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Economia

Bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador se capitalização for aprovada

Simulação apresentada no Senado pela Unafisco prevê que taxa dos bancos aumenta a cada ano, podendo chegar a mais de 77%.

Simulação apresentada nessa terça-feira (20) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no Senado, sobre a reforma da Previdência proposta pelo projeto do governo Jair Bolsonaro (PSL), demonstra o fracasso que ocorreria com o sistema de capitalização que consta da proposta, levando o trabalhador aposentado à miséria.

Segundo dados do diretor de Defesa Profissional e Assuntos Técnicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro José Silva, o valor das contribuições previdenciárias arrecadadas de empregados e empregadores foi de R$ 423,06 bilhões em 2018. Já a previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos.

Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.

No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. Um cenário que, segundo Silva, possibilitaria o recebimento de uma aposentadoria no valor de R$ 750, o que equivale a apenas um quarto do total contribuído. “Um sistema sem empregador, e com instituição financeira, é um fracasso. É condenar o trabalhador à miséria”, concluiu.

Silva considerou a capitalização um “sistema complicado do ponto de vista do trabalhador”. Para ele, além de significar a “transferência de renda” dos empregados para os bancos, essa modalidade não cobrirá benefícios já existentes, como o salário família e o salário maternidade.

A capitalização funciona como uma espécie de poupança: o dinheiro descontado mensalmente do salário de cada trabalhador vai para uma conta individual, e não se mistura com as contribuições dos demais beneficiários. Pelo sistema atual, o de repartição, os pagamentos feitos pelo pessoal da ativa financiam as aposentadorias dos inativos.
Dieese

Economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Juliano Musse disse que o cenário é preocupante. Ele considerou a PEC 6/2019 uma “reforma impositiva” porque, segundo afirmou, a medida não passou por uma prévia discussão com os trabalhadores. Ao questionar quem são os maiores interessados com a reforma da Previdência, Juliano ponderou que outras questões, como o desemprego, a informalidade e a saúde dos trabalhadores que enfrentam doenças crônicas são mais urgentes e deveriam ser o foco do debate. “A reforma é importante, mas desde que não minimize direitos sociais conseguidos com a Constituição de 1988”.

O consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos frisou que a PEC 6/2019 não é de fácil compreensão. Para ele, o texto apresenta contradições, traz incertezas e tende a gerar custos diferenciados para a empregabilidade das pessoas. Ao ressaltar que os mercados demonstram volatilidade ao longo do tempo, o especialista disse que o regime previdenciário baseado na capitalização pressupõe uma renda questionável, porque dependerá de quanto, efetivamente, aquela aplicação renderá. “No Brasil, nós temos renda média muito baixa. As pessoas não têm dinheiro para destinar a uma sistemática de provisão fora do regime público, e essa é uma diferença fundamental.”
Retrocessos

O representante do Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos, Guilherme Zagallo, alertou que experiências de privatização da Previdência significaram retrocessos em outros países: estagnação das taxas de cobertura, diminuição do valor dos benefícios e aumento da desigualdade de renda. Para o advogado, a desconstitucionalização da aposentadoria, pretendida pelo Executivo, significa um risco político porque, a cada governo, pode-se criar novas regras para a concessão do benefício.

O advogado mencionou que o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias veda a renúncia de receita que a capitalização causará, desacompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro. Ele lembrou que o Brasil já passou por uma tentativa de privatização antes da instituição do INSS, quando houve a unificação dos regimes, mas disse que a medida não obteve sucesso. Guilherme comentou, ainda, que esse assunto tem sido omitido no debate sobre a PEC 6/2019.

“Não fomos bem-sucedidos no passado, em relação à experiência de capitalização. A promessa de melhoria da economia por meio dessa reforma não altera a realidade. É uma bomba social de efeito retardado”.

O coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery, considerou o sistema de capitalização o ponto mais grave da PEC 6/2019. Para ele, as poupanças pessoais são “qualitativamente diferentes” da seguridade social, já que não dispõem de garantia, nem previsibilidade. Além disso, Nery ressaltou que “poupar de maneira suficiente para uma aposentadoria decente é difícil para muitos trabalhadores”.

 

 

 

 

 

 

*Com informações do IHU

 

 

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Vídeo: “A Bahia é um lixo governado pelo PT”, diz, aos gritos, líder de Bolsonaro na Câmara

O estado é administrado pelo governador Rui Costa (PT), que foi reeleito no primeiro turno das eleições de 2018 com 75,45% dos votos válidos.

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO) afirmou, nesta quarta-feira (22), durante sessão na Casa, que “a Bahia é um lixo governado pelo PT”.

O estado é administrado pelo governador Rui Costa (PT), que foi reeleito no primeiro turno das eleições de 2018 com 75,45% dos votos válidos.

O vídeo foi compartilhado pelo deputado federal Jorge Solla (PT), que, em uma postagem no Twitter, provocou a presidente do PSL na Bahia, a deputada federal Dayane Pimentel. “A deputada concorda?”, indagou o petista.

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum

 

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Opinião

General Augusto Heleno: Não leio livros, só leio mensagens de Whatsapp

“Não leio livros, só leio mensagens de Whatsapp”. Por esta frase se pode medir o nível de indigência intelectual do governo Bolsonaro.

A frase proferida pelo general Augusto Heleno, na Globonews, foi apenas mais uma das tantas inacreditáveis que ele soltou em sua entrevista.

Pior, disse que a inteligência do governo é lenta perto das informações que chegavam a ele e a Bolsonaro por Whatsapp.

As Elites só têm um plano B para o fiasco chamado governo Bolsonaro, culpar o PT pelas lambanças desse amontado de idiotas inúteis que se orgulham da própria ignorância cinco estrelas.

Se a polícia política de Sergio Moro levou um sacode ontem no congresso com a perda do controle do Coaf, o caráter inescrupuloso desse governo parte para o desastre intelectual na tentativa desesperada de repactuar suas bases no tranco, na estupidez da classe dominante brasileira.

E o general não se fez de rogado, atacou os índios, as pessoas que trabalham arduamente em caixas de supermercados, as universidades públicas, os professores e, lógico, o PT.

Mas guardou um cantinho no seu coração para o impoluto Temer. Homem de bem, honrado que governou de forma correta.

É esse o retrato do cachorro louco que morde a mão do dono.

A desastrosa entrevista do General Augusto Heleno na Globonews retrata o tamanho do poço em que a direita enfiou o Brasil.

E assim seguimos na expectativa das próximas insanidades de um governo de loucos.

 

 

 

*Por Carlos Henrique Machado – Músico, compositor e pesquisador da música brasileira.

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Nasa na Base de Alcântara enfrentará resistência de 86 quilombos

O acordo aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos esbarra numa questão cultural aguda: a região a ser desapropriada é um tesouro nacional.

Não há ninguém estirado nas areias da paradisíaca Praia da Mamuna. Larga como se fossem cinco campos de futebol alinhados, a praia estende-se de um grupo de falésias, à esquerda, a um mangue e a um braço de rio, à direita. Ao longe, no mar, vê-se a longa fila de navios esperando para entrar no Porto de São Luís. Mais além, após uma ravina, ganham os céus, além da bela paisagem, as torres de comunicação e plataformas metálicas do Centro de Lançamento de Foguetes da Aeronáutica.

O único estabelecimento comercial (na verdade, a única construção da orla) não tem nome, é um galpão aberto com uma cozinha ao fundo, e na tarde de domingo 12, jovens moradores se reuniam ali para ouvir as pedras do reggae e tomar cerveja. Observavam ao longe as plataformas. Os rapazes pertencem a algumas das 86 comunidades quilombolas que integram os 120 povoados da região, e alguns deles participam de reuniões cada vez mais frequentes para traçar planos para o futuro – o que inclui, muito provavelmente, abandonarem suas praias e suas casas e se mudarem para longe em um futuro próximo. Suas dúvidas no momento são: para onde? Quando? Quanto tempo? O que ganharemos com isso? Cada próximo mergulho na Mamuna, nos próximos meses, poderá ser o último.

A carpintaria do portão, a poda das árvores, as casas de farinha no centro das vilas, o tambor de crioula, a Festa do Divino, a tainha frita com farinha: tudo em Alcântara carrega as marcas de uma cultura secular. Esse patrimônio muito provavelmente é único no mundo inteiro, parte dele construído graças à história da escravidão no Brasil, parte pela tradição de resistência dos moradores. O conceito de patrimônio cultural ampliado está previsto na Constituição Federal, incluindo o das formas de expressão (manifestações literárias, musicais, artísticas, cênicas e lúdicas), estabelecido pelo Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI, instituído pelo Decreto Federal nº 3551/2000). Alcântara é tombada pelo Iphan desde 2004.

Após quase duas décadas de negociações, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) firmou um novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) nesta segunda-feira (18) que concede o uso comercial da base para os Estados Unidos.

Para as comunidades quilombolas, a cessão ao país comandado por Donald Trump gera um cenário de incertezas. “Para nós, hoje, saber que esse governo está entregando toda a nossa riqueza a nível nacional, de soberania, para os estrangeiros, é um desastre”, afirma Diniz.

“Acho que se eles [Estados Unidos] invadirem aqui Alcântara, e tomarem posse, nós vamos viver uma situação, talvez pior, do que a que a gente já viveu”, opina.

Para o quilombola e bacharel em direito Danilo Serejo, a cessão para os EUA, na prática, retira o investimento nacional na política espacial brasileira e é sinal de um projeto frustrado. “O acordo Brasil-EUA para uso comercial da Base de Alcântara na verdade é um atestado de fracasso dos militares.”

Centro da cidade de Alcântara, vista do Porto do Jacaré Sérvulo Borges, liderança quilombola. A rua que se vê é a ladeira do Jacaré, tem este nome porque no período escravocrata os escravos saiam dos barcos carregando latas de Querosene Jacaré. As pedras da rua, são conhecidas como ‘cabeça de negro’. – Maranhão.

 

 

 

 

*Com informações da Carta Capital/Brasil de Fato

 

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Por que a família Bolsonaro quer acabar com o “monopólio” da Taurus?

Medida pode impactar desenvolvimento da indústria nacional de Defesa e indica submissão a interesses estrangeiros.

Após Jair Bolsonaro (PSL) assinar decretos que flexibilizam o porte e a posse de armas no país, as ações da Taurus, fabricante brasileira de armas, estão em intensa movimentação. Apenas nos três primeiros meses de governo, a empresa registrou lucro líquido de R$ 92 milhões, aumento de 15,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2018.

Apesar dos lucros resultantes do incentivo às armas feito pelo político do PSL, a fabricante é criticada constantemente por Bolsonaro e por seus filhos, que defendem a “quebra do monopólio” da Taurus no mercado brasileiro. Eles alegam que as armas fabricadas pela empresa com frequência apresentam defeitos que vitimam policiais e civis por disparos acidentais.

A “reserva de mercado” da fabricante é garantida pelo regulamento do Exército para produtos controlados. O artigo 190 do chamado R-105 determina que “o produto controlado que estiver sendo fabricado no país, por indústria considerada de valor estratégico pelo Exército, terá a importação negada ou restringida”.

Existem ainda outras fabricantes de material bélico nacionais como a estatal Imbel, vinculada ao Ministério da Defesa, mas que apresentam uma produção muito menor em comparação a da Taurus.

A preferência para a produção nacional também foi reafirmada pela portaria 620/06 do Ministério da Defesa, que define que “a importação de produtos controlados poderá ser negada, quando existirem similares fabricados por indústria brasileira do setor de defesa”. A restrição à importação tem como justificativa proteger um setor estratégico para a soberania nacional.

Na avaliação de Larissa Rosevics, professora do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ), a abertura de mercado para importação de armas defendida do Bolsonaro pode enfraquecer a indústria de Defesa Nacional.

Com a ressalva de que o setor é amplo e envolve muito mais do que armamentos letais e não letais, como por exemplo aviação, vestuários e equipamentos, ela opina que, a partir da experiência de outras áreas, a abertura defendida pelo governo pode ser prejudicial.

Outros interesses

A defesa do clã Bolsonaro pela importação de armas busca atender interesses econômicos e políticos de países estrangeiros. É o que afirma, em off, um diplomata brasileiro em entrevista ao Brasil de Fato.

O especialista faz uma análise mais rigorosa em relação a abertura do mercado de armas. Para ele, o presidente é submisso ao “imperialismo internacional” e visa atender demandas de exportação dos Estados Unidos e de Israel.

“A atual política externa é contra os interesses do Brasil. Mais uma vez vamos demonstrar isso e vão nos enterrar mais ainda. Vamos importar um produto que temos condição de produzir. Um produto de valor agregado”, comenta.

 

 

 

 

 

*Com informações do GGN

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“A Globo teve que colocar você no ar”, diz Lula ao parabenizar Chico Buarque pelo Prêmio Camões

Em retribuição, Chico e a namorada, a advogada Carol Proener, enviaram ao ex-presidente uma foto dos dois fazendo o L de Lula Livre.

Em carta, datada nesta quarta-feira (22), o ex-presidente Lula parabenizou o cantor, compositor e escritor Chico Buarque pelo Prêmio Camões, considerado a mais importante premiação literária dos países de língua portuguesa.

“Parabéns pelo Prêmio Camões. Fiquei feliz pelo prêmio, mas muito mais feliz porque a Globo teve que colocar você no ar em horário nobre”, escreveu Lula, mandando abraços e beijos para a namorada de Chico, a jurista Carol Proener, e dizendo que espera vê-lo em breve.

Em retribuição, Chico e Carol enviaram ao ex-presidente, por meio de amigos que o visitam, uma foto dos dois fazendo o L de “Lula Livre”.

Premiação
A vitória de Chico foi chancelada com a unanimidade dos votos dos jurados e o brasileiro receberá, como premiação, o equivalente a R$452 mil.

Esta é a 13ª vez que um brasileiro vence o prêmio, mas é inédito o fato de o ganhador ser alguém ligado ao universo musical.

Chico foi escolhido pelo júri por conta do conjunto de sua obra. Ele já recebeu prêmios Jabuti pelos livros Leite Derramado (2009), Budapeste (2003) e Estorvo (1991). Em 1995, lançou Benjamin e em 2014, O Irmão Alemão. Também escreveu as peças Ópera do Malandro e Gota d´Água, além da “novela pecuária” Fazenda Modelo. Em 2017, depois de seis anos, Chico Buarque lançou o álbum Caravanas, que teve turnê por todo o país e também chegou a Portugal.

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum

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Jean Wyllys a Miriam Leitão sobre crítica a Bolsonaro: “Assumam seu monstro agora. É mais digno”

Jornalista da GloboNews escreveu artigo dizendo que Bolsonaro “não sabe governar” e foi criticada pelo ex-deputado: “Quem chocou o ovo da serpente foram vocês”, disse ele.

Em uma sequência de postagens em sua conta no Twitter, Jean Wyllys (PSOL), ex-deputado federal, fez duras críticas à grande imprensa brasileira e se dirigiu, em especial, à jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, que, em sua “conclusão tardia”, afirmou nesta quarta-feira (22), em artigo, que Jair Bolsonaro “não sabe governar”.

“Sou jornalista. Trabalhei quase dez anos em mídia comercial. E uma coisa que sei dos medalhões do jornalismo no Brasil é que são corporativistas e não gostam de ser criticados”.

“Quase toda imprensa comercial no Brasil é historicamente antipetista e muitos dos seus medalhões trabalharam no limite da fake news contra o PT e seus governos”.

“Boa parte da imprensa comercial no Brasil e seus jornalistas medalhões participaram do golpe mascarado de impeachment contra Dilma Rousseff e insuflaram o antipetismo”.

“Boa parte da imprensa comercial brasileira passou pano sobre às violações de direitos perpetradas pela Lava Jato e transformou os medíocres Sergio Moro e Dallagnol em heróis”.

“A Globo News, por exemplo, raríssimas vezes deu espaço a uma perspectiva diferente do problema da corrupção tratado pela Lava Jato com seu justiçamento e desrespeito à prerrogativa de inocência”.

“A maior parte da imprensa comercial empoderou e deu voz a gente do quilate de Joyce Hasselmann e Kinta Katiguria, par ficar só em dois nomes, além de insuflar as manifestações verde-e-amarelas de tom fascista”.

“A maior parte da imprensa comercial praticamente IGNOROU DELIBERADAMENTE a escalada de violência política contra o PT e as esquerdas durante o ano de 2018”.

“Boa parte da imprensa comercial construiu uma narrativa que equiparava Fernando Haddad a Jair Bolsonaro, como se se tratasse de candidatos do mesmo nível. Enquanto amaciava a abordagem sobre Bolsonaro, endurecia o discurso contra Haddad”.

“William Bonner ouviu Bolsonaro mentir sobre o ‘kit gay’ (seu delírio) em cadeia nacional e não lhe desmentiu, tomou a mentira como verdade; e lhe foi bastante ameno”.

“Miriam Leitão foi obrigada a ler um ponto diante dos ataques de Bolsonaro à Globo, por esta ter apoiado à ditadura, numa das cenas mais constrangedoras já vistas na tevê. Não houve reação espontânea ao elogio do fascista ao torturador!”.

“Diante de tudo isso, Miriam Leitão ainda vem se fazer de ‘indignada’ por eu ter criticado, com respeito, sua tardia conclusão de que Bolsonaro é incompetente e ter dito que ela pavimentou seu caminho até a presidência”.

“Ora, Miriam Leitão, você pode ser esquecida, mas burra não é: e você sabe que quando disse ‘você’ estava me referindo à imprensa comercial da qual você faz parte, que, sim, pavimentou o caminho de Bolsonaro à presidência”.

 

 

 

 

 

*Com informações do A Postagem/Forum

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Opinião

Castelo de areia de Bolsonaro está isolado e em ruínas

Após as manifestações em defesa da educação em todo o país, Bolsonaro, que já vinha tropeçando nas próprias pernas, parece ter se desestabilizado de vez.

Suas declarações desencontradas e tresloucadas, pressentindo que seu Governo não se sustenta, ficam cada dia mais evidentes.

O marketing no Twitter tem dado efeito inverso ao que ele esperava e sua oposição atravessa fronteiras como a da anistia internacional que está preocupada com as tendências psicopatas de Bolsonaro.

Porte de armas, política de combate às drogas, ataques a direitos de comunidades indígenas e pontos do pacote anticrime de Sergio Moro entre outras medidas, inquietam a organização não governamental.

Pra piorar sua situação, às vésperas de uma nova manifestação em defesa da educação que ocorrerá no dia 30, uma nova pesquisa revela que sua aprovação despenca verticalmente, seguida do abismo do descrédito e da inviabilidade de onde, ao que parece, nunca mais regressará.

Poucas vezes na história do Brasil o horizonte conservador esteve tão desacreditado, sem nenhum florescimento alternativo .
É Bolsonaro ou Bolsonaro.

Mas o risco de se romper uma barragem e levar seu governo a uma tragédia sem precedentes, só aumenta.

Bolsonaro se mostra engessado, com atitudes tolas e incendiárias sem capacidade de repactuação com suas bases, dentro e fora do congresso e com isso a velocidade da corrosão aumenta espontaneamente,

O fato é que Bolsonaro e a falange que o cerca estão cada dia mais isolados no castelo de areia e com risco de um desabamento fatal.

 

*Da redação

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Povo pressionou e governo Bolsonaro recuou liberando ao menos parte dos recursos da educação

Uma semana após os gigantescos protestos contra os cortes, o governo decidiu usar recursos da reserva orçamentária para desbloquear uma pequena parte do dinheiro destinado à Educação; rombo na área, no entanto, ainda é grand.

Uma semana após os protestos que levaram mais de 3 milhões de pessoas às ruas em todo o Brasil contra o corte de 30% nas verbas para a Educação, o governo federal decidiu liberar parte dos recursos para a área com dinheiro da reserva orçamentária. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (22).

Ao todo, o Ministério da Economia vai usar R$ 3,81 bilhões das reservas: R$ 56 milhões para o Ministério do Meio Ambiente e R$ 1,587 bilhão para o Ministério da Educação.

A maior parte do orçamento destinado à Educação, no entanto, continuará bloqueado e afetando diretamente o funcionamento de universidades e institutos federais, já que o corte – chamado pelo governo de “contingenciamento” – anunciado em março foi de de R$ 5,839 bilhões. Ou seja, os R$ 1,587 bilhão que serão retirados da reserva não representam nem metade do orçamento que a área deveria contar.

Ao todo, o governo congelou R$ 29,582 bilhões das despesas previstas para o ano.

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum

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Economia

Atualizada, dívida do Bradesco, Vale, Samarco e outros com a previdência, chega a R$ 935 bilhões

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) atualizou o montante de dívidas de empresas com a Previdência, inicialmente estimada em R$ 432,9 milhões.

A atualização aconteceu devido à omissão dos débitos relativos à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e PIS. [Constitucionalmente, esses impostos foram criados para financiar a Previdência Social. A reforma vai garantir 50 anos de corrupção e não pagamento de dívidas]

Dessa forma, o montante da dívida das 118,7 mil empresas chega a R$ 935 bilhões (quase R$ 1 trilhão), de acordo com relatório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/RS).

A PGFN relacionou as 118.714 empresas com dívidas ativas referentes a Cofins, CSLL e PIS superiores a R$ 100 mil, entre as quais figuram a Vale, a maior devedora, com R$ 12,7 bilhões, a Samarco (R$ 287 milhões, bancos como o Bradesco, que comercializa previdência privada e tem interesse direto na reforma da Previdência (para a qual deve R$ 1,5 bilhão); e a Gerdau. [Para professor da Unicamp, reforma vai criar idosos mendigos]

A segunda maior sonegadora, a holding Carital Brasil, deve R$ 5,5 bilhões à Previdência. Em 2014, o ex-diretor financeiro da empresa, Carlos de Souza Monteiro, foi acusado de sonegação de R$ 145,6 milhões e condenado pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo a mais de sete anos de prisão e pagamento de indenização de R$ 1 milhão ao Fisco por danos morais coletivos.

A economista Anelise Manganelli, do Dieese/RS, que elaborou o estudo, destaca que apesar das alterações dos instrumentos e a forma de atuação, concentrados atualmente no combate à sonegação, há somente cerca de 900 auditores fiscais da Receita Federal no trabalho voltado às contribuições previdenciárias.

A Anelise concedeu entrevista ao jornal Extra Classe, do Rio Grande do Sul. Na entrevista a seguir, a economista explica ainda por que o “déficit” da Previdência alegado pelo governo para vender a reforma é um mito que não se sustenta.

Pergunta: De acordo com o levantamento do Dieese/RS junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), as dívidas de empresas com a seguridade social atingiram em fevereiro de 2017 o total de R$ 935 bilhões, ou seja, mais que o dobro do que vinha sendo divulgado. A que se deve essa diferença?
Anelise Manganelli – Os totais que vêm sendo divulgados que, em geral atingem R$ 432,9 bilhões representam débitos de contribuições previdenciárias dos empregadores e dos segurados, contribuições devidas a terceiros, assim entendidos outras entidades e fundos, e a contribuição para o salário-educação. Não estão incluídas nessas dívidas os valores devidos à Previdência relativos a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e PIS.

EC – Quais são os componentes desses débitos?
Anelise – Nesse total de R$ 935 bilhões verifica-se que além dos acima descritos há R$ 307,7 bilhões relativos ao Cofins, que é calculada sobre a receita das empresas e deve ser destinada a financiar os fundos de previdência e assistência e ainda há R$ 194,9 bilhões relativos ao PIS e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Destaca-se ainda que entre esses totais estão apenas aqueles devedores com débitos acima de R$ 100 mil, devendo, portanto, ser um débito ainda maior.

EC – Por que há tantos sonegadores, alguns com interesse direto na reforma, caso do Bradesco, que vende planos de aposentadoria complementar privada e é um dos maiores devedores da Previdência, mais de R$ 1,5 bilhão?
Anelise – Certamente, é necessário melhorar a fiscalização, uma vez que a própria PGFN diz que a dívida ativa cresce a um ritmo de aproximadamente 15% ao ano. Em 2008, havia 4,1 mil auditores fiscais vinculados à Secretaria da Receita Previdenciária, atuando no combate à inadimplência e à sonegação das contribuições previdenciárias. Hoje, após a incorporação à Secretaria da Receita Federal do Brasil, apesar de se terem alterado os instrumentos e a forma de atuação, concentrados atualmente no combate à sonegação, há somente cerca de 900 auditores fiscais da Receita Federal no trabalho voltado às contribuições previdenciárias.

EC – Ao defender a proposta de reforma da Previdência, o governo sustenta que o sistema é deficitário, argumento que não se sustenta nos indicadores do próprio governo. Como funciona essa contabilidade que o governo faz – e a imprensa reproduz – para alegar déficit?
Anelise – Conforme se constou, em uma das nossas recentes publicações, Reformar para excluir?, elaborada em parceria com a Anfip, esse argumento falso não é novidade no debate sobre a Previdência Social proposto pelos representantes do poder público. Longe disso, é argumento que se repete incansavelmente desde 1988. Essa visão ignora o fato de que a Constituição Federal de 1988 concebeu o direito à Previdência Social como parte integrante da Seguridade Social, um amplo sistema de proteção social ao cidadão. Para organizar e financiar a Seguridade, os constituintes de 1988 inspiraram-se nos regimes de Estado de Bem-Estar Social desenvolvidos, especialmente, pela socialdemocracia europeia após a Segunda Guerra Mundial. Nesses países, o financiamento da Seguridade Social baseia-se no clássico “modelo tripartite”, no qual trabalhadores, empregadores e Estado são igualmente responsáveis pelo provimento das fontes de financiamento das políticas públicas que integram seus sistemas nacionais de proteção. Em 2015, num conjunto de 15 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a participação média relativa das “contribuições do governo” no financiamento da Seguridade Social foi de 45% do total, seguida pela “contribuição dos empregadores” (34,6%) e pela “contribuição dos trabalhadores” (18%). A Dinamarca é caso extremo, já que a participação relativa do governo no financiamento da Seguridade atinge 75,6% do total das receitas. Isto quer dizer que se não fossem contabilizadas as receitas dos impostos gerais pagos por toda a sociedade, o “rombo” da Previdência dinamarquesa chegaria a 28,5% do PIB.

 

 

 

 

 

 

*Com informações da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)