando o padrão mais comum nos testes de QI para as diversas intervenções de Jair Messias através do Twitter e ao vivo, acredito que seu Quociente de Inteligência esteja firmemente estacionado abaixo de 50 no referido teste. Resta definir se ele alcança 40 pontos ou estará melhor classificado, situando-se entre 35 e 30.

 

*Do GGN

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Vazamento Intercept: Moro omite palestra e valor recebido em evento no Rio Grande do Sul

A nova denúncia da Vaza Jato revela que o ex-juiz Sergio Moro omitiu da sociedade uma palestra remunerada para um grupo empresarial em 2016. Procurado, o atual ministro da Justiça disse que isso pode ter ocorrido por “puro lapso”. No evento, ele foi questionado sobre a prisão do ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado.

Sendo assim, o ex-juiz burlou resolução do CNJ que determina prestação de contas de contas de qualquer atividade externa exercida por juízes, incluindo palestras e homenagens, sendo remuneradas ou não Ex-juiz burla resolução do CNJ que determina prestação de contas de contas de qualquer atividade externa exercida por juízes, incluindo palestras e homenagens, sendo remuneradas ou não.

O novo alvo da Vaza Jato é o ex-juiz Sergio Moro, que omitiu das autoridades uma palestra remunerada em 2016, segundo revela reportagem da Folha de S. Paulo, em parceria com o Intercept. “O ministro da Justiça, Sergio Moro, omitiu uma palestra remunerada que deu em setembro de 2016 ao prestar contas de suas atividades quando era o juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato em Curitiba. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, responsável pela revisão dos processos da primeira instância do Paraná, informou à Folha que Moro declarou ter participado de 16 eventos externos em 2016, incluindo 9 palestras, 3 homenagens e 2 audiências no Congresso Nacional. Mas a relação de eventos não inclui uma palestra mencionada numa mensagem que ele enviou ao procurador Deltan Dallagnol pelo aplicativo Telegram em 2017, que faz parte do pacote obtido pelo site The Intercept Brasil”, aponta o texto de Paula Sperb, Ricardo Balthazar e Amanda Audi.

“No dia 22 de de maio de 2017, Moro disse a Deltan que um executivo do grupo de comunicação Sinos queria seu contato para fazer um convite. ‘Ano passado dei uma palestra lá para eles, bem organizada e bem paga’, escreveu o juiz. ‘Passa sim!’, respondeu Deltan, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça em junho de 2016 tornou obrigatório para juízes de todas as instâncias o registro de informações sobre palestras e outros eventos”, lembra a reportagem.

Em resposta, Moro afirmou que a omissão da palestra em suas prestações de contas pode ter ocorrido por “puro lapso”. “Houve tempo para perguntas da plateia, e um dos espectadores quis saber quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria preso – o que aconteceu em abril de 2018, para que ele fosse impedido de disputar as eleições presidenciais, que venceria em primeiro turno.

Os diálogos:

22.mai.2017

Sergio Moro19:25:02 […] do Grupo Sinos, lá de Novo Hamburgo, pediu seu contato. Ano passado dei uma palestra lá para eles, bem organizada e bem paga.

Deltan Dallagnol 22:58:10 Passa sim! Abraços

Em 2018, Deltan foi a Novo Hamburgo fazer uma palestra no mesmo teatro em que Moro esteve em 2016 e contou à sua mulher que reduzira o cachê.

15.mar.2018

Deltan 19:59:10 […], baixei meu valor aqui pra 10k espontaneamente porque, embora ele não tenha comentado nada, perguntei se estava sendo deficitário e estava. Embora ele tenha dito que risco era deles, rádio ganha em imagem etc, preferi fazer essa concessão, até porque nosso objetivo não é financeiro.

[…]

22:39:40 Tudo bem […]. Lotação “baixa” de umas 400 ou 500 pessoas acho, mas no tamanho do teatro somem… de qq modo, foi ótimo. Ficaram vidrados, aplaudiram no meio e de pé ao fim. Engajados.

Informações de natureza pessoal e mensagens sobre outros assuntos foram suprimidas nos pontos indicados com o sinal […]

A transcrição das mensagens manteve a grafia original dos arquivos obtidos pelo The Intercept Brasil

 

*Com informações da Forum e 247